O poema descreve a brutalidade da guerra, retratando os corpos humanos mutilados como "carne que sente" e "carne que sofre". A guerra transforma seres humanos vivos em "carnes de canhão", matando crianças, jovens e idosos indiscriminadamente. O poema questiona as justificativas para a guerra e defende que não há diferença entre a "carne" dos que fazem a guerra e das vítimas, concluindo que a guerra leva à morte de seres humanos que simplesmente querem
O poema descreve a brutalidade da guerra, retratando os corpos humanos mutilados como "carne que sente" e "carne que sofre". A guerra transforma seres humanos vivos em "carnes de canhão", matando crianças, jovens e idosos indiscriminadamente. O poema questiona as justificativas para a guerra e defende que não há diferença entre a "carne" dos que fazem a guerra e das vítimas, concluindo que a guerra leva à morte de seres humanos que simplesmente querem
O poema descreve a brutalidade da guerra, retratando os corpos humanos mutilados como "carne que sente" e "carne que sofre". A guerra transforma seres humanos vivos em "carnes de canhão", matando crianças, jovens e idosos indiscriminadamente. O poema questiona as justificativas para a guerra e defende que não há diferença entre a "carne" dos que fazem a guerra e das vítimas, concluindo que a guerra leva à morte de seres humanos que simplesmente querem
São olhos - narizes - braços e pernas - seios e sexos
vidas. Seres humanos. Para alguns, apenas pedaços de carne mas é carne que sente. Carne que sofre. Corpos que uma bomba reduz a nada e depois ficam na terra mutilados. Cheirando a morte.
Eram olhos que viam o sol e a lua.
Azuis? Castanhos? Narizes que aspiravam o perfume das matas. Bocas que beijavam e falava de amor. Braços que enlaçavam. pernas que caminhavam. Sexos que davam e recebiam prazer. cérebros e corações que pensavam Batiam. E gostavam de viver.
Agora. São apenas pedaços de carne ensanguentada Que começam a apodrecer E vão a enterrar.
Mas era carne que vivia. Corpos que sentiam.
Com sangue - veias - artérias - inteligência - livre arbítrio e opção Transformados em carne de canhão. É gente como nós que morre na guerra. Crianças que não entende nada de nada. Jovens. Muitos jovens, na plenitude da vida (nas guerras, são sempre os jovens que mais sofrem, Justamente aqueles que ainda que não viveram). Homens e mulheres que têm tudo para dar. E velhos e doentes Gente de carne e osso Milhares de seres humanos Com olhos - narizes - braços e pernas - seios e sexos.
Há explicação para a guerra?
Ferir - matar - torturar... Porque? Por ambição? Porque ter raiva e ódio de quem nem se conhece? Porque semear tristezas e destruição? Conheço as respostas mas não me dizem nada. Democracia - liberdade - honra - dever - patriotismo São palavras bonitas Mas não justificam transformar seres humanos Em carnes de canhão!
Apalpem-se, senhores que fazem a guerra,
E pensem É carne igual à vossa. Sensível. Macia. Carne que tem vida Transformada, por vossa causa, em carne retalhada Membros amputados e chagas sangrando. São mortes de corpos irreconhecíveis Uivando!
São milhares de seres humanos
Que não sabem sequer porque mataram ou morreram. Jogados como bichos, numa vala. Reduzidos a um número. A uma saudade. Ao nada.
Que posso fazer contra a guerra
Senão falar - gritar - escrever? Que posso eu, que não sou ninguém, Dizer em favor da paz? Apenas repetir, enquanto tiver forças, Não há carne de canhão Apenas seres humanos! Carne que sente. Carne que sofre. Gente quer viver E a guerra leva à morte.
PET Letras UFBA Desejo Que Você Cresça, Sem Pressa Ou Procrastinação Viva Cada Momento Da Vida Há Seu Tempo Saboreie, Ao Máximo, A Beleza de Cada Estação