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AUG.: RESP.: LOJ.: SIMB.

: ESTRELA DE URUARÁ Nº 60
1ª INSTRUÇÃO GRAU C.: M.:

Segundo consta, a palavra companheiro é de origem latina, o seu


significado tem provocado controvérsias quanto à sua etimologia, pois
alguns autores sustentam que ela seria derivada da preposição cum =
com e do verbo ativo e neutro pango = pregar, cravar, plantar, traçar
sobre a cera e ---no sentido figurado --- escrever, compor, celebrar, cantar,
prometer, contratar, confirmar. Neste caso, especificamente, pango teria
o sentido de contrato, promessa, confirmação, fazendo com que a
expressão cumpango --- que teria dado origem à palavra Companheiro ---
significa com contrato, com promessa, envolvendo um solene
compromisso, que teria orientado as atividades religiosas e
profissionais da Idade Média e do período renascentista. A origem mais
aceita, todavia, é outra: o termo Companheiro é derivado da
expressão cum panis, onde cum é a preposição com e panis é o
substantivo masculino pão, o que lhe dá o significado de
participantesdo mesmo pão. Isso dá a idéia de uma convivência tão
íntima e profunda entre duas ou mais pessoas, aponto destas
participarem de mesmo pão, para o seu nutrimento.
COMPANHEIRO MAÇOM Doutrinariamente, o grau de companheiro é o
mais legítimo grau maçônico, por mostrar o obreiro já totalmente
formado e aperfeiçoado, profissionalmente. Historicamente, é o grau
mais importante da Franco-Maçonaria, pois sempre representou o
ápice da escalada profissional, nas confrarias de artesãos ligados à
arte de construir, as quais floresceram na Idade Média e viriam a
ser conhecidas, nos tempos mais recentes, sob o rótulo de
“Maçonaria Operativa” , ou “Maçonaria de Ofício” . Na realidade, antes
do século XVIII havia apenas dois graus reconhecidos na Franco-
Maçonaria: Aprendiz e Companheiro. Na época anterior ao
desenvolvimento da Maçonaria dos Aceitos, ou Especulativa, o
Companheiro era um Aprendiz, que havia servido o tempo necessário
como tal e havia sido reconhecido como um oficial, um trabalhador
qualificado, autorizado a praticar seu ofício. Na Idade Média, quando
as construções e pedra eram comissionadas pela igreja, ou pelos
grandes reis, duques ou lords, a Maçonaria operativa era um
lucrativo negócio; ser reconhecido, portanto, como um Companheiro
pelos operários era um passaporte seguro para uma participação no
negócio e para uma renda praticamente garantida. Não se deve, todavia,
confundir o grau de Companheiro Maçom, ou Companheirismo com as
associações de companheiros , Compagnonnage -- surgida na Idade
Média, em função direta das atividades de Ordem dos Templários, e
existente até hoje, embora sem as mesmas finalidades da
organização original, como ocorre, também, com a Maçonaria. O
Compagnonnage foi criado porque os templários necessitavam, em suas
distantes comendadorias do Oriente, de trabalhadores cristãos; assim
organizaram-se de acordo com a sua própria doutrina, dando-lhes um
regulamento, chamado Dever. E esses trabalhadores construíam
formidáveis cidadelas no Oriente Médio e, lá, adquiriram os métodos
de trabalho herdados da Antigüidade, os quais lhes permitiram construir,
no Ocidente, as obras de arte, os edifícios públicos e os templos
góticos, que tanto têm maravilhado, esteticamente, a Humanidade.
PAINEL DO GRAU DE COMPANHEIRO - Entre todos os graus, o de comp.·.
conta com o maior número de Painéis, comparado com os demais Graus.
Apenas a título de exemplo, além do Painel simbólico do 2° Grau que é
objeto do nosso trabalho , podemos mencionar ainda outros como Painel
Alegórico (John Harris), o Painel da Loja de Comp.·., no qual estão
representadas as Sete Artes, as Ciências Liberais e as Cinco Nobres Ordens
de Arquitetura e o Painel Misto de 1745 que reúne as ferramentas
do aprendiz e companheiro. PAINEL MISTO Aproximadamente 264
anos, de acordo com as fontes históricas confiáveis, pode-se, pela
primeira vez, ver impresso nos livros do Abade Gabriel Luiz Calabre
Perau (1700-1767) o mais antigo Painel Maçônico. Este guardava
características peculiares, no entanto reunia símbolos e ferramentas
tanto de Aprendiz, como de Companheiro. Por este motivo, era
identificado como Painel Misto (Aprendiz-Companheiro) ou Conjugado, tal
como publicado no Livro de Revelações em 1745. A Ordem dos Franco
Maçons Traída). Este Painel já contava com a presença de: Est.·. Flam.·.,
Letra “G”, Trolha, Globo, Luminárias (Sol e Lua) e as Letras J e B. PAINEL
ALEGÓRICO – JOHN HARRIS Os painéis de Irm.: John Harris pintados em
1823 para o rito inglês, são até hoje usados sem destinção, por quase
todos os ritos. Nele observa-se A fonte de Água Corrente , a Espiga ,as
Duas Colunas, a escada em caracol e a camara do meio . Esse rito
tem características próprias com lendas e tradições diferentes e
divergentes de outros ritos.
SÍMBOLOS E INSTRUMENTOS DO PAINEL DO GRAU DE COMPANHEIROS
ESCADA DE SETE DEGRAUS - A escada de Jacob é uma alegoria de
origem bíblica, a qual nem sempre está presente no recinto da Loja,
a não ser no desenho do Painel. Todavia, algumas Lojas costumam
esculpir a escada na face frontal do altar , no Oriente. No topo da
escada há uma estrela de sete pontas. Símbolo da via ascendente,
em direção ao céu, a Escada de Jacob repousa, no painel, dito
alegórico, sobre o Livro das Sagradas Escrituras, tendo três, ou sete
degraus, sobre os quais repousam os símbolos das três virtudes
teológicas: a Cruz representando a Fé, a Âncora representando a
Esperança e o Graal representando a Caridade.
AS TRÊS JANELAS - A Loja do parendiz não recebe nenhuma luz do mundo
exterior, e lembra, por esse detalhe as criptas subterrâneas cavadas no
flanco das montanhas, os hipogeus do Egito ou da Índia.
A Loja do Companheiro, em contrapartida, está em comunicação
com o mundo exterior graças às três janelas.
As três janelas representam as 3 luzes de uma loja e estão representadas
no painel do grau de companheiro: a primeira a Oriente, a Segunda
ao Meio-Dia e a terceira a Ocidente, onde nenhuma janela se abre
para o Norte. O templo fica isolado do mundo profano e o Maçom não
deve sofrer nenhuma tentação para se tornar espectador do mesmo.
A CORDA COM NOVE NÓS - A corda é um emblema utilizado na
maçonaria, que tem várias interpretações, conforme os diversos ritos.
No painel do grau de companheiro há a representação de uma corda com
nove nós a qual está diretamente relacionada com a corda de oitenta
e um nós, pois, Oitenta e Um (81), é o quadrado de nove e nove que
por sua vez é o quadrado de três. A numerologia tem-se que três é o
numero Perfeito, de elevado valor Místico, simbolizando dentre muitas
verdade sagradas a União e a Fraternidade Maçônica no mundo. A corda
de OITENTA E UM NÓS tem correlação direta com a Orla Dentada, com o
Pavimento Mosaicos, com a Cadeia de União e com Romãs. E cada
um destes símbolos, vem reforçar o significado de que os Maçons são
unidos são partes integradas do UNIVERSO.
PAVIMENTO MOSAICO - O pavimento mosaico ,como uma tradição
maçônica é representado do Templo de Salomão , e formado por lajes
quadradas que se alternam nas cores branca e preta , formando um
tabuleiro de xadrez sendo a medida ideal de um paralelogramo cujo
comprimento seja o dobro da largura. Com seus quadrados brancos e
pretos simboliza a Harmonia dos contrários nos ensinando que
apesar do contraste e da diversidade de todas as cores da natureza
em tudo reside a mais perfeita Harmonia.
PRANCHA - A Prancha ou prancheta da Loja é um instrumento do
M.·.M.·., está localizada no alto e à direita do Painel do grau do
companheiro, sendo o símbolo da memória. A Prancha serve para guiar
os aprendizes no caminho justo , para atingirem o aperfeiçoamento nos
trabalhos da Arte Real. Na Prancha do Painel do Grau de Comp.·.,
estão traçadas as paralelas cruzadas, que lembram: o quadrado, a
matéria, o corpo físico, o limitado; e os ângulos opostos do vértice,
os quais por sua vez, lembram a tríade: o espírito, o ilimitado, o infinito.
O SOL E A LUA Sobre O Sol e a Lua muito poderia se dizer.
O Sol - está colocado à direita do Painel do Grau de Comp.·. Com sua
majestade, o Sol vem inspirando a humanidade desde seus
primórdios. O poder, a energia, a segurança, o fazer e o realizar que
a luz deste astro nos concede generosa e gratuitamente todos os dias,
lembra-nos do verdadeiro interesse do Maçom, que presta auxílio sem
esperar retorno ou humilhar o beneficiado.
A LUA - A Lua fica à esquerda do Painel e está coroada de nuvens.
Por um lado a Lua simboliza o princípio feminino, aquoso, frio e
úmido, por outro lado ela simboliza a constância, a regularidade, a
afeição, a obediência, a evolução, a luz moral. Logo o Sol e a Lua
que são figurados na Loja, significam que o Maçom jamais está nas
trevas e que seus raios devem refletir sobre aqueles que ainda se
conservam na escravidão.
O COMPASSO E O ESQUADRO - O Compasso e o Esquadro estão
colocados no centro do Painel do 2° Grau, sendo que as hastes que
formam o ângulo reto do Esquadro estão voltadas para a parte de
cima deste, tendo o Compasso voltado de forma oposta e com uma de
suas hastes sobre o Esquadro e a outra por atrás deste. Além do
simbolismo próprio de cada um destes instrumentos, o Compasso e
o esquadro Entrelaçados têm um significado muito particular, ou seja, ele
é usado como o emblema da Ordem Maçônica.
O ESQUADRO, O NÍVEL E O PRUMO - O Esquadro, o Nível e o Prumo,
tem seus simbolismos próprios, porém juntos no Painel do Grau de
Comp.·., eles também se revestem de um simbolismo particular. O Nível e
o Prumo estão colocados um ao lado do outro no Centro do painel e
abaixo do Esquadro.
O Nível - maçônico é um Triângulo no vértice do qual se acha um fio
a Prumo, que divide o Triângulo em dois Esquadros certos, isto é,
formando dois ângulos de 90°. O Nível é o símbolo da igualdade das
condições humanas e do nivelamento das desigualdades arbitrárias e nos
faz lembrar que ninguém entre nós deve dominar os outros.
O Prumo - é um pedaço de chumbo suspenso por um cordel. Serve
para comprovar que um objeto está colocado ou não
perpendicularmente ao horizonte, ou seja revela a desigualdade. O
fio a Prumo simboliza a atração e a Retidão que deve resplandecer
em todos os juízos de um bom maçom. de maneira que nenhum
afeto, mesmo os mais íntimos, o desvie deste princípio. A reunião do
Esquadro, o Nível e o Prumo permitem a correta construção das muralhas
do templo simbólico, em que se emprega todo maçom, juntos são
considerados o emblema da retidão de conduta.
O MAÇO O CINZEL - O Maço e o Cinzel estão colocados cruzados em
forma de x no lado direito inferior da Coluna B no Painel do 2° Grau. O
Simbolismo destes é muito extenso e além de estarem muito associados.
Enquanto o Maço é o símbolo da força dirigida ou controlada, a fim de
resultar um resultado definido, o Cinzel simboliza as vantagens da
educação. Por si só o Cinzel não produziria qualquer obra, porém
movido pelo Maço, o Cinzel permite a remoção das asperezas, isto é, os
erros e preconceitos ,transformando a pedra bruta em pedra polida .
A RÉGUA E A ALAVANCA - A Régua e a Alavanca, elas representam a
terceira viagem de companheiro. A régua maçônica possui 24
polegadas, representando as 24 horas do dia. Seu tamanho já sugere
um instrumento de construção e o maçom deve medir e programar sua
vida nas 24 horas, do trabalho ao lazer, de forma que caminhe com
retidão e determinação. A Alavanca representa a Força moral, a firmeza
da Alma, a coragem do homem livre pela construção de um mundo
melhor.
A ESTRELA FLAMIGERA - A Estrela Flamigera, a Estrela Flamejante só
é conhecida na Maçonaria – pelo menos em principio – pelo
Companheiro e nesse grau, precisamente, as romãs que encimavam
habitualmente as duas Colunas são substituídas por duas esferas.
No Painel de Companheiro está entre as colunas B e J acima do
Templo, com cinco pontas. É o emblema individual do
Companheirismo.
“O astro que ilumina a Loja dos Companheiros” onde figura no Oriente
acima do Venerável.Traz em seu centro a letra G. A letra G é
Incontestavelmente um enigma maçônico, e sobre ela paira um mistério
que provocou um número infinito de interpretações. Com base a
maçonaria é a construção, e a arquitetura a ciência aplicada à obra,
“G” representa Geômetra, ou seja, Deus.
AS COLUNAS J E B - As colunas J e B Jackin e Boahaz, simbolos dos
limites do mundo , da vida e da morte, do elemento masculino e
feminino, do ativo e do passivo. Segundo a Bíblia, a coluna “B” é
chamada Booz ou Boaz, significa “na força” e na coluna “J” é
chamada Jaquim e significa “estabilidade”. As Colunas são originadas
do Templo de Salomão construídas do lado de fora do Templo, junto à
porta de entrada, representando os solstícios de Verão e de Inverno.
A PEDRA BRUTA - A pedra Bruta: A mistura de conhecimento e
sentimentos profanos, é para o Aprendiz uma Pedra Bruta a ser
lapidada, ao vencer suas paixões, e edificando dentro de si, a rotina
do bem, sempre aprimorando sua personalidade e o conhecimento de
seu grau.
A PEDRA POLIDA - A pedra Polida: Com o auxílio do esquadro, o nível
e do prumo, já desbastadas as rudes arestas pelo Aprendiz. Agora é
preciso moldá-las, com o aperfeiçoamento da Personalidade. São
infinitas situações e evoluções dos sentidos. Juntando as Pedras já
Polidas na edificação de um Mundo Perfeito representando o homem
ajustado e polido para a sociedade .

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