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O MUNDO IMAGINÁRIO MIDIÁTICO, COMO PROPULSOR DO EXCESSO

DE POSITIVIDADE.

Como cediço, no começo do século, fomos alertado que seria uma


época de apogeu de doenças da mente, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), a depressão dentre outras, são doenças do século XXI, com
prevalência anual na população em geral de 3% a 11%.
Neste pequeno pedaço de trecho, como atividade avaliativa, vamos
abordar, as nuances causadoras dessas patologias, com ênfase na
contemporaneidade, elencando os gatilhos propulsores, as forças capitalistas,
apropropriadores de toda e qualquer demanda geradora de renda, sem
escrúpulo algum, lembrando Karl Marx, “o capitalismo na sua forma mais
brutal”.
Adentrando, na esfera da religião, apoiadora desse excesso de
possitividade, como meio oportuno de auferimento de renda, por intermédio da
fragilidade humana, todos estes argumentos, sendo suscitados de forma
racional e reflexiva filosofica.
No mesmo norte, o primeiro ponto a ser abordado é o poder midiático,
como chancela, a priori, dessa positividade vendida aos jovens, tais como os
“Coachs”, sendo este um profissional que ajuda pessoas, por meio de
orientação, conselhos e treinamento para atingir um objetivo pessoal ou
profissional.
Esta nova modalidade de auto ajuda, que em sintese exerce uma função
maléfica, aje de forma horrenda propagando a felicidade, como se ela fosse
um construto final de uma série de eventos por ele ensinado.
Em palavras de, Mario Sergio Cortela, a “felicidade é uma ocorrência
eventual”, isto é, não é de forma contínua a ocorrência da emoção da felicidae
em nossa vida, podemos em instantes estarmos felizes, e em momento
posterior ocorrer a tristeza, desta forma ocasionando um círculo comum na
vida.
Em verdade, inexiste a felicidade perene, vendida de maneira arbitrária,
assim, alterando o estado emocional, atingindo a saúde do individuo, quando
não a consegue.
Somando a isso, resalta-se, o papel de alguns grupos ditos religiosos, e
em suas exaltações da prosperidade, como forma de demonstrar a bonança
ocorrida na vida mediante acumulos de bens, como exemplo, a evidente
propagação da teoria da prosperidade existente no âmbitos das igrejas, com a
seguinte narrativa: “doe seu fusca, para ter uma ferrari”.
Todos estes pontos, é evidenciado como núcleo da anuência da teoria
Calvinista, em especifico a Teoria da Predestinação, segundo a qual afirma que
a salvação e a condenação já foram estabelecidas por Deus antes da criação.

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A morte de Jesus Cristo não foi a salvação para todos, mas apenas para os
eleitos, sendo estes eleitos, aquele detentores de bens ou riquezas.
No mesmo norte, aquele indivíduo não detentor de património, era
fadado ao fracasso de berço, somente aqueles com riquezas, repita-se,
herdarão o reino dos céus.
É neste liame, elencando os desejos costumeiros, corroborando
Marilene Chauí, como de forma invertida, observa-se a apropriação de
pensamentos e construções de caminhos obscuros na sociedade
contemporânea pelo mercado, sendo aqui usado a filosofia, como filtro para
conseguimros identificar valores e fatores implicitos no nosso cotidiano, para
não chegarmos em um futuro temído.

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