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218 Cadernosihuideias
218 Cadernosihuideias
Umberto Galimberti
Resumo
Abstract
Often we have considered the technique as a “tool” available to the human being,
when, instead, the technique has now become the true “subject” of history; the man
was reduced to the role of “employee” of their equipment. Within them must fulfill the
described and prescribed actions that make up the list of “tasks”, while his personality
is bracketed in favor of its functionality. If, then, the technique has become the subject
of history and the human being his obedient servant, humanism can be terminated, and
the humanistic categories, which until now we have adopted to read the story became
insufficient to interpret the period that began at the age of technique.
Keywords: technique, humanism, nature.
O Ser Humano na Era da Técnica
Umberto Galimberti
www.ihu.unisinos.br
Cadernos IHU ideias / Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Instituto Humanitas Unisinos. – Ano 1, n. 1
(2003)- . – São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2003- .
v.
Quinzenal (durante o ano letivo).
Publicado também on-line: <http://www.ihu.unisinos.br/cadernos-ihu-ideias>.
Descrição baseada em: Ano 1, n. 1 (2003); última edição consultada: Ano 11, n. 204 (2013).
ISSN 1679-0316
1. Sociologia. 2. Filosofia. 3. Política. I. Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Instituto Humanitas Unisinos.
CDU 316
1
32
Bibliotecária responsável: Carla Maria Goulart de Moraes – CRB 10/1252
Toda a correspondência deve ser dirigida à Comissão Editorial dos Cadernos IHU ideias:
Umberto Galimberti
* * *
1 Fragmento n. 30.
6 • Umberto Galimberti
mem mesquinho, não pense que este Cosmos foi criado para ti. Terás
razão se te conformares à harmonia universal”2.
Todos aqueles que pensam que os Gregos – e, em particular, Platão
– são os precursores da cultura cristã, ou não entenderam os Gregos ou
não entenderam o cristianismo, pois há um abismo entre os dois
cenários.
No mundo grego, os homens contemplam a natureza para compre-
ender suas leis e, com elas, construir a ordem da cidade e a ordem da
alma. A natureza, portanto, é o horizonte de referência tanto na política
quanto no governo da alma, hoje outorgada à psicologia.
No mundo judaico-cristão, a natureza é entregue ao homem para
que a domine. Não há contradição entre técnica e natureza, enquanto
para os gregos essa contradição aparecia com toda força, porque se a
natureza é imutável, o que aconteceria se a tecnologia a alterasse? Pro-
meteu responde ao Coro de modo lapidar: “Téchne d’anánkes asthenes-
téra makró”, a técnica é muito mais fraca que a necessidade, pois ela
vincula a natureza à imutabilidade e à regularidade das leis.
Para Sófocles, em Antígona, o arado sulca a terra, mas a terra logo
depois se recompõe. O navio ara o mar, mas as ondas recompõem ime-
diatamente a calmaria sonhada. A natureza não viola a lei da necessidade
e a técnica não vai além da lei da natureza. A resposta de Prometeu só é
correta porque naquela época a técnica era bastante modesta.
* * *
* * *
4. Demos outro salto de 200 anos para chegar a Hegel. Ele diz duas
coisas fundamentais para a estruturação da era técnica. Na obra Ciência
da Lógica Hegel sustenta que a riqueza, no futuro, não será determinada
pela posse dos “bens”, mas dos “instrumentos”, porque os bens são con-
sumidos, enquanto os instrumentos são capazes de produzir novos
“bens”.
Cadernos IHU ideias • 9
cos, como atestado por Gorbachev, que implora a Reagan que não cons-
trua o escudo estelar antimíssil, porque eles não tinham nada para
contrapor. A esta altura a queda da União Soviética era inevitável. Como
nos lembra Emanuele Severino na obra Il declino del capitalismo3, se o
objetivo, ou seja, o comunismo, só pode ser alcançado através da dispo-
nibilidade técnica, não possuindo-a, o mesmo não terá mais nenhuma
sustentação.
Do mesmo modo, se a técnica é a condição universal para alcançar
qualquer fim, a técnica não será mais um “meio”, mas o “fim” primeiro,
aquilo que todo mundo quer, porque sem ele, mesmo os que são conside-
rados verdadeiros fins – por exemplo, o comunismo mundial ou o capita-
lismo mundial – não poderão ser alcançados. As consequências disso,
em nível antropológico, são enormes. Por motivo de brevidade, limitare-
mos a discussão a duas áreas apenas: a política e a ética.
* * *
* * *
Da passagem do agir para o puro e simples fazer: eu ajo quando faço algo
em vista de um objetivo, enquanto eu faço, quando executo bem minhas
funções, independentemente do objetivo final, que não conheço, ou, na
hipótese de conhecê-lo, dele não sou responsável.
Durante os julgamentos de Nuremberg, bem como durante o julga-
mento de Eichmann, os generais questionados quanto à responsabilidade
de suas ações respondiam sempre a mesma coisa: “Eu simplesmente
seguia ordens”. Na sociedade da técnica a resposta está rigorosamente
correta. Por isto, diz Anders, o nazismo foi um “teatrinho provinciano”,
onde se fez a experimentação da era técnica. Passou-se do agir ao fazer,
do assumir responsabilidades em relação aos objetivos finais, onde en-
contra-se o agir, ao puro assumir uma boa ou má execução das funções:
o fazer puro e simples.
Gitta Sereny, em suas 170 entrevistas com Franz Stangl, diretor do
campo de concentração de Treblinka, pergunta, essencialmente, sempre
a mesma coisa: como fazia para eliminar cinco mil pessoas por dia e,
especialmente, o que sentia. Franz Stangl não entendia a pergunta e con-
tinuava a repetir a mesma ladainha: “chegavam três mil pessoas às onze
da manhã, que deviam ser eliminadas até às três da tarde, porque outras
duas mil chegavam e deviam ser eliminadas até o dia seguinte. O método
havia sido criado por Wirth. Funcionava. E uma vez que funcionava, era
irreversível. Executá-lo era o meu ‘trabalho’” (Arbeit).
Günter Anders escreveu uma carta de 60 páginas para o piloto ame-
ricano que lançou a bomba sobre Hiroshima. Quer entender de onde ele
tirou força e motivação para fazer uma coisa do gênero: lançar uma bom-
ba atômica sobre um povo que não conhecia e onde nunca tinha estado,
sabendo dos efeitos que produziria. O piloto nunca respondeu à carta,
mas, tempos depois, durante uma entrevista a um jornal, perguntado so-
bre o que teria dito a Anders, sua resposta foi: “Nothing, that was my job”
(Nada, era o meu trabalho). Em outras palavras, se considerava um bom
piloto, porque sabia quando e como o botão devia ser pressionado. O que
era necessário era apenas uma habilidade técnica. Este era o seu “traba-
lho” e, além disso, não era o responsável.
A palavra “trabalho”, plena de considerações positivas, na era da
técnica é muito perigosa, porque limita a responsabilidade à boa execu-
ção de ordens, e a responsabilidade em relação ao superior, sem qual-
quer consideração em relação aos efeitos de suas ações.
Se fôssemos ao local onde se fabricam minas anti-homens, como
deveríamos classificar a pessoa que ali trabalha, “delinquente” ou “operá-
rio”? No final, temos que decidir, de alguma forma, é preciso defini-lo.
Talvez fosse mais apropriado chamá-lo de “operário”, porque temos certe-
16 • Umberto Galimberti
* * *
te. E para não sentir minha impotência em modificar o curso dos fatos,
removo a informação. Nem emotivamente, por isso, estamos à altura do
evento “técnica”.
Mais uma vez sentimos que técnica não é um meio à disposição do
homem, mas é o próprio ambiente no interior do qual o homem sofre mo-
dificações, no qual ela pode marcar aquele ponto absolutamente novo na
história, talvez irreversível, onde a questão não é mais: “O que podemos
fazer com a técnica”, mas “O que a técnica poderá fazer conosco”.
Publicações do Instituto Humanitas Unisinos
Nº 47 – Alimento e nutri-
ção: no contexto dos obje-
tivos de desenvolvimento
do milênio
Nº 92 – Teologia
Materialista – Adam
Kotsko
N. 01 A teoria da justiça de John Rawls – José Nedel N. 32 À meia luz: a emergência de uma Teologia Gay – Seus
N. 02 O feminismo ou os feminismos: Uma leitura das produ- dilemas e possibilidades – André Sidnei Musskopf
ções teóricas – Edla Eggert N. 33 O vampirismo no mundo contemporâneo: algumas con-
O Serviço Social junto ao Fórum de Mulheres em São siderações – Marcelo Pizarro Noronha
Leopoldo – Clair Ribeiro Ziebell e Acadêmicas Anemarie N. 34 O mundo do trabalho em mutação: As reconfigurações e
Kirsch Deutrich e Magali Beatriz Strauss seus impactos – Marco Aurélio Santana
N. 03 O programa Linha Direta: a sociedade segundo a TV N. 35 Adam Smith: filósofo e economista – Ana Maria Bianchi
Globo – Sonia Montaño e Antonio Tiago Loureiro Araújo dos Santos
N. 04 Ernani M. Fiori – Uma Filosofia da Educação Popular – N. 36 Igreja Universal do Reino de Deus no contexto do emer-
Luiz Gilberto Kronbauer gente mercado religioso brasileiro: uma análise antropo-
N. 05 O ruído de guerra e o silêncio de Deus – Manfred Zeuch lógica – Airton Luiz Jungblut
N. 06 BRASIL: Entre a Identidade Vazia e a Construção do No- N. 37 As concepções teórico-analíticas e as proposições de
vo – Renato Janine Ribeiro política econômica de Keynes – Fernando Ferrari Filho
N. 07 Mundos televisivos e sentidos identiários na TV – Suza- N. 38 Rosa Egipcíaca: Uma Santa Africana no Brasil Colonial
na Kilpp – Luiz Mott
N. 08 Simões Lopes Neto e a Invenção do Gaúcho – Márcia N. 39 Malthus e Ricardo: duas visões de economia política e
Lopes Duarte de capitalismo – Gentil Corazza
N. 09 Oligopólios midiáticos: a televisão contemporânea e as N. 40 Corpo e Agenda na Revista Feminina – Adriana Braga
barreiras à entrada – Valério Cruz Brittos N. 41 A (anti)filosofia de Karl Marx – Leda Maria Paulani
N. 10 Futebol, mídia e sociedade no Brasil: reflexões a partir N. 42 Veblen e o Comportamento Humano: uma avaliação
de um jogo – Édison Luis Gastaldo após um século de “A Teoria da Classe Ociosa” –
N. 11 Os 100 anos de Theodor Adorno e a Filosofia depois de Leonardo Monteiro Monasterio
Auschwitz – Márcia Tiburi N. 43 Futebol, Mídia e Sociabilidade. Uma experiência etno-
N. 12 A domesticação do exótico – Paula Caleffi gráfica – Édison Luis Gastaldo, Rodrigo Marques Leist-
N. 13 Pomeranas parceiras no caminho da roça: um jeito de ner, Ronei Teodoro da Silva e Samuel McGinity
fazer Igreja, Teologia e Educação Popular – Edla Eggert N. 44 Genealogia da religião. Ensaio de leitura sistêmica de
N. 14 Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros: a prática políti- Marcel Gauchet. Aplicação à situação atual do mundo –
ca no RS – Gunter Axt Gérard Donnadieu
N. 15 Medicina social: um instrumento para denúncia – Stela N. 45 A realidade quântica como base da visão de Teilhard de
Nazareth Meneghel Chardin e uma nova concepção da evolução biológica –
N. 16 Mudanças de significado da tatuagem contemporânea – Lothar Schäfer
Débora Krischke Leitão N. 46 “Esta terra tem dono”. Disputas de representação sobre
N. 17 As sete mulheres e as negras sem rosto: ficção, história o passado missioneiro no Rio Grande do Sul: a figura de
e trivialidade – Mário Maestri Sepé Tiaraju – Ceres Karam Brum
N. 18 Um itinenário do pensamento de Edgar Morin – Maria da N. 47 O desenvolvimento econômico na visão de Joseph
Conceição de Almeida Schumpeter – Achyles Barcelos da Costa
N. 19 Os donos do Poder, de Raymundo Faoro – Helga Irace- N. 48 Religião e elo social. O caso do cristianismo – Gérard
ma Ladgraf Piccolo Donnadieu
N. 20 Sobre técnica e humanismo – Oswaldo Giacóia Junior N. 49 Copérnico e Kepler: como a terra saiu do centro do uni-
N. 21 Construindo novos caminhos para a intervenção socie- verso – Geraldo Monteiro Sigaud
tária – Lucilda Selli N. 50 Modernidade e pós-modernidade – luzes e sombras –
N. 22 Física Quântica: da sua pré-história à discussão sobre o Evilázio Teixeira
seu conteúdo essencial – Paulo Henrique Dionísio N. 51 Violências: O olhar da saúde coletiva – Élida Azevedo
N. 23 Atualidade da filosofia moral de Kant, desde a pers- Hennington e Stela Nazareth Meneghel
pectiva de sua crítica a um solipsismo prático – Valério N. 52 Ética e emoções morais – Thomas Kesselring
Rohden Juízos ou emoções: de quem é a primazia na moral? –
N. 24 Imagens da exclusão no cinema nacional – Miriam Adriano Naves de Brito
Rossini N. 53 Computação Quântica. Desafios para o Século XXI –
N. 25 A estética discursiva da tevê e a (des)configuração da Fernando Haas
informação – Nísia Martins do Rosário N. 54 Atividade da sociedade civil relativa ao desarmamento
N. 26 O discurso sobre o voluntariado na Universidade do na Europa e no Brasil – An Vranckx
Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS – Rosa Maria Serra N. 55 Terra habitável: o grande desafio para a humanidade –
Bavaresco Gilberto Dupas
N. 27 O modo de objetivação jornalística – Beatriz Alcaraz N. 56 O decrescimento como condição de uma sociedade
Marocco convivial – Serge Latouche
N. 28 A cidade afetada pela cultura digital – Paulo Edison Belo N. 57 A natureza da natureza: auto-organização e caos –
Reyes Günter Küppers
N. 29 Prevalência de violência de gênero perpetrada por com- N. 58 Sociedade sustentável e desenvolvimento sustentável:
panheiro: Estudo em um serviço de atenção primária limites e possibilidades – Hazel Henderson
à saúde – Porto Alegre, RS – José Fernando Dresch N. 59 Globalização – mas como? – Karen Gloy
Kronbauer N. 60 A emergência da nova subjetividade operária: a sociabi-
N. 30 Getúlio, romance ou biografia? – Juremir Machado da lidade invertida – Cesar Sanson
Silva N. 61 Incidente em Antares e a Trajetória de Ficção de Erico
N. 31 A crise e o êxodo da sociedade salarial – André Gorz Veríssimo – Regina Zilberman
N. 62 Três episódios de descoberta científica: da caricatura N. 96 Vianna Moog como intérprete do Brasil – Enildo de Mou-
empirista a uma outra história – Fernando Lang da Sil- ra Carvalho
veira e Luiz O. Q. Peduzzi N. 97 A paixão de Jacobina: uma leitura cinematográfica – Ma-
N. 63 Negações e Silenciamentos no discurso acerca da Ju- rinês Andrea Kunz
ventude – Cátia Andressa da Silva N. 98 Resiliência: um novo paradigma que desafia as religiões
N. 64 Getúlio e a Gira: a Umbanda em tempos de Estado No- – Susana María Rocca Larrosa
vo – Artur Cesar Isaia N. 99 Sociabilidades contemporâneas: os jovens na lan house
N. 65 Darcy Ribeiro e o O povo brasileiro: uma alegoria huma- – Vanessa Andrade Pereira
nista tropical – Léa Freitas Perez N. 100 Autonomia do sujeito moral em Kant – Valerio Rohden
N. 66 Adoecer: Morrer ou Viver? Reflexões sobre a cura e a N. 101 As principais contribuições de Milton Friedman à Teoria
não cura nas reduções jesuítico-guaranis (1609-1675) Monetária: parte 1 – Roberto Camps Moraes
– Eliane Cristina Deckmann Fleck N. 102 Uma leitura das inovações bio(nano)tecnológicas a par-
N. 67 Em busca da terceira margem: O olhar de Nelson Pe- tir da sociologia da ciência – Adriano Premebida
reira dos Santos na obra de Guimarães Rosa – João N. 103 ECODI – A criação de espaços de convivência digital
Guilherme Barone virtual no contexto dos processos de ensino e aprendi-
N. 68 Contingência nas ciências físicas – Fernando Haas zagem em metaverso – Eliane Schlemmer
N. 69 A cosmologia de Newton – Ney Lemke N. 104 As principais contribuições de Milton Friedman à Teoria
N. 70 Física Moderna e o paradoxo de Zenon – Fernando Monetária: parte 2 – Roberto Camps Moraes
Haas N. 105 Futebol e identidade feminina: um estudo etnográfico
N. 71 O passado e o presente em Os Inconfidentes, de Joa- sobre o núcleo de mulheres gremistas – Marcelo Pizarro
quim Pedro de Andrade – Miriam de Souza Rossini Noronha
N. 72 Da religião e de juventude: modulações e articulações – N. 106 Justificação e prescrição produzidas pelas Ciências
Léa Freitas Perez Humanas: Igualdade e Liberdade nos discursos educa-
N. 73 Tradição e ruptura na obra de Guimarães Rosa – Eduar- cionais contemporâneos – Paula Corrêa Henning
do F. Coutinho N. 107 Da civilização do segredo à civilização da exibição: a
N. 74 Raça, nação e classe na historiografia de Moysés Vellinho família na vitrine – Maria Isabel Barros Bellini
– Mário Maestri N. 108 Trabalho associado e ecologia: vislumbrando um ethos
N. 75 A Geologia Arqueológica na Unisinos – Carlos Henrique solidário, terno e democrático? – Telmo Adams
Nowatzki N. 109 Transumanismo e nanotecnologia molecular – Celso
N. 76 Campesinato negro no período pós-abolição: repensan- Candido de Azambuja
N. 110 Formação e trabalho em narrativas – Leandro R.
do Coronelismo, enxada e voto – Ana Maria Lugão Rios
Pinheiro
N. 77 Progresso: como mito ou ideologia – Gilberto Dupas
N. 111 Autonomia e submissão: o sentido histórico da adminis-
N. 78 Michael Aglietta: da Teoria da Regulação à Violência da
tração – Yeda Crusius no Rio Grande do Sul – Mário
Moeda – Octavio A. C. Conceição
Maestri
N. 79 Dante de Laytano e o negro no Rio Grande Do Sul –
N. 112 A comunicação paulina e as práticas publicitárias: São
Moacyr Flores
Paulo e o contexto da publicidade e propaganda – Denis
N. 80 Do pré-urbano ao urbano: A cidade missioneira colonial e
Gerson Simões
seu território – Arno Alvarez Kern N. 113 Isto não é uma janela: Flusser, Surrealismo e o jogo
N. 81 Entre Canções e versos: alguns caminhos para a leitura contra – Esp. Yentl Delanhesi
e a produção de poemas na sala de aula – Gláucia de N. 114 SBT: jogo, televisão e imaginário de azar brasileiro – So-
Souza nia Montaño
N. 82 Trabalhadores e política nos anos 1950: a ideia de N. 115 Educação cooperativa solidária: perspectivas e limites –
“sindicalismo populista” em questão – Marco Aurélio Carlos Daniel Baioto
Santana N. 116 Humanizar o humano – Roberto Carlos Fávero
N. 83 Dimensões normativas da Bioética – Alfredo Culleton e N. 117 Quando o mito se torna verdade e a ciência, religião –
Vicente de Paulo Barretto Róber Freitas Bachinski
N. 84 A Ciência como instrumento de leitura para explicar as N. 118 Colonizando e descolonizando mentes – Marcelo
transformações da natureza – Attico Chassot Dascal
N. 85 Demanda por empresas responsáveis e Ética Concor- N. 119 A espiritualidade como fator de proteção na adolescên-
rencial: desafios e uma proposta para a gestão da ação cia – Luciana F. Marques e Débora D. Dell’Aglio
organizada do varejo – Patrícia Almeida Ashley N. 120 A dimensão coletiva da liderança – Patrícia Martins Fa-
N. 86 Autonomia na pós-modernidade: um delírio? – Mario gundes Cabral e Nedio Seminotti
Fleig N. 121 Nanotecnologia: alguns aspectos éticos e teológicos –
N. 87 Gauchismo, tradição e Tradicionalismo – Maria Eunice Eduardo R. Cruz
Maciel N. 122 Direito das minorias e Direito à diferenciação – José
N. 88 A ética e a crise da modernidade: uma leitura a partir da Rogério Lopes
obra de Henrique C. de Lima Vaz – Marcelo Perine N. 123 Os direitos humanos e as nanotecnologias: em busca de
N. 89 Limites, possibilidades e contradições da formação hu- marcos regulatórios – Wilson Engelmann
mana na Universidade – Laurício Neumann N. 124 Desejo e violência – Rosane de Abreu e Silva
N. 90 Os índios e a História Colonial: lendo Cristina Pompa e N. 125 As nanotecnologias no ensino – Solange Binotto Fagan
Regina Almeida – Maria Cristina Bohn Martins N. 126 Câmara Cascudo: um historiador católico – Bruna Rafaela
N. 91 Subjetividade moderna: possibilidades e limites para o de Lima
cristianismo – Franklin Leopoldo e Silva N. 127 O que o câncer faz com as pessoas? Reflexos na litera-
N. 92 Saberes populares produzidos numa escola de comuni- tura universal: Leo Tolstoi – Thomas Mann – Alexander
dade de catadores: um estudo na perspectiva da Etno- Soljenítsin – Philip Roth – Karl-Josef Kuschel
matemática – Daiane Martins Bocasanta N. 128 Dignidade da pessoa humana e o direito fundamental
N. 93 A religião na sociedade dos indivíduos: transformações à identidade genética – Ingo Wolfgang Sarlet e Selma
no campo religioso brasileiro – Carlos Alberto Steil Rodrigues Petterle
N. 94 Movimento sindical: desafios e perspectivas para os N. 129 Aplicações de caos e complexidade em ciências da vida
próximos anos – Cesar Sanson – Ivan Amaral Guerrini
N. 95 De volta para o futuro: os precursores da nanotecno- N. 130 Nanotecnologia e meio ambiente para uma sociedade
ciência – Peter A. Schulz sustentável – Paulo Roberto Martins
N. 131 A philía como critério de inteligibilidade da mediação N. 161 O pensamento ético de Henri Bergson: sobre As duas
comunitária – Rosa Maria Zaia Borges Abrão fontes da moral e da religião – André Brayner de Farias
N. 132 Linguagem, singularidade e atividade de trabalho – Mar- N. 162 O modus operandi das políticas econômicas keynesia-
lene Teixeira e Éderson de Oliveira Cabral nas – Fernando Ferrari Filho e Fábio Henrique Bittes
N. 133 A busca pela segurança jurídica na jurisdição e no Terra
processo sob a ótica da teoria dos sistemas sociais de N. 163 Cultura popular tradicional: novas mediações e legitima-
Nicklass Luhmann – Leonardo Grison ções culturais de mestres populares paulistas – André
N. 134 Motores Biomoleculares – Ney Lemke e Luciano Luiz da Silva
Hennemann N. 164 Será o decrescimento a boa nova de Ivan Illich? – Serge
N. 135 As redes e a construção de espaços sociais na digitali- Latouche
zação – Ana Maria Oliveira Rosa N. 165 Agostos! A “Crise da Legalidade”: vista da janela do
N. 136 De Marx a Durkheim: Algumas apropriações teóricas Consulado dos Estados Unidos em Porto Alegre – Carla
para o estudo das religiões afro-brasileiras – Rodrigo Simone Rodeghero
Marques Leistner N. 166 Convivialidade e decrescimento – Serge Latouche
N. 137 Redes sociais e enfrentamento do sofrimento psíquico: N. 167 O impacto da plantação extensiva de eucalipto nas
sobre como as pessoas reconstroem suas vidas – Breno culturas tradicionais: Estudo de caso de São Luis do
Augusto Souto Maior Fontes Paraitinga – Marcelo Henrique Santos Toledo
N. 138 As sociedades indígenas e a economia do dom: O caso N. 168 O decrescimento e o sagrado – Serge Latouche
dos guaranis – Maria Cristina Bohn Martins N. 169 A busca de um ethos planetário – Leonardo Boff
N. 139 Nanotecnologia e a criação de novos espaços e novas N. 170 O salto mortal de Louk Hulsman e a desinstitucionaliza-
identidades – Marise Borba da Silva ção do ser: um convite ao abolicionismo – Marco Anto-
N. 140 Platão e os Guarani – Beatriz Helena Domingues nio de Abreu Scapini
N. 141 Direitos humanos na mídia brasileira – Diego Airoso da N. 171 Sub specie aeternitatis – O uso do conceito de tempo
Motta como estratégia pedagógica de religação dos saberes
N. 142 Jornalismo Infantil: Apropriações e Aprendizagens de – Gerson Egas Severo
Crianças na Recepção da Revista Recreio – Greyce N. 172 Theodor Adorno e a frieza burguesa em tempos de tec-
Vargas nologias digitais – Bruno Pucci
N. 143 Derrida e o pensamento da desconstrução: o redimen- N. 173 Técnicas de si nos textos de Michel Foucault: A influência
sionamento do sujeito – Paulo Cesar Duque-Estrada do poder pastoral – João Roberto Barros II
N. 144 Inclusão e Biopolítica – Maura Corcini Lopes, Kamila N. 174 Da mônada ao social: A intersubjetividade segundo Levinas
– Marcelo Fabri
Lockmann, Morgana Domênica Hattge e Viviane Klaus
N. 175 Um caminho de educação para a paz segundo Hobbes –
N. 145 Os povos indígenas e a política de saúde mental no Bra-
Lucas Mateus Dalsotto e Everaldo Cescon
sil: composição simétrica de saberes para a construção
N. 176 Da magnitude e ambivalência à necessária humani-
do presente – Bianca Sordi Stock
zação da tecnociência segundo Hans Jonas – Jelson
N. 146 Reflexões estruturais sobre o mecanismo de REDD – Ca-
Roberto de Oliveira
mila Moreno
N. 177 Um caminho de educação para a paz segundo Locke –
N. 147 O animal como próximo: por uma antropologia dos movi-
Odair Camati e Paulo César Nodari
mentos de defesa dos direitos animais – Caetano Sordi N. 178 Crime e sociedade estamental no Brasil: De como la ley
N. 148 Avaliação econômica de impactos ambientais: o caso do es como la serpiente; solo pica a los descalzos – Lenio
aterro sanitário em Canoas-RS – Fernanda Schutz Luiz Streck
N. 149 Cidadania, autonomia e renda básica – Josué Pereira N. 179 Um caminho de educação para a paz segundo Rousseau
da Silva – Mateus Boldori e Paulo César Nodari
N. 150 Imagética e formações religiosas contemporâneas: en- N. 180 Limites e desafios para os direitos humanos no Brasil:
tre a performance e a ética – José Rogério Lopes entre o reconhecimento e a concretização – Afonso Ma-
N. 151 As reformas político-econômicas pombalinas para a ria das Chagas
Amazônia: e a expulsão dos jesuítas do Grão-Pará e N. 181 Apátridas e refugiados: direitos humanos a partir da éti-
Maranhão – Luiz Fernando Medeiros Rodrigues ca da alteridade – Gustavo Oliveira de Lima Pereira
N. 152 Entre a Revolução Mexicana e o Movimento de Chia- N. 182 Censo 2010 e religiões:reflexões a partir do novo mapa
pas: a tese da hegemonia burguesa no México ou religioso brasileiro – José Rogério Lopes
“por que voltar ao México 100 anos depois” – Claudia N. 183 A Europa e a ideia de uma economia civil – Stefano
Wasserman Zamagni
N. 153 Globalização e o pensamento econômico franciscano: N. 184 Para um discurso jurídico-penal libertário: a pena como
Orientação do pensamento econômico franciscano e dispositivo político (ou o direito penal como “discurso-li-
Caritas in Veritate – Stefano Zamagni mite”) – Augusto Jobim do Amaral
N. 154 Ponto de cultura teko arandu: uma experiência de inclu- N. 185 A identidade e a missão de uma universidade católica na
são digital indígena na aldeia kaiowá e guarani Te’ýikue atualidade – Stefano Zamagni
no município de Caarapó-MS – Neimar Machado de N. 186 A hospitalidade frente ao processo de reassentamento
Sousa, Antonio Brand e José Francisco Sarmento solidário aos refugiados – Joseane Mariéle Schuck Pinto
N. 155 Civilizar a economia: o amor e o lucro após a crise eco- N. 187 Os arranjos colaborativos e complementares de ensino,
nômica – Stefano Zamagni pesquisa e extensão na educação superior brasileira e
N. 156 Intermitências no cotidiano: a clínica como resistência sua contribuição para um projeto de sociedade susten-
inventiva – Mário Francis Petry Londero e Simone Mai- tável no Brasil – Marcelo F. de Aquino
nieri Paulon N. 188 Os riscos e as loucuras dos discursos da razão no cam-
N. 157 Democracia, liberdade positiva, desenvolvimento – po da prevenção – Luis David Castiel
Stefano Zamagni N. 189 Produções tecnológicas e biomédicas e seus efeitos
N. 158 “Passemos para a outra margem”: da homofobia ao produtivos e prescritivos nas práticas sociais e de gêne-
respeito à diversidade – Omar Lucas Perrout Fortes de ro – Marlene Tamanini
Sales N. 190 Ciência e justiça: Considerações em torno da apropria-
N. 159 A ética católica e o espírito do capitalismo – Stefano ção da tecnologia de DNA pelo direito – Claudia Fonseca
Zamagni N. 191 #VEMpraRUA: Outono brasileiro? Leituras – Bruno Lima
N. 160 O Slow Food e novos princípios para o mercado – Eri- Rocha, Carlos Gadea, Giovanni Alves, Giuseppe Cocco,
berto Nascente Silveira Luiz Werneck Vianna e Rudá Ricci
N. 192 A ciência em ação de Bruno Latour – Leticia de Luna N. 204 As origens históricas do racionalismo, segundo Feyera-
Freire bend – Miguel Ângelo Flach
N. 193 Laboratórios e Extrações: quando um problema técnico N. 205 Compreensão histórica do regime empresarial-militar
se torna uma 0questão sociotécnica – Rodrigo Ciconet brasileiro – Fábio Konder Comparato
Dornelles N. 206 Sociedade tecnológica e a defesa do sujeito: Techno-
N. 194 A pessoa na era da biopolítica: autonomia, corpo e sub- logical society and the defense of the individual – Karla
jetividade – Heloisa Helena Barboza Saraiva
N. 195 Felicidade e Economia: uma retrospectiva histórica – N. 207 Territórios da Paz: Territórios Produtivos? – Giuseppe
Pedro Henrique de Morais Campetti e Tiago Wickstrom Cocco
Alves N. 208 Justiça de Transição como Reconhecimento: limites e
N. 196 A colaboração de Jesuítas, Leigos e Leigas nas Univer- possibilidades do processo brasileiro – Roberta Cami-
sidades confiadas à Companhia de Jesus: o diálogo en- neiro Baggio
tre humanismo evangélico e humanismo tecnocientífico N. 209 As possibilidades da Revolução em Ellul – Jorge
– Adolfo Nicolás Barrientos-Parra
N. 197 Brasil: verso e reverso constitucional – Fábio Konder N. 210 A grande política em Nietzsche e a política que vem em
Comparato Agamben – Márcia Rosane Junges
N. 198 Sem-religião no Brasil: Dois estranhos sob o guarda- N. 211 Foucault e a Universidade: Entre o governo dos outros e
chuva – Jorge Claudio Ribeiro o governo de si mesmo – Sandra Caponi
N. 199 Uma ideia de educação segundo Kant: uma possível N. 212 Verdade e História: arqueologia de uma relação – José
contribuição para o século XXI – Felipe Bragagnolo e D’Assunção Barros
Paulo César Nodari N. 213 A Relevante Herança Social do Pe. Amstad SJ – José
N. 200 Aspectos do direito de resistir e a luta socialpor moradia Odelso Schneider
urbana: a experiência da ocupação Raízes da Praia – N. 214 Sobre o dispositivo. Foucault, Agamben, Deleuze – San-
Natalia Martinuzzi Castilho dro Chignola
N. 201 Desafios éticos, filosóficos e políticos da biologia sintéti- N. 215 Repensar os Direitos Humanos no Horizonte da Liberta-
ca – Jordi Maiso ção – Alejandro Rosillo Martínez
N. 202 Fim da Política, do Estado e da cidadania? – Roberto N. 216 A realidade complexa da tecnologia – Alberto Cupani
Romano N. 217 A Arte da Ciência e a Ciência da Arte: Uma abordagem
N. 203 Constituição Federal e Direitos Sociais: avanços e recuos a partir de Paul Feyerabend – Hans Georg Flickinger
da cidadania – Maria da Glória Gohn
Umberto Galimberti nasceu em Monza em 1942, é Professor de
Antropologia Cultural desde 1976 e Professor Associado de Filo-
sofia da História desde 1983. Desde 1999, tem desenvolvido ativi-
dades como professor da Universidade Ca’ Foscari de Veneza. Em
1985, Galimberti se tornou membro de pleno direito da Associação
Internacional de Psicologia Analítica. Foi curador e responsável
pela tradução da obra de Karl Jaspers na Itália. Já colaborou regu-
larmente com diferentes jornais italianos, entre eles La Repubblica
e Il Sole 24 ORE. Em 2011 foi agraciado com o Prêmio Ignazio
Silone per la cultura.
Outras publicações
GALIMBERTI, Umberto. A dimensão racional da Técnica e a modelagem da vida
[29/10/2013]. Revista IHU On-line. São Leopoldo: Instituto Humanitas Unisinos – IHU.
Entrevista concedida à Márcia Junges e Ricardo Machado.