Você está na página 1de 60

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

Universidade Eduardo Mondlane


FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

ENERGIA & AMBIENTE

Combustíveis
Fósseis
Docente: Alberto Júlio Tsamba
Universidade Eduardo Mondlane
Combustíveis Fósseis
Carvão
Mineral

Petróleo e Gás
seus
derivados Natural

A. J. Tsamba 2015 2
Universidade Eduardo Mondlane
Introdução
• Combustíveis Fósseis:
– Economia Mundial bastante dependente dos CF
(sobretudo transportes):
• Aprox 90% das fontes comerciais de energia no Mundo
– Carvão mineral, petróleo e gás natural
» Ex. Moçambique importa todos os derivados de
petróleo necessários à sua economia
– Reservas sobre-exploradas
• Esgotamento anunciado
– exc. Carvão mineral
– Situação quase crítica: Petróleo

A. J. Tsamba 2015 3
Universidade Eduardo Mondlane
Introdução
• Consumo de petróleo:
– Centrais eléctricas: produção cresceu cerca de 2,2%/ano
na última década
– O parque automóvel vem crescendo de forma exponencial
• Exemplo:
– Consumo de gasolina automotiva: creseu 15% nos anos 90

• Gás Natural:
– Anos 90: procura aumentou em aprox 2,3%/ano
• Sector doméstico, industrial, centrais térmicas e trasnportes
• Exemplos:
– Moçambique: geração de electricidade e transportes
» Centrais Termoeléctricas: Vilankuo, Inhassoro e Ressano Garcia
» Transportes: TPM e privados

A. J. Tsamba 2015 4
Universidade Eduardo Mondlane
Introdução
• Reservas:
– Recursos bem conhecidos através de
meios de prospecção e que podem Diagrama de McKelvey
ser explorados a preços efectivos e
tecnologias actuais
– Podem ser: Reservas

Custos
• Comprovadas:
– passíveis de exploração
• Indicadas:
Recursos
– recuperáveis com tecnologias melhoradas
de recuperação Recursos
conhecidos
• Inferidas: mas de
– conhecidas mas não quantificadas exploração
não viável

A. J. Tsamba 2015 5
incerteza
Universidade Eduardo Mondlane
Introdução
• Recursos:
– Fracção das “Reservas” desconhecida
• Nem todas as reservas são comercialmente exploráveis
• Potencialmente, há reservas ainda desconhecidas (por explorar)

• Nota:
– Com o tempo, mudam as linhas de separação
entre:
• economicamente viável e o inviável
• Descoberto e não-descoberto
– O tamanho da caixa de reservas é estabelecido
pela indústria de energia

A. J. Tsamba 2015 6
Universidade Eduardo Mondlane
Introdução
• Curva de Hubbert
– Previsão da disponibilidade de petróleo
– Linha Preta: Exploração Real de Petróleo
40
Milhares de milhões de barris

30
20
10

A. J. Tsamba 2011 7
1900 1940 1980 2020 2060 2100
Universidade Eduardo Mondlane
Reservas de Fósseis
1.20E+22 Petróleo Gás natural Carvão

1.00E+22
16%

8.00E+21 13%

6.00E+21 71%

4.00E+21

2.00E+21

0.00E+00
Petróleo Gás natural Carvão

Nota:
Reservas aumentam à medida que os
preços forem subindo e novas
tecnologias forem sendo disponibilizadas
A. J. Tsamba 2015 8
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
Universidade Eduardo Mondlane
FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

ENERGIA & AMBIENTE


Petróleo:
Recurso Crítico e Finito
Docente: Alberto Júlio Tsamba
Petróleo
Universidade Eduardo Mondlane

A. J. Tsamba 2011 10
Universidade Eduardo Mondlane
Petróleo
• Combustível Fóssil mais importante
nas Economias Nacionais:
– Conhecido também por Ouro Negro
– Moçambique importa na totalidade as suas
necessidades de petróleo e derivados
– Sua disponibilidade: grande poder
económico-política
– Motivo de disputas geo-políticas:
• Ex:
– Iraque
– Líbia
– Angola

A. J. Tsamba 2015 11
Universidade Eduardo Mondlane
Petróleo
• Consumo sempre crescente
• Consumos de 1998:
– EUA: 26%
– Europa Ocidental: 19%
– Japão: 8%
– China: 5%
– Rússia: 4%
– Outros: 38% (América Latina, Ásia, África,
Oceania)
A. J. Tsamba 2015 12
Universidade Eduardo Mondlane
Petróleo crú (Crude)
Crude ou Petróleo Crú Refinação do Petróleo Crú
• Combustível Natural de
Origem Fóssil:
– Composição:
Hidrocarbonetos de variada
MM;
– Refinação:
• Destilação fraccionada
– Produz diversas fracções
de utilidade bastante
diversificada

A. J. Tsamba 2015 13
Universidade Eduardo Mondlane
Reservas de Petróleo:1998 9 5 4
4
17 10 5 5 4 A. Saudita
Iraque
300 21
24 EAU
30 Kuwait
262
Irão
Milhões de milhões de barris

40
250 Venezuela
Rússia
49
México
200 Líbia
72 China
EUA
150 Nigéria
112
Noruega
93
Argélia
100 RU
96 98
Indonésia
Canadá
50

A. J. Tsamba 2015 14
Universidade Eduardo Mondlane
Reservas de Petróleo

A. J. Tsamba 2015 15
Maiores Produtores de
Universidade Eduardo Mondlane
Petróleo

Países com as Maiores Reservas de Petróleo

A. J. Tsamba 2015 16
Universidade Eduardo Mondlane
Petróleo e Derivados
• Principal combustível desde a II GG;
– 1950: Menos de 1/3 do consumo global de
energia provinha do petróleo;
– Actualmente, cerca de 40% da energia
consumida provém do Petróleo
• Vantagens:
– Flexibilidade para diversos usos;
– Baixo custo (acessibilidade) (??)

A. J. Tsamba 2015 17
Universidade Eduardo Mondlane
Petróleo e Derivados
• Nas úlimas décadas:
– Custos do Petróleo são muito inconstantes e têm
condicionado a Economia Mundial:
• Preços do Petróleo controlados pelas grandes
companhias multinacionais
• 1950-1960: custos diminuem como resultado do
aumento rápido da sua utilização;
• 1960: Criação da OPEP (bastante influente no Mercado
de petróleo)
• Década de 1970: OPEP impõe-se no Mercado de
Petróleo

A. J. Tsamba 2015 18
Evolução dos Preços do Petróleo no MI
Universidade Eduardo Mondlane

USD de 2008
Aumenta da quota
pela OPEP
Guerra
Irão-Iraque
Série de cortes
pela OPEP
Revolução
Iraniana

Crise Israel- Guerra


do Golfo
àrabes

Recessão
Económica

A. J. Tsamba 2015 19
Evolução do Preço do Petróleo
Universidade Eduardo Mondlane

• 1973: Início da Guerra Israelo-Árabe:


– OPEP impõe embargo petrolífero ao Ocidente
– Preços do petróleo triplicam no Mercado (de USD
8 para USD25)
• Revolução Iraniana: 1978-1979
– Interrupção da produção de Petróleo no Irão
(menos 6.000.000 barris/dia no Mercado)
• Outros produtores aumentam a produção para absorver
o impacto mas não evitam subida de USD22 para
USD44/barril

A. J. Tsamba 2015 20
Evolução do Preço do
Universidade Eduardo Mondlane
Petróleo
• Mercado Mundial reage às constantes flutuações
do preço:
– Redução do Consumo (cerca de -14%);
– Adopção de:
• Medidas de eficiência energética
• Combustíveis alternativos e sua tecnologias
– EUA:
• RR cancela o controolo sobre os preços dos combustíveis
(1981)
• Produção Americana aumenta e a taxa de perfuração bate
recorde
– Hegemonia da OPEP é fragilizada
• diminuiu a dependência do Mercado em relação à OPEP
» de 28.000.000 BPD baixa para 17.000.000 BPD
A. J. Tsamba 2015 21
Evolução do Preço do
Universidade Eduardo Mondlane
Petróleo
• 1986: Tentativa da OPEP de
reconquista do Mercado:
– Aumentam os índices de produção
da OPEP (maior oferta)
– Baixam os preços para 1/3 do valor
• Ex: Aráabia Saudita passa de aprox 2
MBPD para 6MBD

A. J. Tsamba 2015 22
Evolução do Preço do
Universidade Eduardo Mondlane
Petróleo
• 1990: Invasão do Kuwait pelo
Iraque:
– Desenvolve-se um agravamento do
Custo do Petróleo
• Atingem-se máximos de 8 anos
– Outros países fazem produção
compensatória:
• Os preços caem de novo
A. J. Tsamba 2015 23
Evolução do Preço do
Universidade Eduardo Mondlane
Petróleo
• 1991: Fim da ocupação do Kuwait:
– Nova queda do preço do Petróleo
– Preço estabilizou-se ou declinou até 1994
(atingindo os mínimos de 1973)
– A economia Americana estava forte e a região
Asiática do Pacífico estava em explosão económica
• De 1990 a 1997
– o consumo de petróleo cresceu em 6,2 MBPD com
a Ásia a consumir 300.000 BPD
– A produção Russa reduz em cerca de 5 MBPD
– Preço do petróleo recupera

24
Evolução do Preço do
Universidade Eduardo Mondlane
Petróleo
• 1997-1998: Impacto da Crise Económica da
Ásia ignorado/subestimado pela OPEP
– Dez 1997: OPEP aumenta em 10% a produção (2,5
MBPD)
– Verifica-se um declínio no consumo de petróleo
pelos países do Pacífico Asiático, pela 1ª vez desde
1982
– Ocorre a queda inevitável do $P
– OPEP corta a produção mas não evita o declínio do
$P

25
Evolução do Preço do
Universidade Eduardo Mondlane
Petróleo
• 1999-2000: Nova recuperação do $P:
– OPEP continua com cortes na Produção
• Entre 1998 e meados de 1999: -3 MBPD
– O efeito Y2K e o crescimento da economia Mundial
estimulam a alta do $P
– Abril-Outubro 2000: OPEP realiza 3 aumentos
sucessivos da quota de produção (+3,2 MBPD) sem
efeito prático na variação do $P
– Novembro 2000: preços começam a reagir
(baixando) em consequência de novos aumentos
da quota (+500 mBPD)

26
Petróleo: recurso crítico e finito
Universidade Eduardo Mondlane

• Em geral, os $P vão aumentando:


– Prenúncio de uma crise energética global
– Consumo actual >80 MBPD estimula as crises que
resultam das flutuações de preços e afectam em
grande medida a economia Mundial e a
Sustentabilidade do Desenvolvimento Sócio-
económico de muitas regiões
– Petróleo é um recurso finito que um dia vai
esgotar-se:
• Há que adoptar alternativas energéticas para garantir o
DS

27
Universidade Eduardo Mondlane
Refinação do Petróleo
• Destilação Fraccionada
– Diferentes temperaturas de
ebulição determinam a
separação em diferentes
componentes
– Resíduo (produto de base):
• Teb mais elevada
• Alcatrão (betume)
– Produto de Topo (fracção mais
volátil)
• Gases à temperatura do ambiente

A. J. Tsamba 2015 28
Universidade Eduardo Mondlane
Desastres com Petróleo

A. J. Tsamba 2015 29
MAR:
Universidade Eduardo Mondlane
principal estrada do Petróleo

A. J. Tsamba 2015 30
Universidade Eduardo Mondlane
Katina P-Moçambique
• Navio Petroleiro Grego:
– Carga: 72 000 ton de crude afunda-se no Canal de
Moçambique (costa de Maputo)
– 26 de Abril de 1992
– Trazido para a Costa Moçambicana e abandonado pela
tripulação, deliberadamente após perder o casco por causa
de um temporal no mar a 17-04-1992
– O navio dirigia-se ao Golfo Pérsico ido da Venzuela
– Rebocado para “lugar” seguro para transbordo do resto da
carga, viria a afundar-se sem que tal ocorresse, a cerca de
170 km da costa de I’bane

A. J. Tsamba 2015 31
Universidade Eduardo Mondlane
Derrames
• Canal de Moçambique:
– Importante rota marítima
– Cerca de 5 000 petroleiros navegam pelo
canal por ano, a maioria com capacidade
iguais ou superiores a 200 kton de crude
– Moçambique:
• Não possui nenhuma capacidade de
fiscalização ou,
• De mitigação de desastres com petroleiros

A. J. Tsamba 2015 32
Universidade Eduardo Mondlane
Katina P
• Consta que o capitão
da embarcação
recusou qualquer
operação de resgate
antes do destastre e
que afastou-se o
máximo que pôde da
costa S-Africana

A. J. Tsamba 2015 33
História dos Desastres com Petróleo
Universidade Eduardo Mondlane

• 18 de Março, 1967 de Cornwall, Englaterra


– Torrey Canyon encalhou, derramando 38 milhões de galões de petróleo
bruto ao largo das ilhas Scilly.
• 15 de Dezembro, 1976, Buzzards Bay, Massachusetts
(EUA):
– Argo Merchant encalhou e se partiu sudeste de Nantucket Island,
derramando toda a sua carga de 7,7 milhões de galões de crude
• Abril, 1977 no Mar do Norte:
– Explosão num poço de petróleo no Campo de Ekofisk; vazaram 81
milhões de galões de crude

• 16 de março, 1978 Portsall, França:


– Petroleiro Amoco Cadiz naufragou derramando 68 milhões de galões,
causando danos ambientais de grande alcance de mais de 100 milhas de
costa da Grã-Bretanha

A. J. Tsamba 2015 34
História dos Desastres com Petróleo
Universidade Eduardo Mondlane

• Últimos 5 anos:
– 19 de junho, 2006 em Calcasieu River, Louisiana:
• Estima-se que 71 milhões de barris de resíduos petrolíferos tenham sido
lançados a partir de um navio-tanque na Refinaria CITGO no Rio Calcasieu
durante uma tempestade violenta.
– 15 de julho de Beirute, no Líbano:
• A marinha israelita bombardeia uma Central Eléctrica na Costa de Jieh,
provocando de vazamentos de óleo entre três milhões e 10 milhões de galões
no mar , afectando cerca de 100 quilômetros de litoral
• Um bloqueio costeiro, como resultado da guerra, dificulta esforços de limpeza
– 11 de agosto, Guimaras ilha, Filipinas:
• Um navio-tanque transportando 530 mil galões de petróleo afunda-se na costa
das Filipinas, colocando em grande risco a pesca e as indústrias do turismo do
país
• O navio afunda em águas profundas, o que torna praticamente imposssível a
sua recuperação, e continua a derramar petróleo no oceano enquanto outros
países eram chamados para ajudar no esforço limpeza em massa
A. J. Tsamba 2015 35
História dos Desastres com Petróleo
Universidade Eduardo Mondlane

– 7 de dezembro, Coreia do Sul:


• Derramamento de óleo provoca desastre
ambiental, destruindo praias e outros
ecossistemas marinhos além de destruir a
idústria turística do país
– O Espírito de Hebei colide com um cabo de aço de um
barco rebocador e que rebocava uma barcaça, cinco
milhas ao largo da costa oeste da Coréia do Sul
– Derrama-se 2,8 milhões de galões de crude
– Sete mil pessoas envolvidas na limpeza de 12
quilômetros de óleo ao longo da costa.

A. J. Tsamba 2015 36
História dos Desastres com Petróleo
Universidade Eduardo Mondlane

– 25 de Julho, 2008 de New Orleans,


Louisiana (EUA):
• Um pequeno barco, transportando 419 mil galões de
crue, colide com um outro navio no rio Mississippi, perto
de Nova Orleans
• Centenas de milhares de galões de combustível são
derramados, causando um bloqueio à navegação em
todo o rio
• Esforços de limpeza conseguem limitar as
conseqüências ambientais sobre a vida selvagem local

A. J. Tsamba 2015 37
História dos Desastres com Petróleo
Universidade Eduardo Mondlane

– 11 de Março, 2009 de Queensland, na


Austrália:
• Durante o Ciclone Hamish, carga insegura a bordo do
navio MV Pacific Adventurer soltou-se na plataforma e
provocou o derrame de 52 mil galões de crude e 620
toneladas de fertilizante nitrato de amônio, no Mar de
Coral
• Cerca de 60 km ao longo da Sinshine Coast ficaram
cobertos de crude, provocando o encerramento de
metade da área das praias

A. J. Tsamba 2015 38
História dos Desastres com Petróleo
Universidade Eduardo Mondlane

• 2010
– 23 de janeiro, Port Arthur, Texas:
• O petroleiro Águia Otome e uma barcaça colidem na Hidrovia Sabine-Neches, causando aum
vazamento de cerca de 462 mil galões de petróleo bruto
• Os danos ambientais foram mínimos dado que apenas cerca de 46.000 galões foram recuperados e
175 mil galões foram dispersados ou evaporaram-se, de acordo com a Guarda Cpsteira Americana
– 24 de Abril, Golfo do México:
• The Horizon Deepwater, uma embarcação semi-submersível de perfuração, afundou-se, após uma
explosão
• Onze pessoas morreram na explosão
• Quando a plataforma se afundou, derramou cerca petróleo bruto
• Além disso, os investigadores Guarda Costeira dos EUA descobriram um vazamento no poço em si
• Aprox. 60.000 barris de petróleo por dia estavam vazando para a água, ameaçando a vida selvagem
ao longo da costa da Louisiana.
• " BP (British Petroleum), que arrendou a Horizon Deepwater, foi responsabilizada pela limpeza do
local, e a Marinha dos EUA forneceu recursos para ajudar a conter a mancha
• O petróleo atingiu a costa da Louisiana em 30 de abril, afectando cerca de 125 milhas da costa.
• No início de Junho, o petróleo também atingiu a Flórida, Alabama e Mississippi.
• Foi o maior derramamento de óleo na história dos EUA.

A. J. Tsamba 2015 39
Universidade Eduardo Mondlane

GÁS NATURAL
“Combustível fóssil
relativamente limpo”
A. J. Tsamba 2015 40
Universidade Eduardo Mondlane
Gás Natural
• Mistura de HC leves:
– Componente principal: metano
• Usado em:
– Aquecimentos, produção de electricidade, transportes
(GNV/GNC), indústria (caldeiras)
– Síntese química:
» Fertilizantes, plásticos, borracha, amónia, etc.
• Constitui mais de 50% do combustível fósil usado na
indústria, habitações, e comércio
• Nos anos 90, cresceu o seu uso em Centrais de
geração de electricidade (cerca de 22%)

A. J. Tsamba 2015 41
Universidade Eduardo Mondlane
Centrais Térmicas
• Geração de Electricidade:
– Unidades de Geração com GN mais
baratas e menos poluentes:
• SO2 desprezível
• Cerca de ⅓ do CO2 emitido pelo carvão
• Tempo de construção mais curto

A. J. Tsamba 2015 42
Universidade Eduardo Mondlane
Ocorrência de GN
– Ocorre:
• Associao ao petróleo ou independente (não-
associado)
– Comparativamente ao Petróleo:
• Combustível de Baixo custo
• Queima fácil e altamente disponível
• Moçambique:
– Reservas conhecidas:
• Forma não-associada
• Cerca de 127.4 biliões de mc (2010)
A. J. Tsamba 2011 43
Universidade Eduardo Mondlane
GN e o ambiente
• Emissões Fugitivas:
– Fugas de GN durante:
• Exploração;
• Transporte
– Contribuem para o Efeito de Estufa
• Metano:
– GWP: 21

A. J. Tsamba 2015 44
Universidade Eduardo Mondlane
Produtores de GN no Mundo

Produtores de GN (em mc), 2006

A. J. Tsamba 2015 45
Triliões de
Metros cúbicos

0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Argélia

4.52
Universidade Eduardo Mondlane

Austrália

2.55
1.51
China

India

0.76
Indonésia

2.62
23
Irão

3.11
Iraque

Malásia

Nigéria 2.12
3.51

Qatar
14.4

Federação Russa

A. J. Tsamba 2015
47.57

Arábia Saudita
6.36

Turqmenistão
2.01

Emiratos Arabes Unidos


6.01

USA
5.19

Uzbequistao
1.87

Venezuela
4.19

Outros Países
28.36
Maiores Produtores de GN-2003

46
Universidade Eduardo Mondlane
Consumidores de GN: Top 10
País biliões de metros cúbicos %

1. Rússia 610 20,2


2. EUA 604 20,0
3. Irão 98,2 3,2
4. Alemanha 96,8 3,2
5. Canadá 92,8 3,1
6. Reino Unido 91,2 3,0)
7. Japão 83,7 2,8
8. Itália 82,6 2,7
9. Ucrânia 73,9 2,4
10. Arábia Saudita 68,3 2,3

A. J. Tsamba 2015 47
Universidade Eduardo Mondlane
Transporte de GN

Gasoducto pode proprocionar fugas


de metano: Emissões fugitivas

Gasoducto Temane (I’bane, Mz)-Secunda (RSA)

A. J. Tsamba 2015 48
Universidade Eduardo Mondlane
Carvão Mineral

A. J. Tsamba 2015 49
Universidade Eduardo Mondlane
Carvão Mineral
• Origem:
– Material vegetal acumulado em pântanos
há milhões de anos
• Decomposição em turfa
• Turfa: coberta de lamas e areias:
– Turfa transformou-se, sob pressões geológicas, em
carvão
– Lamas e areias viraram Xisto encontrao nos jazigos
de carvão

A. J. Tsamba 2015 50
Universidade Eduardo Mondlane
Xisto

A. J. Tsamba 2015 51
Universidade Eduardo Mondlane
Tipos de Carvão

Carvão sub-betuminoso:
Elevado teor de humidade;
Baixo conteúdo de enxofre;
•Lignito ou lenhite: aprox 70%
Custos de mineração acessíveis
de C, ocorre mais à superfície
•Tipos de carvão mais jovem

A. J. Tsamba 2015 52
Universidade Eduardo Mondlane
Tipos de Carvão

Antracite: mais valioso e raro


Muitíssimo duro, aspecto vítreo
e altamente energético
Carvão Betuminoso: mais abundante, duro
e mais energético que o Sub-betuminoso

A. J. Tsamba 2015 53
Universidade Eduardo Mondlane
Tipos de Carvão
Tipos % Carbono Conteúdo Energético (BTU/lb)
Linhite 30 5000-7000
Sub-betuminoso 40 8000-10000
Betuminoso (hulha) 50-70 11000-15000
Antracite 90 14000

Coque é um derivado da
hulha (por decomposição
sob aquecimento, sem
queima)

A. J. Tsamba 2015 54
Universidade Eduardo Mondlane
Usos do Carvão
• O Carvão é usado em:
– Caldeiras
• Na indútria de Processos,
• Geração de Electricidade;
• Indústria Metalúrgica/Siderúrgica

A. J. Tsamba 2015 55
Universidade Eduardo Mondlane
Carvão e Ambiente
• Elevados índices de:
– Dióxido de carbonno;
– Material particulado;
– Dióxido de enxofre
• Emissões fugitivas durante a
exploração:
– Metano

A. J. Tsamba 2015 56
Universidade Eduardo Mondlane
Poluentes de Fósseis
3000
Libras por bilião de BTU de Energia

Gás Natural
2500
Petróleo
2000
Carvão

1500

1000

500

0
CO NOx SO2 Partículas Hg

A. J. Tsamba 2015 57
Universidade Eduardo Mondlane
Poluentes de Fósseis
CO2
250000
Libras por bilião de BTU de Energia

200000

150000

100000

50000

0
Gás Natural Petróleo Carvão

A. J. Tsamba 2015 58
Universidade Eduardo Mondlane
Emissões de Fósseis

A. J. Tsamba 2011 59
Emissões Sectoriais de GEE-2004
Universidade Eduardo Mondlane
Proc Industriais,
Energia, 25.9 19.4

Transportes, 13.1

LULUCF, 17.4

Construção, 7.9
Resíduos, 2.8 Agricultura, 13.5

A. J. Tsamba 2015 60

Você também pode gostar