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Teoria dos jogos, boa parte das ciências políticas – racionalidade instrumental. Presume a
racionalidade dos indivíduos para efeito da construção de um modelo explicativo. Atribui esse
comportamento aos atores. É um modelo ideal. O indivíduo identifica suas preferências, as
estratifica (há uma hierarquia de preferências que rege seu comportamento)> Avalia os custos
e as possibilidades de atingir seus interesses, bem como seus recursos que se dispõe e que se
está disposto a se desprender.
Se não presumir a racionalidade, não há como formar esse modelo de análise. É uma
simplificação da realidade.
Nem sempre a racionalidade apenas vai necessariamente gerar resultados ótimos. Depende
dos incentivos.
O antropólogo necessita de empatia, fazer parte, para poder elaborar representações mentais
dos diversos atores que participam de determinado contexto social.
Essa presunção da racionalidade instrumental dos Estados e de seu self-help não se sustenta.
Não é preciso de um paradigma definitivo – é útil, mas não é necessariamente a maneira mais
importante ou a única maneira. Pode-se valer das várias aproximações da realidade para se
construir sua análise. Claro que isso vai gerar mais debates e variáveis.
É mais eficiente no combate ao terrorismo você fazer uma divisão muito clara entre ‘label’
como terrorista ou como ato terrorista. O segundo permite uma amplitude de manobra muito
maior, incluindo abrindo espaço para o diálogo. Deve-se pagar pelos erros, mas categorizar
diretamente como terrorista inibe isso e é até perigoso. O Brasil age corretamente nesse
sentido, é mais inteligente. Deve-se desqualificar o ato, pois diminui o apelo à causa. Chamar
de terrorista pura e simplesmente chama a atenção e atinge os próprios interesses do
perpetuador do ato terrorista.
Há uma dimensão não material muito importante que o realismo não considera. Ele só não
basta para dar conta dessa realidade. Será que basta para os elementos mais importantes da
realidade? Para alguns pode ser.
Para os construtivistas, sempre haverá um viés e uma tomada de posição em matéria do que
move os agentes. Sempre haverá um ponto de vista. Só o fato de escolher tratar de certa
realidade social já diz respeito a uma escolha e um viés.
Métodos não são melhores ou piores, apenas distintos. Chamar apenas de ferramentas é
muito reducionista.