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LUGARES DE FALA, LUGARES DE ESCUTA NAS LITERATURAS AEFRICANAS, AMERINDIAS E BRASILEIRA die) a " C Digitalizado com CamScanner copyright © 2018 edlitora zouk Projeto grafico edicéo: Editora Zouk Revisao: Tatiana Tanaka Ilustragao da capa: Ona Artero jonais de Catalogagao na Publicacao (CIP) de acordo coy Dados interno por Vagner Rodolfo daSilva ~ CRB-89410 . 73481 : Tettamanzy, Ana Liicia Liberato suta nas literaturas africanas, amerindias Cristina Mielczarski dos Santos, - fala, lugares de eset brasileira / Ana Litcia Liberato Tettamanzy, Porto Alegre, RS : Zouk, 2018. 320 p.:il, 16cm x 23cm. Lugares de Incluibibliografia e indice. ISBN: 978-85-8049-077-0 ira. 2. Critica literdria. I. Santos, Cristina Mielczarski dos. 1. Literatura brasilei TL. Titulo. CDD 869.8992 CDU 821.134.3(81) 2018-1823, Indice para catélogo sistematico: 1 Literatura brasileira 869.8992 2 Literatura brasileira 821.134.3(81) direitos reservados & Editora Zouk ¥ Cristévéo Colombo, 1343 s1, 203 90560-004 - Flo esta - Poy £51. 30247554 "to Alegre - RS - Brasil __ wwweditorazouk.com.br Digitalizado com CamScanner ESCOLA INDIGENA E INTERCULTURALIDADE: CONQUISTAS E DESARIOS! , Maria Nazaré Mota de Lima América Licia Silva Cesar jntrodugao Ha mais de 500 anos, os povos indigenas no Brasil vivem em Iuta cons- tente para garantir a posse das suas terras e o direito a diferenca. Isso significa, dentre outras reivindica¢Ses, manter ou reconquistar territérios tradicionalmente ocupados e 0 reconhecimento da diversidade cultural e da organizacao politica propria (LUCIANO BANIWA, 2006, p. 85). Nas tiltimas décadas, registram-se algumas conquistas histéricas, como a dos marcos legais na Convengio 169 da Organizagdo Internacional do Trabalho (OIT), os marcos legais estabelecidos com base na Constituigio Federativa do Brasil, de 1988, a Lei de Diretrizes ¢ Bases daEducacdo Nacional - LDB, de 1996; contudo, atualmente, a partir do desmonte estrutural desencadeado por uma série de medidas que visam preservar 0 interes- se de ruralistas e demais segmentos historicamente contrarios aos interesses dos povos indigenas no Brasil, a situaga0, que sempre foi grave, inclusive com a crimi- nalizacio, espancamentos € assassinatos de liderangas indigenas, torna-se ainda rior, Sao diversos os casos em que @ Tuta pela terra e por outros direitos essenciais te torna bastante acirrada, como recentemente, na reserva indigena da Renca,' ou no Maranhao, contra os Kanela, quando uma aco violenta de fazendeiros contra eer cor de dex pessous frida, inclusive com 3 rmutilagio de um os indios deixou indigenas ou mesmo em Sao Paulo, onde vivem mais de 700 indios representante indigenss ao da reserva do Jaragués em 2015, foi anulada por Guarani, cuja Portaria de Crm sto de 2017. Isso sem falar na tentativa de decreto do Ministro 5 cago conju tada pelas Boy edo atualizada, a comunicacio conjunta apresent go soma por Past sume nfta de Lima no Col6quio Internacional Epistemaogias do vores A veri esate oer gul-Norte e Norte-Sul, realizado em Coimbra em junho de 2014 autoras Ari gens globe See + tog lice vp-contentlonds/01S1080 ines Sul: aprendi alice ceed ent! a.com populagées indigenas ¢ ribeirinhas, que ogoverno ade. 2 Aareaprowee mineraeae 283 Digitalizado com CamScanner ”) 9 “marco temporal’, dentre MUitos outros confi 245/2015 61 eases das relagies étnicoraggs 0 dos , : vaipase Nacional Comum Curricular ~ py agi da Him derembro de 2017, € da Reforma qe, nudamenta om iscussio e particlpacio efetiva doy.” eqatadiogenfeverr0 de 2017. is as implicagbes negativas ng ce to ifcidade intercultural da escola indigena, se considera construgao GTC nceituada por Walsh (2006), como um espaco de ; | nege cee onde as desigualdades sociais, econdmicas ¢ Politicas o ciagio ¢ de traduy 7 cake, resistencia indigena, porém, ocorre em diversos niei, Segundo recentes informagies do ina” reedigio da Pl. instaurados NO camp sa, inclusive, em mimeros. t 10 Insti, servicio de Geograiae Extatstca ~ IBGE,‘ em vinte anos, no Brasil, pas. proximadamsente, de 300 mil individuos autodeclarados indigenas para 9, a , 900 mil. Nesse novo mapa, ficam evidentes a diversidade e amplitude da Presency indigena, mais densa em certos pontos, mas continua em todo o Pals, extrapo, Jando fronteiras ¢ limites dos estados e munic{pios. Ease configuragao questions dicotomias como rural/urbano, aldeado/desaldeado e dé uma ideia do dinamis mo ¢ mobilidade desses povos, que nao coincidem com o desenho geopolitico 9, administrativo do pais. No que se refere & educaco de indigenas, sio em torno de 3 mil as escolss indigenas no Brasil, A oferta de vagas na educagao basica e no ensino superior, x0 entanto, nao acompanha a curva das necessidades e mimeros revelados pela de mografia indigena no pais. Séo precarias as condigGes de trabalho dos professors indigenas, hé problemas com a burocracia estatal para implantacio de curriculos merenda escolar, construcdo das escolas e produgio de materiais didaticos, de acordo com as diversas configuracdes étnicas e politicas dos povos. ‘Na Bahia, com mais de 30 mil indigenas, e mais de 20 etnias, existem cer ca de 70 escolas indigenas, que atendem mais de 7 mil alunos, em seus proprios territérios, Essas escolas sio bastante diferenciadas entre si, Na sua maioria, co" ame no ensino fundamental, sendo ainda muito poucas as escolas de abel médio, —— 3 hi . acne ade. por Michel Temer, através da Advocacia Geral da Unit, 20 Const’ Por indigenas at ores .tus tntavincula o direto & demarcagio somente is ters Oo utubro de 1988, Essa medida carece de legalidade e consenso no propr” 5 © se aprovada, vai paralisar cerca de 748 P™ 4 Disponivel em:’* lam visivelmente as posi ane io? Posicées de pods i do um “lug prépri’ (CESAR. 2011, aa poder instituidas, inaugurando 286 Digitalizado com CamScanner Bssesygestosydesautoriaypodemsseryentendidos, ainda, como as “praticas P as solidariedades, as maneiras de fazer ¢ um 98 que permitem articuld-las” (DE CERTEAU, s"* (FREIRE, 1982, p. 4), “enfrentamento expli- nto-negociado’(CESAR, 2011, p. 85), em suma, como formas Nos eventos de pesquisa/ensino no Programa Observatério da Educagao Escolar Indigena e nas atividades da primeira turma da Licenciatura Intercultural em Educagio Escolar Indigena da Universidade do Estado da Bahia (LICEEI/ UNEB), 20 analisarmos as formulagées discursivas dos professores e professoras indigenas em relacio & pesquisa académica, observamos nao sé as resisténcias no sentido da negagao ou “esquecimento” das formas hegeménicas de concebé-la, mas também resisténcias no sentido de inaugurar um lugar préprio, de liberdade, afirmacdo da memoria coletiva e/ou reinvengao no processo de construcio do conhecimento. O Programa Observatério da Educa¢ao Escolar Indigena, na sua primeira e nica edi¢3o em 2009, tem como principal objetivo promover agdes que articulem iniciativas de pesquisa no ambito das universidades puiblicas ao contexto da edu- cacao bisica indigena. Compoe-se de projetos de nticleos de pesquisa, locais ou em rede, dos quais devem participar pelo menos um Programa de Pés-Graduacao stricto sensu de uma instituicao de educacio superior, um docente orientador, um estudante de doutorado, dois ou trés estudantes de mestrado, até seis estudantes de graduacdo, preferencialmente indigenas, como bolsistas de iniciagao cientifica, além de dois professores indigenas em efetivo exercicio na educagao basica indi- gena. Houve interesse dos indigenas pelo projeto por inserir estudantes indigenas como pesquisadores associados. / ; © Projeto do Niicleo Local do Observatorio da Educagio Escolar Indigena na Universidade Federal da Bahia, entéo, prop6s constituir uma equipe basica, majoritariamente indigena, para desenvolver agdes Conjuntas de formagto de professores e professoras indigenas, no Ambito do ensino e da pesquisa, além da produgdo de material didético em articulagio com o grupo da Licenciatura —_ os oprimidos se 5 “As manhas se explicitam na Mnguage | a ie oe Febery he pein acabariaml.] 2 violencia dos eee ram no pals.) E8sas mana, eu néo tenho divida ABE eonsc niko senna ho mcio desses indios que essas manhas ndo existam, H4 480 anos eles sio alguma de Qt fern manhosos, Na medida em que nds fOssemos capazes de compreender as manhas obrigados & Sra maniosos. Na metivida de que mais adiante a gente descobriria que as manhas [us] €.0 Pape métodos pedagogicos” ~ Palestra proferida por Paulo Freire (1982) no Conselho iriam 107) Missionérlo (CIMI), publicada posteriormente em Frere (2000), Indige’ 287 “ Digitalizado com CamScanner Intercultural em Educagio Fal Indigena da Universidade do Estaqg Dy ty, (LICEEV/UNED), Deal apenas um aspecto da pesquisa no Nicleo y santo de wna da elaboragio de um race ealucagdo ingen se met a demand ease sistas indigenas. A Pesala resistencias ¢ estranhamento no aan regras do edital, een rpetranhamento” como objeto de rellexi, chegams volvimento. Ao adotar modelo proposto para a pesquisa, in no "reo problema estava ; : ere i acimento ¢ esctta locas. O carder “indir jas fo : dugio de cor 4 : > académico-oficial’, da pesquisa proposta provocoN © ooet® 0 ett aes producio de conhecimento- Com? 17 rofewwne eae cago, houve resistencia de cunbo élice © politico das professoras ¢ professor, liderangas e até as formas da pesquisa e seus resultados mesmo dos bolsistas, conforme se explicita em Cesar € Costa (2013): dentro do modelo vigente para a graduacao e pos-graduasiog projetos individuais, cujos resultados se expressam em textos sob a responsabilidade de apenas um autor, ainda que sob acompanhamen- to de um, ou mais de um, orientador, seja na iniciacdo cientifica (TCC),n0 mestrado (dissertagio) ou doutorado (tese). O financiamento para a pes quisa se dé, geralmente, através da concessao de bolsa ao pesquisador par a oncretizagio do seu projeto individual. Ainda que articulada em linha, hd uma segmentagao ¢ especializagao da tarefa de pesquisa, que muitas ve- zes isola 0 pesquisador e descola o conhecimento produzido do patriméxio coletivo. As falas [...] terminaram por explicitar esse estranhamento com relacionado com A “individualizagao” ou “especializagio” da fungio de ps quisador indigena, (CESAR; COSTA, 2013, p. 26). A pesquisa ancorada em ; A pesquisa, assumida em campo pelos .indigenas, mas referida a uma ins: tituicdo de fora, nesse caso a universidade, criava um campo intercultural te ie a0 pesquisador ser indigena (a maioria dos bolsists & fence eee que sio necessrios motivagées, meétodos ¢ tears ne 0 critérios de avaliagao e de prestagao de contas ait a especificidades culturais ¢ politicas locais. Por outro lado howe também , iisptarse so ee siesta que nio questionaram a pesquisa € ey * eI + i diagnéstico uma forma ae a eine Porque considerayam a tarefa de pee propia construgéa, Mesmo asa oa reserencial do “outro” pare Pe . si fk 7 transpor ao realizar seus role Smee cana Cesiten clas Gus ae ae 288 Digitalizado com CamScanner™ fazer. A pesquisa, entao, foi redi i pesquisa, entio, foi redimensionada em suas meti mente pelas agéncias de financiamento, Liderangas, ae | . bolsist: mies, pais indi inbien ms : pase eiudnis das escolas indigenas foram requisitados pe oad que é pesquisa? Para qué? Para quem? O que é ser um esquisado vindgenat | r indigena? Como consequéncia, foram criados os niicleos ind : gstio e metodologia também locais, préprias de cada pors inline am tedo projeto, As bolsas continuavam sen recrbidas dling quisedor indigena, mas formavam un fundo comune per eons Pee es propria por cada grupo, metas proprias estnbelecidas, a nutencdo da pesquisa. es Oe a a mesmo modo, partindo jé dessa constatacdo da experincia do Observatério, em outro evento de formacao intercultural no ensino superior de indigenas, decidimos explorar mais, entre os professores dos povos indigenas re- sie no Curso LICEEI, os sentidos por eles atribufdos a pesquisa acadé- Iniciada no final de 2009, a Licenciatura Intercultural em Educagio Escolar Indigena (Liceei), da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), abriga 109 estu- dantes indigenas, professores que, na sua maioria, atuam nas escolas indigenas em suas aldeias. Esta é a primeira das duas licenciaturas indigenas em andamen- to no estado da Bahia. © curso se organiza em quatro dreas de conhecimen- to: Linguagens e Artes; Ciéncias Humanas; Matemética € Ciéncias Naturais; e Pedagogia Indigena. A partir dos dois primeiros anos, prevé dois componentes curriculares: 0 Laboratério de Educagao Intercultural e a Formagio de Professor Pesquisador® O evento de formagio na Liceei aqui analisado teve lugar na dis- ciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa I, junto aos professores que mars Licenciatura com Habilitagao em Linguagens ¢ Artes, Na oportunidad; eee apresentar os contetidos académicos a serem trabalhados na construgdo do ojto er rrabalho Final de Curso ~ TCC, que envolviam, basicamente, Pésd que afica © de campo, criamos espagos para que refletissem sobre o valor d Manos Bivem contextos indigenas e fizessem PFopostas de construgio dos seus Se métodos de pesquisa em confronto com oS métodos néo indigenas ee J Ver Messeder, 2013. 289 Digitalizado com CamScanner criticas aos modos co; Na oportunidade, foram recorrentes as aa ™9 05 Desay. geralmente, em suas pesquisas de campo r¢, rae alizaday nas aldeias. Diversos depoimentos escritos mencionam que estes se aproy; « imentos’, das comunidades indigenas ¢ ‘exploram seus conhecime SCM que iss Sip. ; 8 nifique efetiva contribuigéo para as comunidades. Por outro lado, fizeram ga ' da pesquisa para suas lutas por afitma-s ai acar a grande importancia | it tio de destacar a gi P hhecimentos sobre a histéria e a cultura Fn buscar informagées também junto aos jovens sadores nio indigenas agem, ‘imam, porque permite aprofundar os con! povo, ouvir as pessoas mais velhass ear Sea segundo os professors indigenas canmuitndon, tem a fungig de deixar para as geracdes futuras a historia rs e am “ bias ANciaos, para que haja continuidade da luta ¢ eee fi men ria. De fenderam que pesquisar é voltar a0 passado, € trazer aancestralidade, duemiek tradicao oral guardada pelos mais velhos, os mitos, artes, Iinguas € tos las as priticas cultura, 0 objetivo é recontar a histéria contada pelo colonizador e registrar 05 co. nhecimentos préprios, memérias, lutas, como forma de preservacao de valores étnicos. Daf, consideram que a pesquisa deve corresponder a um desejo coletivo ¢ atender aos seus interesses enquanto indigenas; os pesquisadores devem ser os proprios indigenas, preparados para assumir essa responsabilidade. Outro dado importante é a necessidade de 0 ato de pesquisar ser sempre referendado pelos anciaos e liderangas do povo. Assim, o sentido da pesquisa consiste em reforcar a memoria coletiva, va- lorizar 0 conjunto de conhecimentos que vem das pessoas mais velhas; a sua pré- pria existéncia como documentos da memoria; e a propria vida como fonte de conhecimento explicito, um “livro aberto”. A nogao de pertencimento também se expressa de forma politica, para o fortalecimento da coletividade. Quando entram 0s modelos pautados na cultura escrita hegemdnica, a pergunta que acompanha sempre a discussao ¢ 0 que dizer, quanto dizer, para qué, para quem... Sempre hi uma preocupacio teleolégica em fungo das apropriacdes do conhecimento fits pelos de fora, os “brancos” vie ot Socumentasio ¢ interpretagio da meméria, por um lado, sio eset" , Acesso em: 20 fev, 2015, con1988/con} 988-05." icagdo Nacional ~ LDB 9.934/96, Ministerio da _ Lei de Diretrizes © as Digital da CAmara dos Deputados, Centro de Educagio, Beas eich 3010. Dispontvel em: . Documentagao © set, 2014: construsio da autoria entre of Pataxé de Coroa abril: hia: ‘[EDUFBA, 2011. Acesso em: 14 ica. Ligoes de CESAR, América. Lif0s 291 Digitalizado com CamScanner | COSTA, Suzane, Cartografia da educacio indigena: relato de uma pesauis, intercultural e interétnica. In; —— - (Orgs). 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