Abuso sexual em crianças e adolescentes: Consequências e cuidados

Crianças e adolescentes são compreendidos como sujeitos vulneráveis, uma vez que
ainda estão em fase de desenvolvimento, e dependentes de um adulto, por isso, é
fundamental que recebam atenção integral para prevenir situações que possam gerar
consequências negativas. Mas quando, por algum motivo isso não ocorre, há inúmeras
situações que podem ser vivenciadas por elas, desde negligências a violências físicas,
psicológicas e sexuais.
Desse modo, o abuso sexual é caracterizado por todas as formas de atividades
sexuais com o objetivo de satisfazer sexualmente o agressor. Quando cometido em crianças
ou adolescentes é ainda mais grave, uma vez que elas ainda não têm condições
maturacionais e nem psicológicas para lidar com essa situação. Dessa forma, o abuso
descumpre com normas sociais, morais e legais na nossa sociedade.
E, quando a criança ou adolescente revela o abuso sexual, há de se entender alguns
aspectos que fazem diferença. O tempo que leva para uma revelação pode variar, por isso
é importante que não se exija que a criança fale sobre esse abuso antes que a mesma esteja
pronta para isso. Crianças mais novas, por exemplo, levam mais tempo para fazer essa
revelação, e pode ser considerado ainda mais difícil para ela quando esse abuso sexual
aconteceu de forma intrafamiliar. Esse tempo também pode aumentar levando em conta se
a criança/adolescente acreditava que seria punido de alguma forma caso a revelação
ocorresse.
As consequências do abuso sexual nas crianças/adolescentes são físicas,
emocionais, sexuais e sociais e são mais graves ainda quando o abuso é feito por pessoas
com as quais ela era próxima, o tempo pelo qual os abusos ocorreram, a ausência de figuras
de proteção e também as ameaças que essa criança sofreu.
Apesar das idades interferirem nas consequências que podem aparecer nas
crianças/adolescentes, há alguns aspectos em comum em todas as idades: pesadelos,
depressão, retraimento, distúrbios neuróticos, agressão e comportamento regressivo.
 É importante que os pais entendam que comportamentos sexuais inadequados
também são comuns em crianças abusadas, além da dificuldade em confiar em outras
pessoas.
Por fim, ao se tornarem pais, tendo conhecimento prévio das violências sofridas pelo
seu filho ou não, é dever garantir que o mesmo tenha acompanhamento não só médico, mas
também psicológico, para que a criança tenha a possibilidade de um ambiente seguro e
acolhedor para que lide com seus traumas, medos e essa nossa família.
Também faz-se fundamental educar às crianças e adolescentes para prevenção do
abuso sexual infantil, para que elas possam também se defender e denunciar mediante risco
ou abuso!

Fontes consultadas:
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http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0143.