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br/cfbm-regulamenta-a-habilitacao-em-fisiologia-do-esporte/

O presidente do Conselho Federal de Biomedicina, Silvio José Cecchi, bem como os conselheiros
federais, deliberaram na última plenária, de 15 de julho, a aprovação da habilitação em Fisiologia do
Esporte e da prática do exercício físico.

De acordo com a Resolução, publicada nesta quinta-feira (18) no Diário Oficial da União, “ao profissional
biomédico fisiologista do esporte e da prática do exercício físico é facultado realizar em caráter científico
de retaguarda para a ciência do esporte, seja para o profissional de educação física, nutricionista,
fisioterapeuta e para o médico, trazendo as informações da ciência esportiva para aplicar na prática”.

– Considerando as exigências e o investimento que as pessoas têm feito em atividades esportivas,


certamente, a nova área de atuação para os biomédicos surge como um campo de oportunidades.
Sempre defendi que se somos capacitados para atuar, iremos atuar. E a Fisiologia do Esporte é uma área
que se encaixa perfeitamente nas nossas atividades profissionais – destacou o presidente do CFBM,
Silvio José Cecchi.

Para se habilitar na atividade, o profissional precisa apresentar ao Conselho Regional de Biomedicina de


seu estado pelo menos 500h de estágio na área, ter feito prova de título de especialista da Associação
Brasileira de Biomedicina ou pós-graduação em instituição credenciada pelo Ministério da Educação

https://cfbm.gov.br/wp-content/uploads/2019/07/RESOLUCAO-CFBM-No-309-DE-17-DE-JULHO-DE-
2019.pdf

Nova habilitação em PICs amplia opções de atuação do biomédico

Reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde e oferecidas, de modo integral e gratuito, por meio do
Sistema Único de Saúde (SUS), as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) representam
novas oportunidades de atuação para o biomédico profissional legalmente habilitado.

De acordo com a Resolução CFBM nº 327, de 03 de setembro de 2020, que dispõe sobre a atividade do
Profissional Biomédico nas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, as PICS vêm somar-se às
30 habilitações da Biomedicina.

São 29 Práticas compreendidas, a saber: Apiterapia, Aromaterapia, Arteterapia, Ayurveda, Biodança,


Bioenergética, Constelação familiar, Cromoterapia, Dança circular, Geoterapia, Hipnoterapia,
Homeopatia, Imposição de mãos, Medicina antroposófica/ antroposofia aplicada à saúde, Medicina
Tradicional Chinesa – acupuntura, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Ozonioterapia,
Plantas medicinais – fitoterapia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária
Integrativa, Terapia de florais, Termalismo social/Crenoterapia e Yoga.

As Práticas visam ao bem-estar, prevenção e recuperação da saúde do paciente. Conforme salienta o site
do Ministério da Saúde, “as Práticas Integrativas e Complementares não substituem o tratamento
tradicional. Elas são um adicional, um complemento no tratamento e indicadas por profissionais
específicos conforme as necessidades de cada caso”.

Segundo o texto: “Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de forma integral e gratuita, 29
procedimentos de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) à população. Os atendimentos
começam na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS.

Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional
e Práticas Integrativas e Complementares. Além disso, há crescente número de profissionais capacitados
e habilitados e maior valorização dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte
dessas práticas.”

E prossegue: “O Brasil é referência mundial na área de Práticas Integrativas e Complementares na


atenção básica. É uma modalidade que investe em prevenção e promoção à saúde com o objetivo de
evitar que as pessoas fiquem doentes.

Além disso, quando necessário, as PICS também podem ser usadas para aliviar sintomas e tratar pessoas
que já estão com algum tipo de enfermidade.” (Fonte: Site do Ministério da Saúde –
https://saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares).

Resolução CFBM nº 327

De acordo com a Resolução CFBM nº 327, o biomédico registrado no Conselho Regional de Biomedicina,
habilitado em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), prestará atendimento, incluindo
supervisão e chefia, e ainda compondo serviços de equipes de saúde em universidades públicas ou
privadas e em unidades de atendimento do SUS em todos os níveis de complexidade.

Para obter a habilitação, o profissional deverá comprovar perante o Conselho Regional de sua jurisdição
a certificação de conhecimento e será habilitado, dentre as diversas práticas reconhecidas pelo
Ministério da Saúde, nas que observarem carga horária mínima, devidamente determinada pelo
Conselho Federal de Biomedicina, conforme estabelece a Normativa 02/2020, do CFBM, de 03 de
setembro de 2020.

A carga horária mínima para a Osteopatia é de 1.400 horas; já a Acupuntura, Antroposofia, Arterapia,
Ayurveda, Fitoterapia, Hipnoterapia, Homeopatia, Musicoterapia, Naturopatia e Quiropraxia devem
respeitar 360 horas; para Terapia Comunitária Integrativa, 240 horas; Apiterapia e Terapia de Florais, 180
horas; Constelação Familiar, 140 horas; Cromoterapia, 80 horas; Aromaterapia, Biodança, Bioenergética,
Dança Circular, Ozonioterapia, Reflexologia, Reiki e Yoga, 40 horas; e, por fim, devem ser consideradas 20
horas para Geoterapia, Termalismo – Crenoterapia, Imposição de mãos, Meditação e Shantala.

Conforme explica o dr. Mauricio Gomes Meirelles, delegado titular da Seccional e Delegacia Regional de
Ribeirão Preto (SP), que participa ao lado de lideranças da Biomedicina das discussões acerca da nova
habilitação, o biomédico pode solicitar a inclusão na habilitação em PICs de uma ou mais Práticas, de
acordo com a sua formação. E essa regularização vai permitir ao profissional o ingresso em concursos
públicos, por exemplo.” Ele lembra que as PICS estão presentes em mais de 3 mil municípios e em todas
as capitais do país.

“Certamente a Biomedicina será a ponte entre o conhecimento tecnológico e o (conhecimento) das


Práticas Integrativas”, observa a dra. Eneida Mara Gonçalves, da Comissão de Acupuntura do CRBM1.
Para ela, a abertura aos profissionais biomédicos representa a oportunidade de desmistificar a
Biomedicina, vista muitas vezes (erroneamente) como essencialmente tecnológica”.

Acupuntura: a habilitação que une a biomedicina à técnica milenar chinesa

19-09-19 | Destaque, Habilitações, Notícias

A acupuntura é uma habilitação da Biomedicina desde a década de 1980, mas, para estudá-la, é preciso
ir a um passado bem mais distante. É que a acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional
Chinesa. Seu princípio é a liberação do fluxo de energia vital, conhecido como Qi, através da aplicação de
agulhas em determinados pontos do corpo. A filosofia oriental atribui o desenvolvimento de diversos
problemas físicos e emocionais ao desequilíbrio, bloqueio ou mesmo à deficiência desta energia vital. As
agulhas estimulam não só a circulação da energia como também desencadeiam a liberação de
substâncias naturais do organismo, como a endorfina, além de aumentar o fluxo sanguíneo. O efeito da
técnica auxilia na promoção, manutenção e recuperação da saúde e do bem-estar.

Para a prática da acupuntura é necessário, além de conhecimento de anatomia, fisiologia, patologia e


outras matérias que compõem o curso de biomedicina, se aprofundar em conceitos e métodos da
medicina chinesa, como o sistema de meridianos e colaterais e o diagnóstico por observação do pulso,
das veias e de nódulos das orelhas e da língua.

Quem une todos estes conhecimentos é a acupunturista e conselheira do CRBM-5, Fabiana Vieira. Ela
revela o que um biomédico precisa saber para trabalhar na área.

– Quais características o profissional deve ter para trabalhar como acupunturista?

Fabiana Vieira – O profissional deve apresentar um currículo multidisciplinar, sabendo conciliar os


conhecimentos em anatomia, semiologia e patologia e a concepção holística e de equilibro energético
que preconiza a filosofia da Medicina Tradicional Chinesa, da qual faz parte a acupuntura.

Além disso, muito estudo, dedicação e constante atualização fazem parte de um bom profissional na
área. Um bom profissional acupunturista também deve ser um bom ouvinte e estar sempre atento ao
paciente, identificando pequenos detalhes físicos que auxiliam o correto diagnóstico.

– Em quais locais o biomédico com habilitação na área pode atuar?

FV- O Biomédico acupunturista pode atuar em clínicas particulares de acupuntura, em grupos


multidisciplinares de saúde e, no campo acadêmico, como professor nas diversas especialidades da
Medicina Tradicional Chinesa/acupuntura.

– Como você vê o momento atual da acupuntura para os biomédicos?


FV- A acupuntura vem como uma atuação promissora, uma vez que, atualmente, um grande número de
pacientes vem procurando novas terapias alternativas em busca de um equilíbrio energético e de outros
benefícios, como o tratamento do stress, da ansiedade e de dores diversas. Na Medicina Tradicional
Chinesa, incluindo a acupuntura, o paciente é tratado e equilibrado como um todo, sem as
fragmentações que observamos hoje na medicina Ocidental.

– Por que o interesse pela acupuntura? E o que te agrada mais nesta área?

FV- Eu gosto muito da acupuntura por me permitir tratar as dores dos pacientes, sejam elas físicas ou
emocionais. É um método de alivio às dores e às doenças, pois com a inserção das agulhas nos locais
corretos podemos promover analgesia, estimular o sistema imunológico ou anti-inflamatório,
promovendo uma melhor qualidade da saúde e maior sensação de conforto e bem-estar aos pacientes.

É bom lembrar:

A acupuntura é uma prática multiprofissional, podendo ser exercida por outros profissionais da área da
saúde que estejam devida e legalmente habilitados.

Recentemente, em uma matéria da revista PASS de maio de 2019, afirmou-se que a acupuntura somente
poderia ser exercida por médicos, dentistas e veterinários. O Conselho Regional de Biomedicina da 1ª
Região emitiu uma nota à publicação corrigindo a informação. A retratação foi publicada na edição de
julho da revista.

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