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00:00:00 Fabiano

Não teve quórum deliberado, mas a gente fez a discussão. É que são 24 escolas parceiras, no total de
1596 crianças, valendo já a partir de agora de agosto. O cálculo que foi feito pelo governo, valor
médio aqui, valor do custo diário das refeições, como você bem frisou antes, está bem acima do que
o governo federal paga, porque uma coisa é o valor unitário, outra coisa é o montante, né? Que
facilita a soma. Então, aqui, de 0 a 11 meses, R$4,27; de 1 a 3 anos, R$4,34; de 4 a 5 anos, R$5,35.
Sendo assim, o custo diário de alimentação do programa para as 24 escolas dá R$7.294,00. E para
2023 é R$729.000,00. A gente entende, pela comissão de orçamento, que esse custo é bem
razoável, não tem nada que possa dificultar sua implementação, e no custo do programa escola
parceira total, o programa, então, vai com o valor de R$ 13.794.000,00 no ano de 23. Então, da parte
da comissão do orçamento, acredito que quando o Beto chegar, vai ter o (INAUDIVEL) da parte dele,
então a gente fez um parecer favorável. Agora, pela comissão de educação, a gente discute.

00:01:23 Jhonatan

Isso a comissão de educação também elaborou um parecer para a gente poder apreciar e apresentar
aqui, trouxemos a justificativa importantes aí de complementação da merenda. Primeiro, acho que é
importante a gente destacar a importância do projeto. É urgente e a gente já vinha discutindo isso
no plenário e nas outras reuniões da comissão, sobre a urgência de termos a alimentação
devidamente fornecida pelo escola parceira às crianças que estão dentro desse programa na rede
privada. Na mensagem, quando nós votamos, nós conseguimos incluir o acesso ao transporte que
não tinha até então, e ficou pendente o uniforme... Ficou pendente a merenda. Então essa lei, essa
mensagem, ela trata exatamente sobre a inclusão da merenda escolar no programa escola parceira,
incluindo aí o escola parceira também como merenda. Vou fazer a leitura rápida aqui, da parte da
análise do parecer, e depois a gente vai para as considerações dos vereadores para a gente poder
apreciar os outros pareceres aí.

No que compete à comissão de educação, ciência, tecnologia e formação profissional, nos termos do
artigo 80 do regimento interno da Câmara de vereadores de Niterói, opinar a respeito de proposição
que tratam de matérias afetas atribuições da comissão. Nesse sentido, o presente projeto visa
acrescer parágrafo que garante o direito à alimentação para os alunos contemplados na Escola
Parceira 2023. Como se sabe, durante a pandemia de COVID-19 houve um fluxo muito intenso e
inesperado de alunos que migraram do âmbito privado em busca de uma vaga dentro da rede
municipal de ensino. Não apenas em decorrência do ensino a distância, uma das formas de impedir
que muitos ficassem sem acesso às aulas, mas também por conta de custos, aumento dos números
de desemprego, dentre outros. Ocorre que a rede municipal de ensino, de forma abrupta, restou
sobrecarregada com número muito maior de alunos do que o que habitualmente possuía, o que
criou um déficit no número de vagas muito intenso. Em tal aspecto, tendo em conta o direito a
educação como direito fundamental integrante do núcleo duro da dignidade da pessoa humana, a
municipalidade buscou meios de ampliar o número de vagas de forma célere, a fim de entender de
forma emergencial, esses alunos que ficaram fora da rede. O escola parceira surgiu nesse contexto a
buscar na rede privada vagas ociosas que pudesse atender, mesmo que emergencialmente, esses
alunos que não conseguiram vagas, apesar de ser mostrado efetivo, programa exigiu alguns
aprimoramentos, tais como a previsão de valores para o transporte dos alunos r ainda para o custeio
de merendas. A mensagem número 19 surge, neste contexto, alterando a lei municipal já em vigor,
para aprimorá-la e garantir as crianças integrantes do programa valores adequados para o
fornecimento de merendas, fornecendo uma alimentação saudável e adequada. Salienta-se ainda
que os valores repassados às creches, escolas integrantes do programa estão acima dos valores que
a união repassa aos municípios, considerando o valor per capita por dia letivo e de acordo com a
etapa e modalidade de assunto de ensino. A título de complementação, esclarece que os valores
foram atualizados pelo governo federal em março deste ano, sendo R$1,37 para alunos das creches
e de R$0,72 para os alunos cursando a pré-escola. Por outro lado, o município de Niterói utiliza
valores que ultrapassam o triplo do referencial da união, conforme tabela apresentada no impacto
orçamentário ao projeto de lei. O projeto estima um investimento nesse primeiro ano de
R$750.583,00. Na faixa etária de 0 a 11 meses, o custo diário de R$4,27; de 1 a 3 anos, R$4,34; de 4
a 5 anos, R$5,35. Dessa forma, considerando a grade alimentar que foi recebida a fim fornecer uma
alimentação de qualidade de crianças integrantes do programa escola parceira, esta comissão opina
favoravelmente a sua tramitação.

00:05:10 Fabiano

Porque a gente, como fez em conjunto, que... Chegou aí o vereador Beto.

00:05:11 Jhonatan

Faz a leitura da sua parte

00:05:14 Fabiano

Aí eu vou fazer a parte que cabe a nós para ficar um valor de R$750.583,00.

O que pese de mandar realizações de despesa pública para a sua execução, a proposição legislativa
prevê impacto financeiro orçamentário, respeitando a condição federal, notadamente atendendo ao
disposto no artigo 113 da ABCQ e da lei de responsabilidade fiscal. Segundo impacto fiscal
apresentado junto ao projeto de lei ou aumente despesa prevista em 2023 R$754.533,00 e para
2024 R$1.598.961,00. E para 2025, previsão de R$1.691.541,00. Dessa forma aí que você falou,
considerando a grande suplementação recebida a fim de fornecer uma alimentação de qualidade às
crianças integrantes do programa escola parceira, estas comissões opinam favoravelmente a essa
tramitação, OK? De acordo? Em votação os membros das comissões.

00:06:16 Túlio

Quero fazer uma consideração sobre o parecer da comissão de educação, posso?

00:06:20 Fabiano

Ok

00:06:23 Túlio

Primeiro...

00:06:25 Fabiano

Se você quiser fazer em separado, a gente bota em separado o parecer da Comissão de Educação.

00:06:27 Túlio

Sim. Eu vou mandar em separado e queria só explicar rapidamente o porquê. Primeiro é dizer que
eu não tenho objeção ao projeto em si, tá? Eu vou votar a favor do projeto no plenário, mas eu
tenho algumas questões com o texto que está colocado aqui no parecer, principalmente no que
tange a questão das vagas e a questão das crianças. Vamos lá, primeiro: é importante dizer que não
é uma surpresa para a prefeitura de Niterói que não tenha vagas. Isso vem se repetindo nos últimos
3, 4, 5 anos. E aí, existe um planejamento de expansão da rede municipal, apresentado pelo governo
Axel no plano conhecido como Niterói 450, que aponta 8 pontos de novas escolas. Desses 8 pontos
de novas escolas, somente 2 estão em obra. Os outros 6 estão completamente abandonados. Então,
primeiro a gente precisa ser bem claro. Eu sou contra o escola parceira, o escola parceira não
deveria existir. Mas o escola parceira existe porque a prefeitura de Niterói não faz o trabalho dela.
Qual é o trabalho dela? Se existe um projeto chamado Niterói 450, se existem 3100 crianças fora da
escola, a prefeitura precisa botar esse projeto em prática. Não está botando. E aí, por isso, nós
tivemos que aprovar o escola parceira. E aí eu não posso deixar de comentar que no momento em
que nós aprovamos o escola parceira, Jhonatan participou da discussão, na época o Pipico também
participou da discussão. Nós colocamos o seguinte, o escola parceira tem que ser um projeto
emergencial e temporário. Ele não pode ser pra sempre. Como a prefeitura não fez o dever de casa
de construir novas escolas, o escola parceira está sendo um projeto para sempre porque não resolve
a situação, e aí a gente tem que aprovar o tempo todo. Mas tudo bem, aprovamos na escola
parceira. Nós propusemos uma emenda colocando a alimentação. A pergunta que não quer calar é
muito simples: por que a base do governo não votou a favor da minha emenda colocando
alimentação? Nós estamos em agosto. É esse o tempo que os alunos estão sem alimentação nas
escolas. O escola parceira, ele é um grande fracasso. Escola parceira nós aprovamos para 1600
vagas. Chuta quantos estão matriculados? 500 alunos matriculados

00:09:12 Fabiano

1596

00:09:15 Túlio

Isso foram os convocados. Convocam e essa pessoa não vai, por que que a pessoa não vai? Porque
não tem alimentação, porque a escola é distante da casa, porque o escola parceira é de tempo
parcial e deveria ser tempo integral, e porque demorou tanto para sair, saiu em junho, que as mães
desistiram e foram fazer outra coisa. Então, vamos lá. É por isso eu não vou concordar com o texto
que está aí, então vou fazer um parecer em separado. Só que o meu pedido é o seguinte, vereador
Fabiano, não adianta a gente ter pressa agora, né? Era pra ter tido pressa lá atrás? Não dá de novo
para vocês aprovarem o escola parceira em novembro, que foi aprovada em novembro do ano
passado. Em novembro de 2023 vocês vão apresentar o escola parceira de novo, já que a obra não
aconteceu. Não dá para apresentar sem alimentação, não dá para apresentar sem alimentação.
Então, o meu pedido é o seguinte.

00:10:12 Fabiano

Nem transporte.

00:10:13 Túlio

E nem transporte, nem transporte.

00:10:14 Fabiano

Já está interiorizado no programa. O problema é que a tua emenda, por conta da separação de
poderes, o legislativo não pode gerar despesa pro executivo.
00:10:32 Túlio

Não é verdade, porque aí quando você fala isso aqui, você tá mentindo pra todo mundo. Sabe por
quê? Porque a emenda do Pipico da base de vocês, a emenda do Pipico... Pra todo mundo está aqui
assistindo que não participou do debate na Câmara, o Pipico que é da base do governo, apresentou
uma emenda que é ampliar os custos, a base do governo aceitou. Então, pode. Se a do Pipico pode,
a do Túlio também pode. A diferença é que o Pipico é puxa-saco de vocês e eu não.

00:11:03 Fabiano

Eu divirjo em gênero, número e grau, inclusive divergi do Pipico, porque o legislativo, pela separação
de poderes, não pode gerar despesa pro executivo. Agora ela veio corretamente, ela veio a
mensagem executiva instituindo essa despesa cabe a nós aprovarmos ou não.

00:11:20 Túlio

Então nós vamos fazer o parecer em separado.

00:11:24 Fabiano

Aí eu respeito vossa excelência e coloco seu parecer em separado. O parecer conjunto das 2
comissões é pela aprovação. Em votação pela comissão de orçamento.

00:11:33 SEPE

Eu queria um esclarecimento, pode ser?

00:11:35 Fabiano

Pode, ué, à vontade.

00:11:38 SEPE

Esse valor é o que o vereador Túlio falou, que está em cima de 1500, que foram convocados e só
temos 500 na rede, né? Matriculados. E aí esse valor foi calculado em cima de 1500.

00:11:57 Fabiano

1596

00:11:58 SEPE

Ok. Para onde vai esse dinheiro?

00:12:00 Fabiano

Só vai pagar por unidade de criança.

00:12:02 SEPE

Mas é o suficiente per capita?

00:12:05 Fabiano

É mais do que o governo paga. O governo paga 1 real e pouco por criança.

00:12:10 SEPE
Além disso, a per capita pode ser 3 vezes maior do que o governo federal, mas é ridículo. E outro,
como será essa alimentação?

00:12:25 Fabiano

Não sei te precisar isso.

00:12:26 Não identificado

No caso é a Secretaria Municipal de Educação.

00:12:27 Jhonatan

Vai ter um adendo ao contrato de prestação de serviços das escolas privadas com a oferta da
alimentação das propostas feitas pela fundação municipal de educação a serem seguidas por essas
escolas. Por essas unidades. Isso aí a gente vai pedir à Educação que vocês possam conversar com
eles. Mas eles vão chamar uma reunião com as escolas parceiras e vão apresentar para eles as
propostas de refeição e um cardápio de lanches e alimentações de acordo com o que a rede oferta
nas escolas. Então, não tem uma liberdade, uma autonomia, de dar o que quiser também, não é?
Mas vai haver uma proposta feita pela FME.

00:13:11 SEPE

Então a então a rede vai fornecer esses alimentos?

00:13:15 Jhonatan

Não. Vai dar uma proposta de cardápio, uma proposta do que ser oferecido em acordo com que a
rede oferece aos seus alunos.

00:13:25 SEPE

Com essa per capita?

00:13:25 Jhonatan

É.

00:13:33 SEPE

A criança que não é da escola parceira, ela vai comer comidas para crianças que são da escola
parceira? Vai ter essa distinção dentro da escola?

00:13:44 Jhonatan

Não entendi a pergunta.

00:13:46 SEPE

Eu sou da escola parceira. Eu vou comer uma comida da rede. Ela não é da escola parceira, vai comer
o quê?

00:13:52 Fabiano

Eu acho que, escolas... quem tem experiência aí de cozinha para grande quantidade, é muito mais
barato você replicar a quantidade de alimentos do que fazer outros de cardápios. Então, para a
empresa que vai fornecer, isso aqui vai ser um subsídio para ela, mas vai fornecer nenhuma
merenda, porque pra ela é muito mais fácil entregar a mesma comida que está sendo fornecida para
todos.

00:14:19 SEPE

Mas a gente sabe que escola parceira são escolas particulares, são aquelas escolas pequenas de
bairro. Essas escolas pequenas de bairro não fornecem alimento.

00:14:26 Fabiano

Quem disse? Quem tá na creche não come?

00:14:29 SEPEC

Creche é o dia inteiro

00:14:30 Fabiano

Não. Tem parcial, professora.

00:14:35 SEPE

Eu não sou professora, sou cozinheira.

00:14:35 Fabiano

Então você como cozinheira, sabe que tem parcial. Nem todo mundo pode integral, parcial também
come.

00:14:45 SEPE

A outra questão que nós estamos debatendo é sobre o que que vocês vão fazer, como base do
governo, para pressionar o governo a tá criando data do concurso público.

00:14:59 Fabiano

É outro assunto, isso aí. Nós vamos voltar aqui pra escola parceira. Olha só vocês podem participar,
não pode tumultuar. Nós temos que discutir a matéria que está aqui na pauta para ser abrangida
sobre a questão da alimentação. Mais alguém quer fazer alguma colocação? Em votação.

00:15:17 Túlio

Vou fazer um parecer em separado.

00:15:19

FALAS SOBREPOSTAS

00:15:27 Fabiano

O vereador Túlio não votará o parecer em conjunto das comissões, enquanto os outros vereadores
que participam, se manifestem. Quem é pela aprovação, levante a mão. Então temos 5 votos a favor
e o Túlio vai ser abster, é isso? Ou vai votar contra?

0:15:49 Beto

5 votos a favor? 4! São 5 da comissão, pô.


00:15:57 Fabiano

Não, é porque está em conjunto.

00:16:01 Túlio

O voto é a favor do projeto.

00:16:02

FALAS SOBREPOSTAS

00:16:08 Fabiano

Você vai votar contrário? Então, olha, para ficar consignado em ata. O vereador Túlio vai votar em
contrário ao nosso parecer e nós 4 votaremos a favor, então peço que assinem e fique registrado em
ata a negativa do vereador Túlio. Ok? Vamos para a segunda pauta que é o PL. E, também, deixar
registrado em ata aí, se caso o projeto escola parceira for reapresentado nessa casa, venha com
passagem, uniforme, alimentação.

00:16:40 SEPE

E que comece no início do ano, né?

00:16:42 Fabiano

Concordo. Em janeiro.

00:16:48 SEPE

Metade do ano e tem mães estão com as crianças em casa, ainda. Chega no SEPE lá várias mães
pedindo ajuda. E aí o governo não quer debater concurso público, não quer debater escola, não quer
debater nada. Aí são essas coisas acontecendo. O governo gasta 3% do royalty em petróleo em
educação e tem criança fora da escola.

00:17:02 Fabiano

A segunda matéria institui o piso salarial mensal para os profissionais do magistério público
municipal atuante na educação básica, professor um nível médio, apoio especializado em ensino
fundamental, educação infantil e (bilíngue?). Mensagem executiva. Presidente da comissão de
educação quais são as considerações?

00:17:50 Túlio

Posso falar? Ou você vai ler?

00:17:59 Jhonatan

Eu vou ler o parecer primeiro, Túlio, aí depois a gente debate ele. Porque ele está mais extenso que
o outro.

Compete à comissão de educação, ciência e tecnologia e formação profissional, nos termos do artigo
80, justamente interno da Câmara de vereadores opinar a respeito de proposições que tratam de
matérias afetas atribuições da comissão. Nesse sentido, quanto ao mérito, é importante fazer uma
importante análise acerca de como a temática do piso salarial dos professores é tratada a nível
nacional antes de adentrarmos em nível municipal. A Constituição Federal, com objetivo de valorizar
os professores da rede pública de ensino, determinou que ali deveria fixar um piso salarial nacional
para os profissionais da educação pública. Se não, vejamos. Artigo 206 - O ensino será ministrado
com base nos seguintes princípios - inciso oito: piso salarial profissional nacional para os
profissionais da educação da escola escolar pública nos termos da lei federal, incluído pela emenda
constitucional 53, de 2006. Cerca de 2 anos depois, foi editada a lei 11 738 de 2008, regulamentando
o artigo 206 e fixando o piso salarial profissional nacional para o magistério público da educação
básica, sendo esse valor mínimo a ser observado pela união, pelos estados, pelo Distrito Federal e
pelos municípios quando a fixação do vencimento inicial das carreiras. Confira que diz a lei 11 738
2008 artigo primeiro, esta lei regulamenta o piso salarial profissional nacional para os profissionais
do magistério público da educação básica, a que se refere a alínea “e” do inciso 3 do caput, do artigo
60 do ato das disposições constitucionais transitórias. Seguimos no artigo segundo, parágrafo
primeiro, parágrafo segundo no artigo quinto e aí concluímos: desse modo, o piso salarial
estabelecido é o valor mínimo que os professores da rede pública, educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio, devem receber devendo, para tanto, possuir formação em magistério,
nível médio, carga horária de trabalho de 40 horas semanais. Salienta-se que em âmbito judicial,
também já houve inúmeros questionamentos acerca da constitucionalidade da forma de atualização
do piso nacional do magistério, previsto na lei federal. Em fevereiro de 2021, durante a análise da
ADI 4848 o STF considerou constitucional. É constitucional a norma federal que prevê a forma de
atualização do piso nacional do magistério da educação básica. O Mecanismo de atualização do piso
nacional do magistério da educação básica, previsto no artigo quinto, é compatível com a
Constituição Federal. A edição de atos normativos do Ministério da Educação nacionalmente
aplicáveis objetiva uniformizar a atualização do piso nacional do magistério em todos os níveis
federativos e cumprir os objetivos previstos no artigo terceiro da Constituição Federal. A
Constituição impõe ao poder público a criação de diretrizes legais, uniformes em matéria
educacional, para que iguais condições de formações desenvolvimento estejam à disposição de toda
a população em idade escolar, independente do estado ou município, bem como para evitar que
realidades socioeconômicas díspares criem distinções entre a formação elementar recebida, não se
constataria demais violações aos princípios da separação dos poderes, da legalidade, já que o piso
salarial tem os critérios de cálculo de atualização estabelecidos pela lei 11 738 em 2008, sendo
fixado o valor mínimo que pode ser ampliado conforme a realidade de cada ente. Além disso, a lei
prevê a complementação, pela união, de recursos aos entes federativos que não tenham
disponibilidade orçamentária para cumprir os valores referentes ao piso nacional, não caracterizada,
portanto, ingerência federal indevida nas finanças dos estados e nem violações aos princípios
orçamentários. Não capitalizada de modo igual violação ao artigo 37 da Constituição federal, pois
longe de ter criado uma vinculação automática da remuneração dos servidores ao índice de
aumento sobre o qual estados e municípios não têm ingerência, a união, por meio da lei 11 738,
prevê uma política pública essencial ao estado democrático de direito, com a previsão de
parâmetros remuneratórios mínimos que valorizem o profissional do magistério da educação básica.
Dito isso, a lei 11 738 vincula a atualização do piso ao percentual de crescimento do valor anual
mínimo por aluno, tendo sido esse em 2022 de 33,24%, que resultou em valor de R$3.845,63. Este
ano, a atualização se valeu do percentual de 14,95%, tendo sido aplicado em 16 janeiro 2023, por
meio da portaria do MEC 17, resultando no valor de R$4.420,55. Salienta-se que tal valor faz
referência aos professores que atuam em jornada de 40 horas semanais e conforme o disposto no
artigo segundo parágrafo terceiro da lei 1173 8. Os vencimentos iniciais diferentes, ademais,
jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao valor mencionado no caput deste. Antigo
assim sendo, tendo em consideração que o concurso de professores possui carga horária de 24
horas, fazendo a correta proporção, o piso nacional para os professores seria de R$2.652,33. Desse
modo, o valor trazido pela mensagem executiva 22023 encontra-se adequada valor proposto pela
portaria 17 de 23, expedido pelo Ministério da educação e ainda em seu artigo quinto retroage a
janeiro, data de publicação da portaria, evitando a perda salarial pelos profissionais da rede
municipal de educação. O fim é negado pela valorização dos profissionais do...

00:23:25 Fabiano

Pausa. Aí eu vou falar a minha parte.

LEITURA DE PARECER

Por fim, aí eu acho que é você, não é isso?

00:24:02 Jhonatan

LEITURA DE PARECER

00:24:28 Fabiano

Em discussão.

00:24:33 Túlio

Primeiro: evidentemente que eu sou a favor. Só que eu preciso fazer um histórico aqui para que
novamente todo mundo que está nos assistindo entenda o que aconteceu. Primeiro que no ano de
2022, durante um bom tempo, Niterói não respeitou o piso nacional do magistério. Mas chegou o
momento que Niterói fez um ajuste. A forma pela qual foi feito esse ajuste a gente não concorda. A
gente tem uma outra forma, mas o ajuste foi feito. Só que, quando o projeto foi enviado à casa,
novamente eu protocolei uma emenda que ajusta automaticamente o piso quando o governo
federal fizer o ajuste na portaria. Por que que eu fiz as emendas lá atrás, em 2022? Por um motivo
simples. Porque o governo federal vai soltar a portaria, como soltou. Reajusta anualmente. E aí,
como o município não tem nada nessa mensagem executiva que faça o link com a portaria do
governo federal, o município deu calote nos professores. A palavra é essa. Calote. Por quê? Porque
Niterói ficou fora do piso de janeiro até agosto. De janeiro até agosto, Niterói não pagou o piso.
Então, Niterói deu calote.

00:26:12 Fabiano

Mas no projeto, ele faz remissão a janeiro.

00:26:13 Túlio

Então, vamos lá. Então vai pagar retroativo?

00:26:25 Fabiano

Só tô te ajudando na elaboração do seu raciocínio. Está fazendo remissão a janeiro.

00:26:31 Túlio

Obrigado, vereador, pela ajuda. Pessoal, e a grande questão é: se lá nós tivéssemos aprovado a
emenda assim que o governo Lula assumiu, ele solta a portaria e, automaticamente, é registrado.
Automaticamente ajustável. Então, eu protocolei uma emenda, nesse projeto, para que esse
reajuste seja automático. O governo Lula vai, de novo, soltar a portaria em janeiro. E aí Niterói, de
novo, vai ficar fora do piso. Só não vai ficar fora do piso se aprovar a emenda que eu estou
colocando para garantir que Niterói fique dentro do piso já todo. Então a emenda é simples. Simples.
Então o que que eu quero pedir? Parecer das 2 comissões à minha emenda. Para a gente garantir
que é esse reajuste aconteça de forma automática. Porque os professores ficaram aí um tempo sem
receber o piso. Niterói não está cumprindo a Constituição. De janeiro até agosto Niterói não cumpre
a Constituição no que tange ao pagamento do piso nacional. Não é possível que a cidade de Niterói
considere normal isso. Então, meu pedido é a aprovação do projeto, vou votar a favor, e quero
também a aprovação da emenda aqui, que a comissão de educação e a comissão de finanças deem
parecer favorável à nossa emenda. E quero ouvir também os companheiros do SEPE.

00:28:06 Fabiano

A emenda está protocolada? Está protocolada? Tem ela aí?

00:28:10 Jhonatan

Ela não chegou pra gente ainda não.

00:28:13 Túlio

Não chegou para a gente, quem? No sistema?

00:28:13 Jhonatan

É, de ontem para hoje nós não vimos...

00:28:19 Carol

Não, mas o parecer temático não faz (INUDÍVEL) só a CCJ

00:28:21 Não identificado

É, tem que esperar pelo CCJ .

00:28:24 Carol

É, mas deixa eu te perguntar, é só uma dúvida, a sua emenda, quando tiver atualização do governo
Lula em âmbito federal, alteraria a folha de pagamento do município?

00:28:32 Túlio

Alteraria a folha de pagamento do município. Po, e aí pode descumprir a Constituição?

00:28:42

FALAS SOBREPOSTAS

00:28:48 Jhonatan

Tem que opinar, Carol.

00:28:48 SEPE

Mas a lei diz que há implementação, se necessário for no governo federal? Eu tenho...

00:28:56 Fabiano

A questão é que, para reajustar a remuneração do servidor, precisa ser aprovada a lei.

00:29:01 Carol
E precisa estar previsto o impacto orçamentário do município. A gente não pode vincular um
aumento em âmbito federal, já pensou...

00:29:08

FALAS SOBREPOSTAS

00:29:09 Carol

Mas se a determinação sai em âmbito federal, a gente não tem como fazer isso de forma
automática.

00:29:12 SEPE

Tudo bem, sai em janeiro. Vocês podem se planejar para pagar em fevereiro.

00:29:15 Carol

É claro, não estou...

00:29:16

FALAS SOBREPOSTAS

00:29:20 Jhonatan

São coisas diferentes.

00:29:22 Carol

A gente não pode vincular um aumento em âmbito federal para trazer um impacto para a folha aqui
no município. Assim, constitucionalmente, é isso é inviável. Não tem como fazer.

00:29:32

FALAS SOBREPOSTAS

00:29:34 Túlio

Constitucionalmente é inviável não pagar o piso nacional do magistério, que é o piso nacional.

00:29:40 Jhonatan

São coisas diferentes, pessoal. Então tem direito nesse... Isso... Só um minuto. Estamos debatendo 2
assuntos diferentes, estamos debatendo... Só um minutinho, gente... Só um minutinho. Nós estamos
debatendo o tema que o vereador Túlio levantou sobre a emenda. Entendeu? Estamos debatendo o
tema que o vereador Túlio levantou que é uma coisa. Outros assuntos são outros, se não a gente
mistura os assuntos e não chega a um denominador, entendeu, Túlio? O entendimento que tem
sobre a emenda é porque a gente não consegue antever, e nem podemos antever, um orçamento
futuro a ser dado pelo governo federal. E precisa de uma lei específica sobre isso. Que essa lei
precisa vir logo, a gente concorda plenamente sobre isso. A gente tem concordância nisso. Não é?
Deve ter, Andrigo, vereador Fabiano e vereador Beto, gente tem concordância de...

00:30:30 Túlio

Tem concordância, mas não falaram nada nesses 6 últimos meses.


00:30:36 Jhonatan

Então, professor Túlio, não sei. O senhor não acompanha meu mandato, como eu coloco em prática
ali, nas conversas que eu faço em particular com o governo, com a Secretaria de Educação, eu cobro
muita coisa. Não necessariamente da mesma forma que o senhor ou usando o microfone do jeito
que o senhor usa. O senhor chegar aqui e dizer que eu não falei, eu não cobrei nada, o senhor está
sendo leviano e está colocando o meu mandato da maneira que o senhor quer colocar

00:30:54 Túlio

Publicamente você não pegou o microfone pra cobrar o piso nacional do magistério, pô, aí é fácil...

00:31:08 Jhonatan

Mas isso é uma particularidade, um papel meu, professor Túlio. O senhor acha que seja fácil.

00:31:12 Túlio

Mas publicamente não se manifestou.

00:31:14 Jhonatan

Mas eu não estou dizendo que não estou pedindo porque eu faço isso com quem eu tenho que
fazer, não com vossa excelência. Não com vossa excelência.

00:31:20 Túlio

Então fale com os professores.

00:31:23 Jhonatan

Eu falo, os professores, com quem eu tenho relação.

00:31:24 Túlio

Quantos professores que você ficou no privado enchendo o saco, pedindo...

00:31:28 Jhonatan

Professor Túlio, eu não tenho necessidade de dar ao meu mandato o mesmo andamento que vossa
excelência dá. Vossa excelência segue pelo trilho e pela caminhada que vossa excelência quiser
seguir. Agora não vem aqui exigir que eu siga pelo trilho, por essa caminhada, com o mesmo
caminho que vossa excelência segue. Eu acho que o respeito tem que permanecer concordando
comigo ou não tendo diferença comigo ou não, é exatamente isso.

00:31:48 Túlio

Agora se você tá falando algo que é mentiroso, eu tenho que falar que é.

00:31:52 Jhonatan

Não estou dizendo nada que é mentiroso.

00:31:54 Túlio

Eu não acho que é mentiroso. Você está dizendo que cobrou, mas está quieto há 6 meses. Há 6
meses que o piso nacional do magistério não é alterado em Niterói. Você está quieto há 6 meses.
00:32:01 Jhonatan

Eu disse que concordo e que conversei várias vezes como secretário sobre isso. O senhor dizer que
eu estou sendo quieto?

00:32:08 Túlio

Demorou 6 meses para resolver?

00:32:11 Jhonatan

Pelo amor de Deus, o tenha mais respeito por mim, pelo meu mandato...

00:32:17 Túlio

Eu tenho respeito por todo mundo, agora, mentiu? Vai ter que ouvir que mentiu, pô, vai ouvir.

00:32:25 Jhonatan

Eu não to mentindo, eu quero que o senhor coloque a mentira sobre a mesa.

00:32:26 Túlio

Em 6 meses não tem um pronunciamento público seu em favor do piso nacional do magistério

00:32:34 Beto

A gente está aqui para discutir a matéria ou discutir quem tá falando ou não tá falando no plenário?

00:32:40 Jhonatan

Ele não pode desrespeitar um vereador da forma como ele está desrespeitando.

00:32:44 Beto

Eu estou te entendendo, estou te entendendo.

00:32:47 Túlio

Não tem desrespeito nenhum. Tem uma verdade. Não existe pronunciamento...

00:32:49 Jhonatan

OK, professor Túlio, guarde a sua verdade para vossa excelência então, por favor. Vamos votar o
parecer, vereador Fabiano.

00:32:56

FALAS SOBREPOSTAS

00:32:57 Fabiano

Quem vai se inscrever para falar, para a gente ter ordem, também, de fala. Se inscreve aí, por favor.
Escreve aí, por favor, para a gente ter uma sequência, vamos lá. Diogo, Tiago, Kelly, Renata e quem
mais? Quem? Sara. Quem mais presente? Pra gente fechar a lista de inscrição. Ninguém mais.
Vamos lá, pela ordem, 5 minutos cada pessoa pra gente poder avançar no máximo. Entendemos que
seja breve.
00:33:41 SEPE-Diogo

Bom dia a todas e todos. Vou tentar concentrar no projeto de lei está em debate. Sobre a questão
da demora em se cumprir a lei do piso nacional, salarial profissional nacional do magistério que é
uma disposição da Constituição Federal. Se há divergência em relação ao parecer proposto pelo
vereador Túlio, que propõe que o reajuste seja automático quando se reajusta o piso o nacional, se
há é impedimento de ordem legal para isso, existe uma solução mínima que pode ser adotada, a
meu ver, através de emendas, que é você criar uma data base específica dos profissionais de
educação, como você tem dos servidores municipais, ou seja, que o poder executivo é obrigado por
lei municipal a, no mês que se julgar adequado, fazer um projeto de lei que adequa o piso salarial
dos profissionais de educação ao piso nacional do magistério, conforme as portarias anuais do MEC.
E isso pode ser feito. Você não cria automaticamente nenhuma obrigação orçamentária, mas você
cria uma lei municipal para disciplinar os atos do poder do poder executivo. Ele não pode tratar do
cumprimento da lei do piso ao seu bel prazer, né? Ah eu faço em agosto, eu faço em setembro, eu
faço em outubro, né? Mesmo que tenhamos retroativos, isso não é razoável, porque isso cria
problema desestabilização da lógica da carreira dos profissionais que tem uma carreira estável,
previsível. Isso tudo é importante para o estímulo ao trabalho dos profissionais de educação e pra
reter na rede os melhores profissionais. Isso sobre a questão do da concessão do reajuste. Eu acho
que é uma solução, não sei se o Túlio concorda comigo, mas eu acho que é uma solução que talvez
deixe a base do governo numa posição mais confortável, não é? Existe data base para os servidores
municipais junto, mas ela não está de acordo com as especificidades da da carreira do magistério.
Como é uma carreira única, acaba abrangendo todos os profissionais da educação. Se eu pudesse
opinar em relação a data, apesar do reajuste do piso nacional, você sempre em janeiro eu sugeriria
fazer isso entre fevereiro e maio. Por quê? Porque é quando você tem a atualização do orçamento
do Fundeb, anualmente em abril, não em janeiro. Mas obviamente, se não for data base relacionado
ao preço nacional no futuro, em janeiro, você tem que ter a previsão de retroatividade, porque o
reajuste do piso nacional em janeiro. Isso é uma questão. A segunda questão é sobre os retroativos
estão previstos na lei. No ano passado, a gente teve um problema, que é o seguinte, foi garantido o
retroativo, haja minerações devidas, só que não foi incluído as duplas regências RET no retroativo.
Eles são calculados a partir do vencimento, o vencimento estava defasado, quando ele foi atualizado
você teve retroativo para adicionais, tempo de serviço, formação continuada, mas a dupla regência
em RET não. Tem que ter. Porque isso é parte, não é a melhor forma disso organizar o trabalho do
magistério na rede, mas é a forma atual. Quanto menos perda estiver melhor. Melhor seria que os
professores fossem 40 horas, trabalhar integral. Enquanto não resolve esse problema, a maioria das
vezes, em função disso. Então tem que ter alguma medida que obrigue, a FME, a pagar os
retroativos, incluindo as duplas em RETs. Porque a gente está com uma promessa não cumprida do
ano passado. Como não tinha nenhuma lei disciplinando, ficava na promessa. A promessa ficou só
para inglês ver.

00:37:55 Fabiano

Um minuto.

00:37:57 SEPE-Diogo

E, por último, eu trouxe aqui até uma contribuição por escrito que, embora seja um avanço o
cumprimento da lei do piso para professores um de nível médio com carga horária de 24 horas, ela
não é suficiente, porque nós temos um problema que é uma contradição criada historicamente, pelo
próprio governo, entre a lei do piso e o plano de carreira da educação de Niterói. Por quê? Porque,
quando o plano foi criado, pagava se um piso acima do piso nacional, mas os professores de nível
médio acabaram sendo tratados, não deveria ser assim, como um cargo isolado, que tivesse em
extinção. Ele não está em extinção, né? Então, o que eu quero dizer com isso? A diferença prevista
pelo plano de carreira, do vencimento de nível médio da carreira do magistério quando há passagem
para o nível superior, está muito maior do que deveria de acordo com o plano. Para você corrigir
isso, tem que ter um reajuste específico dos professores de nível médio, que é maior do que o piso
nacional, então não é objeto do desse projeto de lei. Por que que a gente tá falando isso? Porque
esse é um pleito nosso que está reivindicando desde o ano passado, e achamos oportuno que o
debate acaba ensejando-o, que há quando são os vereadores, apresenta ao poder executivo uma
cobrança, uma indicação legislativa, enfim, o instrumento que for melhor para que o município
corrija esse problema.

00:39:26 Fabiano

O professor vai entregar essa indicação para a gente? Só por conta do tempo

00:39:29 SEPE-Diogo

Sim, tem a tabela aqui ó. Essa tabela atual, com reajuste, a diferença entre nível médio e nível
superior está em 76%. Ela deveria ser 14%, obviamente em favor dos professores de nível médio e
não em desfavor aos professores de nível superior, com o reajuste do piso, conforme o projeto de
lei, essa diferença baixa para 60%. Mas ela ainda é muito aquém do correto, e aqui é como seria
corretamente ao nosso piso, é isso.

00:40:00 Fabiano

Obrigado, professor. Próximo orador?

00:40:06 Carol

É Kelly.

00:40:08 SEPE-Kelly

Então é eu vou continuar na linha do Diogo, que quando você tem esse atraso de pagamento do
piso, do cumprimento, atrasa a vida de todo mundo, porque paga retroativo. Só que não pagou
sobre as duplas, não se pagou, e o governo simplesmente se calou e está dando um calote. Ficou na
promessa. Então, se esse piso tivesse sido pago lá atrás, acertado a partir de janeiro ou fevereiro,
março, o calote sobre esses seria menor, não é? E até porque o governo, de repente, pagaria. Então
eles fariam a dupla durante todo o ano, já com o piso nacional, não teria calote. É uma falta de
respeito com os profissionais da educação de estarem dentro de sala de aula, sobrecarregados,
sabemos disso, e ter um calote de um governo rico, milionário, bilionário como é Niterói, é
inaceitável isso. Então, assim, a partir daí a gente acredita que precisa vir, dentro desse projeto, um
prazo, como o Diogo disse, uma data limite para poder fazer esse acerto do governo federal em cima
do plano municipal, pagar, e evitar esse calote em cima dos profissionais. Outra coisa, a questão do
nosso plano de carreira, a cada vez que se dá um aumento no nível que não se dá nos outros, nosso
plano de carreira está sendo afetado. Então daqui a pouco vamos acertar isso, mas e o pessoal lá?
Nosso plano de carreira, que deveria seguir tudo isso e não tem seguido, daqui a pouco o pessoal de
nível médio está ganhando acima do pessoal de nível superior. O pessoal está todo muito achatado.
Esse é o grande problema. Esse achatamento de não cumprimento do nosso plano de carreira. O
nosso plano de carreira veio para que nós tivéssemos garantias e nós não estamos tendo garantias
de pagamento nisso. Então, é muito ruim o pessoal, funcionários, a gente não tem. A gente sabe que
no federal não tem. A gente sabe disso. Lá na lei federal diz que a gente não tem o direito. Mas a
gente fica achatado porque quando não tinha isso, a gente só fica naquela porcentagem ridícula que
o governo tem dado de reajuste, a gente cada ano perde mais, e até março, abril, a nossa perda já
estava em 12%, então, é achatamento do nosso plano de carreira, acho que isso precisa ser revisto,
precisa de alguma forma ter algum cuidado com esse servidor que está lá na linha de final, mas que
segura a escola, né? Porque sem cozinheira, escola não funciona, sem o coordenador de turno a
escola fica uma bagunça, é o professor fica é sem auxílio desse coordenador de turno ou a gente,
administrativo, então, assim, é uma questão de respeitar e realmente é premiar, reconhecer esses
servidores.

00:43:42 Fabiano

Obrigado, Kelly. Próxima inscrita? Tiago? Aqui, Renata. Renata, Tiago e Sara.

00:43:53 SEPE-Renata

Bom dia a todos. Eu acho que é importante que essa comissão avaliar essa questão do ano de 2022
com relação ao piso nacional, porque o que o governo alega é que não estava previsto, dentro do
que foi instituído o abono, os retroativos com relação a dupla regência. A gente chegou a ter uma
conversa na FME e eles disseram que é só dar entrada no protocolo que todo mundo que tem
direito ao retroativo vai receber. E aí, as pessoas quando chegaram no protocolo, foi no meio da
mudança de secretário, não abriu processo, não pagou a ninguém, e eu acho que a comissão pode
fazer um indicativo para que esse retroativo seja pago. Porque é injusto com esses professores que
trabalharam e tem direito, que eles não receberam seu vencimento relativo à matrícula, esses
valores referentes ao retroativo de 2022. Aí não são 6 meses, é mais de 1 ano.

00:44:57 Fabiano

Vocês estão falando do ano passado? Só pra entender.

00:44:59 SEPE-Renata

É, a gente tem que resolver. Vai ser a bola de neve essa discussão de tá acontecendo com as
pecúnias referentes a licença-prêmio que as pessoas não conseguem tirar e nem conseguem receber
pela fazenda. Vai ser mais uma bola de neve pra vocês resolverem futuramente. E aí quando fala em
despesa no município, e eu acho que educação não é despesa, é investimento. A cada momento que
vocês atrasam esses pagamentos, é o pior pro município com a sua organização financeira. E aí eu
acho, como sugestão, que já dentro da comissão, que se inclua uma emenda, que se resolva de
alguma forma essa questão, não sei se dá pra resolver com uma emenda o que a princípio seria uma
questão dos profissionais da área dar entrada num processo da FME.

00:46:08 Fabiano

Vou parar o tempo aqui só para explicar. Teoricamente, eu entendo que não precisaria todos darem
entrada em processo que vai gerar um acúmulo de processos absurdo. Se o governo entende que
tem que ser pago, isso aqui é pactuar com a associação de vocês e ver da melhor forma possível.
Como foi feito das outras verbas que corresponderia. Foi pactuado, foram pagas. Eu penso que seja
melhor assim do que todo mundo ter que, individualmente, gerar processo para gerar uma
aberração lá. Renata, sua sugestão?

00:46:38 Jhonatan

Mas pela fala, os únicos que não tiveram a inclusão no ano passado, foram a dupla regência e RET.

00:46:49 SEPE-Renata
É. Dupla regência e RET. Então não é também número... Aliás, é m número grande, porque, hoje, a
gente tem um número enorme de profissionais fazendo dupla regência e RET. Então somos 377 mais
alguns aposentados.

00:47:09 Fabiano

377?

00:47:11 SEPE (falas sobrepostas entre integrantes do sindicato)

377 foram pagos no ano passado, que é quem tá no nível médio. Esses 377, que talvez façam dupla,
provavelmente todos. E é, né? A maioria, e mais o pessoal que é aposentado.

00:47:22 Fabiano

É muito mais viável de fazer uma coisa e voltar no bloco do que cada um propositar um processo
que aí vai... Vamos lá, Tiago. Acabou, Renata?

00:47:37 SEPE-Tiago

Então, o que o SEPE vem debatendo, um pouco que a Kelly colocou, que o piso do magistério retira
os funcionários, né? Tira as cozinhas e tal, isso e aquilo. A provocação que nós estamos fazendo a
Câmara é que a Câmara começa a discutir o piso dos profissionais de educação municipais, né? Que
aí vai incluir as cozinheiras escolares. Porque hoje esse aumento que está dando aqui é o aumento,
que não vai atingir as cozinheiras, que não vai atingir o funcionalismo, aqueles que estão fora da sala
de aula, então seria importante o município criar esse, esse piso municipal. O mínimo. E se fala
muito, né? Parece estar circulando aqui, pelo menos, na Câmara, que professores da rede ganham
muito. Ganham R$58.000,00, ganham R$54.000,00. O estudo que nós fizemos é pequeno, mas já
aponta que o funcionalismo que está na Educação, ele ganha entre R$2.000,00 e R$7.000,00, a
maioria. 80%, né? Então não é verdade o que o secretário vem dizendo que o plano paga muito para
um e paga pouco para outros. Existe, de fato, a educação é uma educação cara. É caro fazer uma
educação de qualidade, não. Se você for ver hoje em uma escola particular de qualidade, não quer
dizer que toda escola de particular é de qualidade, mas escola particular de qualidade está custando
entre R$5.000,00 e R$6.000,00 uma matrícula. Então é uma coisa cara, o governo tem que gastar pra
isso. Nós, fizemos um estudo, que deve ter acesso ao relatório do professor do professor Fábio
Araújo, da faculdade UFRJ, onde ele aponta que o governo, pelas 3 mil crianças que estão fora da
escola, por isso o debate anterior se liga esse debate, sobre financiamento, perde dinheiro. Perde
dinheiro, por exemplo, do salário educação, né? Porque o salário educação é pautado no número de
alunos que tem na escola. Perde dinheiro, por exemplo, hoje, o Fundeb, o governo de Niterói por
vários outros motivos e um dos motivos é esse, em 2022, devolveu, deixou de receber, pelo Fundeb,
R$20.000.000,00, porque tem aluno fora da escola, porque o segundo fundamental ainda está na
mão do estado, não passou para o município. Tem vários processos que tratam... Então, o município
de Niterói tá perdendo dinheiro. E a questão, por exemplo, do Fundeb, que é outra questão que
apareceu no relatório, em 2022 sobrou $2.000.000,00 do orçamento do Fundeb, sobrou que pode
ser usado para pagar esse plano de carreira que o governo não paga. Na realidade, desde 2013 isso é
outra discussão. Desde 2013. O governo veio “calotando” os professores de nível médio desde 2013.
Porque a diferença, como o Diogo colocou, entre nível médio e superior tem que ser de 14%, e em
2013 tava 80%. Então, o governo tem que pagar esse pessoal desde 2013. Porque hoje o governo
não paga o plano de carreira. O plano de carreira que é serviço cumprido.
00:51:16 Fabiano

Só uma dúvida, o ensino médio não é prerrogativa do estado?

00:51:20 Diogo

Não, formação inicial.

00:51:22 Palestrante 3

A formação nível médio.

00:51:26 Fabiano

Ah, tá. Das pessoas, do profissional com ensino médio.

00:51:27 Jhonatan

Dos servidores.

00:51:30 Carol

É a formação mínima exigida

00:51:31 Fabiano

É porque pra vocês isso é muito claro, mas pra nós que não conhecemos essa dinâmica...

00:51:37 Carol

É a formação mínima exigida do cargo.

00:51:39 SEPE-Tiago

O que eu falei do estado, Fabiano, é que, por exemplo, uma boa parte do segundo segmento, né
está na mão do estado, que é pra ser da mão do município. Também. Mas é obrigação do município,
não é obrigação compartilhar. É outro problema que a gente tem que resolver. E esse processo estar
na mão do e estado, a gente não arrecada, não pega dinheiro do Fundeb. A gente perde dinheiro em
Fundeb. Niterói perde dinheiro do Fundeb, por quê? Porque tem 3000 crianças fora e porque, um
dos motivos, é que esse segundo fundamental está na mão do estado. Então é um detalhe que ele
tem que fazer. Então são essas provocações que que a gente já conta pra auxiliar a Câmara a estar
fazendo políticas para de fato valorizar a educação.

00:52:25 Fabiano

Obrigado, Tiago, pelo esclarecimento. Acho que essa pauta aí, de fato, ela é bem pertinente. Até
porque a se, hoje, a rede de Niterói tem um segmento que está na mão do estado... quantas escolas
são? Vocês tem ideia?

00:52:40 SEPE-Tiago

Quantas escolas? Que estão na mão do estado?

00:52:44 SEPE-Diogo

35. São 40 escolas estaduais e 35 de Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano.

00:52:50 Fabiano
40 no total e 35 estão com estado?

00:52:54 SEPE-Diogo

Não, são 40 escolas estaduais no total de Niterói, 35 delas têm Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano.
Inclusive, tem regiões que só o estado atende.

00:53:05 SEPE-Tiago

Nós temos 14 escolas da rede municipal de Ensino Fundamental.

00:53:13 Fabiano

Bem, a Sara, por favor. Deixa eu zerar aqui o seu tempo. Acho que esse diálogo é bem importante.
Vocês que tem essa clareza (INAUDIVEL) facilitam muito pra gente entender um pouco da dureza do
assunto. Pode falar, Sara.

00:53:33 SEPE-Sara

Bom dia. Porque eu não usei ainda, né? Só queria me juntar aos companheiros com peso aqui do
SEPE pra gente poder falar sobre essa questão do piso, que deveria ser pago desde janeiro, como
está na lei do piso. É um absurdo que a gente esteja somente agora em agosto debatendo isso aqui
nessa casa. A gente deveria estar bem à frente debatendo essa questão. Não é porque o governo vai
pagar retroativo, apenas as matrículas, que isso vai contemplar a categoria. Porque, como a gente já
falou aqui, nós temos uma grande quantidade de profissionais de educação que tem duplas e RETs.
Então, quando fala na mensagem, isso é valorização profissional, não é não é o que está
acontecendo realmente, porque se não vai ter, também, esse retroativo das duplas e RETs, não há a
real valorização dos profissionais da rede. Então é algo que precisa ser debatido. Outra questão que
eu gostaria de falar, vai ser bem breve, essas 2 matérias, tanto a lei do piso e, também, quanto em
relação ao programa escola parceira, estão diretamente ligadas, sim, ao concurso público e também
o debate da migração para 40 horas. Porque a gente só tá debatendo aqui a falta de alimentação do
escola parceira e também a lei do piso, porque a gente também precisa debater o concurso público
para educação. Tem 3000 crianças fora da escola porque Niterói não inaugurou nenhuma escola
recentemente. A gente só está debatendo a escola parceira porque tem 3000 crianças fora da
escola. A gente só está debatendo a escola parceira, porque a gente não tem a inauguração de mais
escolas, não tem concurso público pra educação. Então, são debates que estão ligados sim. Que a
gente vem aqui cobrar essa casa, também, que o concurso público para a educação e a inauguração
de mais escolas é fundamental. Porque a gente só está debatendo essas questões por causa desses
3000 crianças fora da escola. Para não me alongar muito, eu gostaria de dizer aos senhores
vereadores que o SEPE não está aqui para tumultuar essa reunião dessa comissão de educação,
como foi dito, a gente está aqui para cobrar os senhores os direitos dos estudantes, os direitos dos
profissionais da educação para que a educação de Niterói seja realmente de referência. Realmente
atenda a população de Niterói e atenda aos profissionais de educação. O sindicato não está aqui
para tumultuar. Sindicato está aqui para cobrar a quem deve ouvir e também para lutar pelos
direitos dos profissionais da educação.

00:56:53 Fabiano

Obrigado, Sara. Bem, eu queria fazer algumas considerações às falas só porque eu tomei nota aqui.
Vou começar pela da Sara, que foi a última falar, vai ser a primeira a eu me referir. Se você entendeu
o que eu disse que o SEPE estava aqui para tumultuar, primeiramente peço desculpas, não falei
nessa intenção. Eu falei das pessoas que estão aqui, não me referia à entidade SEPE, não poderiam
estar aqui com o intuito de tumultuar, que é uma reunião pública aberta e a gente tem que debater.
Então, se você entendeu desse jeito, eu peço desculpas, mas a minha fala foi no sentido da do
ordenamento da reunião. Quem me conhece aqui, Diogo, Tiago, sabem que eu sou uma pessoa
altamente democrática, mas a gente tem que ter regra, se não as coisas não avançam, e eu agradeço
a vocês para a gente continuar a avançar bastante. A segunda questão do que já perguntar também
que eu, na minha cabeça não ficou clara, quando você diz concurso público para educação, aí você
fala das 40 horas. É o novo concurso ser 40 horas ou vocês estão pleiteando quem tem 24 horas
passar para 40 horas?

00:57:58 SEPE-Sara

As 2 coisas, a gente não consegue avançar no diálogo com o governo em relação a isso.

00:58:05 Fabiano

São coisas distintas!?

00:58:06 SEPE-Sara

É um pleito do sindicato a migração para 40 horas...

00:58:09 SEPE-Diogo

De quem já tá na rede.

00:58:10 SEPE-Sara

De quem já está na rede.

00:58:12 Fabiano

Os que, hoje, tem 24 horas passar para 40 horas. Ambos 40 horas. É uma jornada...

00:58:19 SEPE-Diogo

Em tempo integral.

00:58:20 Fabiano

Inteira numa escola.

00:58:22 SEPE-Renata(?)

É o que dá um panorama melhor pra um próximo concurso.

00:58:24 Fabiano

Ok, então, é isso que estão pleiteando e também no concurso público ser de 40 horas, é isso?

00:58:30 SEPE-Sara

É, a gente tenta abrir esse diálogo com o governo, mas a gente não consegue.

00:58:30 Fabiano

Ótimo.

00:58:37 SEPE-Kelly
Fabiano, só para te explicar. Por que a gente fala de o próximo concurso públicos ser de 40 horas?
Porque um professor que tem 24 horas, ele vai para uma UMEI, que é a maior quantidade que nós
temos na rede, e aí as vezes, na UMEI, não tem dupla. E aí, o que acontece? Ele faz aqui e vai fazer
dupla em outra escola.

00:59:00 Fabiano

Tá, entendi. Tem que se deslocar, pagar passagem...

00:59:04 SEPE-Kelly

E as vezes, o que acontece é uma troca de professores nas salas de aula.

00:59:08 Fabiano

Não precisaria que fossem 40 horas.

00:59:12 SEPE-Kelly

Precisaria apenas a questão da alimentação das crianças.

00:59:14 SEPE-Tiago

E existe um debate que parece, quando a gente fala que tem que passar de 24 para 40 horas, vai
dobrar o salário, vai dobrar o custo... Não vai dobrar o orçamento.

00:59:25 Fabiano

Porque são 16 horas a mais.

00:59:27 SEPE-Tiago

Não, é porque uma UMEI hoje... por exemplo, a UMEI Vinícius de Moraes, onde eu estava lotado. Ela
custa, por mês, R$270.000,00. Tá lá no relatório, R$270.000,00 por mês. Aquele ali é o valor de
várias pessoas fazendo dupla, porque quando você faz dupla, você ganha 24, você ganhou o valor do
seu do vencimento básico. Então, quer dizer, o governo já gasta esse valor. Então, não vai haver um
aumento expressivo da verba na educação, isso é uma ilusão.

01:00:02 Fabiano

Ok. Eu queria, até pra gente otimizar, fazer uma conversa com vocês na comissão de orçamento,
para vocês poderem expor isso pra gente, porque eu sinto que eu não estou suficientemente capaz
de medir, de proferir uma decisão se eu sou a favor ou contra, porque eu não conheço a matéria na
íntegra. Então convido-os para que a gente possa fazer uma reunião que vocês nos apresentarem,
porque pode ser que seja muito mais viável economicamente para o município, expandir a jornada
que ficar fazendo essa dupla. Aí é uma questão que a gente tem que fazer conta. Aí na comissão de
orçamento, a gente tem essa premissa. Como eu sou membro da comissão de educação, eu convido-
os pra que gente faça um debate, Diogo tem sido bem solicito a isso, então já faço o convite, deixo o
convite na mesa para que vocês possam dialogar conosco e expor essa matéria em específico, OK?
Então, a gente marca essa agenda aí. Com relação ao que Sara falou, que somente agora a gente
está discutindo essa questão, Sara, desculpa, não é não. Desde janeiro, fevereiro, quando foi
aprovado que o Bolsonaro botou essa pauta, vocês têm falado, tem debatido, nós temos
conversado, só que infelizmente no poder público existe uma coisa chamada tempo. O tempo de
vocês, o nosso tempo é diferente do tempo do poder público, então, infelizmente, mas graças a
Deus está acontecendo agora. Financeiramente dinheiro tem valor no tempo, eu concordo que
reparar hoje um programa de janeiro não é a mesma coisa que desde janeiro já tivesse acontecendo.
Mas é melhor que o faça. Porque o governo não pode se enriquecer sem justa causa, não pode
apropriar-se do nosso dinheiro sem justa causa. E aí já falando em cima que a Renata falou, se por
acaso essas pessoas ficaram sem receber, as 377 que fazem regência, RET, no ano de 2022, vocês
têm todo direito negro de pleitear, é direito. O governo não pode ficar com nenhum recurso que não
seja legal. Ele não pode ficar com o salário do trabalhador, não pode ficar um acréscimo que não
pagou, não pode ficar com o dinheiro do imposto do contribuinte, que pagou 2 vezes, tem que
devolver, isso está na lei. Então, eu acho prudente vocês caminharem no sentido de bloco não
individualizado, porque bloco dá muito mais peso do que individualizado. Bem, com relação ao que
Diogo falou, data base diferente dos servidores, eu acho isso improvável, porque você não pode ter
classes de servidores diferentes no poder. Todos são servidores, todos têm os mesmos direitos,
princípio da isonomia. Então, o que é preciso fazer, e aí a emenda do professor Túlio que tá na CCJ,
ela vai ser analisada pela lógica da constituição-validade. Agora eu vejo, Diogo, com muita
dificuldade de estabelecer uma data base diferente, porque você vai dar margem para todas as
outras categorias ensejar também ter uma data base pertinente a elas. Agora, a questão da data
base de servidores, vocês pleitearem para que seja mantido no mínimo do piso nacional está na lei,
está na lei. Só pra finalizar, a questão do plano de cargo e carreira, o professor Túlio me esclareceu,
realmente, ele não abrange os outros profissionais. Aliás, perdão a rede nacional, só fala dos
professores.

01:03:27 SEPE-Diogo

Mas a proposta é pro município?

01:03:30 Fabiano

Eu acho que aí se encaixa numa discussão também nessa pauta que a gente discutia das 24 horas e
40 horas. A gente pode também trazer esse corpo desse bojo, dessa discussão para a gente entender
um pouco melhor, porque também parece injusto, será que dentro da carreira os professores são
mais importantes do que os outros profissionais? Eu entendo que a escola é um coletivo, têm que
trabalhar em conjunto. Você não pode ter classes mais favorecidas, menos favorecidas no mesmo
ambiente escolar. Então, acho, convido para esta nossa reunião que a gente já bote as 2 coisas e
uma terceira coisa que, a Kelly falou aqui, é “eu sou cozinheira”. Então, eu acho que nesse concurso
já tem que corrigir essa questão da merendeira para cozinheira, porque eu acho que aí é um local
apropriado para essa discussão, entendeu? Então me coloco à disposição para ouvi-los. Eu tenho
entendimento e vou externar. Eu já falei isso em plenário, então não é novidade que vocês passaram
por concurso para merendeira, ainda que esteja exercendo a função de cozinheira, vocês não
lograrão êxito de transferência de função, a justiça não permite.

01:04:38

INAUDIVEL

01:04:51 Fabiano

Aqui também. Aqui teve um PCCS que mais de 30 servidores aqui, não conseguiram ser enquadrados
no plano, por quê? Porque eles eram cargo suplementar especial, não tem essa categoria, o
supremo foi categórico, não pode. Olha que coerência, eles trabalham na mesma função, exercem o
mesmo cargo e não puderam ser. Então, eu acredito que tem que se chegar a um acordo. Eu penso
que o governo pode fazer um acordo com quem está, eu acho. É possível. Agora mudar de categoria
acho muito difícil, é o meu ponto de vista. O professor Túlio discorda, mas eu compreendo o
companheiro. Bem, gente, do que foi colocado, eu quero levar agora para dos vereadores. Eu abro a
palavra, os vereadores alguém mais vai fazer o uso da fala? Vereador Andrigo, vereador Beto,
vereador Túlio, vereador Jhonatan. Em votação o parecer. Quem aprova, levante a mão. Aprovado
eu peço que encaminhe agora para a comissão, a primeira diretora para que possa entrar em
votação hoje. E aí, peço ao líder do governo que peça a quebra de (INAUDIVEL) e...

01:05:58 Palestrante 7

FALAS SOBREPOSTAS

01:06:04 Fabiano

Vota as 2 matérias hoje, em 2 seções. Quero só pedir que consigne a minha falta que eu vou estar
num evento em Brasília sobre a reforma tributária, e vou sair daqui correndo para o aeroporto, mas
o meu voto é favorável a todas as matérias.

01:06:24 Jhonatan

Vou agradecer aqui a parte da reunião da comissão de educação.

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