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Sistemas de Informação

Sistemas de Informação
Módulo 1 – Análise de sistemas

Capítulo 4
ANÁLISE DE SISTEMAS

PROFESSOR: ALEXANDRE LOURENÇO

Curso Profissional Técnico de Informática de Gestão


Sistemas de Informação

Análise Essencial

 Constituída por dois níveis: Modelos


Essenciais e Modelos de Implementação
 Modelo Essencial – Indica o que o sistema deve fazer e que dados
necessita para satisfazer os seus requisitos. Define o sistema num
ambiente ideal completamente independente de restrições
tecnológicas.
 Modelo de Implementação – implementa o sistema ideal, derivando
do Modelo Essencial, definindo um conjunto de características
operacionais relevantes. Isto é, define o sistema num ambiente real
completamente dependente de restrições tecnológicas.

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Análise Essencial

Modelo Essencial Modelo de


(Modelo lógico) Implementação
(Modelo físico)

Modelo Modelo
Ambiental Comportamental

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Modelo Ambiental

 Depois de conhecidos os objectivos e na posse dos requisitos do sistema


(dados, função e comportamento), define a relação e a fronteira entre o
sistema e o meio ambiente. Identificam-se os acontecimentos (eventos)
exteriores que activam o sistema e que respostas o sistema devolve ao
meio. O Modelo Ambiental mostra uma perspectiva externa do sistema.

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Modelo Comportamental

 São especificados os processos que compõem o


sistema e o modelo utilizado no armazenamento dos
dados por ele manipulados. O modelo
comportamental explica as características internas
do sistema e o comportamento destas quando
interagem com o exterior.

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Modelo Essencial Composto por Técnicas utilizadas


Descrição dos objectivos ----
Lista de eventos -----
Modelo Ambiental
Diagramas de contexto Diagrama de fluxo de
dados
Modelo funcional Diagrama de fluxos de
dados
Especificação de
processos
Modelo comportamental Dicionário de Dados
Modelo de dados Diagrama de entidade
associação ou
relacionamento
Dicionário de dados
Modelo de Diagrama de transição de
comportamento estado

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Modelo Ambiental

 Fornece a perspectiva exterior do sistema, isto é, descreve:


 Os seus objectivos;
 A fronteira entre ele e o meio ambiente, definindo as entidades externas;
 Os eventos no ambiente externo, aos quais deve responder.

 Para especificar um sistema, segundo o modelo ambiental, pelos menos


três componentes devem ser desenvolvidos;
 Definição de objectivos – descreve a finalidade do sistema;
 Lista de eventos - enumera os acontecimentos que ocorrem no exterior interagindo com o
sistema.
 Diagrama de contexto – representa o sistema como um único processo e as suas interacções
com o meio ambiente. Pode ser acompanhado de um dicionário de dados.

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Definição de Objectivos

 A definição de objectivos no Modelo Ambiental é obtida tendo a ideia


de que é dirigida para pessoas que não se encontram directamente
integradas no sistema, como utilizadores em geral e elementos da
organização hierarquicamente superiores.

 Consiste numa afirmação exacta, sucinta e breve dos objectivos do


sistema.

 Exemplo: O objectivo do sistema multibanco é permitir transacções


bancárias como levantamentos, pagamentos e consultas aos seus
utilizadores.

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Lista de eventos

 Mostra os acontecimentos que ocorrem no exterior interagindo com o


sistema.
 Quando ocorre um evento exterior é criado um estímulo que vai activar
determinada função ou processo no interior do sistema, gerando,
depois, uma resposta que pode ser:
 Um fluxo de dados do sistema para uma entidade externa;
 Uma mudança de estado num arquivo ou depósito de dados, como incluir, eliminar ou
modificar algum item;
 Um fluxo de controlo de uma função para activar outra função.

 Para identificar um evento deve-se saber responder a questões que


satisfaçam o método 5W2H, isto é, who, when, where, what, why, how,
how much.
 A lista de eventos, a criar, deve apresentar, pelo menos, o nome do
evento, o estímulo e a resposta do sistema.

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Lista de eventos

Número Evento Descrição do Estímulo Acção Resposta


evento
1 O cliente efectua O cliente Pedido_livro Aceitar pedido Envia_cobranç
o pedido de um consulta um a
livro site e efectua o
pedido online
de um livro
2 O Cliente efectua Após recepção Pagamento Registar Envio_recibo_l
o pagamento do do valor a Pagamento ivro
livro cobrar o cliente
efectua o
pagamento

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Lista de eventos

 Eventos por fluxo – quando transportam dados e estão associados a um fluxo


de dados do exterior para o sistema. Por exemplo, quando o sistema solicita um
dado de uma entidade exterior gera também um fluxo de dados, mas não é um
evento por fluxo.
 Eventos temporais – Quando ocorrem periodicamente. É como se o sistema
tivesse um relógio interno que assinalasse a mudança do tempo. O relatório
diário dos produtos vendidos por uma farmácia é um exemplo de um evento
temporal.
 Eventos condicionais – Quando dependem da satisfação de uma condição
interna do sistema, por exemplo, a emissão de um pedido de um determinado
produto a um fornecedor porque as suas quantidades atingiram um limite
máximo.
 Eventos de controlo – quando há sinais de controlo como, por exemplo, uma
interrupção. São mais utilizados em sistemas de tempo real e permitem tornar
o sistema auto-adaptativo em relação ao ambiente.

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Diagrama de contexto

 O Diagrama de contexto deve mostrar as relações estabelecidas entre o sistema e o meio


ambiente, apresentando o sistema com um único processo. As entradas do sistema são
produzidas pelas entidades externas e as saídas pelo próprio sistema.
 O diagrama de contexto pode ser considerado um caso especial dos diagramas de fluxos
de dados, corresponde ao nível superior. Apresenta uma visão mais geral das principais
funções do sistema, assim como das principais interfaces entre o sistema e o meio
ambiente.
 Para construir o diagrama de contexto, deve definir-se previamente os seguintes pontos:
 O processo que representa todo o sistema. O nome do processo é normalmente o nome do
sistema;
 As entidades externas com as quais o sistema se relaciona com pessoas, organizações ou outros
sistemas. As entidades externas não podem comunicar entre si;
 Os dados trocados entre o sistema e o exterior;
 Os fluxos de dados gerados;
 A interface entre o sistema e o meio ambiente.

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Notação gráfica

Símbolo Descrição
Entidade externa ao sistema (origem ou destino de
dados)

Fluxo de dados (troca de dados)


Processo, acção ou função que transforma o fluxo de
dados

Arquivo ou depósito de dados

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Exemplo de um diagrama de contexto

comprovativo_devolução

pedido_empréstimo

Leitor comprovativo_empréstimo Administrar o


empréstimo
de livro

devolve_empréstimo

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Lista de eventos

N.º Evento Descrição do evento Origem Estímulo Acção Resposta Destino

1 Leitor O leitor efectua o pedido Leitor pedido_empréstimo Registar comprova Leitor


efectua de empréstimo de livros Emprésti tivo_empr
pedido de e recebe o comprovativo mo éstimo
empréstimo
2 Leitor O leitor devolve os livros Leitor devolve_emprèstimo Registar comprova Leitor
devolve livro e recebe um Devoluçã tivo_devol
comprovativo de o ução
devolução

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Sistema

 Administrar o
empréstimo
de livro

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Entidade Externa

 Leitor

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Modelo comportamental

 Depois de obtido o Modelo Ambiental, segue-se a modelação do


comportamental. Este descreve o comportamento dos elementos
interno interagindo aos estímulos do exterior.

 Para especificar um sistema segundo o Modelo Comportamental


utilizam-se as seguintes técnicas: Diagrama de fluxo de dados (DFD), o
Diagrama de Entidade Associação ou Relacionamento (DEA ou DER), o
Dicionário de Dados (DD) a Especificação de processos (EP).

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Diagrama de Fluxo de Dados

 Apresenta uma perspectiva lógica do sistema e não uma perspectiva


física. Mostra o que acontece no sistema e não como este poderia ser
implementado.

 O objectivo é descrever, graficamente, o fluxo de informação e as


transformações aplicadas aos dados.

 Para representar um sistema como uma rede de processos internos que


interage com o meio ambiente, um DFD é composto por quatro
objectos:
 Fluxos de dados
 Processos
 Arquivos ou depósitos de dados
 Entidades externas

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Componentes de um Diagrama de Fluxo de dados

Símbolo Designação Descrição


O fluxo é utilizado para trocar informação de um ponto para
outro do sistema, representando dados em movimento.
Os dados fluem entre processos, entre processos e arquivos de
dados e entre processos e entidades externas.
Fluxo de dados Os fluxos que interligam uma entidade a um processo
representam a interface entre o sistema e o seu meio exterior.
Cada fluxo de dados tem um nome que descreve a informação
que por lá passa, por exemplo:
- pedidos
- consulta_livros
Um processo transforma fluxos de dados de entrada em fluxos
de dados de saída.
Cada processo é descrito por um número e uma frase simples,
Processo, acção ou iniciada por um verbo, por exemplo:
função - Calcular IRS
- Validar Entrada
- Reservar quadro

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Componentes de um Diagrama de Fluxo de dados

Símbolo Designação Descrição


Um arquivo é um local de armazenamento permanente ou
temporário de dados estáticos.
Os fluxos de dados que entram ou saem dos arquivos só podem
conter os dados que estes mantêm.
Os fluxos de entrada num arquivo permitem criar, alterar e
eliminar uma ou mais ocorrências dos elementos guardados. Os
fluxos de saída num arquivo resultam da leitura de uma ou mais
ocorrências dos elementos guardados.
Arquivo de dados Os arquivos devem ter fluxos nos dois sentidos, isto é, os dados
devem entrar e sair.
Em diagramas complexos, para evitar o cruzamento ou longas
linhas de fluxos de dados, pode-se desenhar um arquivo mais do
que uma vez.
Cada depósito de dados é definido por um nome que representa
a informação guardada por exemplo:
- Pedidos
- Clientes
- Contas a pagar

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Componentes de um Diagrama de Fluxo de dados

Símbolo Designação Descrição


Uma entidade externa encontra-se do lado de fora do sistema,
mas comunica com ele. Pode ser uma pessoa, um grupo de
pessoas, uma organização ou outro sistema fora do sistema em
estudo.
Entidade Funciona sempre como a origem ou o destino dos dados.
Externa Em diagramas complexos, para evitar o cruzamento ou longas
linhas de fluxos de dados, pode-se desenhar uma entidade
externa mais do que uma vez.
Cada entidade externa é definida por um nome singular, por
exemplo:
- Departamento de Contabilidade
- Cliente

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Exemplo de um diagrama de Fluxo de Dados

Consultar
contas de
cliente

Cliente contas_cliente

contas a pagar

contas_pagamento

Efectuar
pagamento

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Regras na construção de DFD

 Escolher nomes significativos para todos os componentes de um DFD


 Numerar todos os processos de acordo com o diagrama a que pertencem
 Evitar desenhar DFD complexos. Refazer os DFD tantas vezes quantas as que
forem necessárias.
 Garantir o principio da conservação de dados. Dados que saem de um arquivo
devem ter sido previamente lá armazenados. Dados produzidos por um
processo têm de ter sido gerados por esse processo.
 No detalhe de um DFD, os fluxos de dados que entram e saem num diagrama
de nível superior devem entrar e sair no de nível inferior.
 No detalhe de um DFD, um arquivo de dados que existe entre dois ou mais
processos no nível mais alto passa a ser representado em todos os níveis
inferiores que envolvam esses processos.
 Não representar num DFD fluxos de controlo.

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Mais regras
DFD

Orientação do A leitura dos fluxos num desenho deve ser feita de cima para baixo e da esquerda para a
desenho direita.
O desenho desenvolve-se a partir de um canto superior esquerdo.
Entidade Deve posicionar-se nos limites do desenho.
externa Nunca estabelecer ligação directa com outra entidade ou arquivo.
Pode haver a necessidade de duplicar uma entidade externa.
Arquivo Sempre que possível, deve posicionar-se no centro do desenho.
Recebe dados de um processo à esquerda ou acima.
Fornece dados a um processo à direita ou abaixo.
Deve ter sempre fluxos de entrada a saída.
Pode haver a necessidade de duplicar um arquivo.
Processo Processo de origem deve estar acima ou à esquerda do processo de destino.
Podem estar ligados por fluxos de dados directamente entre si ou indirectamente através
de um arquivo.
Deve ter sempre fluxos de entrada e saída.
Os dados de saída resultam dos de entrada.
Não faz sentido a duplicação de um determinado.
Deve ser sempre numerado.
Ao dividir um processo, todos os fluxos, arquivos ou entidades externas ligados ao nível
superior têm de aparecer no nível imediatamente inferior.

Fluxo de Todos os fluxos de entrada ou saída têm de sempre como destino ou origem um processo.
dados Todos os fluxos dos níveis superiores devem aparecer nos níveis inferiores.
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DFD Visão sobre o sistema Nível


Contexto Muito geral Superior
Apenas um processo
Primeiro Global 0 (Zero)
Principais funções
Principais ligações
Níveis Detalhado Inferior
inferiores Complexidade baixa – 2 a 3 níveis
Complexidade média – 3 a 6 níveis
Complexidade alta – 5 a 8 níveis

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Caso de estudo

 Objectivo:
 Registar a matrícula de alunos
 Lista de eventos:

N. Evento Descrição Origem Estímulo Acção Resposta Destino


º do evento
1 Estudante O estudante Aluno Requer_matrí P2 Matricular Horário Aluno
requer requer cula estudante
matrícula matrícula
num curso
2 Equipa de Equipa de Equipa Horários_aula P1 Registar
horários horários horário horário de aulas
envia elabora os
horário horários e
de aulas envia-os
P3 Criar lista de Alunos_tur Professor
turma ma

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Diagrama de contexto

E2
Equipa de
horários

Horários_aula

P0
requer_matricula E3
E1 Alunos_turma Registar
horário Aluno
matrícula
Professor de alunos

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Diagrama de nível 0: Registar horário de aulas

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Diagrama de Nível 1 : Expansão do primeiro


processo (Registar horário de aulas)

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Diagramas particionados

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Diagrama de contexto

 Um diagrama de contexto é um Diagrama de Fluxo de dados em que


apenas é apresentado um único processo e as entidades externas.
 No modelo ambiental, o diagrama de contexto é construído depois de
identificados os objectivos as entidades externas, os eventos e as
respostas do sistema.
 A abordagem bottom-up tem por objectivo agrupar processos, segundo
determinadas regras a fim de obter um DFD mais refinado de nível
superior.

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Diagrama de contexto

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Dicionário de Dados

 Ferramenta de texto de suporte à análise


 Descreve os fluxos de dados, os depósitos de dados,
os elementos dos dados e outros elementos que
compõem um diagrama de fluxos de dados
 Descreve com rigor, de forma formal e estruturada,
os detalhes lógicos dos componentes do sistema.

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Dicionário de dados

 Torna visível para a análise


 O significado dos fluxos de dados e dos depósitos de dados
num diagrama de fluxo de dados
 A composição das estruturas de dados que se movimentam
pelos fluxos e das que são armazenadas nos depósitos de dados
 Os relacionamentos entre depósitos de dados, úteis para a
construção de diagramas de entidade relacionamento

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Símbolos – Dicionário de dados


Símbolo Significado
= É equivalente / É composto de
+ E
() Dados ou estrutura opcional
n{ }m Várias ocorrências de /iteração
n indica o mínimo e m o máximo de repetições. Quando não
especificadas significa zero ou mais repetições
[] Dados ou estruturas alternativas / Apenas entre
| Ou (separador de opções dentro de [ ])
// Nome [rótulo] de um grupo repetitivo
““ Valores possíveis
* * Comentário
@ Chave primária dos depósitos de dados / Atributo identificador
Sublinhado

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Dicionário de dados

Nome Descrição Conteúdo Fluxos de Fluxos de Origem Destino Tipo,


entrada saída formato,
etc
Depósito de X X X X x
dados
Fluxo de X X x x x
dados
Elemento de X X X
dados
Entidade x x x X
Externa

No dicionário de dados, o conteúdo de um item é descrito pela identidade:


termo = definição do termo

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Dicionário de dados

Termo Definição do Termo


aluno = nome + apelido + [“interno” | “externo”] + 0 {telefone} 2 +
(telemóvel)
O aluno é representado pelo nome, apelido, interno ou externo à
escola, 0 a 2 telefones e opcionalmente, telemóvel.
Telefone = (telefone_casa) + (telefone_emprego)
O telefone pode ser apenas o de casa, apenas o do emprego,
ambos ou nenhum

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Normalização

 A normalização de dados é uma série de passos


(formas normais) que devem ser seguidos no
desenho de uma base de dados. Permite um
armazenamento consistente e um eficiente acesso
aos dados numa base de dados relacional. Esses
passos reduzem a redundância de dados e as
possibilidades dos dados se tornarem inconsistentes.

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 Inicialmente foram estabelecidas três formas normais:

 • 1ª Forma Normal (1FN);


 • 2ª Forma Normal (2FN);
 • 3ª Forma Normal (3FN).

 Posteriormente surgiram outras Formas Normais:

 • Forma Normal de Boyce-Codd (FNBC);


 • 4ª Forma Normal (4FN);
 • 5ª Forma Normal (5FN).

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Modelo ER

 O modelo Entidade-Relacionamento (modelo


E-R), é um modelo conceptual para a estruturação
da informação com vista à elaboração de bases de
dados.

 O modelo E-R, como a sua própria designação


indica, parte dos conceitos básicos de entidades
(compostas por atributos) e relacionamentos entre
essas entidades. A sua expressão mais característica
são os diagramas E-R.

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Modelo E.R

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Modelo E.R.

 Utiliza os mesmos conceitos de entidade, atributo,


chave primária, chave externa, etc, que estão
associados ao modelo relacional. O principal objectivo do
modelo E-R consiste em fornecer, sobretudo através dos
diagramas E-R, instrumentos conceptuais que ajudem a
compreender melhor e tornem mais fácil o desenho de
uma base de dados.

 A partir desta formalização ou esquematização dos


relacionamentos entre as entidades torna-se possível
deduzir, com maior rigor, as tabelas necessárias à base
de dados em análise

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Exemplo Modelo E.R.

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Tipos de relacionamento

 No entanto, temos outras situações também possíveis:

 • relacionamentos unários - que se estabelecem


entre os elementos de uma mesma entidade;

 • relacionamentos binários - que se estabelecem


entre duas entidades;

 • relacionamentos ternários - que se estabelecem


entre três entidades.

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Tipos de cardinalidade

 Uma questão importante que há a considerar é o número de


vezes que cada elemento de cada entidade pode participar
num determinado relacionamento.

 Cardinalidade de um relacionamento

 relacionamento 1 para 1 (1:1) (ou um para um)

 relacionamentos 1 para M (1:M) (ou um para muitos)

 relacionamentos M para 1 (M:1) (ou muitos para um)

 relacionamentos M para M (M:M) (ou muitos para muitos)

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Tipos de relação

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Regra 1 – Relacionamento Binário 1:1 - participação de ambas as entidades obrigatória

 Apenas é necessária uma tabela. A chave primária


dessa tabela pode ser a chave de qualquer das
entidades.

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Regra 2 – Relacionamento Binário 1:1 - participação obrigatória de uma só entidade

 São necessárias duas tabelas - uma para cada entidade - sendo a chave
de cada entidade usada como chave primária para cada tabela. A chave
da entidade com participação não obrigatória tem que ser usada como
atributo da relação respeitante à entidade com participação obrigatória

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Regra 3 – Relacionamento Binário 1:1 – sem participação obrigatória

 São necessárias 3 tabelas: uma para cada entidade, com a chave da


entidade a servir de chave primária para a tabela correspondente e uma
para o relacionamento. A que corresponde ao relacionamento terá
entre os seus atributos as chaves das duas entidades

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Regra 4 – Relacionamento Binário 1:M – participação obrigatória do lado M

 São necessárias duas tabelas, uma para cada uma das entidades, com a
chave de cada entidade a servir de chave primária para a
correspondente tabela. Além disso, a chave da entidade do lado 1 tem
que ser usada como atributo na relação correspondente à entidade do
lado M

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Regra 5 – Relacionamento Binário 1:M – participação não obrigatória do lado M

 São necessárias três tabelas: uma para cada uma das duas entidades,
com a chave de cada entidade a servir de chave primária para a
correspondente relação, e uma para o relacionamento, que terá entre os
seus atributos as chaves de cada uma das entidades.

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Regra 6 – Relacionamento Binário M:M – independentemente da classe de participação

 São necessárias três tabelas: uma para cada uma das duas entidades,
com a chave de cada entidade a servir de chave primária para a
correspondente relação, e uma para o relacionamento, que terá entre os
seus atributos as chaves de cada uma das entidades

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Regra 7 – Relacionamento Ternário

 Quando um relacionamento é ternário, são necessárias quatro


tabelas: uma para cada uma das duas entidades, com a chave de cada
entidade a servir de chave primária para a correspondente relação, e
uma para o relacionamento, que terá entre os seus atributos as chaves
primárias de cada uma das outras relações.

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Exercícios

 Problema 1

 No Aeroporto ViagensLongas é necessário que o cobrador


de bilhetes verifique os Passaportes (nome, país) dos
passageiros (n_bi, nome, nacionalidade)

 Pressupostos
 Partindo do principio que cada Passageiro tem um e um só
Passaporte

 Elabore um esquema de base de dados com diagrama E-R


para o problema acima representado.

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 Problema 2

 O Banco MuitoDinheiro tem vários clientes (CodCliente,


NomeCliente,, TelefoneCliente) que movimentam contas (nº conta,
saldo).

 Pressupostos
 Partindo do principio que cada cliente pode movimentar mais de
uma conta e cada conta só pode ter como titular um cliente.

 Elabore um esquema de base de dados com diagrama E-R para o


problema acima representado.

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 Problema 3

 A empresa de calçado «CalçaTudo» tem um conjunto de vários


clientes (CodCliente, NomeCliente, MoradaCliente, TelefoneCliente)
que lhe compra vários artigos (Referência, Designação,
PreçoUnitário).

 Pressupostos
 Partindo do principio que cada cliente pode comprar mais que um
par de sapatos e o mesmo par de sapatos pode ser comprado por
mais de um cliente.

 Elabore um esquema de base de dados com diagrama E-R para o


problema acima representado.

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 Problema 4

 O Aeroporto ViagensLongas fornecem voos para vários destinos e


através de vários aviões com passageiros muito diversos.

 Pressupostos
 Partindo do principio que cada avião efectua vários voos para
destinos variados e que cada cliente pode viajar várias vezes para
vários destinos.

 Elabore um esquema de base de dados com diagrama E-R para o


problema acima representado.

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 Problema 5

 O campeonato de Sueca tem várias equipas (nome,


localidade) onde poderão jogar, em cada equipa, vários
jogadores (nome, idade).

 Pressupostos
 Partindo do principio que cada jogador só pode jogar numa
equipa.

 Elabore um esquema de base de dados com diagrama E-R


para o problema acima representado.

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 Problema 6
 Elabore um esquema de base de dados com diagrama E-R
para gerir uma frota de pesca:

 Barcos (Nº, tipo, cor e dimensão)


 Marinheiros (Nº, nome, salário e morada e data de
nascimento)
 Donos dos barcos (Nº, nome e morada).

 Considere como pressupostos que, um marinheiro só trabalha


num barco, um barco tem 5 marinheiros, um dono pode
possuir mais de um barco e cada barco só tem um dono.

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Especificação Estrutural

 O modelo dinâmico debruça-se sobre as interligações


existentes entre os componentes do sistema e utiliza
as ferramentas diagrama de estrutura e diagrama de
acção para especificar estruturalmente um sistema
segundo um conjunto de módulos, pequenos,
independentes, simples, flexíveis e dispostos
hierarquicamente em árvore.

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Diagramas de estrutura

Símbolo Designação
Módulo a ser implementado

Módulo existente ou predefinido (livrarias)

Módulo que chama

Módulo que é chamado

A B Sentido da ligação:
A – parâmetros que entram no módulo chamado
B – parâmetros que saem do módulo chamado

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Diagramas de estrutura

Símbolo Designação
Ligação de dados

Ligação de controlo

Sequência (da esquerda para a direita)

Opcional

Selecção

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Diagrama de estrutura

Símbolo Designação
Repetição

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Diagrama de estrutura (errado)

Emitir cheque de
pagamento

Obter registo
funcionário

Calcular salário

Imprimir cheque

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Diagramas de estrutura (correcto)

Emitir cheque
de pagamento
Salário
funcionário
Salário
Registo funcionário

Registo

Obter registo de Calcular


Imprimir cheque
funcionário salário

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Diagramas de acção

 Mostra detalhadamente a lógica de funcionamento da função do


módulo e o modo como os dados de entrada são transformados em
dados de saída.

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Exemplo de um diagrama de acção

Emitir cheque pagamento


Para cada cheque
Lê o nome e salário-base do registo do empregado
Calcula salário
Salário é igual ao salário-base menos os descontos
Imprime no cheque o nome do empregado, montante a receber,
data de emissão e localidade

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