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Veja-se os exemplos seguintes:

Exemplos 1:

Emakhuwa: kharumu vs. akharumu “leão vs. leões”

mwalapwa vs. alapwa cf.[mu-alapua] “cão vs. cães”

Cinyungwe: mwezi cf.[mu-ezi] “lua/mês”

Citshwa: cimanga vs. zvimanga “gato vs. gatos”

Nos exemplos de Ciyaawo e Citshwa, observamos o que se disse anteriormente. Em Ciyaawo,


temos nomes cipula e cigaayo, que exibem os mesmos prefixos, e, por conseguinte, o mesmo
padrão de concordância. Em contraste, nos exemplos em Citshwa, o nome Josiyani não exibe
nenhum prefixo como acontece com mugondzisi, embora os mesmos nomes pertençam à
mesma classe. Com efeito, ambos desencadeiam o mesmo padrão de concordância avhumele
e avitanilwe, cujo morfema de concordância é a-, respectivamente.

Dê alguns exemplos de palavras, expressões ou frases semelhantes à da outra


       língua Bantu.

Exemplos: Emakhuwa: Osoma “estudar/ler” mwalapwa “cão” / ihopa “peixes”

Algumas dessas extensões são comuns em quase todas as línguas moçambicanas, mas outras
são menos frequentes, ocorrendo em algumas destas línguas. Ademais, estas extensões podem
co-ocorrer na mesma estrutura verbal, formando um novo verbo, com sentido diferente do
verbo de base. Apresentamos a seguir alguns exemplos de algumas línguas moçambicanas.

O uso das línguas moçambicanas no ensino não é visto apenas sob o ponto de vista linguístico
pedagógico. Também é visto como um direito da criança e do(a) adulto(a) de aprender na sua
língua materna, de acordo com a carta das Nações Unidas dos direitos humanos, nos quais se
incluem os direitos linguísticos. As línguas são, também, um factor de manifestação,
preservação e manutenção das identidades culturais e étnicas, como já estudou neste capítulo.
Assim, o uso de línguas moçambicanas na educação responde à necessidade de valorização da
língua da criança e do adulto para o desenvolvimento da sua afirmação, auto-estima,
identidade, justiça e uma forma de cultivar atitudes mais positivas em relação ao valor da
educação.

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