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regular aquele uso dos sistemas de computador como meio e como fim que
podem incidir nos bens jurídicos dos membros da sociedade, as relações
derivadas da criação, uso, modificação, alteração e reprodução dos software,
comercio eletrónico, e as relações humanas realizadas de maneira sui generis
nas redes , em redes ou via internet.
Natureza jurídica do Direito das Tics: Direito Público ou Direito Privado?
O Direito das tics, pela sua interferência e utilidade nos dois ramos direito, é
de se concluir que ele é um direito misto, pois regula situações de âmbito
publico e privado.
O direito das Tics tem uma estreita relação com o Direito Constitucional
porquanto a forma e manejamento da estrutura e órgãos fundamentais do
Estado, é matéria constitucional. Deve ser ressaltado que dito manejamento e
forma de controlar a estrutura e organização dos órgãos do Estado, se leva cabo
por meio da informática, colocando o Direito das Tics na berlinda, já que com o
devido uso que é dado a estes instrumentos informáticos, se levará a uma
idônea, eficaz e eficiente organização e controle destes entes.
Encontramos no art.48 da Constituição da República de Moçambique, “Todo
individuo tem liberdade de expressão, liberdade de imprensa, bem como direito
a informação. “
Com o Direito Penal
Nesta área podemos notar estreita relação entre o direito informático e o direito
penal, porque o direito penal regula as sanções para determinadas ações que
constituam violação de normas de direito e neste caso do Direito das tics, em
matéria de delito cibernético ou informático, então se poderia começar a falar
do Direito Penal Informático.
O contrato, por exemplo, pode ser definido como a espécie de negócio jurídico,
de natureza bilateral ou plurilateral, dependente, para sua formação, do encontro
da vontade das partes, que cria para ambas uma norma jurídica individual
reguladora de interesses privados. E Estes contratos são validos e aplicáveis na
áreas das tics.
Princípios norteadores
Princípios são aquelas linhas diretrizes ou postulados que inspiram o sentido das
normas e configuram a regulamentação das relações virtuais, conforme critérios
distintos dos que podem ser encontrados em outros ramos do direito.
Segundo Américo Plá Rodrigues princípios “são linhas diretrizes que informam
algumas normas e inspiram direta ou indiretamente uma série de soluções pelo
que, podem servir para promover e embasar a aprovação de novas normas,
orientar a interpretação das existentes e resolver os casos não previstos.
1. Regulação da internet,
2. Regulação dos conteúdos e responsabilidade dos
intermediários,
3. Crimes cibernéticos,
4. Privacidade e proteção de dados,
5. Vigilância e encriptação de dados,
6. Comércio eletrônico,
7. Nomes de domínio,
8. Direitos de autor e internet,
9. Direitos de propriedade intelectual sobre o software,
10. Licenças de software, software como serviço e
licenciamento livre e fontes abertas e
11. Software defeituoso.
.
A maior parte das categorias de Rowland se relaciona com a rede mundial de
computadores, a Internet (numerais 1 a 8). Três fazem referência aos programas
de computadores, ou software (numerais 9 a 11). Decerto, questões referentes a
dados (2 a 5) não são necessariamente vinculadas à internet, pois há outros
meios eletrônicos de reprodução, transmissão e distribuição. Não obstante, faz
sentido afirmar que as questões mais prementes do Direito digital dizem
respeito a Internet e software.
Caso se pretenda organizar a teoria do Direito digital partindo das temáticas
abordadas, este poderia ser definido como a regulação jurídica da criação,
processamento e distribuição eletrônica de dados digitais, abarcando (i) os
próprios dados e (ii) os meios técnicos relacionados (software e hardware), com
ênfase (iii) na sua transmissão em rede (Internet).
Tal definição, evidentemente, dá conta de abarcar os temas mais relevantes e
polêmicos identificados acima. Não parece suficiente, porém, para identificar
uma verdadeira unidade teórica ou prática. A própria revisão da temática relevante
mostra haver relação de cada aspecto específico com algum ramo tradicional do
Direito.
Aqui, novamente, a analogia com o Direito Ambiental é importante. Com efeito,
além de uma considerável concentração da regulação ambiental no campo do
Direito Administrativo, há uma reconhecida transversalidade que estende a
problemática e os princípios ambientais a todo o Ordenamento e prática efetiva.
Há, portanto, muito mais do que uma delimitação temática como “direito
relacionado aos ecossistemas” ou algo semelhante.
Ramos de actuacao do Direito das Tics nos ciências juridicas . Nesse sentido,
Andrew Murray (2010) indica cinco categorias:
1. Governança
2. Direitos de propriedade intelectual digital
3. Atividade criminosa
4. Comércio eletrônico
5. Privacidade
De fato, a listagem de Murray é mais sistemática e possibilita divisar interesses
específicos por trás de cada categoria, como o de usuários e reguladores da
internet, a da indústria dos conteúdos e o dos usuários individuais. Nesse
sentido, surge a possibilidade de identificar movimentos sociais.