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Projeto Brasilidade Esquecida
Projeto Brasilidade Esquecida
Produção:
Idealização:
Caio Kattenbach
“Precisamos ser críticos a essa ideia plasmada de humanidade
homogênea na qual há muito tempo o consumo tomou o lugar
daquilo que antes era cidadania. […]Quando um morador da aldeia
afirma que aquele rio é sagrado ou que aquela montanha fala, as
pessoas desdenham dizendo que ‘isso é folclore deles’ […], se
considerarmos que isso é atributo exclusivo dos humanos,
liberamos esses lugares para que se tornem resíduos da atividade
industrial e extrativista”. (Krenak, Ideias para adiar o fim do mundo,
2019)
Apresentação
O século dos recordes cinematográficos, de best-sellers que entraram pra
história, nos traz a noção de que um dos pilares da sustentação de uma cultura é a sua
produção artística comercial. Dessa forma, o projeto “Brasilidade Esquecida” nasce
das necessidades de uma Niterói culturamente caótica, perdida em processos
civilizatórios destrutivos e que demanda pela proteção do seu folclore, entendendo que
o registro do bem imaterial “sempre acompanhou e de fato possibilitou o
reconhecimento de certos traços das chamadas tradições populares locais”. (ALVES,
Elder, Cultura popular, patrimônio e mercado: o consumo das performances folclórico-
artísticas, p. 2)
O “Brasilidade Esquecida” revisita um problema que há muito se identifica no
desenvolvimento estrutural da nossa sociedade, problema que durante os anos 60 e 70
inspirou o produtor fonográfico Marcus Pereira a se lançar da cidade de São Paulo e
viajar o interior do Brasil em uma iminência dos avanços industrialistas no país, com a
urgência de salvar parte da cultura popular que restava desse processo de extinção,
atribuído pelo produtor à “unidirecionalidade da cultura urbana massacrando a do
interior” em entrevista ao Jornal do Brasil no ano de 1977.
O decorrer das décadas de 80 e 90 trouxe avanços em etapas da
industrialização econômica brasileira, tendo consequências na gestão cultural como a
massificação da indústria fonográfica e a influência de multinacionais do mercado
cultural nas políticas públicas de cultura. A nossa produção cultural popular, sendo
silenciada pelo emrpesariado da comunicação nacional, se une a abordagens de
conscientização mais agressivas: no ‘Metal’ o Sepultura se dedica a aprender com os
índios Xavante e é apresentado ao Olodum, enquanto o Nação Zumbi traz o Maracatu e
a diversidade do manguezal nordestino pro ‘Rock’.
Visando fomentar a preservação e a proteção das nossas lendas e histórias, o
projeto “Brasilidade Esquecida” vem contemplar o potencial de explorar nosso folclore,
dar voz a outras vivências e saberes que nossas raízes tenham, e promover a
divulgação dessas existências em plataformas artísticas. Mais especificamente, será
realizada a produção de um álbum do gênero ‘Metal’ com arranjos que adaptam ritmos
e melodias da nossa música popular, pela interpretação da banda Repressor, que vai
mesclar em suas composiçõpes as histórias de ícones populares brasileiros, como a
Cuca e o deus Guarani Kurupi, com fatos, mitos e contos genuinamente niteroienses, tal
qual a lenda do índio aprisionado na pedra de Itapuca, ou o conflito de Arariboia com os
franceses, com o intuito de resgatar essas verdades apagadas.
O álbum será lançado no dia 22 de Agosto de 2021 e será disponibilizado online
gratuitamente nas mídias da banda e plataformas de streaming com aquisição opcional
e com o registro de fonograma feito em nome da iniciativa OCCuPA Itaipu da UFF na
ABRAMUS para arrecadação do ECAD, assim toda renda oriunda das aquisições
opcionais ou da execução pública será repassada à iniciativa que tem como uma das
principais lutas sendo auxílio e preservação do Quintal dos Pescadores na Região
Oceânica de Niterói.
Justificativa
Cronograma
Ensaios e
Gravação
Mixagem e
Masterização
Divulgação
Lançamento
Contrapartidas
Ficha Técnica
• Jornais
- Fluminense/4 inserções/2 meses
• Rádio
- Cidade/2 inserções/2 meses
• Revistas
- Roadie Crew/3 inserções/2 meses
• Mídia Especializada
- Whiplash (Webzine)/3 inserções/3 meses