G R TISSOT foi classificado no Concurso Literário Prêmio Poesia Agora - Inverno 2021 e publicado pela Editora Benfazeja através do Selo Trevo (Editora Trevo), de São Paulo - SP, com este poema "Tábuas". Trata-se de uma grande metáfora sobre reabilitação, quer de drogas, quer de alguma doença de saúde mental, quer da superação de um obstáculo que parece insolúvel e nos vimos no fundo de um poço, poço este que agora, tendo saído dele, pode ser coberto por tábuas. Bocado existencialista.
G R TISSOT foi classificado no Concurso Literário Prêmio Poesia Agora - Inverno 2021 e publicado pela Editora Benfazeja através do Selo Trevo (Editora Trevo), de São Paulo - SP, com este poema "Tábuas". Trata-se de uma grande metáfora sobre reabilitação, quer de drogas, quer de alguma doença de saúde mental, quer da superação de um obstáculo que parece insolúvel e nos vimos no fundo de um poço, poço este que agora, tendo saído dele, pode ser coberto por tábuas. Bocado existencialista.
G R TISSOT foi classificado no Concurso Literário Prêmio Poesia Agora - Inverno 2021 e publicado pela Editora Benfazeja através do Selo Trevo (Editora Trevo), de São Paulo - SP, com este poema "Tábuas". Trata-se de uma grande metáfora sobre reabilitação, quer de drogas, quer de alguma doença de saúde mental, quer da superação de um obstáculo que parece insolúvel e nos vimos no fundo de um poço, poço este que agora, tendo saído dele, pode ser coberto por tábuas. Bocado existencialista.
De outra forma sinto-me fora do ninho Mas que ninho? O do globo terrestre Ou – para irmos longe – do multiverso Qualquer outra elucubração insípida Insossa insólita descabida e desvairada Não tem espaço em minha mente sana Após meses de recuperação ela avança Ao espaço sideral inimaginário e dual Donde provêm todas as minhas coisas Materiais e imateriais – minha emoção Atrelada ao sentimento de confusão Não mais mental, nem mesmo vicioso Apenas no sentido do termo rigoroso Que termina lá no fundo do poço viçoso Onde dentro nadam peixes escabrosos Onde flutuam parábolas desconvexas Emergidas da própria existência do eu Que eu? O meu eu – um deles – apenas Entre tantos pormenores ele sim reina E destrona todos os demais cavalheiros Do reino do portuário sapo-caranguejo Atolado no barro que moldou o homem Afogado nas mágoas do arrependimento Do tempo perdido inacabado estirado No relento onde flores murcharam até O amanhecer do novo século pandêmico Renascendo em pedra dura que perfura O meu dedo e põe um anel no teu seio Possibilitando a união descarnal do meio Inexato porém aprofundado quase cheio O poço secou? As borboletas reinaram Parou-se de beber a água brilhante e turva Agora serve para cobri-lo com tábuas Sentar-se em cima numa linda tarde Sem mágoas: apenas o domínio do devaneio.