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Restauração espiritual e do fervor de Deus em nossas vidas

Salmos 126:1-6
“Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.
Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas
fez o Senhor a estes.
Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres.
Traze-nos outra vez, ó Senhor, do cativeiro, como as correntes das águas no sul.
Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os
seus molhos”.
01 – Os três períodos da história de Israel.
 O período da Terra prometida
 O período da Monarquia
 O período do exilio babilônico
As três visões do salmista em relação ao salmo 137.
 Ele olha para o passado, e tem uma história de salvação a contar, um passado de gloria a
agradecer. V.1-3
 Ele olha para o presente, e tem um desafio presente a enfrentar, um presente de crise e de
restauração. V.4
 Ele olha para o futuro, e ele tem um investimento futuro a fazer, trazendo uma poderosa
promessa. V.5,6
O mesmo Deus que tirou seu povo dos grilhões da Babilônia, é o mesmo Deus que está
aqui.
02 – No salmo 137, o salmista declara a restauração de Deus sobre seu povo.
Junto aos rios da Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião.
Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas.
Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos,
dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião.
Como cantaremos a canção do Senhor em terra estranha?
Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha direita da sua destreza.
Se me não lembrar de ti, apegue-se-me a língua ao meu paladar; se não preferir Jerusalém à minha maior alegria.
Lembra-te, Senhor, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, que diziam: Descobri-a, descobri-a até aos seus
alicerces.
Ah! filha de babilônia, que vais ser assolada; feliz aquele que te retribuir o pago que tu nos pagaste a nós.
Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras.

 De que Deus restaurou seu povo?


Salmo 137
A) - Crise da desinstalação. Significado = remover, desinstalar hospedes.
Junto aos rios da Babilônia . Salmos 137:1

B) - Crise de apatia coletiva.


Empatia é quando você se doa para outra pessoa.
Já apatia é quando a pessoa tem muita dificuldade de sentir emoções.
Ali nos assentamos e choramos . Salmos 137:1
 Significa desânimo crônico.
 Significa morte da esperança.
 Significa apostar que a crise é imutável.
 Significa aceitar o caos.

C) – Crise da melancolia.
Tristeza vaga, permanente e profunda, que leva o sujeito a sentir-se triste e a não desfrutar dos
prazeres da vida.
Choramos, quando nos lembramos de Sião . Salmos 137:1
 Coral do gemido
 Orquestra do lamento
 Sinfonia do soluço
 Eles não cantavam mais, não sonhavam mais que um dia, acabaria seu cativeiro.

D) – Crise da nostalgia.
Estado de profunda tristeza causado pela falta de algo. É a sensação de saudade
originada pela lembrança de um momento vivido no passado ou de pessoas que
estão distantes.
“Nos lembramos de Sião”. Salmos 137:1
 Só viviam de lembranças do passado.
 Estavam amargos com o presente, porque ainda não tinham largado o passado.
 Só cantavam os hinos de Sião e dependuraram suas harpas, seus instrumentos.

E) – Crise de mágoa incurável.


Mágoa é um sentimento comum dos seres humanos, caracterizado por uma sensação
provocada a partir de um ato indelicado, decepcionante e de ofensa por parte de outrem.
Ao contrário de outros sentimentos humanos que são intensos e passageiros, a mágoa é uma
sensação de desconforto que pode durar por muito tempo, em alguns casos até para sempre.
“Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas”. Salmos 137:2
 Quando eles olhavam para o futuro, eles querem um holocausto, vingança do que fizeram
com eles.
 Quando eles olham para o futuro, eles querem derramamento de sangue.
 Quando eles olham para o futuro, não há disposição para perdoa.

F) – Passaram os 70 anos e Deus intervém milagrosamente em favor do seu povo.


Salmo 126
 Deus abriu as portas do cativeiro
 Despedaça os grilhões da escravidão do seu povo
 Deus fez seu povo olhar pelo retrovisor
 A intervenção de Deus produz alegria indizível.
“A nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico” . Salmos 126:2
 A intervenção de Deus produz impacto nos outros e torna-nos um poderoso testemunho
entre as nações.
“Então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes”. Salmos 126:2
 A intervenção de Deus gera reconhecimento sincero.
“Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres”. Salmos 126:3
03 – Os lugares secos de agora, podem ser fontes abundantes de vida amanhã.
“Traze-nos outra vez, ó Senhor, do cativeiro, como as correntes das águas no sul”. Salmos 126:4

 Devemos sair da perspectiva do passado e entrar na perspectiva do presente


 Um passado de glória não é garantia de um presente glorioso. Não pare, não se canse.
 E lembrar que as antigas bênçãos do passado, não é garantia de vitorias, hoje.
 As antigas mágoas do passado, não devem estragar o perdão do meu presente.
 As vitorias do ontem, não são suficientes para o hoje.
 Lembre-se que os lugares dos grandes avivamentos ontem, hoje muitos deles, são palcos
de mortos na Europa, templos antes que agregavam multidões, hoje são bares, estão à
venda, desertos, não há mais crentes, se tornaram ateístas.
 Olhamos para o atual cenário da Inglaterra hoje, onde a maioria dos seus pregadores estão
mortos espiritualmente, seus sermões, não tem mais vida de Deus.

04 – A sequidão de hoje não pode ser motivo de desânimo, mas de nos levar a grandes clamores.
“Traze-nos outra vez, ó Senhor, do cativeiro, como as correntes das águas no sul”. Salmos 126:4

 A sequidão não é para te matar.


 A sequidão não é para você enserralhar as suas armas espirituais
 A sequidão não é para você retroceder, se render ou recuar
 A sequidão é para você se despertar, orar, clamar, suplicar como
Elias I Reis 18.42
“E Acabe subiu a comer e a beber; mas Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra,
e pôs o seu rosto entre os seus joelhos”.

Isaias 64.2
“Como o fogo abrasador de fundição, fogo que faz ferver as águas, para fazeres notório o teu
nome aos teus adversários, e assim as nações tremessem da tua presença”!

 Todos os avivamentos e restaurações, nasceram no ventre das maiores crises.


 A restauração e obra soberana de Deus.
 A restauração não se produz debaixo para cima, não é do homem, e sim de Deus.
 A restauração não se estabelece por decreto e leis humanas, é de Deus.
 Não produzimos avivamento, ele vem do céu, e de Deus.
 Não podemos marcar dia e hora para o avivamento chegar.
 Só podemos clamar a Deus e preparar o caminho do Senhor.
Ezequiel 37:3
“E me disse: Filho do homem, porventura viverão estes ossos? E eu disse: Senhor DEUS, tu o sabes”.

05 – A restauração é fruto de oração fervorosa e suplica diante de Deus.

 Tem muita gente que conhece muitos livros de oração, prega sobre oração, tem boa
teologia sobre oração, mas não conhece a intimidade de Deus pela oração.
 Lembre-se de que todos os avivamentos que já existiram, nasceram no ventre das maiores
crises

 Foi quando Jesus orou que os céus se abriram e o Espirito Santo desceu sobre ele.
“E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se
abriu;
E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que
dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” . LUCAS 3. 21,22

 Foi quando a igreja primitiva orou e o pentecoste veio, e o Espirito Santo foi derramado
sobre eles.
“Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de
Deus, enviaram para lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que
recebessem o Espírito Santo. (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente
eram batizados em nome do Senhor Jesus.) Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o
Espírito Santo” At 8.14-17

 Foi quando Elias orou e a chuva do céu desceu.


“Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que
estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor.   A oração feita com fé curará o
doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado.   Portanto,
confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração
de um justo é poderosa e eficaz.  Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não
chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio.   Orou outra vez, e os céus enviaram
chuva, e a terra produziu os seus frutos”. Tiago 5: 14-18

 Então o salmista diz restaura Senhor...


“Restaura, SENHOR, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe” (Salmos 126:4).

O que era o Neguebe – O nome de uma região que ficava ao sul da terra de Canaã (Sul do reino de
Judá, ou maior deserto da Judeia). Era uma região conhecida pela sua sequidão, devido às poucas
chuvas anuais que recebia. O interessante é que, mesmo assim, era uma região habitada por grupos de
pessoas que aprenderam a lidar com esse local. Na maioria do ano era um local seco. Mas esse local
tinha uma característica geográfica interessante: Quando chuvas volumosas caiam em determinadas
regiões ao redor desse deserto, devido as inclinações de seu terreno, grandes rios (torrentes) apareciam
em meio a essa sequidão. Esses canais de água possibilitavam que os habitantes dessa região,
pudesse usufruir dessa água naquele momento e se preparar para o próximo período de seca. Isso era
visto como um milagre, ou seja, um rio correndo em meio a um deserto! Algo quase impensável!

06 – A restauração não é uma obra humana, mas é um milagre de Deus.

 O mesmo Deus que fez o deserto do Neguebe florescer, é o mesmo Deus que pode hoje,
fazer o seu coração reflorescer também.
 O mesmo Deus que muda o cenário da natureza, é o mesmo Deus que é capaz de restaurar
a sua alma.
 Há um fim para sequidão da sua alma, do seu peito, do seu coração.
 Deus não criou você, salvou você, restaurou sua vida, para você viver um deserto espiritual,
seco e medíocre.
 As vezes por não buscarmos a Deus, nos sentimos secos, vazios, sem vida de Deus.
 A gente muda de método, cria novos subterfúgios, programas, inventa novas ideias para
tentar melhorar nossos caprichos, em vez de buscar a fonte da vida. DEUS. etc.
A pergunta é...
- Como está sua vida espiritual
- Qual tem sido sua motivação de buscar a Deus
- Lembre-se que a plenitude do Espirito do passado, não serve para o hoje.

 Deus não está em busca ou a procura de homens com melhores métodos, Deus está à
procura de homens ungidos, Deus não unge métodos, Deus unge homens.

 Finalmente esse texto olha, não apenas para o passado, para contar o que DEUS fez. V.1-3
Não apenas olha para o presente, para contar o que DEUS pode fazer. V.4
Mas este texto olha para o futuro, para frente. V.5,6

07 – A semeadura com lágrimas é o Prelúdio certo de uma colheita abundante.

Salmo 126. 5,6


“Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo
consigo os seus molhos”.

 A semeadura é dinâmica e exige três princípios.


A) sair - B) andar - C) chorar
 Você tem semeado a palavra de DEUS na escola, no trabalho, na faculdade, no seu ciclo de
amizade, no seu grupo de relacionamentos e mídias?
 Você tem chorado por alguém ao ponto de desejar ardentemente que seja salvo e
alcançado pela graça e misericórdia de DEUS ?
- Há essa paixão em você ?
- Há esse compromisso em nós ?
 Quem semeia, não semeia apenas com a boca, mas com as mãos.
 Lembre-se de que a semeadura é dinâmica – andando e chorando...
 O estilo de evangelismo não é só com palavras, mas sim com fortes testemunhos.
 Não podemos pregar somente aos ouvidos, mas também aos olhos.
 Jesus e os apóstolos faziam isso com palavras e demonstração de poder e vida.
 As vezes pregamos e ensinamos, mas será que de fato acreditamos naquilo que estamos
pregando? Será que as pessoas que nos ouvem pregar, acreditam hoje na nossa
pregação? Será que elas acreditam no que estamos falando ?

David Hume - Patrono dos agnósticos da Inglaterra no século XVIII (18).


 Ele acreditava que se alguém queimasse uma bíblia, estava prestando um bom serviço a
humanidade.

 Um dia esse patrono, filosofo foi visto em Londres, correndo na rua, já que não era seu
habito fazer isto, mas alguém olhando para ele inusitadamente, foi até ele e lhe perguntou:
David Hume onde você está indo correndo assim? E ele lhe respondeu: Eu estou indo ouvir o
pregador George Whitefield pregar (pregador ao ar livre).

 Com essa resposta de David Hume, houve um grande impacto, porque ele era agnóstico e
não acreditava em falácias. A pessoa perguntou: mas você não acredita no que ele prega,
ou acredita? Respondeu não. Eu não acredito no que ele prega, mas ele acredita no que
prega

 Você acredita no que você prega? Você prega com entusiasmo e com convicção do Espirito
Santo?

08 – O evangelismo das lágrimas.


 Precisamos aprender o evangelismo das lágrimas como Jesus que chorava diante de
Jerusalém.
Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar (Isaías 53:3).
“Como eu gostaria que hoje você compreendesse o caminho para a paz (Salmo 95:7-8)!”,
disse ele. “Agora, porém, isso está oculto a seus olhos (a maioria se negava a enxergar que
Jesus era o Messias). Chegará o tempo em que seus inimigos construirão rampas para
atacar seus muros e a rodearão e apertarão o cerco por todos os lados (Isaías 29:3-4;
Jeremias 6:3, 6). Esmagarão você e seus filhos (1 Reis 9:7-8; Miqueias 3:12) e não deixarão
pedra sobre pedra, pois você não reconheceu que Deus a visitou (Daniel 9:24).”

 Precisamos aprender o evangelismo das lágrimas como o apóstolo Paulo que chorava pelo
fato de seus patrícios terem rejeitado a graça salvadora de DEUS.
Por sua própria admissão, ele chorou "dia e noite" (Atos 20:31) e tinha incessante dor no seu
coração (Romanos 9:2).
Enquanto Paulo conhecia o interior de numerosas prisões romanas (Filipenses 1:13), e ao mesmo
tempo quase não havia um centímetro quadrado de seu corpo que não tinha uma cicatriz (Gálatas
6:17), não foi o sofrimento pessoal e a auto piedade que o fez chorar. Foi amor e preocupação
pelos outros e pelo bem-estar da igreja. Ao mesmo tempo, apesar de toda a sua força de espírito
e sua coragem em face do perigo, Paulo não tinha  vergonha de chorar.

 Precisamos aprender o evangelismo das lágrimas como Roberto Manquem na Escócia, no


século XIX (19), que subia no púlpito e no fato de subir no púlpito as pessoas começavam a
chorar, isso porque antes de subir no púlpito, orava e chorava no seu escritório antes de
pregar

 Precisamos aprender o evangelismo das lágrimas como Willian Book, que ia para o campo
de seus missionários em diversos lugares do mundo, ao chegar com seus missionários, os
mesmos reclamavam que o lugar estava difícil, não haviam conversões de almas, diziam
que o povo era de coração duro. Então Willian Book dizia aos seus missionários,
experimentem o evangelismo das lágrimas.

Salmo 30.5 “Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode
durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã ”.

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