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O psicologo em contexto hospitalar, oferece um serviço de assistências, escuta e suporte aos

doentes, familiares e até mesmo a equipe de profissionais deste lugar. O trabalho acontece de
forma multidisciplinar junto de profissionais de outras áreas, para que o objetivo seja
cumprido de forma devida. O hospital trás uma demanda ampla para o profissional de
psicologia, pois abarca diversos setores com demandas diferentes, onde é possível se deparar
com casos e questões de pessoas em todas as faixas etárias e sexo. Uma vez que, as pessoas
internas de passagem rápida ou duradoura, estão passando por momentos difíceis de saúde
física que acabam por alterar suas emoções, pensamentos e influenciar em como será o
processo hospitalar. É por isso, que o psicólogo hospitalar precisa se utilizar de diversos
recursos, para conseguir o mínimo que seja, alcançar um objetivo em seus atendimentos. O
psicólogo média relações, faz escuta qualificada, dar suporte ao doente e familiares que
necessitam de apoio, como forma de facilitar um processo já difícil. A exemplo, na uti
neonatal, o profissional acolhe os pais, colabora para a participação deles na interação com
esse bebê, compreende a mãe em seu sofrimento e a ajuda a lidar com os diversos
pensamentos e alterações de sentimentos por causa da internação do seu filho.

Na uti pediátrica, o psicólogo é convocado a se utilizar de recursos lúdicos, afim de


compreender o sentimento da criança, entender o seu mundo, como ele enxerga esse
processo como ele pode passar a ver, visto que a criança é tirada do seu lar e precisará passar
por procedimentos que não compreende. Os brinquedos estratégicos, pintura, brincadeiras e
interação ajudam a criança a elaborar esses sentimentos e reorganizarem o que puderem. O
profissional conta especificamente também, com a ajuda da família para conhecer ainda mais
o mundo da criança e compreendê-la. O brincar possibilita a criança, externalizar seus medos e
suas angústias no hospital. É preciso também, orientar, apoiar e prestar suporte aos pais que
não compreendem a situação que seu filho vive, que muitas vezes se culpa, se lamenta, para
que eles também consigam vivenciar o processo de forma menos dolorosa.

Hoje vivemos uma realidade extremamente difícil e dolorosa dentro dos hospitais de
referência para o tratamento da COVID-19 e os profissionais de psicologia se tornaram cada
vez mais importante. O psicólogo hospitalar trabalha com o objetivo de acolher os
trabalhadores que precisam lidar com mortes diárias, plantões de muitas horas, medos e
incertezas, os acolhendo, prestando um espaço de escuta para que eles não se sintam
desamparado e etc. Não há como atender os acometidos pelo covid em estado grave, mas é
possível atender ainda, aqueles que estão em ala de suspeita, para que os sentimentos
negativos não acabem piorando o estado do paciente. Pois foi possível observar que muitos
adoeceram e pioraram por causa do medo excessivo do vírus. Assim o psicólogo pode realizar
dentro das normas e dos protocolos de segurança, um trabalho necessário de escuta e
assistencialismo para com todos.

No contexto geral hospitalar, são muitos desafios encontrados nesse percurso. Lidar com as
notícias difíceis, as mortes constantes, o sofrimento físico de muitos e emocional também, a
angústia que o próprio ambiente trás, são dificuldades rotineiras que precisam ser trabalhadas
também pelo psicólogo. Os recursos teóricos e técnicos precisam sempre ser reinventados,
dentro da ética da psicologia, do próprio hospital e o respeito a todo e qualquer ser humano.
O objetivo se encontra sempre em minimizar o sofrimento daquele que lida com questões de
saúde e doença de si ou de alguém que ama.

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