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REGÊNCIA NOMINAL e

VERBAL

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REGÊNCIA NOMINAL
É aquela em que o nome (substantivo ou adjetivo) pede um complemento nominal com preposição
adequada. Esta preposição que introduz o complemento é que determina a regência nominal.

Ex.1: Tenha amor a seus livros.

Obs.: Quem tem amor, tem amor a que?

Ex.2: Meu amor por vocês é enorme.

Obs.: Quem tem amor, tem amor por quem?

Ex.3: Marcela morria de amores pelo Xavier.

Obs.: Quem morre de amores morre de amores por quem?

*Preposições mais usadas: a, de, com, por, para, pelo.

* Eis aí uma série de nomes e preposições aceitas por eles:

Acessível a

Acostumado a ou com

Alheio a

Alusão a

Ansioso por

Atenção a ou para

Atento a ou em

Benéfico a

Compatível com

Cuidadoso com

Desacostumado a ou com

Desatento a

Desfavorável a

Desrespeito a

Estranho a

Favorável a

Fiel a

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Grato a

Hábil em

Habituado a

Inacessível a

Indeciso em

Invasão de

Junto a ou de

Leal a

Maior de

Morador em

Natural de

Necessário a

Necessidade de

Nocivo a

Ódio a ou contra

Odioso a ou para

Posterior a

Preferência a ou por

Preferível a

Prejudicial a

Próprio de ou para

Próximo a ou de

Querido de ou por

Residente em

Respeito a ou por

Sensível a

Simpatia por

Simpático a
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Útil a ou para

Versado em

REGÊNCIA VERBAL
É aquela em que o verbo pede complemento com ou sem preposição. Voltamos à transitividade e avaliamos
a regência do verbo dado em questão. Sabemos que um verbo, às vezes, pode apresentar mais de uma
regência.

Ex.1: Precisamos de alimento.

Obs.1: Nunca esquecerei os favores que fez. / Nunca esquecerei dos favores que me fez.

Obs.2: O policial visou o alvo e atirou. / Ele visava a uma boa colocação na firma.

(Visar: mirar / pretender ou desejar)

PATICULARIDADES DE PROVA:

Ex.1: A beldade abdicou em 1831.

A beldade abdicou o seu título de rainha.

Regra: O verbo abdicar apresenta duas regências. No 1º contexto, aparece como sendo VI e pedindo
preposição após ele. Já no 2º contexto, aparece como sendo VTD e não exige preposição.

Ex.2: A canção agradou ao público.

Regra: O verbo agradar, em qualquer contexto, é considerado VTI. Quem agrada, agrada a alguém.

Ex.3: Antônio ajudava o pai.

Regra: O verbo ajudar sempre é considerado VTD de acordo com a regência.

Ex.4: Ninguém alude a esse triste episódio.

Regra: O verbo aludir sempre é VTI.

Ex.5: O cansaço ansiava-o.

Ansiou por ir ao seu encontro.

Regra: O verbo ansiar possui duas regências. No primeiro contexto, ele acontece com sentido de “angustiar”
sendo VTD. Já no segundo exemplo, acontece com sentido de “desejar” sendo VTI.

Ex.6: Calisto aspirou o aroma das flores.

Ele aspirava a altos cargos.

Regra: O verbo aspirar, no primeiro contexto, é VTD uma vez que tem sentido de “tragar”. Já no segundo, é
VTI tendo sentido de “almejar” e pedindo preposição.
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Ex.7: O médico assiste o doente.

Populares assistiram à cena.

Nós assistimos em Ipatinga.

Regra: O verbo assistir no primeiro exemplo tem sentido de “ajudar”, então, é VTD. No segundo exemplo,
tem sentido de “ver”, então, é VTI pedindo preposição.

Ex.8: O diretor atendeu o aluno.

Não atendera aos amigos hoje.

Atenda ao que lhe digo.

Regra: O verbo atender pode ter três regências. No primeiro caso é VTD. No segundo, é VTI no sentido de
dar atenção, logo, pede preposição. No terceiro caso, é VTI no sentido de prestar atenção, logo, também
pede preposição.

Ex.9: As crianças amam seus brinquedos.

Amei demais e não fui correspondido.

Regra: O verbo amar pode ter duas regências. No primeiro caso é VTD. No segundo, é VI, pois acontece
depois dele um advérbio.

Ex.10: Não conseguindo resolver seus problemas, apelou para os pais.

Regra: O verbo apelar tem apenas uma regência sendo VTI.

Ex.11: O policial não atingiu o alvo.

Regra: O verbo atingir tem uma regência sendo VTD.

Ex.12: Nós chamamos os acionistas para uma reunião de emergência.

Obs.1: Chamaram – no (de) empregadinho.

Obs.2: Chamaram – lhe (de) empregadinho.

Regra: O verbo chamar no sentido de “convidar” é considerado bitransitivo (VTDI) no primeiro exemplo. Já
no segundo, é considerado VTD ou VTI.

Ex.13: Cheguei à escola.

Regra: O verbo chegar sempre é VI de acordo com a regência.

Ex.14: O futuro da nossa empresa consiste em honestidade.

Regra: O verbo consistir é sempre VTI na regência e pede a preposição “em”.

Ex.15: Custou à mamãe acreditar naquele terrível acidente.

O trabalho custou-nos muita atenção. (acarretar)


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Regra: O verbo custar no primeiro exemplo é VTI no sentido de “ser custoso”. No segundo exemplo, com
sentido de “acarretar”, é VTDI.

Ex.16: Contenta-se com pouca coisa.

Regra: O verbo contentar só pode atuar na regência sendo VTI pedindo a preposição “com”.

Ex.17: Ensino a dança ao João.

Regra: Quem ensina, ensina o que e a alguém. A regência do verbo ensinar é VTDI. Pode também, em
algum contexto, ser VTD ou somente VTI.

Ex.18: De noite, entretinha-se a ouvir música.

Regra: O verbo entreter se classifica sempre como sendo VTI.

Ex.19: Esqueci o nome dele.

Esqueci-me do nome dele.

Regra: O verbo esquecer possui duas regências. Uma sendo VTD sem pronome após o verbo e outra sendo
VTI com pronome após o verbo.

Ex.20: O desrespeito às leis implica graves conseqüências.

Falsos amigos implicaram o jornalista em tudo.

Ele implicava com todo mundo.

Regra: O verbo implicar requer atenção por possuir três regências. A primeira, sendo VTD com sentido de
“resultar”. A “segunda, com sentido de “colocar” VTD e a terceira, com sentido de “causar rixa” VTI.

Ex.21: Informou os colegas de seus problemas.

Informou aos colegas os seus problemas.

Regra: O verbo informar é bitransitivo ou VTDI na regência.

Ex.22: Fui à escola.

Fui para Salvador.

Regra: O verbo ir é VI na regência

Ex.23: João namorou Clara durante cinco anos.

Regra: O verbo namorar sempre é VTD na regência.

Ex.24: Os filhos obedecem aos pais.

Regra: O verbo obedecer e desobedecer sem será VTI.

Ex.25: Vou pagar o livro.

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Papai perdoou suas falhas.

Vou pagar ao dentista.

Vou perdoar aos meninos.

Regra: O verbo pagar e perdoar são VTD quando se refere à coisa. Já, referindo-se a pessoa é VTI.

Ex.26: O repórter não precisou o local do acidente. (marcar com precisão)

Eu preciso de silêncio.

Regra: O verbo precisar com sentido de “marcar com precisão” é VTD. Já, com sentido de “necessitar” é
VTI na regência.

Ex.27: Prefiro vinho a Uísque.

Prefiro o vinho à cerveja.

Regra: O verbo preferir é sempre VTDI na regência.

Ex.28: Ele presidiu a Câmara dos Deputados.

Ele presidiu à Câmara dos Deputados.

Regra: O verbo presidir ora pode ser VTD ora VTI na regência.

Ex.29: Quero uma boa casa para morar. (desejar)

Quero bem ao Bruno. (gostar)

Regra: Com sentido de “desejar” é VTD. Já, com sentido de “gostar” é VTI.

Ex.30: Simpatizo com Luísa. (com)

Regra: Simpatizar / Antipatizar é sempre VTI e pede preposição “com”.

Ex.31: O atirador visou o alvo. (apontar, passar visto)

Sempre visei ao seu bem. (pretender / desejar)

Regra: No sentido de “apontar ou passar visto”, o verbo visar é VTD. Já, no sentido de “pretender” é VTI.

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