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PLANO DE ENSINO
1. EMENTA
A constituição do patrimônio cultural como campo disciplinar e profissional. Ações e instituições de
preservação do patrimônio cultural no Brasil. Recomendações internacionais e legislação nacional: a
abrangência do conceito de patrimônio cultural e a importância atribuída às ações para sua difusão. Projetos
culturais e conhecimento histórico. Ensino de História e patrimônio cultural: estudos de caso. Oficinas
temáticas e experiências práticas de ações de educação para o patrimônio.
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Criar condições para que os/as futuros/as profissionais de História possam desenvolver, em suas
atividades, articulações entre o conhecimento histórico e as questões relacionadas ao campo do patrimônio
cultural, em especial aquelas relacionadas à constituição do campo patrimonial, às normas e dispositivos
legais que o regem e aos procedimentos usualmente adotados para sua difusão, de modo a oferecer
contribuições específicas, como historiadores/as.
5. METODOLOGIA
Aulas expositivas dialogadas, tendo como referência estudos sobre os temas abordados na disciplina;
oficinas.
No decorrer das aulas serão utilizados equipamentos de apoio como microcomputador e projetor (datashow).
Caso haja possibilidade de participação de toda a turma, será realizado ao menos um trabalho de campo
(caminhada no centro da cidade, provavelmente em um sábado).
7. AVALIAÇÃO
ATIVIDADE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PESO
Presença nas oficinas 1) Presença efetiva, ao longo das duas aulas de realização de 20%
cada oficina; 2) Participação efetiva na discussão e
Como se trata de uma disciplina com
realização da oficina, em colaboração com os colegas.
componentes práticos obrigatórios,
uma parte substancial das aulas será
realizada na forma de oficinas. Estão
previstas 20 (vinte) oficinas, de 2 h/a
cada, a partir de setembro.
Elaboração de projeto de ação 1) Pertinência do projeto frente às discussões da disciplina; 40%
educativa com foco no patrimônio 2) Mobilização de conhecimento histórico na elaboração da
cultural. proposta; 3) Adequação da proposta ao público-alvo; 4)
Precisão da redação e consistência da argumentação; 5)
A ser elaborado em grupo.
Apresentação de uma estrutura que contemple: título;
Data prevista de entrega: descrição da proposta; objetivos; procedimentos
19 de outubro. metodológicos; equipe envolvida; cronograma; orçamento;
referências bibliográficas. Mesmas especificações formais do
comentário, com mínimo de 5 (cinco) páginas e máximo de 10
(dez).
Elaboração de ação educativa de 1) Pertinência da ação proposta frente às discussões da 40%
difusão do patrimônio cultural de disciplina; 2) Adequação do conhecimento histórico
Santa Catarina: roteiro de visitação mobilizado na elaboração do roteiro, tendo também em
a um município ou região vista o público-alvo; 3) Precisão da redação; 4) Consistência
catarinense da argumentação e das informações contidas no roteiro; 5)
Apresentação de uma estrutura que contemple, no mínimo:
A ser elaborado individualmente.
título; identificação do local ou da região a visitar; aspectos
Tomará como base os dados
históricos a explorar na visita, com base em bens culturais
disponíveis no sítio eletrônico do
patrimonializados selecionados; mapa de localização dos
projeto Rede SPECULA.
pontos do roteiro; breve descrição de cada ponto. Mesmas
Data de entrega: 30 de novembro. especificações formais do comentário, com mínimo de 5
(cinco) páginas e máximo de 10 (dez).
Obs.: As datas de realização das atividades de avaliação poderão ser alteradas, bem como as características das
avaliações, desde que isso seja devidamente discutido e formalizado por docente e discentes.
8. BIBLIOGRAFIA
8.1. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Textos de referência das aulas (para leitura e discussão em sala):
1. MENESES, U. T. B. de. O campo do patrimônio cultural: uma revisão de premissas. In: IPHAN. Anais
do I Fórum Nacional do Patrimônio Cultural. Brasília: IPHAN, 2012. v.1, p. 24-39.
2. RUBINO, S. O mapa do Brasil passado. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio
de Janeiro, n. 24, p. 97-105, 1996. [Disponível na Internet]
3. SANTOS, M. V. M. Nasce a Academia SPHAN. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, Rio de Janeiro, n. 24, p. 77-95, 1996. [Disponível na Internet]
4. CHUVA, M. Por uma história da noção de patrimônio cultural no Brasil. Revista do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 34, p. 147-165, 2012. [Disponível na Internet]
5. GONÇALVES, J. Figuras de valor: patrimônio cultural em Santa Catarina. Itajaí, SC: Casa Aberta,
2016. p. 9-181.
6. HORTA, M. de L. P., GRUNBERG, E., MONTEIRO, A.Q. 3 ed. Guia básico de educação patrimonial.
Brasília: IPHAN, Rio de Janeiro: Museu Imperial, 2006.
7. FLORÊNCIO, S. et al. (Orgs.). Educação patrimonial: histórico, conceitos e processos. Brasília:
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8. MATOZZI, I. Currículo de História e Educação para o Patrimônio. Educação em Revista, Belo
Horizonte, n. 47, p. 135-155, 2008.
9. GALZERANI, M. C. B. Práticas de ensino em projeto de educação patrimonial: a produção de saberes
educacionais. Pro-Posições, v. 24, n. 1(70), p. 93-107, jan-abr.2013.
10. GONÇALVES, J. Da educação do público à participação cidadã: sobre ações educativas e patrimônio
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