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07/05/2021

Prof. Anderson Soares André

O QUE É UM
SPDA?

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 Nova versão em junho de 2015

 De acordo com a ABNT NBR 5419-1:2015:

 Não há dispositivos ou métodos capazes de modificar os fenômenos


climáticos naturais a ponto de se prevenir a ocorrência de descargas
atmosféricas.
 As descargas atmosféricas que atingem estruturas (ou linhas
elétricas e tubulações metálicas que adentram nas estruturas) ou que
atingem a terra em suas proximidades são perigosas às pessoas, às
próprias estruturas, seus conteúdos e instalações, portanto, medidas
de proteção contra descargas atmosféricas devem ser consideradas.
 A necessidade de proteção, os benefícios econômicos da instalação
de medidas de proteção e a escolha das medidas adequadas de
proteção devem ser determinados em termos do gerenciamento de
risco.

 Quantos raios são registrados no Brasil?

 De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais,


(INPE), quase 60 milhões de raios “caem” no Brasil, como
potencial para causar algum tipo de destruição. É o topo do
ranking mundial!
 1,8 vezes maior é o risco de uma pessoa ser atingida por um
raio no Brasil, comparado com o resto do mundo.

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Fonte - INPE

 Acidentes envolvendo Descargas Atmosféricas.

 Local dos acidentes com Descargas Atmosféricas.

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 Qual a origem dos raios?

 A formação de cargas nas nuvens, e a sua consequente


descarga (raio) a terra, é um fenômeno normal e natural que
assola a Terra e aflige a humanidade, causando prejuízos e
morte.

 Há milhares de anos os raios são observados, mas apesar de


todo o avanço tecnológico, pouco progresso foi obtido no
conhecimento do fenômeno. Ainda hoje persistem muitas
dúvidas, entre elas o mecanismo de carregamento de cargas
positivas e negativas nas nuvens.

 Apesar de todos os esforços não se consegue evitar que um


raio caia sobre um edifício. No entanto, todo o cuidado é no
sentido de discipliná-lo na sua queda, obrigando-o a seguir
um caminho pré-determinado para aterra

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INTRODUÇÃO
 A ação e o efeito de raios causam diversos prejuízos, tais
como:

 incêndio em florestas, campo e prédios;


 destruição de estruturas e árvores;
 colapso na rede de energia elétrica;
 interferência na rádio transmissão;
 acidentes na aviação;
 acidentes em embarcações marítimas;
 morte de seres humanos e animais, etc.

 A formação de cargas nas nuvens


ainda é um fenômeno não
totalmente conhecido, desta forma
FORMAÇÃO DE existem várias teorias a respeito.

CARGAS NAS  A Terra tem excesso de cargas


negativas.

NUVENS

 As correntes de ar ascendente
carregam grande quantidade de
umidade. Esta umidade
encontrando nas regiões mais altas
FORMAÇÃO DE uma temperatura baixa, se
condensam formando várias
CARGAS NAS gotículas de água, que ficam
suspensas no ar. Estas gotículas
NUVENS aglomeram-se formando gotas
maiores e, pela influência da
gravidade, começam a cair. Ao
caírem encontram outras gotículas
aumentando o seu tamanho.

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 Assim, a gota já tendo um


tamanho considerável e o
solo da terra sendo
negativo, são induzidas na
gota de água cargas
positivas na parte inferior e
cargas negativas na parte
superior.

 A gota aumenta de tamanho


até ficar com um diâmetro
de aproximadamente 5mm,
tornando-se instável e
fragmentando-se em varias
gotículas menores. No
momento da fragmentação
ocorre a formação de íons
positivos na parte inferior e
íons negativos na parte
superior.

 Os íons positivos encontram grande


quantidade de gotículas d’água
arrastadas pelo ar ascendente. A gota
ascendente (neutra), durante o choque,
entrega elétrons aos íons positivos
descendentes.
Desta forma, a gota ascendente
se torna positiva e o íon se
torna neutralizado.

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Como estas gotas ascendentes (agora


positivas) estão dotadas de grande energia
cinética, conseguem subir até a parte
superior da nuvem.
Os íons negativos resultantes da
fragmentação de uma grande gota descem
até parar, e em seguida começam a subir
arrastados pelo ar ascendente.

 Como estes íons negativos tem menor


energia cinética que as gotículas
positivas, elas aglomeram-se na parte
inferior da nuvem, ficando esta
carregada positivamente na parte
superior e negativamente na parte
inferior.

 Pouco antes de tocar o chão, o “raio” atrai partículas elétricas


de carga positiva.

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 Aproximadamente 95% das nuvens


ficam carregadas como indicado na
anterior. Apesar do fenômeno não ser
bem compreendido, verifica-se que
algumas nuvens ficam carregadas ao
contrário

 Muitas nuvens por serem grandes e


extensas, podem ter várias ilhas de
cargas elétricas. Deste modo, durante
uma tempestade, esta nuvem pode se
fragmentar, formando nuvens menores,
com possibilidades de diversas
combinações de cargas, tais como:
 nuvens menores com cargas positivas e
negativas;
 nuvens com cargas positivas;
 nuvens com cargas negativas;
 nuvens com cargas positivas e negativas
equilibradas.

 Esta dissociação formando diversas nuvens com cargas


distintas contribui ainda mais com a tempestade.

 Isto leva a ocorrência de diversos raios entre as nuvens e o


deslocamento de nuvens de modo aleatório devido as forças
de atração e repulsão das cargas elétricas e devido também
as forças eletromagnéticas provocadas pelos raios.

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 O raio é uma gigantesca faísca elétrica, dissipada


rapidamente sobre a Terra.
 Relâmpago é a luz emitida pelo arco elétrico do raio.
 Trovoada é o ruído produzido pelo deslocamento do ar
devido ao súbito aquecimento causado pela descarga do
raio.

 As nuvens carregadas induzem no solo


cargas positivas que ocupam a área
correspondente ao tamanho da nuvem.
Como a nuvem é arrastada pelo vento,
a região de cargas
positivas no solo
acompanha o
deslocamento da
mesma.

 Neste deslocamento, as
cargas positivas induzidas
vão “escalando” árvores,
pessoas, pontes, edifícios,
pára-raios, morros, etc...,
ou seja, o solo sob a nuvem
fica com carga positiva.
Entre a nuvem e a terra,
são formadas diferenças
de potenciais que
alcançam até 1.000.000 kV,
sendo que a nuvem se
encontra entre 300 e 5000
metros de altura.

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FORMAÇÃO DOS RAIOS


 Para que ocorra a descarga elétrica, nem sempre é
necessário que o gradiente de tensão superior à rigidez
dielétrica de toda a camada de ar entre a nuvem e o solo.
Muitas vezes, basta apenas um campo elétrico menor
associado com o fato do ar entre a nuvem e a terra não ser
homogêneo, pois no ar estão presentes uma grande
quantidade de impurezas, umidade e ar ionizado, que estão
em constante agitação. Com isto, o ar entre a nuvem e a terra
fica muito "enfraquecido", e um campo elétrico menor já é
suficiente para que o raio consiga perfurar a camada de ar e
descarregar na terra

 Primeiramente pequenos túneis de ar


ionizado ficam, pelo poder das pontas,
com alta concentração de cargas que
vão, aos poucos, furando a camada de
ar a procura dos caminhos de menor
resistência para se descarregarem à
terra.

 Note-se que os galhos das árvores formam pontas, que


acumulam cargas elétricas, propiciando assim a ionização do
ar. Quando os dois túneis estão pertos, a rigidez do ar é
vencida, formando o raio piloto (líder), descarregando parte
da carga da nuvem para o solo numa velocidade de
1500km/s.
 Depois de formado o raio piloto, existe entre a nuvem e a
terra um túnel (canal) de ar ionizado, de baixa resistência
elétrica, isto é, a nuvem está literalmente curto-circuitada
com a terra. Deste modo ocorre o raio principal, ou descarga
de "retorno", que vai da terra para a nuvem através do túnel
ionizado, com uma velocidade de 30.000 km/s.

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 No raio de retorno, as correntes são elevadíssimas, da ordem


de 2.000 a 200.000 Ampères. Após estas duas descargas
pode existir uma terceira, de curta duração, com correntes de
100 a 1000 Ampères. Estas três descargas formam o chamado
raio, que acontece em frações de micro-segundos, dando a
impressão da existência de apenas uma descarga.
 Existe também, o raio de múltiplas descargas, isto é, nuvens
grandes precisam de várias descargas para se descarregar.

 A maioria dos raios ocorre entre nuvens, formando descargas


paralelas à superfície do solo. Isto se dá durante uma
tempestade, onde nuvens se aproximam a uma distância tal
que a rigidez do ar é quebrada pelo alto gradiente de tensão,
com a conseqüente formação do raio, ocorrendo a
neutralização das nuvens.

 A ação dos raios em seres vivos pode ser direta e indireta.


 Apesar de ser muito raro, mesmo assim existe a
possibilidade de descarga direta de um raio sobre uma
pessoa. Quando isso acontece, a morte é instantânea.

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 Existem também as descargas


indiretas ou laterais que podem levar
à morte ou produzir seqüelas graves,
tais como: paralisia muscular, perda
de sensibilidade, queimaduras,
alterações mentais, problemas
cardíacos, etc.

 A árvore isolada em um campo é um verdadeiro pára-raios.


Isto se dá devido à conjugação das seguintes características:
 seus galhos em pontas;
 os canais com seiva bruta e elaborada são condutores;
 suas raízes afuniladas formam um perfeito aterramento elétrico;
 o tamanho (altura) da árvore.

 Deste modo, como a árvore é alta e


forma um caminho condutor à terra,
há maior probabilidade de ocorrência
de raios.
 Se a árvore for isolada, isto é, única na
vizinhança, é sempre perigoso
abrigar-se sob a mesma durante
tempestades com trovoadas.
 Árvores altas, como o
eucalipto, estão mais
sujeitas a descargas.

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 As pessoas sob uma árvore que recebe um raio


podem ser submetidas aos seguintes efeitos:
 descargas laterais;
 tensão de toque;
 tensão de passo.

 O “raio” não passa pela pessoa, mas a árvore ficará, desde os


galhos até a raiz, submetida a potenciais diferentes. Portanto,
como a mão e o pé da pessoa tocam potenciais diferentes,
passará pelo corpo uma corrente que poderá ser fatal ou
não.

 E como morreram “as vaquinhas” que não estavam tocando


na árvore?

 Se a pessoa ou animais estiverem próximas da


árvore ou da descarga
do raio, os potenciais
distintos na superfície
do solo, causarão
potenciais de passo.

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 Os efeitos perigosos da tensão de toque e passo são no


sentido de produzir correntes de choque além dos limites da
suportabilidade do coração, produzindo a fibrilação
ventricular.

 A água também representa perigo!

 No Brasil existe a NBR-5419 – “Proteção de Estruturas Contra


Descargas Atmosféricas” da ABNT.

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 Nível I – Instalações de centrais nucleares, torres de controle


de tráfego aéreo, centrais de processamento e análise, onde
não pode haver a interferência de descargas elétricas
externas;
 Nível II – edificações de depósito de combustíveis ou
explosivos, centrais de processamento de dados e similares
que apresentem risco elevado de sofrerem danos causados por
descargas elétricas;
 Nível III – Edifícios de apartamentos ou comerciais, depósitos
comuns e similares com características normais de uso
rotineiro;
 Nível IV – Edificações onde não haja trânsito de pessoas com
rotina e estejam situadas em locais ermos.

 Existem descargas de diferentes tipos e intensidades. Por este


motivo, um sistema de proteção não pode ser dito seguro para
todos os níveis de descargas atmosféricas. Raios raros, de
altíssima intensidade, podem danificar o sistema de proteção e
também causar alguns danos a estrutura da edificação. Estes
podem ser danos físicos na estrutura do prédio e também nos
equipamentos elétricos e eletrônicos no interior da edificação.
 Especialistas, após exaustivas análises produziram uma
estimativa da eficiência do sistema de proteção contra
descargas atmosférica de acordo com o nível de proteção
desejado.

Proteção Contra Descarga Atmosférica


Nível de Proteção Eficiência da Proteção
IV 98%
III 95%
II 90%
I 80%

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 Descansando...

 Dúvidas???

 Como não se pode evitar que o raio caia sobre a estrutura,


deve-se empregar técnicas de proteção que disciplinem o
escoamento do raio para a terra, minimizando, ou mesmo
evitando, seus efeitos danosos à estrutura, equipamentos,
pessoas,...
 Os sistemas de proteção são formados basicamente de três
componente:
 Captores de raio;
 Cabos de descida;
 Sistema de aterramento.

PRINCÍPIO DO MÉTODO DE FRANKLIN


 Este método foi proposto por Franklin e tem por base uma
haste elevada. Esta haste, em forma de ponta, produz, sob a
nuvem carregada, uma alta concentração de cargas elétricas,
juntamente com um campo elétrico intenso.
 Isto produz a ionização do ar, diminuindo a altura efetiva da
nuvem carregada, o que propicia o raio através do
“rompimento" da rigidez dielétrica da camada de ar.

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 O raio captado pela ponta da haste é transportado pelo cabo


de descida e escoado para a terra pelo sistema de
aterramento. Se a bitola do cabo de descida, conexões e
aterramento não forem adequados, as tensões ao longo do
sistema que constitui o pára-raios serão elevadas e a
segurança estará comprometida.
 Ao se instalar um sistema de proteção com pára-raios, deve-
se ter sempre em mente o princípio básico da proteção, isto
é. "É preferível não ter pára-raios do que ter um mal
dimensionado ou mal instalado".

 A região espacial de proteção é a zona protegida pelo pára-


raios, isto é, se o raio cair nessa zona, ele preferirá o caminho
através do pára-raios.
 O ângulo do cone que determina a região espacial de
proteção depende da altura e do grau de proteção
pretendido. A tabela a seguir mostra o ângulo de proteção
em função da altura da haste (h) e do grau de proteção.

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 A definição do método,
segundo a NBR 5419/2015
é:
“...volume de proteção
provido por um mastro é
definido pela forma de um
cone circular cujo vértice
está posicionado no eixo do
mastro, o ângulo α,
dependendo da classe do
SPDA, e a altura do mastro.”

 Outra questão que também entra em discussão, é a forma


regular do cone de proteção. Testes mais elaborados
mostram que o cone com as laterais curvas é mais adequado
à proteção. Exatamente como é proposto no Método
Eletrogeométrico.
 Ao se utilizar cone regular como zona espacial de proteção
contra descarga atmosférica, deve-se localizar e achar a
altura mínima da haste de Franklin, que proteja todo o
volume da estrutura. Por exemplo, a figura 13, mostra a altura
mínima da haste para a proteção de uma residência,
considerando um grau de proteção III.

Proteção com Haste de Franklin

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 Um condutor horizontal tem a


mesma eficiência que uma haste
da mesma altura que se desloca
ao longo do condutor. A figura 14
mostra um exemplo desta prática,
no qual é usado um condutor
horizontal fixo à duas hastes,
considerando um ângulo de
proteção de 45.

 Na prática, o condutor esticado adquire a forma de uma


catenária, dificultando a obtenção da zona espacial de
proteção

 Em casos em que a proteção por Franklin deva proteger


estruturas de alto risco, deve-se afastar o captor e os cabos de
descida no mínimo 2m das mesmas, além de usar o ângulo que
propicie maior proteção. Um exemplo é a proteção do depósito
de explosivos, cuja altura da ponta da haste de Franklin é
menor que 20m,
cujo ângulo é de 25 para
um grau de proteção I.

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 A proteção por pára-raios tipo


Franklin consiste em posicionar
uma ou mais hastes de modo
que o prédio protegido fique
dentro da zona espacial de
proteção.
 Esta proteção consiste da
interconexão dos elementos.

 Captor - que pode ser de uma só ponta ou em forma de bouquet;


 Conector - prende o cabo de descida ao captor;
 Haste de Sustentação - para elevar o captor na altura desejada;
 Espaçador - para manter o cabo de descida afastado da estrutura ou da
haste de sustentação;
 Braçadeira - para fixar o espaçador à haste de sustentação;
 Cabo de Descida - para interligar o captor ao sistema de aterramento;
 Isolador - pode ser de dois tipos: modelo industrial com classe de tensão
de 10kV ou tipo roldana usado na estrutura do espaçador;
 Aterramento - para produzir conexão com a terra;
 Tubo Protetor – feito de material não condutor, para evitar atos de
vandalismo e evitar tensão de toque direto com o cabo de descida;
 Cobertura de Conexão - de material emborrachado, para proteger a
conexão da corrosão.

 Captor é o elemento metálico que está no ponto mais alto da


estrutura.
 No captor se forma uma grande concentração de cargas
elétricas, produzindo um campo elétrico intenso, diminuindo a
rigidez dielétrica do ar, possibilitando a captação do raio. O
captor pode ter várias
pontas para distribuir o impacto
da descarga elétrica do raio.

Como as coisas
mudam ao longo dos
anos!!!

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 O cabo de descida tem a função de conduzir o raio desde o


captor até o sistema de aterramento. Esta condução deverá ser
feita de modo a não causar danos na estrutura protegida,
manter os potenciais a baixo do nível de segurança e não
produzir faiscamentos laterais com estruturas metálicas
vizinhas.
 O cabo de descida deve ser preferencialmente contínuo, mas
se não for possível deve ser utilizado emendas metalizadas,
como a solda ou brasagem.

 A bitola dos cabos de descidas deve ser no mínimo de 35mm 2


e para os cabos instalados em chaminé ou torre deve ser de
50mm2.
 Quando a corrente do raio flui pelo cabo de descida, é gerado
ao seu
redor um campo magnético
variável que induz tensão
nos materiais condutores
vizinhos.

 Para atenua as correntes induzidas nos materiais condutores


vizinhos, deve-se distribuir ao longo da edificação vários cabos
de descidas, com espaçamentos padronizados.

Cabos de Descida
Nível de Proteção Espaçamento Mínimo
I 10m
II 15m
III 20m
IV 25m

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 Os condutores de descida devem ser interconectados través


de condutores horizontais, de maneira a formar um anel,
próximo do nível do solo e a cada 20m de altura. Estes anéis
fazem com que durante a ocorrência de um raio os potenciais
ao longo dos cabos de descidas permaneçam no mesmo
nível.

 O espaçador é um dispositivo que já


muito utilizado com a finalidade de
manter o cabo de descida afastado da
estrutura (quando necessário) e
sustentar os cabos de descida.
 O espaçador consta basicamente de
uma armação metálica contendo um
isolador tipo roldana.

 O isolador de roldana do espaçador é um isolador simples, de


plástico ou porcelana. A parte metálica do espaçador, que
abraça o isolador de roldana, não deve formar um anel, isto é,
deve ser deixada uma folga.

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 Caso não seja deixada a folga, durante a passagem da


descarga atmosférica, será criada uma corrente neste anel e
por conseqüência será criado um novo campo magnético (a
partir da corrente que circula no anel), que fará oposição a
passagem da descarga.

 O tubo protetor é um cano de material não condutor que tem a


finalidade de proteger o cabo de descida de ação mecânica
voluntária ou involuntária, e evitar a possibilidade de tensão de
toque no instante da descarga do raio.

 O princípio básico da proteção pelo método da gaiola de


Faraday é utilizar os condutores de captura em forma de anel.

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 A gaiola de Faraday é formada por várias quadrículas de


condutores, ou sejam, anéis, que evitam a penetração do raio
para o interior da edificação.

 A proteção se dá porque as correntes induzidas nas


quadrículas, quando da ocorrência de uma descarga
atmosférica, criam campos magnéticos de oposição, levando o
raio para as extremidades da malha, obrigando-o a fluir pelos
cabos de descida.
 Quanto mais malhada for a gaiola, melhor a blindagem,
portanto, melhor a proteção. A proteção só será máxima
quando toda a gaiola for metálica, isto é, o prédio estiver
dentro de uma caixa metálica contínua.

 Como resultado de vários estudos, foi estabelecida a dimensão


dos espaçamentos dos condutores para diferentes graus de
proteção. Nesta proposta, os retículos da gaiola são quadrados,
isto é, formam quadrículas.

Quadrícula da Gaiola de Faraday


Nível de Proteção Espaçamento Mínimo
I 5m
II e III 10m e 15m
IV 20m

Locais como antenas de TV, rádio, antenas


parabólicas, letreiros luminosos, ou similares
deverão ser protegidos usando-se pára-raios de
Franklin

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 Recomenda-se utilizar em cada canto da edificação um cabo


de descida e nas laterais utilizar o mesmo critério empregar no
método de Franklin.

 Em estruturas extensas, para evitar a proteção por Franklin,


que formaria um verdadeiro “paliteiro”, recomenda-se usar
Gaiola de Faraday, conjugada com Franklin.
 Na malha superior da Gaiola de Faraday, os cabos das
cumieiras e do anel externo, deverão ser complementados com
pequenos captores de 30 a 50cm, distanciados de 1 ou 2m.

 O Método Eletrogeométrico, também conhecido como Método


das Esferas Rolantes ou Esferas Fictícias, é um método mais
apurado para a determinação da zona espacial de proteção do
sistema de proteção adotado.

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 A esfera rolante é a esfera obtida com o raio dado em função


do nível de proteção.

Nível de Proteção Raio da Esfera Rolante


I 20m
II 30m
III 45m
IV 60m

 É a região subentendida em torno da estrutura, na qual as


descargas elétricas que ali incidiriam, tenderiam a fluir para o
sistema de proteção. Ou seja, é a região realmente protegida.
 Esta zona protegida é a região em que a esfera rolante não
consegue tocar. A esfera é rolada sobre o solo e sobre o sistema
de proteção e a região em que ela não tocar é a zona protegida.
 A linha com traço cheio é o lugar geométrico do centro da esfera
rolante e a região limitada pela linha pontilhada é a zona
protegida. Qualquer estrutura ficará protegida se estiver
totalmente contida na zona de proteção. A esfera rolante não
poderá tocar na edificação

 A inspeção do SPDA é obrigatório e deve ocorrer em


períodos de 1 a 5 anos, dependendo do tipo de instalação a
ser protegida.

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 As ferragens do concreto armado


podem ser utilizadas como descidas
naturais, garantindo a continuidade
dos pilares verticalmente.
 Pode-se usar uma barra de aço
galvanizada a fogo adicional às
ferragens existentes, com a função
específica de garantir essa
continuidade desde o solo até o topo
do prédio.

Informação Agência Fapesp – 28/03/2012

 O Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto


Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) capturou pela primeira
vez imagens de raios ascendentes no Brasil. Em apenas vinte
minutos, quatro raios desse tipo, que tiveram início a partir de
uma das torres situadas sobre o Pico do Jaraguá, na cidade de
São Paulo, foram registrados. Segundo os pesquisadores, as
observações poderão contribuir para aperfeiçoar as normas
de proteção contra raios no país.

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 “Esta é a primeira comprovação de ocorrência de raios deste


tipo no Brasil", diz Marcelo Saba, pesquisador do Elat e
responsável pelas observações.
 Outra coisa que chamou a atenção foi o alto número de raios
para o pequeno intervalo de tempo. Para se ter uma ideia, no
Empire State Building, que tem mais de 100 metros de altura,
ocorrem em média 26 raios ascendentes por ano.

 A enorme maioria dos raios (99%) é nuvem solo, ou seja, se


originam nas nuvens e chegam ao chão. Apenas 1% é
ascendente - partem de algum ponto na superfície. Em
construções muito altas, essa proporção varia, e o número de
raios ascendentes pode superar os raios nuvem solo.

 Os raios ascendentes respondem a alterações ambientais


produzidas pela atividade humana e se originam em locais
muito altos, como torres de telecomunicação, ou para-raios de
edifícios.

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 Os pesquisadores afirmam que estudos poderão estimar qual a


frequência e quais as condições (como a altura das estruturas e
os tipos de nuvens e tempestades) para que o fenômeno
ocorra. A pesquisa também poderá aprimorar os sistemas de
detecção de descargas atmosféricas que monitoram a
incidência de raios no Brasil. Em alguns países, como o Japão,
raios ascendentes têm trazido grandes prejuízos quando
atingem turbinas de geração eólica.

 Não podemos esquecer do DPS, que foi visto no material


Anterior!

 Ele é um grande aliado na proteção aos danos causados por


Descargas Atmosféricas.

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