Caderno de Filosofia
e Psicologia da Educação
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
REITOR
Prof. Abel Rebouças São José
VICE-REITOR
Prof. Rui Macêdo
PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS
Prof. Paulo Sérgio Cavalcanti Costa
DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
João Diógenes Ferreira dos Santos
DIRETOR – EDIÇÕES UESB
Jacinto Braz David Filho
COMITÊ EDITORIAL: Profª Ms. Andréa Braz da Costa, Prof. Ms. Braulino Pereira de
Santana, Prof. Esp. Hugo Andrade Costa, Prof. Ms. Marcos Lopes de Souza, Profª Ms.
Marilza Ferreira do Nascimento, Prof. Ms. Rosalve Lucas Marcelino, Prof. Ms. Paulo
Sérgio Cavalcanti Costa, Profª Drª Tânia Cristina R. Silva Gusmão e Profª Drª Zenilda
Nogueira Sales.
APRENDER
Caderno de Filosofia
e Psicologia da Educação
NÚMERO ESPECIAL:
Dificuldades de Aprendizagem
ISSN 1678-7846
APRENDER - Cad. de Filosofia e Psic. da Educação Vitória da Conquista Ano V n. 9 p. 1-280 2007
Copyright © 2007 by Edições Uesb
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CONSELHO EDITORIAL
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Prof. Dr. Silvio Gallo - UNICAMP
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Prof. Dr. Walter Matias Lima - UFAL
NÚMERO ESPECIAL:
Dificuldades de Aprendizagem
Sumário
ARTIGOS
RESENHA
then in subject self factors and circumstantial factors, analyzing the reciprocal
influence between then. Emphasizes the delay to build structures or reality as
one of the subject’s factors that is influenced by family environment, school or
community, and describes the processes of intervention to create necessary
conditions of maintaining and recover the possibilities of learning.
1
Os aspectos figurativos se baseiam nas constatações perceptivas, isto é, na simples leitura
da experiência, percepção e a imagem mental; enquanto os aspectos operativos, se
relacionam às transformações produzidas pelas ações físicas e mentais (DOLLE; BELLANO,
1989, 1996, p. 74)
24 Lia Leme Zaia
2
Segundo Vinh-Bang (1990), lacuna “não deve ser interpretada como uma falha, um
defeito, um elo ausente: é ao contrário presença perturbadora, trata-se de uma falsa
aquisição” (p. 133).
Aprendizagem e desenvolvimento – superando dificuldades 27
3
Conhecimentos lacunares são aqueles “cuja estruturação é incompleta e parcial, e que não
podem, por isso, servir para a construção de aquisições de nível superior”.
28 Lia Leme Zaia
4
Para elaboração desta síntese, utilizamos os dados fornecidos por Petty, em sua dissertação
de mestrado (1995), que relata o trabalho desenvolvido no LaPp, sob orientação e
coordenação do Prof. Dr. Lino de Macedo.
Aprendizagem e desenvolvimento – superando dificuldades 29
6
O Processo de Solicitação do Meio, desenvolvido por Assis (1976) para favorecer a construção
das estruturas operatórias concretas em alunos pré-escolares, “foi orientado no sentido de
despertar a curiosidade e a atividade espontânea da criança, a partir da qual a inteligência se
desenvolve”. Colocando à disposição das crianças uma grande variedade de materiais, este
processo, introduzindo questionamentos, problemas e desafios, cria “oportunidades para a
criança explorar e manipular objetos ou idéias [...] observar e, depois, tentar explicar o que
estava fazendo” (ASSIS, 1977, p. 26).
32 Lia Leme Zaia
Referências bibliográficas
MACEDO, L. de. O lugar dos erros nas leis ou nas regras. In: ______.
(Org.). Cinco estudos de Educação Moral. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 1996.
1
Doutora e Pós-Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP). Docente do Departamento de Fonoaudiologia da FFC/Unesp – Marília-SP. E-
mail: sacap@uol.com.br.
2
Bolsista de Treinamento Técnico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (Fapesp). Departamento de Fonoaudiologia da FFC/U NESP – Marília-SP. E-mail:
perciliatoyota@yahoo.com.br
3
Mestranda em Patologia – FM/UNESP – Botucatu – SP. Responsável pelo Ambulatório de
Desvios da Aprendizagem do Hospital das Clínicas da FM/UNESP – Botucatu – SP. E-mail:
lara_neuropediatria@lpnet.com.br
4
Neuropsicóloga do Ambulatório de Desvios da Aprendizagem do Hospital das Clínicas da
FM/UNESP – Botucatu – SP. E-mail: dalvalourenceti@yahoo.com.br
5
Doutora em Ciências Médicas – FCM/UNICAMP – Campinas – SP. Docente do Departamento
de Neurologia e Psiquiatria da FM/UNESP – Botucatu – SP. E-mail: niurap@fm.unesp.br
Pesquisa realizada com auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq).
APRENDER - Cad. de Filosofia e Psic. da Educação Vitória da Conquista Ano V n. 9 p. 37-70 2007
38 Simone Aparecida Capellini et al.
Introdução
Material e método
comparação das médias entre os GI, GII, GIII quanto aos resultados
referentes à prova de leitura e escrita, prova de consciência fonológica,
subteste de aritmética do teste de desempenho escolar. Os resultados
estatisticamente significantes estão assinalados por asterisco (*).
Resultados
Problemas com matemática de nível superior, devido a dificuldades com análises e raciocínio lógico - 60% 90%
PROBLEMAS RELACIONADOS
Entende mal o que é ouvido no rádio e na televisão - - 80%
Dificuldade com raciocínio verbal, pode entender palavras em provérbios, mas tem dificuldade em explicar o que - - 80%
significa, considera difícil extrair conclusões lógicas
Problemas para entender trocadilhos e piadas - - 80%
Dificuldade para estabelecer compreensões e classificar objetos ou idéias - - 80%
Dificuldade para recordar informações ou produzir fatos ou idéias quando solicitado - - 80%
Dificuldade para apresentar uma história ou instruções em uma ordem lógica - - 80%
Tipos de problemas encontrados na aprendizagem da língua materna tendem a ser repetidos ao estudar uma - - -
língua estrangeira
Dificuldade para iniciar ou manter uma conversa. - - 20%
Quadro 1 – Distribuição em porcentagem do desempenho dos escolares do GI, GII e GIII em relação ao levantamento de
informações referentes à Lista de Verificação de Sintomas para Deficiência de Processamento da Linguagem.
Caracterização do desempenho fonológico, da leitura e da escrita em escolares...
47
48 Simone Aparecida Capellini et al.
Tabela 1 – Distribuição das médias (X) dos escolares do GI, GII e GIII
referente ao desempenho no subteste de aritmética do Teste de Desempenho
Escolar (TDE)
GRUPOS ARITMÉTICA
GI 13,73*
GII 9,95*
GIII 4,20*
GII 10,6* 10,80* 12,45* 12,70* 12,30* 13,65* 20,90* 22,15* 25,85*
GIII 14,15* 14,25* 15,05* 15,55* 15,80* 16,00* 31,20* 30,85* 31,90*
Legenda: PRR AF: Palavras reais regulares de alta freqüência; PRg AF : Palavras reais regra de alta freqüência; PRIr AF: Palavras
reais irregulares de alta freqüência; PRR BF: Palavras reais regulares de baixa freqüência; PRg BF : Palavras reais regra de baixa
freqüência; PRIr BF: Palavras reais irregulares de baixa freqüência; PIR: Palavras inventadas regulares; PIRg: Palavras inventadas
regra; PIIr: Palavras inventadas irregulares.
Caracterização do desempenho fonológico, da leitura e da escrita em escolares...
51
52 Simone Aparecida Capellini et al.
GII 11,20* 10,80* 12,35* 12,70* 12,00* 13,60* 20,80* 21,95* 25,85*
GIII 15,05* 14,25* 15,05* 15,55* 15,80* 16,00* 31,20* 30,85* 31,90*
Legenda: PRR AF: Palavras reais regulares de alta freqüência; PRg AF : Palavras reais regra de alta freqüência; PRIr AF: Palavras
reais irregulares de alta freqüência; PRR BF: Palavras reais regulares de baixa freqüência; PRg BF : Palavras reais regra de baixa
freqüência; PRIr BF: Palavras reais irregulares de baixa freqüência; PIR : Palavras inventadas regulares; PIRg: Palavras inventadas
regra; PIIr: Palavras inventadas irregulares.
Caracterização do desempenho fonológico, da leitura e da escrita em escolares...
53
54 Simone Aparecida Capellini et al.
Legenda: EPRR AF: Escrita palavras reais regulares de alta freqüência; EPRg AF:
Escrita palavras reais regra de alta freqüência; EPRIr AF: Escrita palavras reais irregulares
de alta freqüência; EPRR BF: Escrita palavras reais regulares de baixa freqüência; EPRg
BF: Escrita palavras reais regra de baixa freqüência; EPRIr BF: Escrita palavras reais
irregulares de baixa freqüência; EPIR: Escrita palavras inventadas regulares; EPIRg:
Escrita palavras inventadas regra; EPIIr: Escrita Palavras inventadas irregulares. LPRR
AF: Leitura palavras reais regulares de alta freqüência; LPRg AF: Leitura palavras reais
regra de alta freqüência; LPRIr AF: Leitura palavras reais irregulares de alta freqüência;
LPRR BF: Leitura palavras reais regulares de baixa freqüência; LPRg BF : Leitura
palavras reais regra de baixa freqüência; LPRIr BF: Leitura palavras reais irregulares de
baixa freqüência; LPIR : Leitura palavras inventadas regulares; LPIRg: Leitura palavras
inventadas regra; LPIIr: Leitura Palavras inventadas irregulares.
GI GII GIII
Incidência Incidência Incidência
> 25% < 25% > 25% < 25% > 25% < 25%
Redução de encontro Consonantal - - - - - -
Apagamento de sílaba átona - - - - - -
Apagamento fricativa FSDP - - - - - -
Apagamento líquida não lateral (FSDP) - - - - - -
Apagamento líquida não lateral - - - - - -
Apagamento líquida intervocálica lateral - - - - - -
Apagamento líquida intervocálica não lateral
Processos de
- - - - - -
estrutura silábica
Apagamento líquida inicial lateral - - - - - -
Metátese - - - - - -
Epêntese - - - - - -
Dessonorização de obstruintes (plosiva, fricativa ou africada) - - 80% 20 40% 60
Anteriorização - - - - - -
Substituição líquida lateral - - - - - -
Semivocalização líquida lateral - - - - - -
Plosivação - - - - - -
substituição
Processos de
Posteriorização fricativa - - - - - -
Assimilação - - - - - -
Quadro 4 – Distribuição em porcentagem do desempenho dos escolares do GI, GII e GIII quanto à incidência de alterações nos
processos fonológicos de estrutura silábica e substituição na Avaliação Fonológica da Criança (AFC).
Simone Aparecida Capellini et al.
Caracterização do desempenho fonológico, da leitura e da escrita em escolares... 57
Tabela 5 – Distribuição das médias (X) do desempenho dos escolares dos GI e GII nos subtestes da
Prova de Consciência Fonológica (PCF).
SiS SiF Rim Alit SeS SeF ManS ManF TrS TrF ET
GI 4,00 1,62* 3,64* 3,40* 4,00* 0,71* 3,80* 2,37* 3,42* 1,20* 27,88*
GII 3,80 1,00* 1,75* 1,90* 2,80* 0,30* 0,95* 0,35* 1,15* 0* 14,15*
GIII 3,65 0,60* 0,85* 0,65* 2,60* 0* 0,15* 0* 0,65* 0* 9,35*
Legenda: SiS: Síntese Silábica; SiF: Síntese Fonêmica; Rim: Rima ; Alit: Aliteração; SeS: Segmentação Silábica; SeF:
Segmentação Fonêmica; ManS: Manipulação Silábica; ManF: Manipulação Fonêmica; TrS: Transposição Silábica; TrF:
Transposição Fonêmica; ET: Escore Total.
Simone Aparecida Capellini et al.
Caracterização do desempenho fonológico, da leitura e da escrita em escolares... 59
Discussão
Conclusão
Referências bibliográficas
Introdução
Referências teóricas
Procedimentos metodológicos
A intervenção
2
O Curso Pré-Vestibular da UFSCar (CPV UFSCar) é um projeto de extensão da
Universidade Federal de São Carlos do qual participam um grande número de membros
da comunidade acadêmica e da comunidade da cidade de São Carlos - SP e região,
incluindo o pesquisador que, a época da pesquisa, atuava como professor do mesmo.
80 Douglas Verrangia Correa da Silva
A Pesquisa
3
Os nomes dos/as participantes são fictícios. Ambos os participantes da pesquisa
apresentavam características socioeconômicas muito parecidas com a média dos alunos
ingressantes no CPV UFSCar no ano de 2002, classe média baixa (D). Os dois realizaram
toda sua escolarização em escolas públicas da cidade de São Carlos. Fábio, 22 anos, havia
completado o ensino médio três anos antes e auto declarou-se branco em questionário
socioeconômico e Vanessa, 16 anos, cursava o ensino médio juntamente às atividades do
CPV UFSCar, e declarou-se parda.
Análise do desenvolvimento de conceitos científicos sobre a teoria da evolução... 81
4
Trabalhos como Ferreira et al. (2000) e França e Martins (2000) apontam para a importância
da utilização de jogos no ensino de conceitos das Ciências Biológicas e, inclusive, na formação
de professores, principalmente por sua relação com o estabelecimento e cumprimento de
regras. Em nossa pesquisa essa importância se concretizou, mas, devido às limitações de
espaço, decidimos sintetizar as relações entre desenvolvimento conceitual e o instrumento
de ensino em outro texto, em produção
82 Douglas Verrangia Correa da Silva
melhorias”.
Quadro 1 – Exemplo de dados e análises sobre o desenvolvimento das idéias da participante Vanessa sobre as diferenças entre
indivíduos de um grupo e do conceito de espécie.
83
84
(conclusão)
CONCEITO: Espécie
A palavra “espécie” foi utilizada em Utilização mais freqüente da palavra Aumento do uso da palavra espécie
apenas uma situação, estimulada, de forma espécie, algumas vezes de forma de forma convergente ao conceito
não convergente ao conceito científico, o convergente com o conceito científico e científico, mas ainda com estreita
Análise que corroborou a análise de que esta não em outras não, relacionando-o a relação ao conceito de subpopulação.
tinha um conceito científico de espécie indivíduos de uma espécie que se
desenvolvido. diferenciam por algumas características
(subpopulações).
“Como o fato de seguirem em direção a “Espécie é um grupo de indivíduos cujas “A seleção natural é o processo pelo
cidades iluminadas ao invés do mar é algo características são semelhantes entre eles qual a espécie se adapta ao ambiente
prejudicial à espécie, pois vários indivíduos e que quando se cruzam na natureza garantindo assim sua sobre-
Exemplo acabam morrendo, talvez daqui a alguns produzem descendentes férteis”. “A vivência”. “No instrumento isto é
de dados anos elas desenvolvam uma outra maneira grande variedade de espécies foi mostrado através da diminuição ou
de orientação”. importante porque cada espécie possuía desaparecimento de uma espécie
características específicas para a sua anterior a uma outra, cuja a adaptação
sobrevivência”. “[...] as mutações tornou-se difícil devido as mudanças
ocorridas em cada uma das populações ambientais”. Em que as chamadas
acabam dando origem a organismos tão espécies são subpopulação utilizadas
diferentes, que surgem novas espécies. no instru-mento de ensino. “Mesmo
Isso ocorre devido ao fato dessas que essas plantas mudem de ambiente
populações não se cruzarem e logicamente com muitos parasitas elas não
não originarem descendentes”. evoluíram, pois todas elas são idênticas.
Não há diversidade de espécies [...]”
Quadro 1 – Exemplo de dados e análises sobre o desenvolvimento das idéias da participante Vanessa sobre as diferenças entre
Douglas Verrangia Correa da Silva
“[...] os espinhos tornaram-se pêlos e para “Quando a população era +++++ as “Quanto mais diferenças [entre os indivíduos
chances de sobreviventes foram maiores, de uma população] melhor para
Exemplo conseguir mais alimento as patas desenvolveram
nadadeiras”. “[...] elas então serão ‘obrigadas’ a já que a população também é grande sobreviverem, para alguns poderem se
de dados houve uma maior adaptação no adaptar”. “[...] Aleatoriamente foram
tornarem-se adaptadas ao meio para garantir sua
sobrevivência”. ambiente”. “Antes dos mamíferos, o surgindo mutações que favoreceram sua
domínio terrestre pertencia aos adaptação e sobrevivência ao ambi-ente”.
dinossauros. Após sua extinção houve “Com a diversidade da espécie, as
um aumento populacional dos características são diversas, o que possibilita
Análise do desenvolvimento de conceitos científicos sobre a teoria da evolução...
(continua)
Quadro 3 - Exemplo de dados e análises sobre o desenvolvimento das idéias do participante Fábio sobre as diferenças entre
indivíduos de um grupo e do conceito de espécie.
Douglas Verrangia Correa da Silva
(conclusão)
CONCEITO: Espécie
Utilizou a palavra “espécie” em duas Utilizou a palavra “espécie” em três Espécie é um grupo de indivíduos com
situações, com sentido de grupos e situações requeridas pelas atividades, características semelhantes e que,
relacionada à produção de sendo que todas as utilizações foram adquirindo características diferentes, pode
Análise
descendentes férteis. convergentes com o conceito científico. dar origem a outro grupo, uma nova
Mas, com ênfase às grandes diferenças, espécie. Nesse grupo podem surgir
que possibilitariam formação de novas diferentes características e isto modifica a
espécies. possibilidade de sobrevivência dos
indivíduos.
“As chitas evoluíram cada vez mais “Espécie: é um grupo de indivíduos com “Seleção natural são as características
com o passar do tempo para se características e hábitos semelhantes novas que surgem em uma determinada
adaptar ao ambiente, para se capazes de produzirem descendentes espécie fazendo com que ela se adapte ou
Exemplo
alimentar e perpetuar a espécie”. férteis e que interagem em um não ao ambiente e, sendo assim,
de dados
“Sim, pois ao longo de milhares de determinado ambiente”. “Especiação é selecionado.” “surgirem características
anos as tartarugas poderão nascer a divisão de uma população em duas ou novas na espécie e depois de um longo
sem o gene desta doença, mais que, vivendo em ambientes período poderão surgir espécies
constituindo uma evolução na diferentes, darão origem a indivíduos com diferentes”.
Análise do desenvolvimento de conceitos científicos sobre a teoria da evolução...
Quadro 3 - Exemplo de dados e análises sobre o desenvolvimento das idéias do participante Fábio sobre as diferenças entre
indivíduos de um grupo e do conceito de espécie.
88
Resultados e discussão
Considerações finais
Referências bibliográficas
Abstract: Starting of researches that showed how many of difficulties lays for
the poor children are products of education system, this research looked to
check what the conceptions of difficulties of learning present in researches
that deal with the subject, discussing their implications for the area of the
education. We selected sixteen articles about the subject publicized between
2000 and 2004 in one program of pos-graduation in Psychology and organized
them in five categories. Twelve articles think the difficulties of learning as one
individual problem, suggesting programs of psychology assistance for the
diagnosis and the facing of theses difficulties. Only one category has one view
about difficulties of learning focused in context of learning.
Introdução
Objetivos
Metodologia
RESULTADOS
1
Programa implantado na cidade de Uberaba-MG para alunos com problemas de
aprendizagem já constatados e selecionados através de um diagnóstico psicopedagógico,
cujos resultados determinam a prioridade com que as vagas disponíveis serão preenchidas.
Dificuldades de aprendizagem ou de ensino? Uma breve revisão de literatura... 109
foram desde problemas com a adaptação dos filhos até o fato de eles
não conseguirem aprender. Apesar do interesse dos pais pela vida
escolar dos filhos, foi apontado pelos autores que isso não garante
que os filhos apresentem bom rendimento acadêmico. Dessa forma,
os pais de alunos com insucesso sabiam que o filho não possuía bom
rendimento escolar e gostariam de mudar algo na instituição; todavia,
esses mesmos pais afirmaram que a causa dos problemas enfrentados
está na criança e não na escola. Foi observado pelos autores que
esses pais pareciam se sentir discriminados pela escola pelo fato de
seus filhos apresentarem insucesso acadêmico. A partir desses
resultados, os autores concluíram que a percepção da escola para os
pais de alunos com sucesso e insucesso difere em função do
desempenho escolar dos filhos.
O terceiro e último artigo da categoria Família buscou
investigar a relação família-escola a partir das representações e
vivências de pais de alunos, tentando conhecer o contexto escolar,
os agentes escolares, além de compreender o contexto social e
histórico das famílias participantes, para assim compreender como se
dava a relação família-escola para esses pais. Os participantes foram
agentes escolares de uma escola pública estadual de uma cidade no
interior de São Paulo e pais de alunos de 3ª e 4ª séries, selecionados a
partir de um questionário respondido pelos professores (que indicava
quais pais cumprem ou não o que deles é esperado pela escola).
O artigo relatou que existe por parte da escola uma grande
responsabilização das famílias pelas dificuldades do aluno, e que os
discursos escolares sobre a família são embutidos de pensamentos
estereotipados e preconceituosos, o que gera certa exclusão dessa
pela escola, contribuindo para uma comunicação ineficaz entre ambas.
A partir da análise dos documentos da escola, os autores
perceberam que a relação com a família está baseada nos deveres dos
pais e nos discursos de famílias deficitárias, com ênfase nos pais que
não cumprem o que lhes é designado. Já em relação aos pais, a pesquisa
apontou que a maioria deles acredita que os professores e a escola são
os responsáveis pelas dificuldades escolares apresentadas pelos filhos.
120 Letícia Fonseca Reis Ferreira de Castro e Débora Cristina Piotto
Considerações finais
Referências bibliográficas
3
Para uma análise pormenorizada de cada um dos períodos de desenvolvimento cognitivo,
sugerimos a consulta aos seguintes livros, os quais abarcam uma trilogia fundamental à
compreensão da vastíssima obra piagetiana: O Nascimento da Inteligência na Criança; A
Construção do Real na Criança; A Formação do Símbolo na Criança, conforme referências
bibliográficas.
Dificuldades de aprendizagem em adultos: a teoria das defasagens cognitivas 131
Referências bibliográficas
Abstract: The study it presents the quarrel of the results of a research carried
through with 06 children and 02 responsible teachers for the literacy of these
children, whose objective was to investigate the displacements that the acquisition
of the reading makes possible to the citizen aprendente in that it concerns to
the positions that it occupies in relation its pairs and teachers. The
phenomenology, allied to the tragic thought, was the chosen method to guide
the collection and the treatment of the data. The results suggest a reflection
on the relations of being able that they happen in classroom as effect of the
directions attributed when knowing and not-knowing.
Introdução
O método fenomenológico
Participantes
1
Tendo a duração do Ensino Fundamental passado de 08 para 09 anos, a turma, hoje,
corresponderia a uma 2ª série.
O sentido do saber à expansão da vida: um estudo fenomenológico do processo ... 151
2
Por questões éticas os verdadeiros nomes dos alunos e das professoras foram preservados,
bem como a denominação das turmas selecionadas para este estudo.
152 Divaneide Lira Lima Paixão e Ondina Pena Pereira
Instrumentos
Procedimentos
dois e é assim que deve ser compreendido. Isto significa que há entre
os sujeitos que se relacionam uma troca intersubjetiva, onde todos
constituem sentidos e sofrem esse mesmo processo de constituição.
Observa ainda que os sujeitos se expressam através de seu corpo.
Assim, o corpo está associado à percepção, à linguagem, ao mito,
enfim, a toda experiência vivida pelos sujeitos. Portanto, ao descrever
essas experiências do corpo em movimento, é possível captar os
sentidos construídos através da cultura em que o sujeito está inserido.
Durante as observações, podia-se ver com freqüência que
Camila e Jaqueline viviam rodeadas de colegas mesmo durante as
aulas, porque a professora permitia que tais alunos fizessem o papel
de monitores em atividades de matemática e língua portuguesa, já
que não demonstravam dificuldades em realizar suas tarefas e
terminavam muito antes do tempo previsto.
O fato de os alunos mais competentes terem um número muito
grande de amizades em sala, em relação aos alunos com mais
dificuldades, pode ser indicativo de uma vantagem dos primeiros sobre
os segundos. Camila e Jaqueline foram colocadas em um lugar
importante dentro da sala de aula. Fazer amizade com essas alunas
pode ter se configurado em algo muito oportuno para os demais,
porque essa amizade poderia garantir até mesmo a realização de suas
próprias atividades.
Além de se colocarem na posição de colaboradoras dos demais
alunos, Camila e Jaqueline tinham direito a voz e a participação nas
correções de atividades que a professora realizava diariamente. Os
convites freqüentes que a professora fazia a essas alunas acabavam
dando um destaque muito grande às suas habilidades e competências
em desenvolver as tarefas. Tal destaque era responsável pelo “lugar
superior” que a professora lhes havia concedido naquela turma e que
parecia ter sido ocupado também na turma anterior.
Elas eram sempre tomadas como exemplo quando o assunto
era inteligência, organização e esperteza. Todos esses atributos
tornavam essas alunas seres superiores aos demais, pelo menos no
156 Divaneide Lira Lima Paixão e Ondina Pena Pereira
um lugar especial, mas o lugar que confere sucesso tem o seu reverso
simultâneo, o da submissão à disciplina, à norma.
de suas ações, suas palavras, seu corpo. São essas capacidades que
fazem alunos como Anne e Biel encontrarem, em meio aos seus
insucessos, possibilidades outras de vitória e de alegria.
Temas divergentes:
Não reclamava das atividades, mesmo se fosse algo que ela não fosse
capaz de realizar.
Todos os temas que surgiram ao longo da investigação e que se
mostraram divergentes, por não serem identificados em todos os
alunos do gr upo observado, acabam por indicar diferenças
propriamente humanas que se constituem ao longo da vida dos
sujeitos, a partir da interpretação pessoal e dos significados que eles
atribuem a todos os conhecimentos que lhes chegam à consciência,
isto é, a partir de sua subjetividade.
A subjetividade é entendida aqui como “a qualidade subjetivo-
mental ou privada de algo, ou seja, refere-se a eventos, estados,
processos e disposições mentais ou privadas que, por causa dessas
qualidades, só podem ser de, ou pertencer a, ou estar em um sujeito”
(ABID, 1999, p. 55). Nesse sentido, no ato de esclarecer as exigências
do papel, está impressa a subjetividade do sujeito, que se constitui,
simultaneamente, em um ato de modificação de papel (RATNER, 1996).
Referências bibliográficas
Resumo: A cada ano mais e mais crianças não atingem os objetivos curriculares
da série em que se encontram e, por isso, passam a compor a categoria dos
alunos com Dificuldades de Aprendizagem. Esse é um dos maiores desafios da
escola denominada inclusiva que se instaurou no Brasil a partir de 1990.
Entretanto, o estudo demonstra que essa mudança de paradigma deu-se em
termos conceituais, com o uso da terminologia necessidades educacionais especiais,
mas não repercutiu na prática pedagógica. A escola inclusiva passou a ser
obrigada a aceitar esse alunado mas não assumiu efetivamente a sua educação.
Palavras-chave: Dificuldades de aprendizagem. Inclusão educacional. Fracasso
escolar.
Referências bibliográficas
Resumo: Este artigo objetiva apresentar parte de uma pesquisa na qual foi
investigado o relacionamento entre os estilos de aprendizagem global/analítico
e extrovertido/ introvertido de um grupo de estudantes brasileiros adultos de
Língua Inglesa e seus níveis de rendimento. Partimos do pressuposto de que o
conhecimento dos estilos de aprendizagem e de como eles influem na
aprendizagem de Língua Estrangeira (LE) pode subsidiar tanto novas pesquisas
quanto o trabalho docente voltado ao ensino e à formação de professores, pois
permite compreender algumas das possíveis razões do surgimento de
dificuldades de aprendizagem nesse campo.
about learning styles and how they influence foreign language learning might
subsidize new investigations as well as teaching methodologies aimed at both:
regular classrooms and teachers’ education processes, because it enhances the
comprehension of the possible reasons of the arising of learning difficulties in
this field.
Introdução
(conclusão)
Metodologia da investigação
Considerações finais
Referências bibliográficas
______ et al. Conceptual style and the use of affect labels. Merril-
Palmer Quaterly. [S.l.: s.n], v. 6, p. 261-278, 1960.
Estilos de aprendizagem e rendimento de estudantes adultos de língua inglesa 201
Abstract: This article discuss the scholar learning with support in the Historical-
Cultural Theory, disconnecting its of the term “difficulties” and of the “product”
* Professora Doutora do Departamento de Metodologia de Ensino e do Programa de Pós-
Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos. Coordenadora do Núcleo
de Estudos, Pesquisas e Extensão sobre a Escola de Vigotsky (NEEVY). E-mail:
mmello@ufscar.br
APRENDER - Cad. de Filosofia e Psic. da Educação Vitória da Conquista Ano V n. 9 p. 203-218 2007
204 Maria Aparecida Mello
Toda la historia del desarollo psíquico del niño nos enseña que
desde los primeros días de vida, su adaptación se logra por medios
sociales, a través de las personas circundantes. El camino que va
de la cosa al niño y del niño a la cosa pasa a través de otra
persona. El tránsito de la via biológica de desarollo a la social es
el eslabón central en el proceso de desarollo, el punto de viraje
radical de la historia del comportamiento del nino [...]. El lenguaje
juega aqui un papel de primer orden.
Referências bibliográficas
Abstract: This paper presents the experiences with cognitive evaluation made
by Serviço de Avaliação e Intervenção Psicopedagógica (SAIP), communitary
extension service provided by Laboratório de Psicologia Genética da
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). The children assisted, from
7 to 10 years old, with school problems, attend Campinas’ public or private
elementary schools, being evaluated in their cognitive aspect, focusing their
intellectual structures. The obtained results show that 94% of the evaluated
children don’t have the intellectual structures expected. Considering that,
SAIP’s objective is to suggest more efficient ways of pedagogical approach to
help those children at school.
Os fundamentos teóricos
interação entre este e a criança, uma vez que ela é quem deveria pensar
sobre o conteúdo.
Nesse sentido, Piaget (1973, p. 39-40) ressalta que:
1
“Ora, do ponto de vista estrutural, a reversibilidade, que é a possibilidade permanente de
uma volta ao ponto de partida, se apresenta sob duas formas distintas e complementares.
Podemos voltar ao ponto de partida anulando a operação efetuada, o que constitui uma
inversão ou negação: o produto da operação direta e de seu inverso é, então, a operação nula
ou idêntica. Mas podemos voltar ao ponto de partida anulando uma diferença (no sentido
lógico do termo), o que constitui uma reciprocidade: o produto de duas operações recíprocas
é, então, não uma operação nula mas uma equivalência” (PIAGET, 1976, p. 205).
234 Roberta Rocha Borges e Orly Zucatto Mantovani de Assis
Somente por volta dos sete anos ou oito anos, a criança liberta-
se do pensamento egocêntrico; assim, já é capaz de relacionar e
coordenar pontos de vista diferentes e o seu pensamento torna-se
reversível. “A criança é capaz então de operações lógicas concretas,
pode formar com os objetos concretos tanto classes como relações”
(PIAGET, 1988, p. 38).
Piaget e Inhelder (1988) afirmam que a criança desse período
só pode construir as noções de classes e relações lógicas com a ajuda
de objetos concretos.
A criança operatória concreta ainda não é capaz de resolver
problemas puramente verbais como, por exemplo: Edite tem cabelo
mais escuro que Lili; Edite é mais loira que Suzana; qual das três tem
o cabelo mais escuro? Em geral, respondem: Edite e Lili são morenas;
Edite e Suzana são loiras; Lili é mais morena etc. “As crianças
retrocedem assim a um tipo de conduta anterior, e formam uma série
incoordenada de pares” (PIAGET; INHELDER, 1988 p. 39) .
Isso ocorre porque só depois dos doze anos, comumente aos quinze,
os jovens são capazes de substituir conceitos verbais por objetos concretos
e uni-los num sistema reversível ao raciocinar, chegando à lógica formal.
A lógica formal tem seu início por volta dos 11 anos, atingindo
seu patamar de equilíbrio por volta de 14-15 anos. Piaget e Inhelder
(1976) explicam o pensamento formal:
Considerações finais
Referências bibliográficas
incapacidade de ação diante de um aluno que não aprende. Estes dados iniciais
apresentam as idéias e concepções que futuros profissionais têm e chamam a
atenção para a importância da discussão destes temas nos cursos de formação
de psicopedagogos.
Abstract: This article presents a cutout made from a research that investigates
ideas and conceptions of psychopedagogues about learning difficulties. The
participants are 52 students of Psychopedagogy course in private institutions
of the interior do São Paulo state and Minas Gerais. All of them have answered
a questionnaire composed of nine discursive questions. We will present the
results referring to three of them: 1) How do you feel about students with
learning difficulties? What feelings does s/he rise in you? 2) In your opinion,
what is indispensable for a student to learn? 3) What other factors do you
consider important for the success of learning? Data raised from the answers
to these questions were categorized according to the analysis of content and
simple statistic analysis. The main results indicate that future psychopedagogues
demonstrate difficulties in considering the innumerous aspects involved in the
teaching and learning situation, blaming either the students or the teachers. It
could also be noticed a feeling of impotence and incapacity of action when
dealing with a student who does not learn among the majority of the participants.
These initial data present ideas and conceptions that future professionals have
and call our attention to the importance of discussion of these topics in the
courses of formation of psychopedagogues.
Introdução
CURSO QUANTIDADE1
Pedagogia 31
Outras Licenciaturas 15
Psicologia 2
Outros Cursos 5
* O valor percentual resultante é maior que 100%, assim como o número de respostas é
superior a 52 porque há sujeitos que emitem respostas cujo conteúdo concentra-se em várias
categorias simultaneamente.
260 Karina Perez Guimarães e Eliane Giachetto Saravali
Considerações Finais
Referências bibliográficas
Sisto, definem autocontrole como sendo “uma variável que pode ser
vista como uma forma de controlar o próprio comportamento em
situação de conflito, de acordo com padrões definidos pela sociedade”
(p. 145), e, a partir daí, procuram verificar a importância desse fator
para o processo de aprendizagem. Esses estudos levaram os autores
a constatar a presença e a influência do autocontrole em várias esferas
da vida do estudante, e em diversos contextos como, por exemplo, o
autocontrole pessoal, ligado ao desempenho matemático, o
autocontrole familiar, que se mostrou ligado ao aprendizado de
português, e o autocontrole social, que mostrou não influenciar no
contexto escolar.
Lucila Diehl Tolaine Fini e Geiva Carolina Calsa tratam da
motivação para o aprendizado em seu trabalho intitulado Matemática
e afetividade: aluno desinteressado no ensino fundamental? Uma das idéias
defendidas pelas autoras é a de que uma disposição favorável ao
aprender é um fator determinante para se obter sucesso na
aprendizagem. Nesse texto, as autoras procuram desvendar a relação
entre a dificuldade de aprender matemática e as relações afetivas,
além de mostrarem como o aluno motivado pode mudar a sua situação
e a sua visão sobre a matemática, superando assim, suas dificuldades.
Relatam, ainda, que através de intervenção psicopedagógica, crianças
com dificuldades de aprender matemática superam suas dificuldades;
nessa intervenção são utilizadas histórias em quadrinhos, com o
intuito de envolver as crianças nos problemas matemáticos e, assim,
ensiná-las a resolvê-los; como resultado, as crianças resolveram seus
conflitos cognitivos e passaram a gostar de matemática.
No último capítulo do livro Sintomas depressivos e as estratégias de
aprendizagem em alunos de ensino fundamental: uma análise qualitativa, de
Miriam Cruvinel e Evely Boruchovitch, as autoras procuram
estabelecer e identificar estratégias de aprendizagem utilizadas por
alunos com dificuldades de aprender e com problemas emocionais,
como, por exemplo, depressão. Entre outras questões, perguntam-se
até que ponto fatores emocionais podem interferir no uso e escolha
274 Elaine Cristina Cabral Tassinari
Filosofia da Educação:
• A aprendizagem como problema filosófico: como e em que condições
se dão a transmissão, construção ou apropriação do conhecimento.
• A Filosofia e a instituição escolar.
• Abordagem teórica das diferentes escolas pedagógicas.
• Diferentes conceitos e concepções de educação.
• Educação e Filosofia: as correntes filosóficas e sua relação com a idéia
de formação e os processos educacionais.
• Ética e Educação: a ética como fundamento para a formação e a
aprendizagem, a ética profissional do educador, entre outras abordagens.
• Teorias da Pesquisa em Educação.
• Educação e Política: o caráter formador e transformador da educação
em seus aspectos político e filosófico.
• O papel da Filosofia nas transformações da educação contemporânea.
• Novas tendências e tecnologias de ensino: aspectos filosóficos.
Psicologia da Educação:
• A aprendizagem como problema psicológico: como e em que condições
se dão a transmissão, construção ou apropriação do conhecimento.
• Aspectos psicológicos voltados para o estudo do campo das necessidades
educativas especiais: dificuldades de aprendizagem, educação especial,
preparo e formação de professores, entre outros pontos de vista.
• As escolas psicológicas e sua relação com os processos educacionais.
• Novas tendências e tecnologias de ensino: aspectos psicopedagógicos.
• Psicanálise e Educação.
• Psicologia Escolar/Educacional: trabalho docente, processo ensino-
aprendizagem, aquisição da leitura e da escrita, interação professor-aluno,
cultura escolar, atuação do psicólogo na escola, entre outros pontos.
• Psicologia do Desenvolvimento e Educação: aspectos psicomotores,
afetivos, cognitivos, lingüísticos, sociais, culturais e familiares.
• Relações humanas na escola.
• Sociedade e Educação: fatores psicossociais e de formação do sujeito.
• Trabalho e Educação.
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CAPA
Luiz Evandro de Souza Ribeiro
DRT - 2535