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Compatibilidade e Interferência Eletromagnética

Introdução à compatibilidade eletromagnética

Unidade 1 - Seção 2

Nesta webaula conheceremos os mecanismos de regulação com base na compatibilidade eletromagnética.

A principal preocupação relacionada com a compatibilidade eletromagnética até década de 1980 estava associada a
emissões na forma conduzida ou radiada por equipamentos eletroeletrônicos. 

Fonte: iStock.

Após a década de 1990, a atenção sobre a imunidade eletromagnética começa a ganhar força e resulta num esforço
de agências de regulação para estipular requisitos normativos, estabelecer procedimentos de testes e emitir
certificados de
conformidade (MORGAN, 1994). Assim sendo, o novo conceito de compatibilidade eletromagnética
contempla tanto a habilidade de um equipamento eletrônico operar quanto de não ser fonte de interferência em um
ambiente eletromagnético.

Atualmente, não há uma centralização na regulamentação da compatibilidade eletromagnética, mas um esforço


conjunto de vários organismos mundiais. Dentre vários, os mais importantes deles são: 

• International Eletrotechnical Comission (IEC)

• International Organization for Standardization (ISO)

• Comité International Spécial des Perturbations Radioélectrique (CISPR)

• Comité Européen de Normalisation Electrotechnique (CENELEC)

• Food and Drug Administration (FDA)

• Federal Communications Commission (FCC) 

No geral, os critérios relacionados com a compatibilidade eletromagnética variam de um país para outro. 

No caso do Brasil, dois organismos são responsáveis pela regulação da compatibilidade eletromagnética: Agência

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Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). 

Saiba Mais

Recentemente, a Anatel foi responsável pelo o Ato nº 952 que entrou em vigor em 8 de fevereiro de 2018. O corpo
deste documento possui informações sobre requisitos técnicos de compatibilidade eletromagnética para avaliação
da conformidade
de produtos para telecomunicações. 

No final de 2017, motivada pelo fato da evolução frenética da tecnologia atual e o aumento da demanda por
equipamentos de telecomunicação, a Anatel publicou a resolução nº 686 (ANATEL, 2017). 

Esta revogou várias resoluções da agência, incluindo as resoluções nº 442 (ANATEL, 2006) e nº 237 (ANATEL,
2000). Estas resoluções são baseadas nos documentos da IEC, CISPR e o ITU-T, assim como várias nações da
América do Norte e
Europa o fazem.

A forma com que a Anatel garante a qualidade e a harmonização entre equipamentos é através da certificação.
Assim, um produto eletrônico pode ser comercializado legalmente após obter o certificado de conformidade
técnica. Isso
acontece após a conclusão do processo de homologação pela Anatel. 

Neste processo, há a criação de um número identificador gerado para o modelo do equipamento a ser
comercializado e que deve estar presente em todas as unidades, com identificação pelo selo da Anatel. Um produto
deve ser certificado pelo
critério da tecnologia, ou seja, se o produto opera com transmissão de rádio, Bluetooth ou
WiFi. Outros critérios considerados especificam componentes como cabos e conectores utilizados em
telecomunicações, como carregadores, baterias
e outros que têm essa relação. 

Existem três categorias definidas pela Anatel para classificar o produto:

Categoria I
Categoria II
Categoria III

Geralmente são aqueles destinados a usuários finais. Estes equipamentos têm uma vigência de certificação de um
ano. Produtos comuns desta categoria são: telefone celular (smartphones) e analógico, baterias de equipamentos
móveis,
alguns tipos de cabos, carregadores de equipamentos móveis ou modens.

Avaliações de equipamentos

Em uma visão mais geral, o Ato nº 952 estabelece aspectos para que equipamentos eletroeletrônicos funcionem
harmonicamente em um dado ambiente sem que gerem perturbações eletromagnéticas ou falhem por consequência
da interferência
de outras origens. 

Desta forma, os equipamentos são submetidos a avaliações de conformidade. As avaliações são divididas em três
grupos de ensaios: emissões de perturbação eletromagnética, imunidade a perturbações eletromagnéticas e
resistibilidade a
perturbações eletromagnéticas. 

Os requisitos de imunidade, emissão e resistibilidade são baseados na estrutura de documentos IEC, ITU-T e
CISPR que reflete sobre o assunto que lida com compatibilidade eletromagnética básica e os documentos
internacionais de
referência são listados na seção 2.1 do Ato nº 952 (ANATEL, 2018). As informações dos
documentos cobrem o problema de compatibilidade eletromagnética por completo, incluindo terminologia,
descrição do fenômeno eletromagnético
e o ambiente eletromagnético. Com relação ao ambiente
eletromagnético, as normas IEC descrevem técnicas de testes/medidas e instruções de implantação e
atenuação. 

O documento do Ato nº 952 também inclui recomendações para limites e procedimentos de testes baseados no
CISPR 11 (CISPR, 2015), CISPR 22 (CISPR, 2008) e CISPR 24 (CISPR, 2010). Estes são muito frequentemente
referenciados em padrões
de compatibilidade eletromagnética Europeia.

Os requisitos de resistibilidade se baseiam nos documentos da ITU Telecommunication Standardization Sector


(ITU-T). As referências são o ITU-T Rec. K.21 (ITU-R, 2017), ITU-T Rec. K.44 (ITU-R, 2017), ITU-T Rec. K.38
(ITU-R,
1997), e o ITU-T Rec. K.48 (ITU-R, 2006). 

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Nesta webaula, pudemos compreender como a questão da compatibilidade eletromagnética é influenciada pela


legislação internacional e brasileira no que diz respeito ao controle de qualidade e requisitos mínimos dos
equipamentos comercializados
no país.

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