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ASPECTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS DO ENSINO

PROFA. LUCIENNE DORNELES

ATIVIDADE EM GRUPO - DIA 06/SETEMBRO

1 – Escolher um grupo de no máximo 4 pessoas (serão 8 grupos na sala)


para dar uma aula para os colegas na sala de aula em novembro (esta aula
vale 40% da nota final)
2 – Escolher um dos seguimentos da escola para dar essa aula de
arte/música (teremos 2 grupos de cada, se mais de dois grupos escolherem o
mesmo, faremos sorteio):
a) Educação infantil - escolher a idade: 3, 4 ou 5 anos
b) Ensino Fundamental (anos iniciais / 1º ao 5º ano) – escolher a série
c) Ensino Fundamental (anos finais / 6º ao 9º ano) – escolher a série
d) Ensino Médio – escolher o ano

3 – Escolher uma das competências abaixo para desenvolver na aula que


vão dar para os colegas (ANOTAR NO QUADRO LOGO ABAIXO):

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ARTE PARA O ENSINO


FUNDAMENTAL - BNCC
1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções
artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das
comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos
tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural,
histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as
diversidades.
2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas
integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de
informação e comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições
particulares de produção, na prática de cada linguagem e nas suas
articulações.
3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais – especialmente
aquelas manifestas na arte e nas culturas que constituem a identidade
brasileira –, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando- -as
nas criações em Arte.
4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação,
ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.
5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação
artística.
6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo,
compreendendo, de forma crítica e problematizadora, modos de produção e de
circulação da arte na sociedade.
7. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas,
tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções, intervenções e
apresentações artísticas.
8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e
colaborativo nas artes.
9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e
imaterial, com suas histórias e diferentes visões de mundo.

TURMA ESCOLHIDA PARA DAR A AULA: Ensino Fundamental (anos


finais / 6º ao 9º ano)
NÚMERO DA COMPETÊNCIA ESCOLHIDA: 3
MEMBROS DO GRUPO
1- Ronald Pinaya A. 3- Ademilson dos santos oliveira
2- Arturo Hiroki Velásquez Flores 4- Yuri Natan Martins

4 – Ler o texto abaixo e responder as perguntas:

TEXTO: O caso de Nancy1

Uma professora veterana de inglês, de 25 anos, Nancy, foi tema de um


estudo contínuo de professores experientes que estivemos conduzindo. A sala
estava aproximando-se do final da segunda semana de uma unidade sobre
Moby Dick. A observadora tinha ficado muito impressionada com a
profundidade do entendimento de Nancy com relação a este livro e, com sua
habilidade como pedagoga, uma vez que ela documentou como Nancy havia
ajudado um grupo de alunos de segundo grau da Califórnia a compreender as
muitas facetas de tal obra de arte. Nancy era uma professora altamente ativa,
cujo estilo empregava interação substancial com seus alunos em sala de aula,
por meio de testes orais e discussões ilimitadas sobre o tema. Ela era como
uma regente de uma sinfonia, formulando perguntas, providenciando pontos de

1
Tradução livre. Fonte: SHULMAN, L. S. Knowledge and teaching: foundations of the New Reform.
SHULMAN, L. S. The Wisdom of practice: essays on teaching, learning, and learning to teach. San
Francisco: Jossey-bass, 1994.
vista alternativos, instigando os mais tímidos enquanto continha os mais
impetuosos. Não acontecia muita coisa em sala de aula que não passasse por
Nancy, cujo passo e ordem, estrutura e exposição, controlava os ritmos da vida
em sala de aula.

Nancy caracterizou seu treinamento de literatura em termos do modelo


teórico geral que ela empregou. Basicamente, eu separo os níveis de leitura
em quatro:

O Nível 1 é simplesmente tradução... É o entendimento do sentido


literal, denotativo e, freqüentemente para os alunos, isso significa procurar um
dicionário.

O Nível 2 é o sentido conotativo e, novamente, você está ainda


buscando palavras... O que isto significa? ... O que isto quer dizer-nos com
relação ao personagem? ... Nós observamos A Letra Escarlate. Nathaniel
Hawthorne descreveu uma roseira em seu primeiro capítulo. O nível literal é: O
que é uma roseira? Mais importante, o que sugere uma roseira, o que vem à
sua mente quando você a vê?

O Nível 3 é o nível da interpretação... É a implicação dos níveis 1 e 2.


Se o autor está usando um símbolo, o que ele nos diz com relação à sua visão
da vida? Em Moby Dick, o primeiro exemplo usado em sala de aula, foram as
botas. As botas seriam o nível literal. O que significa quando ele entra debaixo
da cama? E os alunos diriam que ele está tentando esconder algo. O Nível 3
seria o que Melville diz sobre a natureza humana? Qual é a implicação disto? O
que isso nos diz com relação a este personagem?

O Nível 4 é o que eu chamo de aplicação e avaliação e eu tento, uma


vez que leciono literatura, levar meus alunos ao Nível 4 e assim eles chegam à
literatura e em como ela faz sentido para suas próprias vidas. Onde veríamos
este evento acontecendo em nossa sociedade? Como as pessoas que nós
conhecemos comportar-se-iam se estivessem fazendo o que estes
personagens estão fazendo? Como essa parte da literatura é similar às nossas
experiências comuns como seres humanos? ... Assim, minha visão da leitura é
basicamente a de levá-los do literal da página a fazer com que isso tenha
algum significado em suas vidas. No ensino da literatura, eu sempre trabalho
dentro e fora destes níveis.
Nancy empregou esta estrutura conceitual em seu ensino, usando-a
para guiar sua própria seqüência de material e formulação de perguntas. Ela
ensinou a estrutura explicitamente aos seus alunos pelo período de um
semestre, ajudando-os a empregá-la como um sistema de andaimes para
organizar seu próprio estudo de textos, para monitorar seu próprio
pensamento. Embora, como professora, tenha mantido rígido controle do
discurso da sala de aula, seus objetivos de ensino eram os de liberar a mente
de seus alunos através da capacidade de pensar e, eventualmente usar seus
formidáveis trabalhos de literatura para iluminar suas próprias vidas. Qualquer
que fosse o trabalho que estivesse ensinando, ela entendia como organizá-lo,
estruturava-o para o ensino, separava-o apropriadamente para tarefas e para
atividades. Ela parecia possuir um índice mental para estes livros que havia
ensinado com tanta freqüência - O distintivo vermelho da coragem, A letra
escarlate – com episódios-chaves organizados em sua mente com diferentes
objetivos pedagógicos, diferentes níveis de dificuldade, diferentes tipos de
alunos, diferentes temas ou ênfases. Sua combinação de entendimento do
assunto-disciplina e da habilidade pedagógica era esplêndido.

Quando a observadora chegou a sala de aula em uma determinada


manhã, verificou que Nancy estava sentada à sua mesa, como de costume.
Mas seu cumprimento matinal não obteve resposta de Nancy, a não ser uma
careta e um movimento em direção a um bloco de notas sobre sua mesa. “Eu
estou com laringite hoje e não vou poder falar muito alto”, dizia a nota. E além
do mais, parecia que ela estava lutando contra uma gripe, pois aparentava
estar com pouca energia. Para uma professora que conduzia sua classe pela
potência de sua voz e por seus modos, esta era certamente uma condição que
lhe causava impedimentos. Ou não?

Usando uma combinação de notas escritas e sussurros, ela dividiu a


classe em pequenos grupos, por fileiras, uma técnica que já havia utilizado
duas vezes no transcorrer desta mesma unidade. A cada grupo foi dado um
personagem que tinha um papel importante nos primeiros capítulos do livro e,
esperava-se que cada grupo respondesse a uma série de perguntas sobre o
personagem dado. Um tempo enorme foi usado ao final do período para a
representação de cada um dos grupos para toda a classe. Mais uma vez, a
aula fluiu livremente e o assunto da aula foi tratado com cuidado. Mas o estilo
havia mudado radicalmente, uma tecnologia absolutamente diferente de ensino
foi empregada, e ainda assim os alunos foram motivados e o aprendizado
ocorreu.

Há muitos outros exemplos do estilo flexível de Nancy, adaptados às


características dos alunos, às complexidades do assunto a ser estudado e às
suas próprias condições físicas. Quando os alunos experimentavam sérios
problemas com um texto em particular, ela, conscientemente, permanecia nos
patamares inferiores do estágio da leitura, ajudando os alunos com o
significado conotativo e denotativo, à medida que enfatizava um pouco menos
a interpretação literária.

Quando estava ensinando Huck Finn, um livro que ela verificou ser
menos difícil do que Moby Dick, seu estilo novamente mudou. Ela deu maior
autonomia aos alunos e não conduziu a classe tão diretamente. Com o livro
Huck Finn ela, posteriormente, abandonou a cena e deixou que seus alunos
ensinassem uns aos outros. Ela fez com que seus alunos trabalhassem de
forma independente, em 8 grupos de multi-habilidades, sendo que cada grupo
tratou de um dos 8 temas: hipocrisia; sorte e superstição; cobiça e
materialismo; idéias românticas e fantasia; religião e a Bíblia; classe social e
costumes; família, racismo e preconceito; liberdade e consciência. Houve
apenas duas verificações de leitura logo no início e somente dois turnos de
relatórios.

A medida que os grupos foram evoluindo, Nancy sentou-se ao fundo da


sala de aula e somente interagiu com os alunos quando foi requisitada e
durante a apresentação do grupo. Assim, o modelo de instrução de Nancy e
seu estilo de ensinar, não é considerado muito simples, uniforme ou previsível.
Ela, flexivelmente, responde às dificuldades e às características da disciplina, à
capacidade dos alunos (que pode ser modificada no decorrer de um simples
curso), e aos seus objetivos educacionais. Ela sabe não somente conduzir
sua orquestra do pódio, mas sabe sentar-se lá atrás e assisti-la, com
virtuosismo próprio.

A respeito do texto responda:


1) Os princípios da didática da Pedagogia das Competências e Habilidades
estão presentes no trabalho de Nancy? Justifique a resposta destacando
quais princípios seriam estes.

R: Sim ela baseava seus ensinos em quatro nível de ensino a qual leva
os alunos ter uma compreensão melhor dos textos denotativo e
conotativo levando a cada um deles a ter uma clara interpretação do
assunto.

2) Marque, de acordo com o texto, a(s) alternativa(s) que mostra(m) os


aspectos da metodologia de Nancy que estão relacionados com as concepções
atuais de ensino-aprendizagem.
a) Altamente ativa, cujo estilo empregava interação substancial com seus
alunos em sala de aula, por meio de testes orais e discussões ilimitadas
sobre o tema.
b) Formula perguntas, providencia pontos de vista alternativos, instiga os
mais tímidos enquanto contém os mais impetuosos.
c) seus objetivos de ensino são os de liberar a mente de seus alunos
através da capacidade de pensar e, eventualmente usa seus formidáveis
trabalhos de literatura para iluminar suas próprias vidas.
d) tem diferentes objetivos pedagógicos, trabalha com diferentes níveis de
dificuldade, diferentes tipos de alunos, diferentes temas ou ênfases.
e) Senta-se ao fundo da sala de aula e somente interage com os alunos
quando é requisitada durante a apresentação do grupo, dando a eles a
oportunidade de falar.

3) Pesquise o que é taxionomia de Bloom, e identifique no trabalho de Nancy o


uso dessa Taxionomia, descrevendo como ela procura estimular todos os
níveis cognitivos dos alunos.

TEMA DA AULA DE NANCY: Literatura (Texto de Moby Dick)


NÍVEL FÁCIL OS ALUNOS TEM UMA CLARA COMPRENCAO DOS TEXOS, ELES CONSEGUIR
ENTEDER O SIGUINIFICA DE CADA PALAVRAS LEVANDO A ENTEDER CLARAMENTE A
Entender
COMPRENCAO DO TEXTO APRESENTADO
Conhecer

Definir

NÍVEL MÉDIO Os próximos dois níveis executados por Nancy trabalham juntos no sentido
conotativo e denotativo, embora ela use o sentido conotativo, ela
Interpretar
consequentemente usa o sentido denotativo. Ela apresenta suas aulas aplicando a
Relacionar interpretação pragmática, algo que permanece em funcionamento tal como é
entendido
Aplicar

NÍVEL DIFÍCIL O último nível que Nancy apresenta é onde ela trabalha com as formas mais
figurativas e abstratas da literatura, que é a interpretação do texto, possivelmente
Avaliar
ela tem uma avaliação do desempenho dos alunos no texto, o objetivo final de
Aplicar Nancy é que a os alunos entendem sua função da literatura e sua aplicação
filosófica e prática

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