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Colegio ESTETICA UNIVERSAL Coordenador: Jot Ricardo Moderno 1, BSTETICA A logica da art odo pooma—A.G. Baumgarten 2. OBRAS ESPETICAS — Pisosofia da imaginagao enladara ~ Gheres Baudelaire 3 ESTETICA ~ Tworia da Formatividade - LuigtPereyson Dado Intermodal a ble (CIP) Baungaran,AlecanderGtlih 1716178 ee Alecanare Cotes Seumgurtas tradi de ian Suto Mada Pipl Rd Von 10. allan de eto eteaine a eie de deka Crain giant 1. Bedon 2 Plein Posing. lo sum eopanias 56.402 Sn Alexander Gottlich Baumgarten ‘*—— ESTETICA A logica da arte e do poema CColetanen de textos extraidos dn edigto de “Johann Christan Kleyb de 1750 ‘Tradugso de Miriam Sutter Medeieos Petrspolis 1903 ‘© Faitarn Vooes Lida Rus Frei Luts, 100 5689-000 Petrspols, RJ "Beas ‘itulo do original em Latim: ABSTHETICA Copidesque Orlando dae Reis Diagramagao: Daniel SantAnna Rosone Guedes {ISBN 86.826-1019-7(edigo brasileira) SUMARIO APRESENTAGAO,7 PARTE Hecate she agus vtrent mtn do Pare Matas, 5 Prolegtmenos Cepia I: Palelogia empiric, 67 ‘Soto: M eisténca da sia ‘Sco IIA falda do concent inferior, 62 Se I Asati 60 eea01V: Aimnginagi, 72 Soquo V: A porpissa, 77 Seqdo VI: Amemaria 79, Bepsa VILA tacldae de invent, 82 Sopto Villa aclda de prover Sojto XO julgamenta, Sf Sepia X: A faaldade de prossnte, 69 ‘Sept XICATacaldade de desgoan 91 Pare ut Astin, 95 Prologmenes, 95 arta bstatcn tien 99 Contaa eure, 2 Sopto A Belen do coneseento, APRESENTACAO Se Kant na Critica da Faculdade de Julgar nega-se a discutir as idcins eatticas de Alexander Gottied Baumgarten QTL 1162), propositalmenteamite sew nome, Hogel em au Estate dota 9 terme do erlador da estéica floes o situa: “Howe tum tempo em que se tratava das sensaptes agradavelse de su hascimento e desenvolvimento. Fol particularmente durante & lltima fase da Hlosofia wolfiana questa concepeio, on antes, esta ‘ategoria dou lugar a indmeras disevesbes, mas o conteddo era lnsignifieante demala para se prestar a dcsenvolvimentos, & dessa época que remonta o nagcimenta do termo esttica, Foi Baumgarten quem deuo nome de ststiea A cigneia da sensagéen, ‘esta teoria do belo. Para nds alomaes este termo & familar; ‘utros povosoignoram. Os rancesesdizem théorie des aris ou des belles letiren 08 ingles acassficam na erftca(eriio. Os prin pias erficos de Henry Home (Lord Kaimes) goraram de un grande prestigio na época da publicagto da obra. Para dizer a verdade,o termo esttica nto é exatamente o adequado, Foram propostas ainda as denominagies “teoriadasbelas encias™, das belasartes", mas los com rato nto foram mantidas, Empregou- seigualmente otermo “ealistiea,porém aqui tata-ee no do belo fm goralesim do belocomocriagao da arte, Portanto, manteremos fo termo Estetica nio porque o nome nos imports poco, tas Porque esce Lerma recebeudireta de eidadania na linguagem oreente, o que jé 6 um serio argumento em favor de sua man tanpfo” (1895, Introdsto, 0 eléssico BSTETICA, pela primeira vex acossvel ao leitor brasileiro, 6 composto das was Meditagaeseabree poem, tse de outorado onde no sltime pardgrafo cle cra aesttic (epistomeé tisthetine, de momentos da Merofisicav do esseneal da Botetica propriamente dit. Su edie represents um dos mala mportan: vest sotstcadoa © dignos Tangameatos editoriis do Brasil nos ‘timo PARTEI “Meditagies filoséficas sobre alguns tépicos referentos a esséncia do pooma Desde 0 inicio da adolosctncia, 0 género da iterstura nio s6 ‘nos agradou, a ambos’ de modo extraardinirio, como também hnunea 0 desprezamos, ceguinds assim o conaeiho de homens fextremamentesibios dos quis era convenient obedecer, jana ‘quele tompodecidimos experimentar pblicainente noses orgas, ‘quaisquer que fossem, no campo literaro, Efetivamente, deade 2 Speen em que comece| a formar-me nas humanidades ~incent vido por aquele que fro guia de extrema habilidade dos meus primeiros anos deestudos, quento posto nomear sem qua minha lmao inunde da mals alta grotiddo: refirome a Christgau, Aignissimo vieeseitar do préapero leew do Berlim ~ nfo passe! tum dia soquer sem me aplicar& poesia, A medida quo avangava poucoa pouco em anca,embora tives side fargo, desde o tempo fa escola, avatar eada vez mais meus pensamentos para asst tos mais austores, ea vida neadémiea no ‘outros trabalhose outras preseupagies, dediquel-me niobate literatura, que me eranecossaia assim, nonea pude mecbriger Fealmente a renunciar & poesia, que eansiderava inteiramente, ‘ecomendvel, tanto po sun pura bela, quanto por sua evidente| Uilidade. Entrementos, pela vontade divin, que venero, ocorreu ‘queme forse conferidow encargo de ensinars poste, juntemente fom a assim chamada Mlosfta racional, ajuventude que devia se formar para as universidades. O que haveria de mais propiio resto momento, exceto pi em pratica ov precltos da flosolia, ‘quando a primelvaccasi se ofereia? Por otrolado, aque havi de maisindigna ou de mais dif para um filgsofo, que assoverar tm palavras elheiasetelatar, com vor eateatsrica, os eaerllos da ‘tres? Hu precisava me preparar pare efleiraveapeita daqUi- {que conhecla spanas historcamente e por experiencia, par [inlagdo aga ou polo menos por auspeitae pela expectativa de {aoos semelhaster, Enquanto me encontravanestes embarago, Sinha afuapio modou novamente,e me vi, num fechar do ahs, alr da Prideriiana. ‘Tenho vi por aqueles que entregam ao pico ‘pensamentos ainda maturone mal pondetadoa,e que, infelizmen. Ter dosonram mais que digniticam n primoroen alvidade dos tlamon no circu tararo. ato expliea nfo o nego, ofato Geno {areumpridomalscedoo dever queexigem dem leis da Universidade Porém agore, para que sea dover, eecolhi um asaunta que na ver ‘rofundo e allio a0 discornimento do sof, mas que me Farecousullelontemente importante face &fraquesa das minhas forgas, eae, no que serefeedignidade do aesunt, me pareceu ‘Swficlentementeadequado para exerctaros epiitos que se dedi ama procarar aa rates de toda ax cols. ‘De fato, desjo emonstrar que é possivel, a partir do coneeito ‘nico de poema (que ha muito me esta gravado na ala), provar {Mimorossefirmapves sustentadascemvezes, masque mal orem ‘omprovadas uma sé ver deseo, pole, mostrar claramente que 8 fiosfia a ciéacia da componigao do poems, frequentemente Consideradas muito fastadas uma da outraconatituem um expat ja unlao 6 talalmente amighvel. Dest forma, até of 1 dedi armel a desenvolver a nopio de poema e dos termos a ele ‘stociados;er segue, do§ 13 0 § 68, eforgar-me-ei par formar slguma imagem dos pensamentos potics. Depis dita, do § 65 s0'8 76, desvendo 0 método Heide do poema, & medida gue 0 ‘eso é eomum a todos os poemas; por ultima, do 877 o €107, Dropontowme a considera ot termos potticos ¢ @avalid-les com uidads, Parecou-me oportuno, pds haverevidenciedoafecund® dade da minha definigdo, comparé-la com algumas outras, , Finalmente arescentr tréspalnvras sobre a posticn geval ‘Anatureza do projeto nfo permitiu mais, nem a Kmitagso do pensador permits melhor; talver no futuro, DEUS, 0 tempo, a Spliopdo hao de me coneeder pensamentos mais importantes e ‘ais maduros. 1 Quand ensnciamos a palavra DISCURSO (oratio), entendo- ‘mot ua tba de plavran que dxigoam reprsentays oderiamos cltar a6 esta defines como testemnho, caso acusassem do inGteis todas as defines de termes claros.O que Sodiseurvo compreendem-neclaramente os que ainda nfo pagemn Ingreste ao banbo; masse ado expomos a aigaiicapo datinta dos fermos que wsamos, a mento indecisa hesita o realmente nfo sabe (qual a nopio ou sentido que deve atribuir 4 uma palavra no ‘momento em ques ouve.O tedlogo recomend a "oratio- junto com ‘ameditarao e em caso de tentajao; mas nessas eircunstancias @ palavra cantém aspoctos quo se latrodusiram erroncamente Aefinigdo. OLigicoda escola, seguindo o seu Arsidtles, denom mpreendide eemo um emuciato, “aq eparadamonte, tam uma sigaifeagao"s¢ ‘orrocndo o igado, pergunta-ke se 0 silogismo conetitat uma 86 “ratio” ou varias. retdric proclama elaramente que se deve Aistnguir cudadosamente a “oratio” da declamapio, deforma 8 ‘nfo parecer que confundimos a guerra com um exerecio armas. “Aqueles que sogaem o uso comm da linguagem poderiam talver ‘escobrir que “oratio" 60 que chamamos todos os dis de discurso fem sentido amplo; exe algusm prefer nomed-o aero (Sermo: ‘hem, no empreenderemos contra isso nenhurma batalla, que ‘aoulteria em tlunfos Mas basta pensar no que Hordelo noma *Sermos"e voremos quo 6 melhor nos abstermos deste terme. 9 Apacs do diaeurso deve sor conhocdas as representing aasoindae = ‘A proposigfo manor 6 0 axioms que constitu defini; a ‘i qu ami ‘hos, pr scr tun formulagio ontalgin sufeentomenteconheck da, Pesimos com eet, que nos ja permida empreger, som dsfnclas, © expon sem demons in, certas nope, qe os ‘lito hae rigors consideram demonstradaneefsions, De agen abo imponivels por biptese; ae damonatragiea, os deveriam sor iad de otra font por osteo m88 Doderiam estar ansodadas ao nao arnt sem ransigso aun ‘utr ginero” Cleroeatrve."Este, enteetanto, xm conan dos do dos feof, Efetivamente, quando os gotme- im demonstrar alga coi, considerama let « prova- i ‘mesmo 6 pertitente ao assunto de que tratam; mas explicam @ ‘que inda nunca foi abordado. Os fldsofos, qualquer que sea @ {lseunto de que ratam, rednem tudo o que a le se refer, mesmo fist ja fr discutido erm outro lugar” CIC. Tusey V, 18). Que frande honra, na verdad, que signfiativ triunfo para sibios {Wwe nfo soo gedmetrast, $3 ‘As REPRESENTACORS obtidas através da parte inferior da * tacaldade cognitiva sao SENSITIVAS. ‘deseo g chamado aensitivo enquanto provém de uma repre sentagao cofusa do bem; mass represertagio confusa, assim fomo a opresentagto obscura, 6 bid straves da pate inferior da faculdade de conhecer nto, a denominagin“sensitivar tam: bsém poderd ser aplicndn bs proprias representapbes, para, deste ‘odo, serem distinguidas das epresentagdesinclectuais distin | fs segundo todos om gras posse 4 ‘Suponha-so que um DISCURSO que ee compte de represen tage senavels sj senstivo, Como nenhum flésofoaleanga tomanha profundidadequelie pprmita contomplar todas as citar com ointeleclo puro, em 26 eter no nivel do conecimento eonfus; do mesmo modo, quase ‘enhum discurso chegn a ser to cientifico «intelectual que nfo ss encontr uma 86 idea sonsivel no longo do seu encalearnento, Porconseqnéncia, aquale que se dedica antes de ado ao conheet- ‘mento distinto pote encontrar quaisquerrepresentagées distintas ‘num discurso sensitiv ests iltimo, no entanto permance sitio, assim como o discurso clenifco permanece abstrato © intelectal. $5 ‘As represontagées sensiveienssociadas devern ser conhecidas sa partir dodiscurse senattivo (2 $6 0s diversos elementos do dseurso sensivel so: 1) as repre: sontagdes sensveis; 2) a sun associaga, 3) as palavra, ito 08 sons artiuladon, resultontes das letras, que sdo os signoe des rTepresentagios sensives( 4, 1) or 0 DISCURSO SENSIVEL PERFBITO ¢ aquele cus elemen- tos contribuem para oconhecimenta das representapies senevels gv 8 Quanto mais um diseurso eonsivel admitir elementos que sugeitom representagées sensves, tanto mais perfil ele sera “0. arr) O diseursosensivel perfito 6» POEMA: oconjunto das rogras fs quais o pooma dave so submeter 6a PORTICA; @ciéncin da postica ¢ a PORTICA PILOSOFICA; a aptidao para claborar um Doema Ga arte da PORSIA; aquele que poss esta aptide & 4m PoBrA. Se desejamos recorror is definipes nominais, emo dizem os lispomos de obras muito reas, uo basta consulta, Publicadas pola editoras Scaliger, Voss por muitnsoutras, Not Ebiteremoe, todavia, com prazer, desta taref, bservande sine plesmente © que segue. Nolo Marecl, AMinio e Donato, de ‘acordo com Luci, parecem achar que a Untea diferenga entre poem e poesia 6 aguela do grandee do pequeno, considerando © poems como uma parte ow sma tepio dn poesia aqua, por sua ‘er, seria um poema mais longo, Desta forma, entre a poesia «© poeina haveria a mesma diferensa que hd, ets Homero, eatre Inds eo “Catsiogo dos navios greg”. A estes j@ so opée Vos slogando o uso da lings, ‘om eujas mis eto arbirio, odzeito eas norms do falar (HOR Hp. a Pis, 73) Wales aati al ‘peso dis, quand Vos adite que perio lero empre- 2a 0 termo “poesia” para designar "poemes", 2 sua observagao Perde a impordineia. Do Tato, as passagens quo eita parecer Fudicer o contrrio: quando Cicero, no livro V" das ‘Tusculenas (cap. 110, atribul a Homeronao a poesia, mas a pinturs, porg fsdmire na pessoa de um cogo a arta de imitar tudo, inchuindo © {446 eatd ao aleance dos olhos; mas ndo sao os ellos desta arte, ‘upslomenos ido sé cea, que eatimblam a sun admiragte «que Seria neceasrio, pura provar que o termo "poesia" possui nesta Passagem ema signiieacaoinsdlita,Oowtro texto ne seencontr no liv VI-como consta nas duas ediies de Voss ma no ivro IV das Tusculanas (cap. 71); nele Cicero afirma que poesia de [Anaerconte se refere,na sua tolaidade, ao amor, Mas aord que ppodemoe substtuir agi otermo“poesia® pelo term "poem" no Singular? Ou nao estaria Cicero alegando que a inspiragto Que ‘anima toda a obra de Anaereonte aspiea exclusivamente a cantar 0s perigas do amor, de modo quo, para Cero, v termo “poesia” ‘anlém oseu sentido proprio, omermo que Ihe atributmos? Salo tngano ness, nao 6 fll doce chegar a uma conchusia sobre esta ‘questa, $10 0s diversos slementos do poema ato: 1) as represontagdes sena(vels2)a sua associaga; 3) as palavras que ae designa (3 on Diremos que é PORTICO tudo que pode contribuir de alguma -manelea pereigso do poem, se ‘As representaptes sensveis at elementos do pooma ($ 10) logo, sto poctias (11,7). Mas como as representagsessensiveis rdem ser obscuras ou caras (§ 3), as representagbes obscuras representapoes clarab slo potics. ‘Uma mesma enisa pode sem duvida motivar representagbes das quais uma primeira sera obscura; ume segunda, clara e por Ultimo, uma tereira,distinta; mas quando falanos de represen tagies que um diseurso deve expressar,referimo-nos Aquelas representagies que o locutor pretends comunicar, Pergunta-se, Portanto,quais ete aa representagies que posta pretende capri, firem seu poema, 13 ‘As representapies obscurasndocontim tantasrepresontagdes de mareas dstintivas quantas possbiitem reconheosr © objeto representado e distingu-lo das outros; por outro lado, as repre Sontagoes claras eontemas (por dfinigso); logo, oe eleztentos {quo pormitom a eomunicapio das repreventagser senaiveis 0 nals numerosos quando as mesmas #40 claras que quande dbscuras. Um poem, portanto, caja represontapies so clarae, ‘mais perfeito que aque cujas representagies sa0 obscuras;¢ epresentagbes claras so mais poticas ($11) que as obscura ‘Assim, refuta-se oengano daqueles que créer falar tanto mals pocticamente quanto mais o seu palavreado se torna obscuro e ‘omplicado, Mas no concordamoa de modo algum eam aqueles ‘que ousam negar os melhores posts, pela simples razdo de que ‘8 seus olhos bagos 56 pensam ditingulr trevas escaras © ema noite profunda nos pomas dos mosmes. Tomames eamo exemplo 0s versos 460 46 da IV Satira de Peri Se, enuteloso,fustigares 03 agiotas do Putesl/ tarts empres- tado em vio of vidos a0 pov, sto verso sero ncusndoslevianamente de extrema obseu- dade por quem iqnora a historia de Nero; mas aque que tar feito a rolapao, a nso ser que ignore o Tatim, compreenderd © significado tordaexperitnsiaderepresentagocabastantedlarad, au As ropresentagses distintas, completa, adequadas, eprofun- ds, em todos os grows, no eis senaivels log, nao 0 poctiens tb. AA verdade desta propos tornar-se-4evidente, sea viven- iarmoa a posteriori, como por exemplo, se dermos slgum fl fofo, ndo totalmente igacrante ein poss, os segues versos ropletos de reprosentapéosdistintas ‘Aqucles que demonstram que os outroa esto erzados o refi ‘am /Entio ninguém refutard se nto domenstraso err dos ou ‘ros; aquele que deve demonstrar que ‘um erro existaldove ominar a lies; logo, aquele que refutaer ser um ligic, nto ogra (segundo o verso 1). embora a métrica de cada um doles seja perflta, No entant, taives naa saiba por que motivo ‘estes verso, quo ho pecam nom pela sue forma nem polo sou ‘ontesdo, Ihe perecem rejitavois. Alias, tomes aqui a principal Futo pela qual seconsidera quase impossvelaflosofia ea pocsia Dpermaneserem no mesmo nivel: de fto, a primelra procura eam Extrema abstinagaoa ditingso dos conediton, enquantoan segunda ‘aio se preocupa com a mesma, quo sositua alam daeaera podtice ‘Saponde porém que tim indiidu muito competenta em ambas fs partes a faculdade deconhecer e que satba usar cada uma no ‘dovido tempo, de tal modo que ce dedique « afinar uma som prejudicar a outra; {eles e outros tanto, que uniram a tga dos dsafos a0 ouroa do pots eram prodigos e nfo miragens, 915 As reprosentagées claras ao podticaa(§ 18); por outro ado, a8 representapiea claras podem ser distintas ou confusas; mas jé fabomos quo as reprosontagses ds ia, Togo, as representagbes conf $16 Se uma representaglo A representar um nsmero maior de coinas que outrasrepresentages BC, D, ete, mas apeser disso Srreprteentagoc que ea conten fem todas confusaa;nassocano ‘REMATSCLARA que as outrassoboPONTO DE VISTA EXTEN. Siv0. ‘Tivemos que acrscontar ota restrgso pare distingue eaten sgrnaecxanaives ta Gavesa daguals oun graus mulo cnhe- ‘Sidon gue, pla dating das marcas da percep, lovam & po. fandesn do conbocimento« aerretar wm ropreseniago mass clara que a outra, sob o ponto de vista intensive. om” Existom mais representagdes sensveis nas representapies ‘queso muito claras sab oponto de vista extensive que naquelas ‘que aio menos claras (§ 16) ¢, portanto, nels existem mais lomentos que conteibuer para a prfeigo do pooma (8D), Por feonseguint, as ropresontapies multo clarae solo pont de vista textensivo sto extremamente posicas ($11), $18 Quanto mais determinadas as cosas, tanto mais elementos ‘eontém as suas representagses; porém, quanta mais tea € uma "opresentagio confuse, mais clara ésobo pono de vista extensivo G'26s conegtentemente, tanto mini postin (17). Lag, 6 postico que as coisas a sorem representadas em um poeta sath otorminadas 9 mais possivel (11), sy Osindividuos so sera absolatemente doterminados; log, as roprosntapes singulnos se totaimente potcas (18) (Os noscos pocias menores (os Quérilbe esto to lon poder apreciar belesa do poema qvepreferemempinar ovat? GOR. Bat, T, 6, 5), quando Homero, no canto il da thada, jnumara “os hts, toerans on comandanies ds ain at cmto os propos navies, sem excegan de nenhumow anda, ‘tuando decereve no canto Vii todos aqueles que ousavam se opot {Heitor o,enfim, quando pason em resoniia no “Hino a Apul® ‘sinsmeros ugureseagradot em que rinava este deus, Acotece {mesmo na Bnelda de Versi, bastando, para veri, per orrer o fim dolivro Vt eos ios seguintes. Alem doses exe. bls, podemos acreseentaro catalog do cies que estragalham © feu tono nas Metamorfoes de Ovidio © ningutsn a meu er, poderd jlgar que estes verss, que nos seriam muito dics de Imitar, pudessem ter surgido contra odesso ou contra vontade dos sean stores 920 AAs doterminagoes especifiens que se antam aogier consti tem a especie as determinagoes genéricasjuntadas a0 género Superior eonstituem o género inferior; logo, as tepresentayoes do [tnero inferior ¢ da especie #40 maie podticns que aquelas do ‘enero ou do génora superior (§ 18), ‘Afi de nto parser ave pers asoamenteodomo- radamente umn prova a posterior de nossaa eerie, {toon primeira ol d posta de Venus, Br gue eocreveanipassaon em vo de ‘ancetai-p6 ain fem ver de “psta de jogos palma” em fugar de "premio": sls Ibis” poreras fetes *condigdo de Atala" por "grande sats coavi cipro" por *navio mar do Miyetos” por Ear perigouos "0 Afi em Tota contra a ondas de fear” em vet dlo‘contrao vent" ;-velho Masico"em vezdevinho deboa sara: ‘Siva dos Marto em ver de 2 Vitude do poem exténa subtitle de con ‘penteamplos por coneitos mais rstits? Preferimos nem men- ‘Tonare propria organiza que Ol dada ao todo dade, projetada dolalmodoque representa ambiglo,aavides ea volipia através cv paricularesem que esses defltos oatumam see ntidos ta forma, ocorrendo Tada ume amplifeagao, em lugar do Universal, oblido de muito nsos semelhantes, repretenta-se um ‘outro caao (ef. vere 26,27, 93,94. “Tibulo, no livro IT para enunclar os perfumes, que deveriam ser espargos sobre oes eatos morals, portal és tpas de (Que Id sejam espargidos os reos perfumes que nos enviam a rica Pancaial¢ os da Arabia e 08 da Assria (f 19¥e que se Inisturom a Ligeimas vertidas em minha meméeia (TIBI, 2, 23a) "Verio, para expressar a nogto“n valerdoelabre estilo postico da prt ‘rimeiramente ocrrem todos os fatos,cuje possbilidade eu nogava/ osrrem contra asleis da natureza; fe, na primeira Bueslicn, enumere até mata espcificamente certo fates fisicamenteimpostvel, mas perfeltamentecanhecie dn ao menos pelos camponeses: Antes no ter pasta of pidoscervos, te (VERG., Buc, I, 80) esta mesina fonts fui a distibuigio postiea, quando os poetas, que devem cantar numerosps abjetas,costumam reparti- {onrom eategorias e em espéies. B conhecido 0 trecho em que ‘Vergo trata dos troignoe que faharam na Libia (Bneida,livro 1; O meamo ocore em Catala que, ao representa os eis eos eno nascidos em Nisa, esreve 22 fare isto’, hd dese ‘a “Uma parte deles agita ot tirsos resobertos de folhagem” (CATUL. 61,250), nos versas soguintes deta oito expésies destas persona ‘gens, oeupadas em aividades diferentes, sor © BXEMPLO é a epresentago de um objeto mais determi rndo, rodusda para eaclarcet a represontagao dein Geto ‘ones determinad, Vito que esta definifo winds ndo fl mencionsda noutra parte, quteror agora demonsirar que a mena convén pore {Eten anunoda lingua: Para est fm, rrorremes eos maior tion, que airman o sogunte quantdader uals somad ‘outros quantidadas gua precisom somas igus cu em ou Palavras so A's Z:'D = Gyentioy A'r BS Z'y ¥, So ag Sutotituiemono numero indeterminao A pelo nino determi do 4:2 por +2 B pore por $3, ese amarmoe que Gnas 3+ 3; note cao tolos dito que dens um erempio. none axfoma,snbrtides tvernocono objetivo ornar mals lara» slgnfeapo dns letras usada somo soe, Suporte ‘gr nl geo propenn dengan needed ‘lar de ‘umn dale ae expresso imprépran, Enise, se hogaso a defini afebre, segundo ov tarmon de Campanile, tomo fama gusta empresa contr a doenga pel fore pode: fosn o expo" on como uma excpcons) aglayieespotines At eopiita que shore por combate a causa iriante da doen’, pesunremes qu ele dot um explode defngaomprpi, a ‘er que tals dfinies eto comproendiday mais profundament. Ede fto tard propsto, em ver de uma deg genie, om Caso individual , em ves do conceit gral de expesro imps Pria, tard repesinindo a guerra, a ataio do esprit, 6 au Erdor te, ete portato ert proportgoncafos que contin mals ‘cterminaydes que oaimplesconeta deerme pep equ, bor eantegunts o6 crvem para expr eslrecer ens oneal enicaremos a ecundiade ia notea dango estan ren: vero problema como o fas um argue ao da um exerplo 8 ‘Sutra ou ainda, meitando as importantes asters de Spo Quando ata (Cons tel iat, por ef, elaeeterd {oquranga de suas demonstrates, a matenaca oferece a a Sn outras Candas um exemple que au estas devem initar 0 ‘ais pssve (e107) _F NNR 922 (Os exemplosrepresentados de manciraconfusa so roprosen- is tlares tobe ponto de vista extensivo que aquelas que 21) 6, portanto, to mais potticas($ 18). {ue sto singulares eto sem divida servem para eclarecer( Dente os exemples, aque cos melhores (19) sto pereebeuofamoto Leibniz no seu notével lvro,em que se coloea came defensorda causa de Deus, quand afrma:“O olytivo deve wr o ensinamento da pradéncia da ‘cxemplos”(Teodicda Il, 148). Se procuramos im exemplo de exemplo, éstamos, quase como Tanta, em pres fenga de uma tal abundancia dos mesmos que nfo sabemos qual Gomelhor, Consideremos odesafortonado Ovidi, que prope mas suas Tristiae a seguinte representagao pouco determinada: ‘Muitas vezes, quando wm deus nos oprime, outro deus nos ajuda (Tris, I 2, 0 eaasim que sous labios, umedecidas pola figwa salgada das Iogrimas © do mar, deisaram eacapar ebtat plavras, repentinamente irompe dos mesmas uma onda cons Aloravel de exemplos, que ocupam seis versos ‘Vuleano esté contra Todi; Apolo defende-a, et. (Tri, 1,2.) 923 ‘Um conesito A, cuja represent areas datint fests ansociado a CEITO ao qual se associa um qutro conecto; o oposto dele 6 0 conceito SIMPLES, ao qual nose associa nenhum eonceito. Um ‘conceita complexe representa mais coeas que wn coneeito az ples; lego, os eneeitoscomplexaseconfusos sto mais claros ob 0 Ponto de vista extensive que aqueles quo sao simples (§ 16) e, portanto, mais posticos que os simples (@ 17) juntando-se aguela das sat ‘As REPRESENTAGORS das mudangasatuais daguele que se rupresenta alguma coisa sto as SENSACOES; elas sao senatveis| (§5),¢, portanto,poticas 3) $25 ‘Uma ves que ot afetos so gra do prazer e do desprazer, ax suas sensaptos realizam ieito que se representa, demaneiraconfusa alguma nde bea ou ma. Os fetes, portant, determina representagoes postiens (§ 24); ogo, 6um procedimento podicoprovacares altos Gin, $26 ‘Omesme pode ser demonstra da seguinte mancirs: quando ‘nos epresentamos uma caiea como bon ou ma, nos reprerentamos ‘ala a rerpeito dela do que se nao a representarmes como ‘firmour logo, a reprosentagds da ois que, de manera coe sno pares boas ou mds tom moisclare extensiva do que seno foscom proposta dete modo 18) 6 portant, ato mais Podticas (§17),Ora, ais ropresntagies geram ats; ogo, 6 um procedimento postica provacnr os sftos (1. $27 As sonsagées mais fortes aio mais claras; portanto, i posticas que aquelas queso menos claras fracas (17), Ora, a2 Senses que ncompanham um afetotaisintenso do moisfartes (que aquelas que acompaaham um aleto menos inten (825) logo, um procedimento sumamente poctico provorar afetos mito Intensos. Beta mesma proposipio pode ver demonstrada como segue: as coisas que nos Fepresentaros de maneira sonra como endo o que ha de pir ov de melhor sto repreentadas com mais Slaresa extensiva que ae fossem representadas como menos boas fou monos mds ($16); to, pos, representadas de modo mais (G17) Mas topreventacdo eonfasa de ema ens como endo que hé de pcr ow do melhor para née provaca sft auto tenses. Logo, 6 mais pdticoprovorar aloes intensos qe prove. car afetoa meno intense 998 ‘As imagine phananmsi) so representa snl (§ 3); portanto, so posticas (§ 12). vee Denominamos imaginagSea as reprodugées des represents ges los sontidono ct lato nos afastamos, de aordo com os flgsooe, do signifeado vago dosta palavra, nfo nos afestam nem dav Ga ings sa dan rears da rami quem Etreveri,efetivaments, 8 nogar que as imaginapGes slo o que ‘uaginamos? De fate, no proprio dicondrio de Suda, a faculdade Ade tmoginar 6 deserita como “aguela que extrai das sensagies as formas'doa cbjetos sentidosv os reproduz em si mesma". O que to entdo as imaginapies, no aor as repotigoes (as reprodugies ‘SS imagens (dag repeeacntapies) doo objetas doa sentidos, que {ram extraidos da tensagio (como}é indica oconceito"extrafdos as aeneagoes"?? 529 [As imaginages ado menos claras que as idgins advindas da sensei log, s80 menos poaticas (617) ‘Quando, porém, os afstos provocados determinam idias ad dna consagita, o poem que era afetos € mais perfeito que [nquele que esta roploto de imaginagbes mortas (8,9); portanto, inais postin gorar aftas do que produir imaginagBes diferen: tes ‘Nao basta que os poemas sejam lindos../ Pambém devern fapinto do uviate sonde queiram (HOR. Ep. ad. Pis, S900) Bis uma qualidade absolutamente notvel, que, por um lado, permite distnguir muite fyclmente “os pootas semelhantes Servos ¢ a5 postisas semlhantes 8 gralbas-do-campo" (Pore ‘Sat 19),0, or outro, os Homeres. De fato,quase sempreaque ‘quo proinctenam grandes clsasjuntam ao seu poerna um oud fcathos de parpara que brilhem de losge" (HOR. Ep. ad Pls, 1416). Horde, portant nfo condena completamente o recurso bs imoginagbes,contudo, devemoa ver quals sio essas coisas que, foyundo poote, devein sor usadas com prudancia,e que cl ita para destacar 0 seu propésio: \deserovem obingusaagrado co altar de Diana Gmaginagées 1163)/ Ou entao o Reno limog. 8), ou ainda o areoris imag. 4 ‘and mio hs nem lugar nem espago para tanto (IDEM, 16-9) Poderiamos agora, visto queo poeta segue o principio do nosso 122, a titulo de exemple, denenvolver uma nop mals universal psn du regrets ma determi hum ours pont de conven fla nto der o concalto de imaginagao. Desto modo, ae dermos tredioa Horde oars quesniba medelaruihassteprodust Shucen a ‘cabelos no bonae”(u gue eaiberepresonar de ‘naneiraadoquadacertas imagines ooo poems), ‘he ave mele no cnn dsr «sr me le preferiiaviver com ari tora olbos negro ou eabelonPretos (IDEM, 32, 59.). ee » $90 {A reprotentagso da imaginagdo parcial de um objeto fas res surgira sua imaginapSo total que, portanto,constitul um concelta ‘complexo; este, se for confuso, sora mais postico quo so fosse simples (§ 23) Logo, & quando osorve una iveginagho parcial, 6 jum procedimento podtico representar a imaginagao total, que potsui uma elareza extensiva maior (617), sar ‘Umma vex que aguilo, que coexste, em relagao 20 eapago e 20 tempo, com wma imaginagdo parcial, pertence a uma mesma Imaginagie tata, um procedimento pacicerepresentar aul ‘taneamento a imaginacto parcial eas imaginagées claras sob 0 pontode vista extensivo) daquilo que cnexistecom a mesma ($80) "Nas obras dos potas frequentemente encontramoa deacrigses do tempo. Citamos, como exemple, Vergiio e sua deserigao da noite (Verto, Enea, IV); do dia (Buedlia IV); da tarde (Bu Tica D. Ne obra de Seneca, pademos ler wma deseript conjun das quatro estapies (Hip, Il) ainda, na obra do Vergo, @ eserisdo da primavera (Gesrgies, Il, 319-046), da aurora, do inverno, do ottona, ete Outros exemple, podem Toraect Ios os ‘aseunhos do qualquer poota som telento, Deve-se, todavia, tar 0 Cuidado de observaro esdlo do § 29 no tocante as descigbes 592 Podemos demonstrar que 6 postico representar simultanea- ‘mento uma imaginapio e¢ que coexite eam ela sob o aspecto do ‘espago edo tempo como sogue:€ podtica representar as coisas ee ee salon Se ‘eer deo rc lm rein bicicon eira ecrea t So a $33 {A representapfo de uma imaginagio de carta espe ou de ceriopinero provecao easurgimento de outra imaginagies da mesma esplete ou do mesmo gener, Se representarmos esas Tigiman ao mesmo tenpo que o eeu gnero ou @ sua eaptce, 0 onzifo quo surge es tornn, por lado, complexo e confeosogo, {rna-o um contsito mals potic ($23) por outro lado enpeeie uo gdnero eo nals determinados portant, asua representagao {arnacse mai poatica (20, 1. sas Se representarmos a imaginasdo que pretendemes represen tarde do confi a0 esa ep, epee oo gery ds is depends (untamentecom outrasmoginagSes), vamos eter maclarerentensivanaor dogue sono fermaa(§ 1) og, um procedimento podtice representaro genero e a expéce dos {Gun Gopende, entamente com oalras imaginagso que tenho ‘intengao de representar(§ 17. $35 Se representarmos simultancamento uma determina ims- sinagio eaquiloque pertance so mesmo generoea mesma expécie etom o fim de tepresantaro gnero ea espéce cles proprios~, a ‘epresentapto torna-se mals pottica que se procedermos de modo {iferente(@ 28). Mas ¢ potticn representa 0 género ea expécio ao ncemo tempo que a representagio que protendemos reprosontar ($21), Logo, & um peocedimeato extremamento potico represen tar simaltaneamente a imaginapo que queremos representar & fs imaginagdos do mesmo genero ou da mesma espéce ff $98 ‘As coitas que dependem de umn mesmo conceto de categoria superior slo SEMELHANTES (similis), portant, coisas seme: Thantes pertencem una mesma espécie gu a um mesmo gener, Logo, «tim procedimenta extremamente poticn representar st rmultaneamente a imaginafo que queremos representareagullo aque he ¢ somelhanto ($30). : ‘sso também permite compreondorelaremente por que razso agusls, que formar sobs autoridade de mostre or proferidoree Ae erdetlos, exigom tanto que fexempl trado de Vergiio tor {luvida, eneontrar semethaneas:trata-se da entrada de Dido no templo de Juno. O poeta, nessa passagem, descreve uma mulher us ederofos,supera a sua fearacterstens constitu un tipo eepecicn, no qval também ee incl a davea Diana. Diana, fento, 6considerada como uma semelhangal De fato uma seme: Thangs nfo € um exemplo, mesmo quando se trata de uma an. sor ‘As ropresontogo postin ($38) Encontramo-nas nes abras de Versi, Ovido e Tbulo, mas segunda oertério de que tipo de érbiteos da boa poesia? Efeiva- ‘mente, nfo as devemoa reeitar completamente, embora tenha. ‘mor motives para sangar-nos contra os visiondrics, suits de tal {nado "a0 deliiow & ira de Diana” (HOR. Ep, ad Pi 464), que -osabem propor outra coisa que as intorprotapios dos sonhos ou ‘nmero de vezea que Calo desposou Cala, ou ent, a extingso olume de nlo sei que mierozsm, dos sonhos so imaginaeSes; logo, s80 538 ‘Quanto mais clara fora representagto dasimaginagbes, tanto mais estas se trnamn semelhantes he eins senavels, de modo ‘que multas vezesequivalem a uma sensapdo liglramente mais fraca. Mas & podtico reprecentar as imaginagies com a raaior ‘laresa possivel(§ 17) logo, «wm procodimonta poétic trnelas frtremamente semelhantes As sensagtes, $39 proprio da pintura representar 0 que 6 compasto; este procedimento 6 wn procedimenta poctic (§ 24). A ropresentapto Pictirien deve sor muito semethante a deia constvel do objeto que [Rueremos pinta; e esta mosma tarels eabe a poeaa (@ 88). Lago, tim poema'e uma pintura sao somelhantes (0). ‘Uma poesia ¢ camo uma pintura (HOR. Bp. ad Pi, 36) [Neste ponta, uma corta necessidade hermenéutica impé quel, que saa aquilaar a consequnea, entender por"poesia Sfoemes'e por “piatura’ nto a arte de pintar, mag sim 0 s00 produto. Apesar isso, nio ha motivo para duvidar do conceito futéntico de poesia, que denim eestabelecemos corretamente ‘0 §9, Com efit, cm elagSo a confusto mizealanca de palavras ‘quase sindnimas Horécio o outros pootas, ‘Sempee cusaram legtimamente o que queriam (HOR. Ep. ad Pie, 10 $40 ‘A pintura representa as imaginagGes somente na superficie; portanto, sun tarefa nao Inell representar toda asituagao, nem Fepreseniar o movimento; em eompensagto esta tare(a enbe & pocsia-eetivamente, quando ropresentamos uma situagio easua trolugéo, a representagao do ascunto torna-se mala rea ~ male lara sob panto do vista extansivo ~ que quando nfo represen- famosa situagao.a evolu da mesma 18) Logo, nas imagens postieas ha thals elementos contribuindo para a unidade dat ‘esmas que nas imagens pictércas. Consequentemente, um poe ‘ma 6 mais pereito que ura pinturs oa Embora as imaginsgées expressas polas palavras e peo dis- curso sjam mais laras que aquclas que se apresentam a vio, ‘io por ita todavia, que efirmatnos a primazia do poema sobre 4 pintara, De fata, aclaresaintenniva, que da ao conhectmento| Simbslicy, efetuado pelaspalavras, uma primazia sobre o conhe- nerten svayorn esta dima a unica clarezn postica(§17, 18) Quanto a0 resto, € comprovadamente verdade, segundo a cexperitneia o nforme 0 § 23, que Aquilo que chega aos ouvidos estimula menos o esprit / que guile que se apresenta aoe olbos, que sie fiéig/B aguile que 0 Dréprio eepectadr testemunha (HOR. Ep. ad Pi, 180-183). fa © reconhecimento confuso de uma ropresentapio devote & smeméria sensivel log, enquanto tensitva (§ 8), 4 meméria fambem épostiea (§ 12). 0 ‘Numa representapio,« ADMIRACAO (admirsto) 6a intuigio ddeum grande numero de elementos, que muitas série de nossas pereepybes nfo contém. Concordamos com Descartes, que define a admiraglo como ‘ama surpresa subita da alms, que levs a mesma a considerar chidadoramente os objetoe que ihe parecem raros ¢extraording- Flog (Tratado dee paitocs, art. 70); mavdessjamos adaptar esta ‘efinigto & nossa ina demonsteativa, suprimminds os elementos ‘que nos pareceram supérflus, Algunsconsideram um ero, salvo fem caso da ignorinela, julgar que a raridale aja sufcient pa formar uma coisa admirdvel. Certamente nfo Tecomeparemos & Aiseussdo que intentaran contra Descartes; mas rssaltamos que ‘9 tarmo extraordindril subvntendealguma coisa rlativemente {nconeebive, im todo easo, tontamoeindicar com clareza aduple ‘origom da admiragao sa iy {Jé que oconhecimento intuitive pode sor confuso, le também pode estar fundamentado na admiragto (43); potanto, a repre fentogao das coisas admiravel €poties (§ 13) $45 ‘ Costumamosconcentrar nossa atengao no quecontém alguma «visa admiravel. A opresentarae confusa daquilo em que prest ‘mos along tom mais elarora extensiva do que a representapto ‘Taguilo em que no prestamos avengao (16). Logo, as ropresen- seers aaa tages que eontém coisas admirdvei io male potas qv aqu {igque ato a cont Por iso Horio esrove Patel dno, Seerdote da masa, (Celobrocantos que nun- cacuvitan) Mogae o rangas (0808 Il, 1,24) lareoermono pensaments do autora partir a ua forma aloe taker contents 9 mente ema ha ipeina oe do Hoe it quetniia com os roguints vereos No sre! arebatado por uma pena nustads, nem por ume frags 1,2) ‘ ‘Aguem pode retrucar que esta afiragio nfo dix eapito ao contd, mos a foria do oom rc, sinda perf entre os {ethos kaves de Hori! De fas asulm pode bert noentant, [penne dav, ocontoudo nto estdenctds do propésio.Admitinds ‘he ola eng ocas, ainda nerim 60 carter aamravel da frm. Soy ae pene Hlordsi provocor representagba pod {Gonforme nosso parigrfs). B'ita que Hordcto desde inicio ccna an ay pia gin conadra gt wh ta enunei cosas inuntadar” "que ainda nunca ram ovis ne deslamos, poi, estabelosr mats nada $45 Quando score a admiragso, hé mutas coisas q cam um roconciment confso (43) estas cies, portent, provocam una repreentapso menos pstica (42) "Também podemos formula a posterior quea admiragiocessn quando gorse um reconecinono confaro. Imaginemoe algae ‘Tinirendo elgum objeto, uma maquina de guerre engenhosa por rasa eterna eset alge ae marine e'nao wit az mesmaa maquinas, ou a ‘ndquinas anda mals engenhosns, em Berim ouem Dread. Bota Feourdagio ae acontecer,provcsrd de qualquer maneira a sue poneto da admiragao. on A representagtio das coisas admiraveis 6 poctica om cortos aspectos (§ 48), mas em outros nao o 6 (§ 46) donde resulta 0 confit entre ne rograse a necessidade da excopto, RR 48 Logo, te for preciso represontar coisas admindveis (§ 4, repreaentagio das mesmas ha de conte cestos elementon provoquem sum reconhecimento confaso. Em outras palavr tim procedimento extromamento podtico meselar habilmente © conhesido eo desconheeido, nas proprias coisas admirdvels $47). $0 ‘Visto que oo milagres sto ato singulares, as suas representa 200 aio extremamente posticas(§ 19), ne entanto, como seante. ‘em muito raramente no relno da natureaa ~ou pelo menos oo perecbamos rarfssimas vezes~ radmirgves (843) loo, E necesedrio que coisas conhecidas e faclmente reconheetvels fejam acrescentadaa aoe milagre (48). ‘Que nenbum deus intervenha, a nfo ser que oenreda/ merega tal interventor (HOR. Ep. a Pis, 181,192). ‘A partir da noyio de poema, que apresentarnes no § 9, provém dade denarrarmilagres Inumeros exersplos ‘melhores postas atestam esta libordade, que, todavi ‘ico objetivo era imitar a natureza, Com efeito, a natureza nia poss nada em comm com oe milagres 550 As representa confuses que surgem das imayinagies divi Aidas ecompostas sao imaginaptes; logo, ao poétieas, gor 8 ojeton destas roprosentagins so ox possiveie no mundo ‘existente ou impastvels, Podemos denominar esta altimas IN VENGOBS e as pimeiras, INVENCOES' $52 (08 objeto das invengios tanto so impos {ao existento, quanto impossivals em todos os munilos possels Digamos que estes tltimes objets, absolutamento impocsveis, _ sito UTOPICOS; dignmos que os primeiros sio HETEROCOSMI- Bee Pek conserinte,naotxistenenuma representa, confi ‘5 04 postien, dos objetosutspcos 963 $6 as invengdes verdadeiras e hoteroctsmieas 50,52). postions 554 [As DESCRIQOES so enamnerapos dos elementos, quaiaauer que ajams, do cojeto da tepresentagio. Lago, so descrevermos 0 ‘Beto de uma ropresentagao confuse, reprosentamos um ndmero Imalor dos sous elementon do quo so nto a descrevermos. Se a “Gonvertermes era una DESCRIGAO CONFUSA, i é se fornecer- nor representagoes confusas dos elementos incuidos no objeto Tuc quaremos deerever,esteVatadqwiri mais clareza extensiva; Sei quanta mais elementos repreaentados de mancira confusa Contiver (16) As doscrgdes confess, portanto, prinepalmente ‘Guando repreaentam urn nimero muito grande de elementos, s80 ‘tremamente posticas (17). $55 ‘As desrigbes confusus das id sensiveis, das imaginagbes dan invengoes vordadeiras ehelerocésmicas sao extremamente podticas ($84. ‘Doravanto temas condigio de suprimir uma divida que pode ria preoeupar aquele que penea da eeguinte manera: a descrigio, por defnigao, oquivales ditinguir, num abjeto A, os elementos Bice De, portante,equivalea represontar Ade maneiradstints porém igo se opoe ao conceito do poema (cf §8) ¢ ao que dele Rosulta(e.§ 14 logo disso podemos deducir a tee absurda que ‘Ghocessariosuprimir as desergocs dos poems, Mas a verdade 6 Aiferente:B, Grete sto representagbes senaiveis, sendo confusns| por hipttess (§ 3), portanto, a descriqdo substitu a nica repre: Eentagi sensivel A pelasrepresentastes B, C, D ou, em outras Delavras, substitu varia ropresentajbes sensives, Deste modo, Linda que A se torne completamente distinto ~o que raraments gears pana, ao eoier ma esr es ei pet $56 [Nas invengSes heteroeéamieas ha numerosos elementos que (como podamos presumir) os wspiritos de muitos leitores ou ouvir tes nunca encontraram nem nas sequéncias das suas idélas sen siveis; nom naquela das imaginapies nto inventadas, nem hhaguela das tas invengdee verdadeiras; vamoa supa, entdo, que fates elementos ado admiravel (4). Portanto, se as invengo Serdadeirascontiverem nomerosos elementas sseetivela de mo Uivar tm resanhecimento confuso, nesse caso a mesclagem do fonheldo edo desconhecido provoce urna representagao extreme ‘mente pottia (48). Por este motivo Hordcioescreve:“Esforgar-me- em inventar fo meu poeta a partir do que se conhece” (Ep. ad Pi, 240) 6 (quando quer ensingr a arte de inventare de fazer concer: ‘O que fea bem e o que ndo; none leva o acertoe aonde leva o cerroyasfontes do recursos o que sustenta ou forme o poeta (Idem, ‘808, 300), presereve que sigam a tradisio”¢ que "recoloquer “Aquiles em cons”, 0 que significa, segundo 0 § 17, que retomem ‘ae famoens personagens éplcas daslendas. “Medi, fo, Ino, 1x0, ‘Orestes" eto exemplos que provém de um mesmo canceito goral fo de personogens teatrals, sb mals oufidas. As palavras que Horéelo emprega em soguida sao expictas 1 preferivelealocar em cena a Iiada/ que apresenter ealsas Aescontecidase inéditas (Idem, 129, 130) ‘Sabemos que nesta passagem o poeta fala da comédia, bem como do banguels do Tiesto: mas podemos intorpretar esta eka ‘deforma universal, uma vex que a asso que sjustiiea € univer fs, como 0 demonstramon A Ilada, prtanto, ainda constitul ‘um exemplo de inveneao heteroedsmica muito eonheeldo, Horacio ‘denoming audécia "a invengao de uma nova personagem” (Ldem, 126), $57 «aft nwa om qu mutes elementos so conradzom so utspicas ent heteroessmicas (52), pois nas invengdes podticas| nada so contraiz (683). wente cosas que se adequem", para que possam dizer a teu espe 0 mesmo que dizem a reapelto de Homer: MMT De tal modo mistura verdade e mentiray Que o melo nfo deston do inicio, ean fio, do meio (Ldem, 181, 182). ‘Nao ae dove pedir que acreitem numa fabola, qualquer que aja teu contatido/ Nem falar de erlangas que saem vivas do ‘entre do uma Cuca saciada (Idem, 399, 840). ‘Abominoe me dea descrédulo! Qualquer desrigo dest em, 188) ‘Os anctos também condenam o que nto contribui para edi. car (Idem, 341) $58 Se, para a representapio potica de quaisquer objeto ios. cas ou! universal, o bor senso exige quo seam 0 mals possvel ‘Sterminados @ 18), cersados do exerplos (822), descritos ob 0 [tspecto do espape e do tempo G82), « que enumeremas 0 maior ‘Mdimero posstvel ge outtos elemento (§ 54); entdo, ‘Ga nto for sufiiente, nfo necesadrias invengdes verdadeira; Seca nerragao em si nfo for suficientemente rica, provavelmente onto necessrias invengbeshoterocdsalcas (4, 7). Por conse~ {uinte, as invengbes, tanto a8 verdadoiras como as heterocéami- ns, em certascondiqaes, to necostias ao poems ‘qualquer pestoa que foheou um povco ax obras de retrica saber segunde nosso parecer, do. desacordo existento entre 05 poctas eos relrices, quando de trata de saber sea invengio faz Parte ou nto das caracteristies essencias do pooma. Por iss, Pera resolver esta diva, desidimes no aprovar plenamente Fenhum dos dels partidos, propondo-nos antes delerminar 08 fnsos definidos em que 0 poeta nd pode deixar de inventar. A ‘xperitncia, portant, ensina nfo a6 que éperavelinventar mat ambém que taut vezos acaba sendo inovtével inventar. De fato somos parcels, por menores que seam, da eidade de Deus, {por iauo temos que eter em nossos poemas palavras destinadas ‘texalfara virtude ea eligi; ete obrigago se mantém através dle quace toda as vieiestudes dos tempos (veja-se a dissertaio “Sobre o modo de propaga a religise pelos poomas” presentada fem Helmatedt ecb proteao de Johannes Andreas Schmidt); ora fs conceitos quo indicam de maneira perfeita ou impereita a ‘erdatleira petfeigto do ginero humano sao coneitos universal, smn, acaba sendo muito requente os pootnsterem que falar de {as universais © pouco detarminadas. & por iste que Horéco, SeeeEEES ESSE SESS SESS SESS SESS SNE EEEEEEEEESSESESECECESESEEEESSEEEEECESEEESESEEEESEEEEEEEEES ants dees, dizi: "Os escrito soertieos te supririo de ex los (Bp. ad Ps, 31. "Aprimeirahiptese,portanto, 6 posavel, mas também se verd 1 possbilldade da eeguntda, o que se verfica, ponsendo-ae que 0 pects eacreve para todos ox pelo menos para pessoas que deseo. Thoce, das quais nfo pode conbecernexperiéncia, Neste cao, so Imagiar etn que no invatou, masque o 0 ovine nunca experimentou,o public fré considera essa» imaginagoes {amo invenyleeverdadeires (51), Desta forma, bistros fecente,h qual ae relaions geralmente um conbociment muita floterminado, quase sempre eausa preuizo no poeta: com efit, Sit pra din i soba elo mene, thal permite, ou nem mesmo permite, que se evite a reprovarde Je contrary a ua histria antiga nones ae assacia um conhect- mento sufclenteente determinado para satifazer sexigdncias Uoestlo poetic (como jé a demonstrames),poranto, o canted fdas suae narragdes novessits de uma determinagio maior. Ora sts determinaytes, que devem er aerescentadas ao poema, mas que a histrin omit, 9 podem ser combecidas ae conhecermoe ‘Tiramente toto os requiitos necesaaroa para que seam verda- ‘eiras; tal conhecimento, porém, nfo fot parte do dominio do {nteniment into, Deste moo, sempre adiviaharmae estas de terminagdes a partir de razfes pouco nummerosas¢ muito insu es; neste caso, a veracdade destas determinagtestorna-se tutto improvavel; 0 que sigfes que provavelments nf existem bento que fazem pare das invensdesheteroctamices 969 Perocbemos que as ooises provivels acontecom com mai freqncin que a8 cosas improvavel; logo, 0 poema que faventa fates proviveis representa aa coisas de modo mals Poético que ‘aguele que inventa Tntosimprovavels (58). Por maior que seja 0 dominio das invangdes ecoitéves, este sou torivrio a cada dia mals se reduz, a medida que o dominio {da af razto ee ampia. Mal poderiames dizer qantas ¥ezas 02 ‘mais sabios poctns do passado (rn oposigso ao $57) misturarem As ioas obras invengoea utdpeas tal come os douses adteros, ‘te, Connegamnes oun a pouco arr disso, mas agora prelaamos, ‘quando inventamos, evitar nao si conteadigues evidentas, mas mbm a falta de raados explicativas, asim como a iraclonall- fade dos efeitos, coma o poet tantas votes 0 delara: rrr Se quiser que a platéin espere sentada, pela queda do pano/ até.o sor pedir “aplaull? Cunpre observar o comportamento ‘Seéprio a cada epoca da vida (HOR. Bp. ad Ps, 154-15). ‘Com efito,umcomportamento snsatotorna uma agSoou um, iacursodeterninadon do uma mancira espeiic, Vatioa spor ‘gue acontogaoeantréro ‘Os Romance scam eavalheiro ou plebeus, iro a gargalha- das, (mos que a repesentapio grade nox compradores de frtos de blcotarrados ede nozes/ nem por iso oadmiirao sem Exquitaeto Ihe dardoo primero prémio Idem. 1136 249,250) Podemos ns peruntar: por qué? Basta reer oparigrafo.Nfo nogamos propriamente que nfo tenha fundamentos afirmar que Nircolher & boca se perde a sopa" e fo probimos que seam inn on inpfeviaet n poo ag pesos nee imam o quo ver 8 ser mats podtca, Qualguer acon Trento inesperado tem um motivo que, todavia, nao se conhecia [ntes, A repreventapfo de tal acontecienta, portant, contém ‘lomentos admirivels ($3); log, paticos (§ 64,65). Noentanto, Seno decurso da narragfo 0 motivo do fato nfo vern 8 Tad, © fonhecido mistara-te ao desconhesio, ea repreaentapio do acon. {teimento nesperedotoraa-e mais postin 58) #60 ADIVINACAO (divinatio) 6 representapto do futuro; a sua Aesignagso com palavrat € a PREDIGAO; so « divinagio nto provem do caro conhecimenta da rolagao entre o futuro eo que o| Rvtermina temoa PRESSAGIO: a designacao do pressdgio enun- ‘ado em palavras é 9 VATICINIO. set © futuro 60 que ser; pode, pois, ser asolutamente dotermi- nado, As representagies do Futur, quer dizer, as predigaes(§ 60), ‘Ho singulares; logo, aio sumamente pocticas (19). 02 Se a relagio entre o fata a prover © 0 que o determina for indieada de tal modo que seja claramente pereabida pelo ouvinte fou pelo leitor, cata demonstrado que 0 fato acontacers. Log, 0 G14); portant, s gion, ¢ 8 [predgoes posticas sho or Vaticiios (§ 60), Lego, o vatiinte ¢ post (§ 61 $03 Se o conheeimento de futuro nfo fr nem natural nem supe natural on se nfo for Lio determinada quanto a requer 0 pom, rosso eiuo, ornames a encontrar, no dominio dos vatitnion, & pocetsidade condicional de rcorrerainvengies.O'§48 demons. frou que este recurso é necosairi principalmente nas narragies doparsade. 960 ‘As invongSes dos vaticinios no devem de modo nenhum se contradizer(§ 54) e dover dar preferinca ao provavel eno ao Improvévl (§ 60) PParticularmente ao poeta convém vaticnar; por isso. propria Bscritura ama a poesia em multos de weus profes. Mas néo 6 menos perigoo predzer eens, qusnd te gvora coma mestmas| {sorealizario; pois, seo vatletnio for desmentido pelo acontecimme to, serd miseravelmente rdiculizado. Por consents, 0. que ‘evindo a via mais drvta; ela entdo ¢ denominada de psieologla ‘empirica; 2) do conctto da alma, através do encadeamento dos ‘acloctnis, seguindo a via mais longa; ela entao 6 denominada Pricologa raciona, sto algo que é capaz de estar conaciente de alguma esis, entao, qu sé uma alma. Bxiateem ‘im alguma colsa que ¢ eapaz de estar coniclente de algema ‘ols. Briste em mim, portanto, une alma (eu que sou alma, eu exist, CAPITULO I Psicologia empirica | | $505 Eu pens isto 6, minha alma se modifies. Os pensamentas, portanto, so oe acidentes de minha alma; e pelo menos alguns ‘estes acidentes encontram sus razio suiciente em minha sims. ‘Minha alma é pois uma fora $508 Os pensamentos so representagies. Minha alms, potanto, 6 ‘uma forga ropreaentativa $607 ‘Minha alma pena por meio de certas partes deste mundo. ‘Minha alma, portanto, é uma forga que, ao menos parialmente, | pode represcntar este mundo pars st mesma. am $508 sso certon corps deste mundo, astns como suas modi caghn De wn dsterminade corpo ea penso um meno nme. d¢ tees oy pent um numero maximo de modiiagies, este 27g ama parte de mit mesmo. Mes corpo, “qual eu penso wm maior mimero de modi- °ficlatamente nao penso de qualquer outro $509 ‘Meu corpo ccupss uma posigde determinada neste mundo: le poste! um Inga uma pace, oma sitaagto $510 nso determinadas coisas de modo car ¢ uteas de modo conan tic qu pes una coisa de modo convo no dace sonata Ae jduinivasy no eneano, ele a8 representa para si ne ae ae os as perce, Com efi, oo cle dcraise 08 mes asd jena ele eFopesenta de modo conte rare dit egeria de modo claro aque mean qos ol 58 fk tonfusoment: porte lad se le erable. a8 Sen ona doje ue pean ‘de modo cor, nt mares jan sri caps de dstngu «objeto perobido "Faso dow gute nto Ge toa perce, Renin cnc de mado conn niguniaoisa represen ort Sede paratcl meamo de moro obec. soit ‘Naalimaexistem percepgdes obseuras.O conjuntodasmesmns Aenaminarsefando da alma 512 {6 possvel de saber, «partir da posgto de meu corpe dentro do muito, 0 motive por que perceboalgumas coisas mais obscu- se matte outras mals claramentee outras ainda mais distin mente ou se, minha representagio se pauta pela posi de meu corpo dentro do mundo. pela posto ds 513 ‘Minha alma, portanto, € a frpa que pode se representar 0 ‘universe a pari da pose do sou corpo, pou A totalidade de representagdes presentes a alma 6 uma percepet total; suas partes si pereepgies parciis, que, por sua ‘ex, so dividem om dois eonjantor O conjunto das pereepgés tbecuras Go campo da chscuridade (ou das trevas), que 6 fundo ‘Uaalma, eoconjuntodas percepgdes claras 60 campo da claridade {ou da Tos), que compreende o campo da confusdo, da distingso, dda adoquagaa, ete $515 © conhecimenta verdadeiro 6 realidade; a ele e apse o nto conhecimento, ou ainda a auséncia do conhoeimento, quo 6 ‘gnordncia, bem como. aparéncia do conhcimento, isto o ero, {questo ngagbes. O ms ‘Szendorespelto apenas a um Unio objeto, o mais insignfteante {e todas, contém o minimo de verdade, Logo, quanto mais estes ‘bjetor aumentam em numero e em importanea, anto mais 0 ‘coahecimento ganba em importancia © em verdade, a ponto de, ‘Quando ao estende ao maior némero de abjetos possivela o aed ‘objetot mais importantes, cle sera'o mais importante e o mais ‘erdadero de tos, Tendo chegado & um estaigio om que ance tum nimero maximo de objets, oconheeimento se caracteriza por fin abundineia (sua profusao, sua extensto, sua rigueza, sua ‘nmensidade); maa no estagio em que conhese apenas urn numero ‘lnimo de objeto, ele se earacteiea por rsa tesldade; quando of mais importantes, anhecimento so eline on seriedade, sua today, quando seus objeto si0 ot mais insigafieantes, ele ie por sua trivial (sua pobreza, sua ftlidade). Quan- tomalsverdades contem conhecimenta, tanto maisele os arse ‘ondenadamente;e quanto mais ele 6 verdadeira, tanto mais {mportante. 0 eonhecimenta que campreande omaior mimero de ee ee renennnnersneneresapmtuenenennnnre inet 0 que fares 0 den 6 exato (ninuciamente aperteigoadoo ave oer © orto rr verdad 6 grows. aly rn menor amare 2 Mentor into €,0 metodo, constitu 0 carder trdem no, comet doutrinal do conhesimento, onquante as etic aeramsic tem conatitl 9 earater improviado, 0 a menor peri Ceprceemtagies que compliers a perfeiglo <7 connecimento Tou menos importantes ¢, medida que oo sinha lg 0 each em sentido ampio, adgure 8 ° Tela: Nenhvom eonhecimentoé totalmente caéri no crs, Nena necmenta poral efile 0 vigor, to ean se iar ee pel Gade, porta, ele 6 forte aus frac) tanto mals & dil rac, neonatonte) hart ad Tp rapresotagies, quando surgem, mdiicam menos ‘Asma isin nmaisfort representagoes 0 $516 prcopte gue, arsed a gua out ers Pr eee: eum mesmo todo ¢ denorinam se peeps cial stan aren deja peng aesosaas gus dosing see da an $517 Sate apis ae 518 ses sacra sctatodemaem que redominan as percepts bneoras eo ended alns cum que program oper flaras 60 eine da Segio Ta faculdade do conhecimento inferior $519 ‘Minha alma conhec cert coisas, Fla disp, pos, de uma facaldade de conhecimen, ot sei, ela dspae 8 fa Sic starminada soa J i neni mpl $520 Minha sla conhace de modo obacuro determina coisas 6 conheesconfusament otras, Asim, quando todas sx css {gus opereabr uma cas como ciiplotaments ferent dae Sutras, minha alma pereebe mate que quando a prcebe sexta Aiterengar das otean.Deste modo, quando todas na cons #90 {gain oconhecimento claro maior que ocoatccmento obscura, Stguo'se que a obneuridade¢ um grau menor do coneclmento, tnuanto ue aclarez €um grautaseevadoo, pela mes ‘Sn, confusto 6m gra menor do conhecment ow sind, tim gran inferior enquasto queadistngno€ um gaa mar ox ‘entdo umn gra super. A feculdade de conhecer alguna sia do ‘todo obscure confaso, os entao de modo inditintn, € pols a Tauldndedoconbecventonfrir. Maha sls portanto, ape douma feuldade do conhosiments inferior. $921 ‘A reprsantago indistinta denomina-s representa. vol A forgn de minha alma procura esta representayao sensivel sravas 8 faculdade inferior, gragan& representa das percep- sie oenatvela ‘ras 8 rereeenterio dns peep $522 128 de modo tal que algu- aracterfsticas espocficas sao claras.eoutras, obseu- ras. Uma percepeo deste tipo 6 distnta a medida quo ela contém marcas dictintivas clara; ela € senatvel A medida que contém inareasdistintivasobscuras. Uma porceprto, portanto, qual se Juntem alguma eanfusto e alguma obseuridade 6 distin, © & sonaivel uma percep & qual 6 inerente alguna distin. Esta sai ae Zap emnvrtude de sot aspect ontagueide et Care er da focldade do combecentoinferit 9529 ‘As marcas distntivas de uma reprosontagio ou sho mediatas cov cto imediatas; eoments estas itimas so consideradas para ‘ligne a cloreza encontrada em alguma percep 524 _As marcas distintivas afo ou suficientes ou insuficentes so abschatamonte necesdrias ou intrinsecamente contingentes; x80 ‘Randvels« eonstantes ou intringecamente variveis isto mu {dveis, Em virbude de sua emingnea, apenas os primeiros termos SES opoctgoea ado denominados "marcas distintvas" $525 [Asmarcas dstintivas de uma representapdo ou so negaivas fav A percepyao que contém as primeiras chamada de Sercupyo negativa; aquela que contem as segundas € chamada, [eipercepsto postiva. As perceproes negativas tanto podem ser {oullmente negatvas: elas entao sao tals que cada uma de suas ‘Suma marca nogativa, através das quais nfo fe perceberia coisa alguma; quanto podem ser parcalmente ne alien elas onto ato fais que elgumos de uas marcas dstinti- ‘fen sfo negaivas, ja verdadeira ou aparentemente $926 ‘Doterminadas marcas dietntivas sto mals fecundas ¢ mais importantes que outras; ete 60 caso daquelas que sio sufiientes fm elagdo as que so insuficentes. $627 [A realizagto que necesita apenas poueas forgas é uma real sagio Tie; a que requer maitTorgas 6 dif. Seguese que & ‘eaigagao 6 fall para um detarminade sujelt, quando a mesma nocetsita apenas de uma pequena parte das frgas de que ele ‘Tipo, a realingaog diel para um determinado sjltoss cla fequer uma parte grande dat foras, isto € esta wubstancin, de {ue ele disse. Logo, afaiidade ea difcudadendmitem grave $528 Apereepg4o menos cara 6aquelacujas marcas dstintivas ao suficientes apenas para distinguir, mesmo com a mais extrema ‘idculdad, uma Unie perepyae de outa, a saber: aqucla que Sole difre: Quanto mois mamerosae rao as pereeppies das quis cu posto distinguir minha pereepyao, quanto msi las e pare fem, mais fell me ¢distingurias'e mats minha porcapeao me & ‘Sara A pereoprio mas clara portant aqeela que eu paso iiaade da todas as represenagben, tneemo daguelas que mais so lhe sssemelhom. A representagso tena aera ou adits noo wile {es a um Ce um tea) objetivo: disinguta, eom uma rand fecilidade, dena (e apenas uma sna) peepee, saber fruela que mala se Ihe tasemetha, Quanto mais numerosas ato {i peeepes dae quals minha pereepo nao pode ser dating avianto mais diferentes elas toe mats necetairio&dispender ‘na forga nti para as distingut, e maior setornaaobscuidade ddeminha pereepio. A pereopeao maisabscura, portato, caguela ti eu nao consigo datingulr de nenhuma percepedo estando Subentendidas af aquelas que mais diferem entre Bem como ta mesma, se neladispendo toda minh fore $529 Concentro minha ateneso naguilo que percsbo de modo mais claro que o resto; desvie minha atengao dag que poresbo de modo mais obscure que o rest, Poss, pois faculdade do fixar fu de atenuar minha atengio, mas eada uma destasfaculdades & fini Desta forma, dispono de uma ede oulra em certo grau, masniona mais alts, Quanta maior fora subleapao operada sobre ‘Una quantidade finig, tanto menor € 0 reato, Quanto mais 6 ‘concentra minha atangdo sobre uma coisa, menos posto cncen- {rila no ress. Dns duns pereapgies, €portanto mais Torte que, ‘ccupande excusivamente mina stengho,obseuroge a mais fea ‘ouentao impode a atongto do so afastar da mais fra, ‘ntes ¢ comploxa. No interior de um pensamento eamploro, © onjunto de marensdistintivas sabre as quais concentra minha ‘tengo &chamado de pereepeio primdria, enquanto quo con- Junta de marees dstintivas menos elaras 6 chamado de percep fjacente (oseundria). A pereepeto complexa, portant, a tat Tidade compasta pela percepyao primaria e pela percepsao ad cent. $531 Suponhamos dois pensamentos claos que contenham cada um tres mareas distintivas; mas que estas mareas datntivas Salam clara.em ui ecbecuras to cut; ent, o mais lao dos Seepeametan sar o rie Anim, lire. do a reppto cree com a clarza d sas marensdstntvas, gra T'Sundistingto, sua adequagao ete. Suponhamos agora que dois ponsumentos laos contanham ambos mares distntvas igual Tronve claras, mas que um contenha tres 0 aul sla entdo,o ‘ltimo pensamentoserdomasclaro. A clareza, portant, aumen- {acom ouimero de mareasdstintivas. Diremos,potania, que a lareza que dove sua supererdade 8 clarera de suas marcas ‘istintvas € superior do um ponto de vista intensivo enquanto {dus aguela que deve sua superioridade ao imerode uaa marcas distintivas€superior de um pono de ita extenaivo.Apereeprao mais clara de um ponto de vata extnsivoé viva, A vivacidade do fensamentoe do discurao constitu o etloDrfhante seu post Beato dapero (que é um modo drduo de pensar ede flan. A Slarera, gjelainensiva ou extensiva, a fimpides. Aimpides, portant pode ser viva, intelectual ou amb as cinas ao mesmo Eempo. A pereepeso, cua frga ae manifesta numa cosa da qual tla permite concern vordede de urna outr percep, 6,con- jJantamente com su fre, explcativa (aus funglo 6 do explc- {ads aquela pereepedo, cua forga da vivacidade a uma outa, 6, ‘onjantamente com aa foga eclreeodor (sua fungao a de Alescreveri aula prcepqo, cua orga tem po feito a dating Adour outra pereepedo¢, enjuntamenta com sua frsa, desen- ‘edadora (ua fangdo 6a de desenvolver) A conseiénea ds verda. de 6 a cortena (no sentido suetivo). A certeza sensivel 6 ersunso,acertenaitalectsl 6a conwigto,Aquele qu pens EI OO vin «mt va, mane tat tes gi pensa mais que aquele que pensa somente a coisa. A partir diste, S pensament eo conhecimento certs tem mais inpurtanes opensementaeocobaciustoincetin ates cartiocirnae Unmembecenta anode mis ineterasee hee persis Euinemnbecmentsanpercel umcouncarteomeee ata demaiseerteraqun aguelngue ln crequctda Caserta Sdamentnarabeiadde Quanto malicesser ses ae Sim eohecnents, tanto mas inparanicec Ua eccers auc npc lo decoy tcrera damn ota yee tle 6 tnjitaments con gus Tata Poeaasve soiree ‘Hiinpdee compenbada da ceea Soren $582 [As percepees cujaclareza 6 superior, seja sob ponto de vista intensivo, sea sb oextensivo, podem ser sensveis. A mals vive, entdo,é também a mais perfeta. A pereopeao mals viva pode set mais forte que uma pereepeio que ob o ponte de vista intensivo, ‘ultrapassa em clareza ou, vale diver, pr uma poreepsao diatn: ft peta dk $533 AAcidnia do modo do conhecimento eda exposgt sensivel 6 esti ge da slide do onecinents ner sata las Gragase das Muses, gooeeloga inferior, arte ds beloca do pensar, arte do andlogo da rasta) aaa Segio Hi:a sensibilidade 504 $595 ‘Eu possuo a faculdade de sentir, que se chama sensbiidade, ‘Aacnaibllidade representa tanto estado de minha alma, quando eutdochamada desentidosnterno;quantoestadedemeu corpo, ‘quando reeebe o nome de sentido extorno, A partir disto, uma ‘Eintagho tanto ¢ interna, ae ela deve sua atualizapo ao sentido {averse (que éaconsrincin no genido estritay, quanto @externa, soca dove sua atalzagio ao sentid extern. $536 ‘Aa partes do corpo, por eujos movimentos ¢ coordenada a ensayo extarna ro oste movimento ¢ adequado, ao os 6rgos dl acatidos(aesthereria, Gragns nels u poasuo a faculdade de fenie: 1 todos os corpos qe locam o meu: esta faculdade & a do nto, lus: esta fculdade€ a de visio; 3) 9 som esta faculdado ada audigio; os offs que emanam dos corps eassomer [Asporinas esta frculdade €2doolfato;5) os sais que se disolver ‘naa partes internas da boca: esta faculdade €a do paladar 9587 Quanto maisomovimentodeum 6rgdo6 adequado,tantomais a gensagdo forte e clara; quanto menos adequato for este movi font tanto mais a ensaglo externa 6 fraca e obscura, O lugar, (gue preserva as coisns que occupa a eapacidade deimprimi ao {rgdo dos eentdoe um morimento suleentemente adequado para permitir uma senangao clara, 6 esera da sensaydo, Nointerior Rresfera dx senaagao, o lugar mais apropriado a0 orgio dos Sentidos 60 panto sensivel(panetum sensations. $538 Quantomsis os objtos da sensagdosioinsignifcantes westio afastados do pontoseavel tanto mis sua tensagio 6 obscura e Fence: quanta mais este ponto sensivel fort e claro, tanto mais fs objetoa do ensagio sao importantes e esto préximhos do ponto tensivel $539 A sensibldade mais redutidn sor aquela em que estar presnieapenaa em um ico objela,0 malar, orale primes Enisapropriage tsenaagte, at ej reprecntagto ws bones HYopenat do mene grau do verdad, de Gare’ deconeey & parr dato, quanta nas por un ado, ojos dn senses so ‘umerotg taignifeants, afuatados eimpréprios ao Sri do tendo dv no movies gor preva, tno mh or Catron represntagd que ete Gao doe sents rma & rddaira, clara ecertac tanta mairere orga ¢ importante, $540 dosenvolvida¢chamada de aguda; aque ‘hamada de embotada, Quanto mais fegtos dos sontides aio (ou tornamse) capazes de efetuar ¢ ‘moviments que Ihexonvém, tanto miso sentido externa agudo {ae aguea). Quento mena os drgos sensorinis ao (os tornan- fe) capazos, tanto mais © rentide externa & embotado (ou 80 combats). ssa A lei da sensacto 6 enunciada como segue: assim come so ssucedem 0 stadon do mundo de mim mest, ses fan He Seguem as Fepresentagses que or apresentam. A partir dex is dtdurco a rope dn sonst tort asnin como sete pesto de minha alma, assim tambeim se seguem as represen- {ages que os apresentambem comoa regra da sensagio stern ‘shim como se sucodem os estas de meu corpo, astm tami pseguem aa represenlagdes que o& apresentam, 502 Bm relagda todas as outras pereeppes, as sensaptes pos sem uma grande forga, As ensaptes, portanto,obseurecem todas ‘x outras percepybes, Hstas, todavia, so farem multo numerosas ‘formaram um ennjunto, adeno ter mai orga que ama oy out ensagdo particularments race, e paderso, desta form, obscure far esta Ultima. Além disso, por uma raxio mais fore, oma fensagio isolada pode ser cbaburecida por wma sensagie mais forte,ou ainda, porum grande nimerode sensagses,cujo conjunto {ard snaisforga que ela, embora cada aensapto, tomadaisoad tant, poatua menos fra, $548 ‘Asensato externa éfalitada:1) 56. 6rgto dos sentidostiver sido bem preparado para sentir; 2) sow corp tsar sentido ver Sid colocdo'na prota da exfora da sonnapo, ou ono, Ssbrctud, 3 ae esiverponlonad perto do pont senate (co {Rotoquo de pnea fau-o 1s ene corpoestiverpartcularmen- ‘dispose qualitative, quante; 8) por sua tui quanttaiva, buster no Org dor santos mov ‘tontsadaquado tsensalo 6) te impediros que se prodacars cu outro poe de on superion, mas {mibéms 1) algumas sensogbee que, tome soladamonte, ce {amen so un pouco mais rena mas mutto mmerons; 8) be inpedimos enfin ques predusam outras pereepgesvtalment telenes Aen exeran tetas aioe ‘trio dos sentido dese mover crretamento, ov, pelo menos, Se enfraquecerins seu movimento; 3) se dstancarmos o objeto ti senso; a odimietros; 6) oo impedirmee totalmente de colar proven!) a auscttarmoe uma snangSo de ora aupe- for: se dvdirinos nossa steno, quer suatando numeroras Sonsagbes, quer 8) susctando nomerosas percepgies heteroge ‘ens eesapan, de mado que o sev conjuntoobssreya a ansapso {ue destamos dialer, snd que cna Una deste pereppie, {Gada aoladamente fosse malt rece $548 ‘Ossontidosrepresentam as coisas singulares deste mundo, ou sei representam os objeto abaolutamente detorminades; «cles fe ropresentam como tai, apreendides, portant, dentro de uma fnccto universal. Ora ax caesdes nfo podem, scbretude is. A partir dat, em toda sensagio sio representadaa colsas ‘Singulares, aasocladas ao objeto sentido (ou ao que é sentido), mas {sts rpresentayde nao clara: em grande parte © a maior parte ‘do tempo, cla € obscura. Em toda sensagto, portant, hd algo de ‘obscure, ou aja, sensaglo, mesmo distint, sompre sc encanta mesclada com a confesdo, A partir dst, toda sensagio 6 una poreapro conaivel, que tom a neceanidade de ser adequada pela Fenldede do coshceimenta inferior Alem disso, uma'ver que fexperitncia é 0 conhecimento cuja clareza € obtida atvaves da Sensibilidad, denominamos estdtica empiica a cinela que tora por objetivo preparar e spresentar a experiénel, $545 As ilusies dos sentidos sto as reprosentegses fans que de pendem dos sentidos. Estas represcntapies tanta so sensabes {Enquanto tis, quanto sto racioeinios que posstuem uma senaago por premises, ou ainds, alo pereeppdes que, devido a0 vcio de Fault, so tomedas como sensagsas #546 ‘Aa sensagses enquanto taisrepresentain estado presente do ‘corpo ou da alma ou o estado de ambos simaltanenmente, Lago, Sejam internas ou externas, elas sdo percepeoes decals reais (6 or ist possvels, de coisas que seguramente pertancem a este Imundo; elas so, pois, o que exlate de maie verdadeiro neste ‘undo enenhuma delas€ mais dos sentidos. A partir dist, Sea lust dos sentidos se constitu por um raiocnio, 0 defeta 56 fscondeento quer sob forma de um racacnio, quer no interior ddouma outra premissa que ailusio force para a sensapa0; se 8 ilusto provém do veio da fraude,consatindo em tomar por uma senaaglo uma perceppao que ndo é uma sensagio,entto Lorna se fil roduzir a um atidente secundrio 0 duplo erve causado pela precipltayo daqucle que exerceu seu julgamento 47 Of simuacros sto artifcos que sorvem para enganar o¢ sentidos, Se eles produzem a lusdo ds sontdos eles sto eficazos Sento a protnem sto ineficanea Desa forma, quanto mais wn individue'¢ vitima de preconcetor ue apresentam um trago Comm com as sensagoes, tanto menos este individ desconfa. do vio da Iraude, tanto maior co momero de simulasros que podem tor efledla sabre ele Mae nenm simulacro ters efcacia Sobre aquele que ¢ live de qualquer precone ‘completamente do vieio de fraud. ‘one abstémn aio temo exerinea, : letra errs (eta 60 prconcito de Thomas) "04 onto Fa ete ropresentajao que 6 parismente dtaticn 9 sams rprenetagin ta aig eta cara represen ma curs quae das cosas csstom ous sede, Saat una die ements ogue eels sia Fara aor ogo, po esa doa ~ de tals propio, se cepa me premisas Ge racine, eu afirmo es wea promi uss ensivels também para protit Timulacrtoefcaes 3549 ima preepgto estan forte oseurece uma percep dit rons mono forte, ola mena rast, ume peespgeo muito TRIE €Sacharein por otras pereres tenon fre. Conte fet tennte guano am prep ru race de qlee ‘tenergreven ume outa peroopeso, co meso tempo clara € ce restr ltima, unieamentl porter nova, ¢ pereebia eh ra toe no interior do campo dao pecepyee clara. Lage, ‘al co clare muito forte que sorevenhn a wna otra a eels rece gana em Garezaunieamente por un nov SERL"Desta forma, reprsentayao dena coin gana em ade ecu openoerpresetagses ais fracas A careea tpl pal jostapongd ds poston $550 Se uma sensag,contanto que a observemos, pertence de wm mos aasamenteidentes oun nomereextronament grande sree tees ais que esacedemimediatamente 6 o-smen~ ae peee da primeiza desta porapyees que ela postu obilho {iGo enter mare age mai fu ano a ims percapga easstn por diane. Armenos que ea nfo rel {crt damn our font, eta enaao er pols monos sus claeeqnda perecpyioe ainda menosclaranatereeiracesda Sofas ftcgraré numa peoeprao que a ubsearecer ainda mas. Spo contants que possamosSbearv-ls, as sensagdes qUe Per ‘manecom muito tempo as mesmas aio obscurecidas tao-somente pela ag do tempo. $551 ‘As sensagSes ndoconsorvam um vigor constante. Uma ves que lag atingiram o mximo de suas forgas elas ge enfraquecem, 9552 Bu sou estimulado quando minha sensagfo exterior é clara; ‘eu me estinulo quando comeyo a experimentar tal sensapao, Se ‘om um individuo sadio as senzagies possuem cada una seu grat habitual de elareza, diz-se quo este individuo ¢ dono de si mesmo. ‘So para um indvidvo certs aenaagSessG0 tio vivas que obscure fem consideravelmente todas a otras, este individu & trans portado para Tora desi mesmo (cle we eaquece de # mesmo, cle ho possul mais eonseidncia de s! mesmo) O eatado daquele que ‘transportado para fora de simesro por suas sensapoes 0 xtase (ino alteragto da alma, arebatamento da alma). $053 Soo éxtaso éproduzido pela prépria natureza da alma, le the {6 natural se ele nao é provoeado pela propria natureza da alma, fle The 6 artiiil. So por fim o extase no € produsido ‘natureza em geal, ele ésupranatural Oséxtases miraculosos sto Dosnvels, mesmo oe para tanto determinadas condigees devamn (star reunidas $554 Se o grau de clareza das iminul consideravelmenteem virtude dos vapores que al ‘érebro sob oefito da bebida, esta pessca se embriaga ou sinda ‘etorna Goria; se esto estado deombriaguez deve-sea uma doonra le € denominado vertigem: este pode ser tanto simples quanto ‘acompanhado de trevas, neste caso recshe nome de escotoma.

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