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BANDAS DE BOLLINGER

As bandas Bollinger são ferramentas de análise técnica criadas por John


Bollinger no início dos anos 80. Este indicador possui uma forte relação
com a volatilidade, possibilitando, assim, a sua comparação com os
níveis de preços num determinado período de tempo. O maior objetivo
das bandas Bollinger é fornecer uma idéia relativa de alto e baixo. Por
definição, os preços são altos na linha (banda) superior e baixos na linha
(banda) inferior.

As bandas Bollinger são constituídas por um conjunto de três curvas


desenhadas em relação aos preços. Elas são traçadas a partir de uma
determinada distância de uma média móvel. A banda intermediária é uma
medida de tendência intermediária, geralmente uma média móvel simples, que
serve como base para as bandas inferiores e superiores. O intervalo entre as
bandas superiores, intermediárias e inferiores é determinado pela volatilidade,
geralmente o desvio padrão da mesma data que foi utilizada pela média.
Assim, quanto maior a volatilidade de um ativo maior seu desvio padrão.

As Bandas de Bollinger consistem de:

1. Bandas Bollinger Intermediárias sendo uma N-período média móvel


simples;
2. Bandas Bollinger Superiores sendo Bandas Bollinger Intermediárias +
(K x N-período desvio padrão);
3. Bandas Bollinger Inferiores = Bandas Bollinger Intermediárias - (K x N-
período desvio padrão).

Valores típicos para K e N são 2 e 20, respectivamente.

O uso das Bandas de Bollinger variam muito entre os investidores. Dessa


forma, alguns deles compram quando o preço toca a banda Bollinger inferior e
vendem quando o preço toca a média móvel no centro das bandas. Outros
investidores compram quando o preço sobe acima da banda superior e o
vendem quando o preço cai abaixo da banda inferior.

Frequentemente, quando as bandas de Bollinger se aproximam da média, o


preço das ações de uma companhia sofrem consideráveis alterações. Assim,
movimentos fora das bandas propõem a continuação da tendência. Altas e
baixas fora das bandas, seguidas de altas e baixas dentro das bandas
propõem uma reversão de tendência. Em fato, quando não há tendência
definida, a regra é vender quando o preço ficar acima da banda superior e
comprar quando o preço ficar abaixo da banda inferior.
CANAL DONCHIAN

O canal Donchian é um indicador de média móvel muito usado nos


mercados de investimento. Essa ferramenta foi desenvolvida por Richard
Donchian e é formada trançando-se (em um gráfico) uma área entre os
valores da máxima alta e da mínima baixa do dia, dos últimos n dias.

O canal Donchian é um indicador útil no que se refere à volatilidade do preço


de mercado. Se um preço é estável, então o canal Donchian será relativamente
restrito. Se o preço oscilar muito, então o canal Donchian será mais amplo.
Entretanto, o uso primário do canal Donchian é fornecer sinais para posições
compradas (long) e vendidas (short). Se uma ação é negociada acima da sua
máxima alta, então uma posição long é estabelecida. Caso contrário, se a ação
for negociada abaixo da sua mínima baixa, uma posição short é estabelecida.

Embora a utilização dos canais donchian ser mais comum para as commodities
nos mercados futuros, eles também podem ser amplamente utilizados no
mercado de câmbio. Os canais produzem os seguintes sinais:

1. Um sinal de compra (long), quando o preço de fechamento está acima


da banda superior.
2. Um sinal de venda (short), quando o preço de fechamento está abaixo
da banda inferior.

Essa teoria parece um pouco confusa no início porque muitos investidores


assumem que uma "quebra" dos limites superiores ou inferiores representa
uma reversão na tendência. Assim, se o preço atual da ação ultrapassar o
limite da alta, então uma nova alta será estabelecida porque um sinal de alta na
tendência está surgindo. Ao contrário, se o preço atual da ação ultrapassar o
limite da baixa, uma nova tendência de queda pode estar sendo produzida.

MÉDIAS MÓVEIS ENVELOPES

Médias móveis envelopes são um par de linhas também conhecidas como


trading bands. O principal objetivo dos envelopes é identificar uma banda
na qual um ativo está sendo negociado. Eles seguem o mesmo modelo
das médias móveis escolhidas; entretanto, uma linha se moverá
ligeiramente acima da média móvel, e a outra ligeiramente abaixo da
média móvel, criando, assim, uma escala de negociação segura entre as
duas linhas do envelope.

Para se calcular uma média móvel envelope, primeiramente é necessário


calcular a média móvel, o que pode ser a simples ou a exponencial. O número
de dias usado para calcular uma média móvel, com o objetivo de se formar um
envelope, é 35 ou 45 dias. Entretanto, assim como acontece com a maioria dos
indicadores na análise técnica, o número de dias usado no período poderá ser
maior ou menor – quanto maior o número de dias utilizado, mais estável serão
as curvas do envelope. Ao contrário, quanto menor o número de dias usado
para o cálculo da média móvel, mais volátil serão as curvas do envelope criado.

Quando a média móvel estiver calculada, o ponto do envelope para um dia


específico é calculado pela soma de uma certa percentagem ao valor da média
móvel para esse mesmo dia. O valor da percentagem utilizado pode depender
da volatilidade do ativo, mas frequentemente é um valor por volta de 5%, com
valores de 2% a 6% sendo também comuns.

Assim, usando 5% como exemplo para o cálculo, a banda superior será:

Banda Superior = Média Móvel + (Média Móvel x 5 ÷ 100)

A banda inferior é sempre calculada usando a mesma percentagem da banda


superior, mas ela será reduzida. Dessa forma, tem-se:

Banda Inferior = Média Móvel - (Média Móvel x 5 ÷ 100)

Médias móveis envelopes podem ser muito úteis na identificação de condições


de sobrecompra ou sobrevenda, onde os preços da ação atingem as bandas
superiores ou inferiores da escala de negociação segura. Muito freqüentemente
um ativo que está na condição de sobrecompra ou sobrevenda pode continuar
assim por algum tempo, portanto, é melhor fazer decisões sobre compra e
venda de ativos usando médias móveis envelopes em conjunto com outros
indicadores da análise técnica.

Geralmente, se os preços ultrapassarem a banda superior significa que eles


estão acelerando mais que o normal. Quando um título se encontra nesta
situação deverá ser vendido; entretanto, um sinal de venda efetivo só é gerado
quando o indicador cruza a linha superior no sentido descendente. Se os
preços caem abaixo da linha inferior do envelope uma provável tendência de
queda está retratada. Isso acontece quando, após um determinado movimento
forte de desaceleração, o suporte é rompido. Quando um título se encontra
nesta situação deverá ser comprado. Geralmente, um sinal de compra efetivo
só é gerado quando o indicador cruza a linha de suporte no sentido
ascendente.
CANAL DE KELTNER

O QUE É CANAL DE KELTNER?

O Canal de Keltner (Keltner Channels ou Keltner Bands) é um indicador de


volatilidade utilizado em análise técnica para se determinar a tendência de
movimentação dos preços de determinada cotação. A versão original do
Keltner Channels foi descrita por Chester W. Keltner em 1960 em seu livro
“How to Make Money in Commodities”, tornando-se um dos primeiros
estudos sólidos sobre o conceito de canais no comportamento dos preços.

COMPOSIÇÃO DO CANAL DE KELTNER

O Canal de Keltner é formado por três linhas: uma linha central, uma linha
superior e uma linha inferior.

Para obtermos a linha central precisamos primeiramente entender o conceito


de typical price. O "typical price" (TP) é a média aritmética entre o preço
máximo, o preço mínimo e o preço de fechamento de cada período, ou seja:

TP = (MÁX + MIN + FEC) / 3


O estudo original descrito por Keltner utilizava uma média móvel simples de
dez períodos do typical price para se determinar a linha central.

As outras duas linhas (linha superior e linha inferior) - determinantes para a


formação do canal - são determinadas pela diferença entre os valores do preço
máximo e do preço mínimo obtidos durante o período do estudo. O valor obtido
por este diferença é denominado range price.

Uma média móvel simples de dez períodos da soma do typical price e do


range price formam a linha superior, enquanto que uma média móvel simples
de dez períodos da diferença entre o valor do typical price e do range price
formam a linha inferior.

Resumindo:

 Linha Central = MMS[10] (MÁX + MÍN + FEC) / 3

 Linha Superior = MMS[10] (MÁX + MÍN + FEC) / 3 + MMS[10] (MÁX -


MÍN)

 Linha Inferior = MMS[10] (MÁX + MÍN + FEC) / 3 - MMS[10] (MÁX -


MÍN)

Na década de 80, Linda Raschke apresentou uma nova versão do Keltner


Channels baseada em uma Média Móvel Exponencial e no Average True
Range (ATR) desenvolvido por Wilder. Na versão de Raschke, o Canal de
Keltner é constituído de uma linha central baseada em uma média móvel
exponencial de 20 períodos, uma linha superior e uma linha inferior. A distância
das linhas superior e inferior à linha central é definida pela multiplicação de um
coeficiente pré-determinado (normalmente de valor dois) pelo ATR de dez ou
vinte períodos.

INTERPRETAÇÃO DO CANAL DE KELTNER

É possível notar que o Canal de Keltner se estreita quando a volatilidade


diminui e se alarga quando há aumento na volatilidade. Isso é compreensível,
já que o cálculo das bandas inferior e superior é determinado pela volatilidade
dos preços. É interessante notar também que quando uma tendência forte se
inicia sempre há o rompimento dos limites da Banda de Keltner, além de uma
certa dificuldade dos candles em retornar para dentro dos limites do canal.
A interpretação e aplicação da Banda de Keltner é bastante controversa entre
os seus usuários. Originalmente, Keltner descreve como momento de compra
quando o fechamento do preço da cotação excede a banda superior do canal,
enquanto que o momento de venda é descrito quando o preço de fechamento
da cotação ocorre abaixo da banda inferior. Basicamente, a penetração dos
preços excedendo os limites do Canal de Keltner demonstra uma forte
tendência de alta (bullish momentum) ou de baixa (bearish momentum) e,
presumivelmente, a tendência deve se confirmar.

Entretanto, não há razão para o Canal de Keltner não ser interpretado do


mesmo modo que os demais estudos baseados em canais/bandas de cotação,
tal como as Bandas de Bollinger. Ao utilizarmos estes estudos baseados em
canais/bandas de cotação percebemos que noventa e cinco por cento dos
preços ocorrem dentro dos limites estabelecidos pelas bandas dos canais.
Assim, as linhas superiores e inferiores dos canais são utilizados como limites
extremos de variação de preços e funcionam como avisos de que valores de
exaustão de preços podem estar ocorrendo. Deste modo, um momento de
compra ocorre quando o preço encontra-se abaixo da banda inferior do canal,
enquanto que um momento de venda ocorre quando o preço de fechamento da
cotação excede a banda superior do canal.

Podemos perceber, portanto, que não há uma interpretação certa ou errada


para a Banda de Keltner, uma vez que o mesmo estudo é utilizado por
diferentes pessoas de maneiras totalmente opostas. O investidor deve avaliar
como este tipo de estudo aplica-se em sua maneira de operar porém, nunca,
basear as suas operações exclusivamente nos sinais deste estudo.

ANÁLISE DE FIBONACCI E TEORIA DA ONDA DE ELLIOTT

Teoria da Onda de Elliott (EWT)

Ralph Nelson Elliott indicou três aspectos importantes do movimento dos


preços na sua teoria: padrão, rácio e tempo. O padrão refere-se aos padrões
de onda ou formações, enquanto o rácio (a relação entre números,
especialmente as séries Fibonacci) é útil para medir as ondas. Para utilizar esta
teoria nos negócios quotidianos, o corretor determina a onda principal, ou
super-ciclo, avança e depois vende ou abrevia a posição quando o padrão fica
sem stream e uma inversão é iminente.

 O Padrão de Cinco Ondas

Na sua forma mais básica, a Teoria de Onda de Elliot afirma que todas
as ações no Mercado seguem um ritmo repetitivo de cinco ondas na
direção da tendência principal seguida por três ondas corretivas (um
movimento "5-3").
As ondas de avanço estão indicadas por 1-2-3-4-5 e as ondas de recuo
estão indicadas por a-b-c. Na fase das ondas de avanço, as ondas 1, 3,
e 5 são "ondas de impulso" e movem-se na direção da tendência,
enquanto as ondas 2 e 4 são designadas por "ondas corretivas". Depois
do avanço de cinco ondas estar completo, inicia-se uma onda de
correção indicada por a-b-c. Na fase das ondas corretivas, as ondas 'a' e
'c' movem-se na direção do recuo, enquanto a onda 'b' se desloca na
direção oposta.

Nota: no gráfico apresentado descreve-se uma melhoria, pelo que as


ondas de avanço estão a mover-se para cima. Num declínio, as ondas
descendentes apresentam-se na forma 1-2-3-4-5, sendo as ondas
ascendentes representadas por a-b-c.

 Ciclos de ondas

Quando um recuo de três ondas está completo, dá-se início a um outro


avanço de cinco ondas e assim em diante, até ser induzida uma
inversão. É possível ver então que cada avanço de cinco ondas pode
ser identificado como uma só onda de avanço. De forma similar, quando
vista a partir de uma perspectiva mais ampla, e vice-versa, cada onda
pode ser dividida em ondas menores.

A Teoria da Onda de Elliot classifica as ondas de acordo com a


extensão do ciclo, que varia de um Grande Super-ciclo, que dura várias
décadas, para um grau menor, que abrange apenas algumas horas. No
entanto, o ciclo de oito ondas continua constante.
Nota: As duas ondas maiores, aqui indicadas por 1 e 2, podem ser
subdivididas em oito ondas mais pequenas, que podem, por sua vez, ser
subdivididas em 34 ondas ainda mais pequenas. As duas ondas
maiores, 1 e 2, são apenas as primeiras ondas num grande avanço de
cinco ondas. A onda 3 do grau imediatamente mais elevado está prestes
a começar. As 34 ondas que constituem um ciclo podem ser divididas no
grau imediatamente menor, que pode resultar em 144 ondas.

ANÁLISE DE FIBONACCI

Os números de Fibonacci fornecem a base matemática para a Teoria da Onda


de Elliot. Enquanto os rácios de Fibonacci têm sido adaptados aos vários
indicadores técnicos, a sua utilização máxima nos estudos técnicos continua a
ser a medição das ondas corretivas.

 Características da Série Fibonacci

A sequência de números Fibonacci faz-se com o número 1, adicionando-


se o número anterior para se obter o novo número:

0+1=1, 1+1=2, 2+1=3, 3+2=5, 5+3=8, 8+5=13, 13+8=21, 21+13=34,


34+21=55, 55+34=89,…

Esta série tem inúmeras propriedades interessantes:

+ O rácio de qualquer número relativo ao número seguinte na série está


perto de 0,618 ou 61,8% (o rácio de ouro) depois dos 4 primeiros
números. Por exemplo: 34/55 = 0,618
+ O rácio de qualquer número relativo ao número situado em dois
lugares à direita está perto de 0,382 or 38,2%. Por exemplo: 34/89 =
0,382

+ O rácio de qualquer número relativo ao número situado em três


lugares à direita está perto de 0,236 or 23,6%. Por exemplo: 21/89 =
0,236

Estas relações entre cada número na série são a base de rácios comuns
utilizados para determinar as inversões de preços e as extensões de
preços durante uma tendência.

 Inversões de Preços de Fibonacci

Uma inversão é um movimento nos preços que "recupera" uma parte do


movimento anterior. Normalmente, uma ação recuperará num dos 3
níveis Fibonacci comuns - 38,2%, 50%, e 61,8%. As inversões de preços
de Fibonacci são determinadas a partir de uma oscilação prévia de baixo
para cima para identificar possíveis níveis de apoio à medida que o
mercado recua de uma posição mais elevada.

As inversões de preços também são determinadas a partir de uma


oscilação prévia de cima para baixo através dos mesmos rácios,
enquanto procura níveis de resistência possível à medida que o
mercado avança de uma posição menos elevada.

 Extensões de Preços de Fibonacci

As extensões de preços de Fibonacci são utilizadas pelos corretores


para determinar as áreas em que desejam obter lucros na próxima fase
ou numa melhoria ou declínio. Os níveis de extensão da percentagem
são apresentados como linhas horizontais acima/abaixo do movimento
da tendência anterior. Os níveis de extensão mais conhecidos são
61,8%, 100,0%, 138,2% e 161,8%.

 Conselho

Na realidade, nem sempre é fácil distinguir o padrão de onda Elliot


correto, nem os preços reagem exatamente segundo este padrão. Por
isso, aconselha-se o corretor a não confiar apenas nos rácios de
Fibonacci, mas antes a utilizá-los em conjunto com outros instrumentos
técnicos.

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