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AULA 2 – A EDUCAÇÃO

NA IDADE MODERNA –
BRASIL COLÔNIA

•  Reconhecer os principais representantes e ideias pedagógicas humanistas do Renascimento;

• Apontar e interpretar alguns aspectos das ideias educacionais protestantes.

• Identificar e explicar os pressupostos da educação jesuítica e seu papel no contexto da


Contrarreforma.

• Listar e interpretar os pressupostos da educação jesuíta e seu papel no contexto da


Contrarreforma.

• Relatar e analisar o papel dos jesuítas na educação no Brasil Colônia.

• Reconhecer e criticar as mudanças efetuadas na educação brasileira após a expulsão dos


jesuítas e a instauração dos ideais pombalinos.

• Identificar as mudanças na educação brasileira ocorridas com a vinda da família real para o
Brasil.

CONTEXTUALIZANDO A APRENDIZAGEM
Nessa aula vamos estudar como as transformações ocorridas na Europa na Idade Moderna
afetaram o pensamento do homem europeu e sua visão de mundo. Também o campo da
religiosidade sofreria um grande impacto com o surgimento de novas igrejas dentro do
cristianismo. Com a invenção da imprensa, nesse período, o conhecimento se propagou como
nunca antes na História. Como será que todas essas mudanças afetaram a forma de pensar a
educação e o ensino na Europa?

Depois, desembarcamos no Brasil Colônia, iniciando nossos estudos pela chegada dos
missionários jesuítas da Companhia de Jesus nessas terras. Vamos estudar a educação na
colônia de Portugal, passando pelos séculos XVI, XVII, XVIII e primeiros anos do século XIX. Para
compreendermos a chegada dos jesuítas no Brasil, vamos recapitular algumas informações. Na
Europa, no século XVI, o Luteranismo e o Calvinismo estavam em expansão. Vivia-se o tempo da
propagação de novas doutrinas, de novas ideias religiosas e da contestação dos preceitos da
Igreja católica. Nesse contexto, os católicos reagem no que ficou conhecido como
Contrarreforma, e iniciam um processo para barrar o avanço do protestantismo, para isso, as
ordens religiosas se expandem, é criada uma lista de livros proibidos, a Inquisição é reavivada, e
surge uma nova ordem religiosa, criada por Inácio de Loyola, a Companhia de Jesus. Seguindo
moldes militares, os jesuítas expandem na Europa criando escolas e sendo conhecidos por seu
método de ensino eficiente e disciplinado. As orientações para a educação jesuítica foram
registradas na obra Ratio Studiorum que serviu de guia para jesuítas em todo o mundo. 

Mapa mental panorâmico


Para contextualizar e ajudá-lo(a) a obter uma visão panorâmica dos conteúdos que você estudará na Aula 2, bem como entender a inter-
relação entre eles, é importante que se atente para o Mapa Mental, apresentado a seguir:

A EDUCAÇÃO NA IDADE MODERNA – BRASIL COLÔNIA

1 A EDUCAÇÃO MODERNA

1.1 A EDUCAÇÃO HUMANISTA DA RENASCENÇA

3.2 COMENIUS E ROUSSEAU

3.3 A EDUCAÇÃO JESUÍTICA E A CONTRARREFORMA

1.4 AS MISSÕES JESUÍTAS

2 AS INFLUÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PORTUGUESA

2.1 A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO ILUMINISTA PORTUGUÊS

4.2 A EDUCAÇÃO NO PERÍODO JOANINO

A EDUCAÇÃO NA IDADE MODERNA – BRASIL COLÔNIA

1 A EDUCAÇÃO MODERNA
1.1 A EDUCAÇÃO HUMANISTA DA RENASCENÇA
A Europa passa por mudanças sociais, culturais, científicas, religiosas, políticas e econômicas na Época Moderna. No século XIV inicia-se
um período histórico que ficou conhecido como Renascimento ou Renascença. Nesse período as artes e a cultura sofreram grandes
transformações. Com a expansão do Império Otomano no Oriente, muitos intelectuais migraram para a Europa trazendo consigo
diversos documentos da cultura clássica.

Desse modo, o Renascimento, dentre outros aspectos, é caracterizado pela retomada da cultura clássica dos gregos e romanos. Com
o advento da imprensa, no século XV, por Gutenberg, os textos clássicos foram traduzidos pelos intelectuais e difundidos de uma forma
como nunca se vira antes.

A Itália foi o berço do Renascimento, tendo se destacado nas artes Michelangelo, Leonardo da Vinci, Sandro Botticelli, Rafael Sanzio,
dentre outros. A arte do período renascentista prezava pelo estudo da proporção e da perspectiva, numa valorização da figura
humana. As cidades italianas assistem a um enriquecimento econômico e cultural. Os italianos passam a identificar-se com os antigos
romanos e a resgatar o conhecimento dos clássicos, nos estudos literários e jurídicos. Nesse período, também ocorre a crise religiosa, o
advento da ciência moderna e as grandes navegações com a conquista de novos territórios. 

O movimento humanista faz parte do Renascimento e diz respeito ao ressurgimento da tradição clássica. Esse movimento foi essencial
e inovador, pois se opunha ao saber convencional dos escolásticos, que eram os filósofos e teólogos da Idade Média que controlavam
a difusão dos saberes e as universidades. Se na Idade Média a cultura estava impregnada de religiosidade e devotada à
contemplação de Deus, no Renascimento, os homens descobriram o estilo literário dos textos clássicos da Antiguidade, passaram a
contemplar o mundo terreno e humano. Essa mudança de olhar causou uma transformação na vida cultural do homem moderno, o
que refletiu na educação renascentista.

DELUMEAU, Jean. A civilização do renascimento. Lisboa: Estampa, 1984.

BURCKHARDT, Jacob. A cultura do Renascimento na Itália. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

Os educadores destacados da Idade Média eram padres e


monges, ou seja, tanto os estudiosos pedagogos quanto os
mestres provinham do clero. No Renascimento há a
proliferação dos educadores que não são ligados à Igreja.

Peter Burke na obra “Uma história social do conhecimento” explica que o termo humanista apareceu primeiro na Itália e depois em
outros países da Europa. Os humanistas eram um novo tipo de letrados e atuavam na tradução de obras, na revisão dos textos a serem
impressos, na produção de novos conhecimentos, ou atuavam como tutores privados ou mesmo ensinando em escolas e
universidades. Dessa forma o Humanismo é caracterizado como um movimento intelectual.
A educação humanística, era uma educação voltada para a nobreza e para a burguesia, que ascendia financeiramente. Nesse
momento, surge uma nova forma de conceber a infância e a educação para a criança passa a ser distinguida da educação para os
adultos. Surgem várias obras voltadas para essa temática, pois o intuito era educar para a vida em sociedade e para o futuro
profissional. A criança começa a ser vista de outra forma, diferente da época medieval. A infância passa a ser concebida como um
momento de fragilidade e de inocência, diferente da Idade Média que considerava as crianças como adultos em miniatura.

Nesse momento, surge uma nova forma de conceber a infância e a educação para a criança passa a ser distinguida da educação
para os adultos.

ÁIRES, Philippe. História social da criança e da família. Rio de


Janeiro: LTC, 1981.

3.2 COMENIUS E ROUSSEAU


Na pedagogia humanista uma referência é o tcheco Jan Comenius (1592 – 1670). Ele escreveu a obra Didática magna. Tratado da
arte universal de ensinar tudo a todos, que se tornaria célebre no campo da pedagogia. O tratado aborda a divisão em graus de
ensino e o método de ensino de disciplinas. Para esse humanista, que propunha uma educação universal, não era necessário que o
homem possuísse um saber enciclopédico, mas sim que tivesse o conhecimento necessário das ciências, das artes, da língua, sendo
honesto e devoto a Deus. Assim, o homem deveria ter autoconhecimento bem como o conhecimento do que lhe fosse útil.

Comenius dizia que sábio era quem conhecia as coisas úteis, não quem conhecia todas as coisas. A obra de Comenius influenciaria
outros pedagogos ao longo dos séculos principalmente no que se refere à sua proposta didática de ensinar tudo a todos. Para esse
humanista, didática significava a arte de ensinar, dessa forma, em sua obra dedica-se a apresentar métodos de ensinar e de aprender,
a partir de comparações entre coisas naturais e artificiais.

A natureza, conhecida cientificamente pelo homem, era o modelo em que se baseava para construir sua didática. Já numa segunda
fase de seus estudos, Comenius dedica-se a pensar o ensino em comparação com a tipografia, ou seja, a arte de imprimir textos de
forma mecanizada e rápida. Para ele, o método de ensino seria perfeito se imitasse o feito da imprensa, que multiplicou os escritos,
antes copiados a pena. Nesse sentido, o conteúdo a ser ensinado deveria ser impresso no espírito dos alunos sem tanto esforço dos
professores.

O docente deveria estar atento ao seu tempo histórico, que ao ser trabalhado de forma didática por ele, seria transmitido aos alunos
de forma sistematizada. Ao estudar o pensamento de Comenius é importante observar como a tecnologia da época o ajudou a
responder sobre uma demanda da sociedade.

No século XVIII tem-se o ápice do Iluminismo, movimento intelectual que se opunha às formas mistificadas de explicação. Os iluministas
pautavam-se no racionalismo e nas ciências para explicar os fenômenos da natureza e da sociedade.

O suíço Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) foi um grande crítico da sociedade de sua época. Suas ideias influenciariam a
pedagogia do século seguinte. Para esse pensador, os homens são bons por natureza e é a sociedade que os corrompe.

Um dos fundamentos de seu pensamento é que a origem do mal e das desigualdades está na moral e na política. Sua obra dedicada
à educação, intitulada Emílio ou Da educação, satiriza os costumes de sua época e propõe repensar a formação humana. Na obra,
Rousseau diz sobre a formação do homem que esse “saindo de minhas mãos, ele não será, concordo, nem magistrado, nem soldado,
nem padre, será primeiramente um homem” (ROUSSEAU, 1973, p.15).
O pensamento de Rousseau traz inovações como a concepção da criança como um ser diferente do adulto, além de possuidora de
uma bondade natural. Ele propõe ações educativas diferenciadas para cada etapa do crescimento humano, sugerindo que se
respeite o ritmo da infância, os instintos e capacidades das crianças.

Para Rousseau a infância era essencial para a formação do


homem.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou Da educação. 2. ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1973.

3.3 A EDUCAÇÃO JESUÍTICA E A CONTRARREFORMA

Em 1534 foi criada, por Inácio de Loyola, a Companhia de Jesus. Os jesuítas, que integravam essa ordem religiosa, eram preparados
com um grande rigor intelectual, que lembra os moldes militares. Os jesuítas criaram várias escolas, sendo um importante instrumento
da renovação católica na Europa. Essa ordem também se instalaria em terras ultramarinas, fundando as missões jesuítas nas colônias. O
método de ensino dos jesuítas era tão eficiente que o filósofo inglês Francis Bacon comentou que não havia nada melhor em termos
pedagógicos. A expansão dos colégios dos jesuítas na Europa conseguiu deter o avanço do protestantismo em muitas regiões. A
Companhia de Jesus era humanística e letrada, prezando por uma educação teológica dentro de uma formação humanística.

O método pedagógico dos jesuítas está expresso na obra Ratio studiorum, concebido por meio da cooperação de diversos estudiosos
da educação da Europa daquele momento. Seguindo uma educação clássica e ciceroniana a Ratio studiorum prezava por exercícios
de retórica e de gramática. A obra demorou 50 anos para a sua formulação e baseou-se nas experiências de educadores de vários
países do continente, bem como no estudo de diversos tratados sobre educação. Ratio studiorum continha um conjunto de preceitos,
de determinações para a educação jesuítica. A obra incorpora a educação do cristão, ou seja, as normas de uma vida adequada e
também há preceitos voltados para os povos gentios e sua conversão. Evidenciar o talento individual é um dos preceitos da educação
jesuítica.

De acordo com o Ratio studiorum, o ensino das letras era dividido em cinco classes: gramática superior, média e inferior, humanidades
e retórica. Acrescente-se o estudo da filosofia, por três anos, e da teologia por quatro anos, com base nas doutrinas de Aristóteles e
Santo Tomás de Aquino. O teatro também era empregado na formação estética, literária e moral.

O Ratio studiorum continha instruções e regras para a conduta escolar de todos os envolvidos na educação, incluindo a questão da
disciplina e dos castigos. Os preceitos educacionais da Companhia de Jesus conciliavam o humanismo renascentista e a doutrina
católica, bem como criaram colégios que se tornaram grandes centros de saber e difundiram o catolicismo, freando a expansão do
protestantismo.
Figura 1: Ratio studiorum

Fonte: Disponível em Créditos

O método pedagógico dos jesuítas está expresso na obra


Ratio studiorum.

A Contrarreforma surgiu para definir a doutrina católica e condenar a Reforma Protestante. Entre 1545 e 1563 ocorreu o Concílio de
Trento, que produziu vários decretos. Dentre as medidas a serem tomadas pela Igreja Católica destaca-se o Index librorum
prohibitorum, ou seja, a lista de livros proibidos pela Igreja. As obras dos protestantes estavam incluídas nessa lista.

O Tribunal do Santo Ofício foi impulsionado pela Inquisição, que objetivava proteger a fé católica e condenar os hereges. A Inquisição
revigorada nesse período atuava como um aparelho repressivo, policiando a população, atentando contra a liberdade de
pensamento.

No que diz respeito à renovação dos preceitos cristãos da sociedade, foram publicadas várias obras destinadas às questões
educacionais. Nas igrejas e mosteiros foram criadas cátedras de gramática a ser ensinada de forma gratuita aos clérigos e aos
estudantes das classes baixas. Também se criou escolas para a formação de sacerdotes, bem como surgiram novas ordens religiosas,
que organizaram escolas tanto para nobres quanto para os estudantes pobres.
Figura 2 - São Domingos e os Albigineses, tela de Pedro Berruguete retratando a queima de livros durante a Contrarreforma

Fonte: Disponível em Créditos

1.4 AS MISSÕES JESUÍTAS

Portugal era um país católico. A Inquisição estava nas mãos dos dominicanos, atuando como um órgão paraestatal e a educação
estava entregue aos jesuítas. Portugal enfrentava invasões de franceses e espanhóis em sua colônia do novo mundo, o que fez com
que a Coroa portuguesa mudasse a forma de governar as suas terras no ultramar, criando o Governo Geral em 1549, o que dava à
colônia um novo significado em termos políticos e administrativos. Várias medidas foram decretadas, o que demonstra a preocupação
do governo em fortalecer a sua presença na colônia. Na mesma esquadra, que trouxe o primeiro governador-geral para o Brasil
colônia, em 1549, vieram também os primeiros jesuítas, liderados por Manuel da Nóbrega.

As novas medidas referiam-se à defesa do território, ao governo civil, à religião, dentre outros. Foi criado o Bispado de Salvador e a
Companhia de Jesus foi enviada à colônia, o que demonstra como o governo português desejava evitar o avanço do protestantismo e
afirmar a doutrina católica em seus domínios. Portugal preocupava-se com a manutenção da doutrina católica em seus territórios,
sendo importante para a sustentação de seu poder político que estava assentado na relação monarquia, jesuítas e inquisição.

Para entender como se deu a instalação dos jesuítas na colônia portuguesa, temos que lembrar que o território era ocupado por povos
de diferentes línguas, costumes, etnias e culturas. Os indígenas eram a mão de obra dos colonizadores, pois sem eles não era possível
cultivar a terra e defender o território de invasões de inimigos europeus. A presença dos missionários jesuítas na colônia era justificada
pela necessidade de se converter os povos indígenas ao catolicismo. Os jesuítas, embora defendessem a liberdade dos gentios,
mantinha esses aldeados, ou seja, em aldeias controladas pelos religiosos, as chamadas missões.

No período colonial, foram criadas várias legislações referentes aos indígenas. A Coroa portuguesa, a princípio, decidiu que os
indígenas deveriam ser trazidos do sertão, ou seja, dos locais onde estavam localizadas as suas aldeias, para as povoações
portuguesas, nas quais deveriam ser catequizados e civilizados, para que se tornassem - como era mencionado nos documentos
expedidos pela Coroa - “vassalos úteis”. Assim, os indígenas que viessem viver próximo às povoações portuguesas, eram destinados aos
chamados aldeamentos. Nesses lugares, eles trabalhariam nas terras, produzindo alimentos tanto para eles quanto para os
colonizadores. Os índios eram também importantes para a busca de outros indígenas, pois conheciam o território e a língua. Eram,
além disso, essenciais na defesa do território, constituindo a maior parte do contingente das tropas de defesa.
Figura 3 - RUGENDAS, Aldeia dos Tapuias.

Fonte: Disponível em Créditos

A presença dos jesuítas está nos aldeamentos, que são essas grandes aldeias, próximas aos povoados portugueses, que mesclavam
diferentes etnias indígenas, cerceando a liberdade dos povos, em relação aos seus costumes, proibindo suas práticas religiosas, dentre
outras. O aldeamento é a realização do projeto colonial. Para o Padre José de Anchieta, os aldeamentos eram:

Assim, não há dúvida, que se acharia muito fruto neles se estivessem juntos, onde se pudesse doutrinar, de que se faz
agora experiência na Baía, onde juntos em grandes aldeias por mandado do Governador, aprendem mui depressa a
doutrina e rudimentos da fé, e dão muito fruto, que durará em quanto houver quem os traga a viver naquela sujeição
que temos (Carta de São Vicente, 1560, p.160).

Inicialmente, a administração das aldeias estava a cargo dos jesuítas, responsáveis pela conversão dos indígenas à fé católica. Os
princípios centrais do projeto colonial para os indígenas eram a catequização e a civilização dos povos autóctones, o que justificava os
aldeamentos. Não deixaram de existir conflitos entre os missionários e os colonos, pois esses últimos defendiam o apresamento indígena,
ou seja, a captura destinada à escravização.

Na concepção dos jesuítas, os indígenas estavam deformados em sua natureza, pois o afastamento de Deus havia levado os índios a
costumes equivocados e os missionários religiosos mostrariam que os índios participavam da mesma natureza constituída por Deus, por
meio da conversão, ou seja, pela catequização os indígenas seriam devolvidos à natureza de Deus. Mas para isso, seria necessário
destruir sua cultura para devolver ao índio a verdadeira natureza.

Os princípios centrais do projeto colonial para os indígenas


eram a catequização e a civilização dos povos autóctones.
Jesuítas e colonos portugueses faziam parte da mesma cultura portuguesa. Os conflitos entre os dois grupos em torno da questão da
liberdade indígena foi um confronto que dizia respeito à posição de cada grupo dentro da mesma cultura. Ao indígena eram impostos,
por ambos os grupos, os costumes e a religião de Portugal, sendo-lhe negadas suas práticas culturais e religiosas ancestrais. A
colonização submetia o indígena a outra cultura e aos objetivos portugueses.

Os missionários jesuítas foram importantes para transformar espaços em locais de ocupação efetiva, pois muitas vezes, os colonos
abandonavam as fazendas para ocuparem outros lugares, enquanto os jesuítas prezavam pela fixação. Os religiosos construíram
igrejas, colégios, seminários, além de deterem engenhos e fazendas. Seus colégios e igrejas tornaram-se referência da cristandade na
colônia.

Os jesuítas construíram colégios em várias localidades da colônia, ao longo dos séculos XVI e XVII. Os filhos dos colonos recebiam uma
educação parecida com a oferecida pelos colégios jesuítas europeus, com humanística, ensino de latim e de retórica. Havia estudos
inferiores e superiores. Os estudos inferiores eram compostos pelo trivium – gramática latina, humanidades, retórica – além de história,
geografia e outras. Para os eclesiásticos, os estudos superiores eram compostos pela teologia moral e pela teologia dogmática. Os
jesuítas adotavam os princípios da obra Ratio studiorum.

Devemos lembrar que Portugal proibia a fundação de um centro de estudos superiores no Brasil colonial para carreiras liberais. Assim,
não existiam universidades no Brasil daquela época. Ou seja, os estudos realizados na colônia não estavam em equivalência aos
realizados em Portugal. Aos colonos era permitido continuarem seus estudos nas universidades europeias.

2 AS INFLUÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PORTUGUESA

2.1 A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO ILUMINISTA PORTUGUÊS


No século XVIII ocorreria, na Europa, a propagação do Iluminismo, movimento intelectual e filosófico que mudou a concepção do
homem como um ser portador de razão e vontade próprias. O homem também passou a ser visto como um indivíduo em busca de sua
liberdade e autonomia. A nova forma de ver o ser humano como desvinculado das determinações divinas mudou também a relação
do homem com o conhecimento, que passa a ser pautado na racionalidade, assim, aparecem novos modos de conhecer e estudar a
natureza.

A filosofia é desvinculada da religião, ciência e razão tornam-se as ordenadoras da construção do conhecimento. Os iluministas
questionavam a sobreposição da religião sobre a razão e a subordinação da educação à Igreja. Defendiam que as instituições
deveriam se adaptar ao novo contexto que se delineava na Europa. O Estado deveria ser racionalizado e juntamente com ele os seus
aparatos

Portugal também estava inserido nesse contexto. Sob o domínio do rei Dom José I, o país enfrentou várias reformas que visavam à sua
eficiência. Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, foi o primeiro ministro de Dom José I, ficando no cargo de 1750 a
1777. O Marquês de Pombal esteve à frente dessas reformas em Portugal, que se refletiram no Brasil, então colônia do país ibérico.

O Marquês de Pombal realizou várias reformas, sendo uma importante reforma a que se deu na Universidade de Coimbra, na década
de 1770. O intuito era formar uma nova elite cultural para o país, mais disposta ao pensamento racional e ao desenvolvimento das
ciências. Ficaria para trás o ensino calcado nos preceitos aristotélicos e na escolástica, presentes na educação propagada pelos
religiosos. Desde 1759, Pombal havia fechado os colégios jesuíticos em Portugal e havia expulsado os jesuítas do Brasil.

No Brasil colonial as reformas de Pombal também tiveram impacto. Em 1759, os jesuítas foram expulsos da colônia. Além da
necessidade de promover uma educação desvinculada dos valores religiosos, a administração portuguesa passava por conflitos com
os jesuítas, alegando que os missionários não haviam conseguido a completa integração do indígena na sociedade, bem como a
negação de impostos por parte dos religiosos à Coroa portuguesa, visto que possuíam várias fazendas e atividades econômicas na
colônia. Ressaltamos novamente que a expulsão dos jesuítas do Brasil não representou um rompimento de Portugal com a Igreja
católica.

Com o alvará régio de 1759, ficava estabelecido, tanto em Portugal quanto no Brasil, que os professores gozariam de privilégios de
“nobreza ordinária”, ou seja, um tipo de distinção social, bem como decretava o ensino público e gratuito, a extinção das escolas
jesuíticas, sendo criados cargos administrativos voltados para o ensino, como o cargo de Diretor de Estudos do Reino e Seus Domínios,
responsável pela execução das reformas na colônia. Era proibido ensinar sem a licença concedida pelo Diretor de Estudos.

Em relação aos privilégios concedidos aos professores régios, a pesquisadora Thais Nivia de Lima e Fonseca explica que os professores
poderiam ocupar certas posições nas festividades, teriam a isenção de impostos, facilidades no trato com a justiça, o direito de não
serem presos sem prova clara de delito, o abrandamento de penas, ou seja, vantagens que atraíam candidatos ao cargo. A
pesquisadora diz que não foram raros os casos em que professores tiveram que recorrer à observância de seus privilégios após serem
acusados de delitos. Conforme Thais Nivia de Lima e Fonseca:

A conquista de distinção social na sociedade do Antigo Regime, mesmo que não acompanhada de ascensão social, era
significativa, sobretudo na América, marcada pela presença da escravidão, pelo preconceito em relação ao trabalho
manual, e pela valorização dos diferentes mecanismos de aproximação com as esferas mais importantes de poder
(FONSECA, 2011, p.106).

Antes da criação dos colégios da Companhia de Jesus, os professores ensinavam em suas casas, diferentes disciplinas. Esse sistema
voltou a vigorar, com o uso de salas alugadas ou nas próprias casas dos professores, esses passaram a ser denominados de professores
régios e as aulas avulsas ministradas eram chamadas de aulas régias. Os professores recebiam orientações das obras a serem utilizadas
nas aulas e aqueles que não as seguissem poderiam ser punidos.

Vale ressaltar como transformações no Brasil colonial com as reformas pombalinas, dentre outros aspectos, a importância desse
momento na trajetória da organização do ensino público e da carreira docente no Brasil com todos os seus desafios.

4.2 A EDUCAÇÃO NO PERÍODO JOANINO

No início do século XIX, a Europa vivenciava um período de expansão do império de Napoleão Bonaparte, imperador francês. Portugal
sofria pressões decorrentes dessa expansão e ameaças de invasão. Assim, em 1808, Dom João VI, rei de Portugal, decide transferir para
o Brasil sua Corte. Ao se estabelecer no Brasil, transferindo para a colônia todo o aparato administrativo do reino, Dom João VI
promove várias mudanças.

Dentre as mudanças podemos citar a criação da imprensa régia (antes era proibida a publicação de impressos na colônia), a abertura
dos portos ao comércio com as nações amigas de Portugal, também foi autorizada a criação de indústrias, foram criadas aulas de
estudos superiores, foram criadas duas escolas de Medicina (Na Bahia e no Rio de Janeiro), foram criados o Museu Real, a Biblioteca
Real e o Jardim Botânico. Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves e as capitanias passaram à
denominação de províncias.

Segundo a pesquisadora Cynthia Greive Veiga (2007), com a vinda da família real portuguesa para o Brasil foram criadas a Academia
Real da Marinha, a Escola de Anatomia e Cirurgia, a Academia Real Militar, a Aula de Economia Política, a Aula de Comércio e a Aula
de Botânica. Em 1816, é criada a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, visando formar artífices para atuarem em atividades
industriais. Uma missão artística francesa esteve no Brasil para organizar a escola.

Apesar dos avanços ocorridos na educação brasileira no início


do século XIX, a maioria da população continuava
analfabeta, incluindo a elite proprietária.

Dessa forma, no Período Joanino, temos então o ensino superior no Brasil, que garantia a formação de profissionais para atuarem no
governo trasladado para a América. Segundo o pesquisador Fernando de Azevedo:

Sobre as ruínas do velho sistema colonial, limitou-se D. João VI a criar escolas especiais, montadas com o fim de
satisfazer o mais depressa possível e com menos despesas a tal ou qual necessidade do meio a que se transportou a
corte portuguesa. Era preciso, antes de mais nada, prover à defesa militar da Colônia e formar para isso oficiais e
engenheiros, civis e militares: duas escolas vieram atender a essa necessidade fundamental, criando-se em 1808 a
Academia de Marinha e, em 1810, a Academia Real Militar, com oito anos de cursos. Eram necessários médicos e
cirurgiões para o Exército e a Marinha: criaram-se então, em 1808, na Bahia, o curso de cirurgia que se instalou no
Hospital Militar e, no Rio de Janeiro, os cursos de anatomia e cirurgia a que acrescentaram, em 1809, os de medicina, e
que, ampliados em 1813, constituíram com os da Bahia, equiparados aos do Rio, as origens do ensino médico no Brasil
(AZEVEDO, 1964, p. 562).
Apesar da criação de cursos superiores, não logrou, no Período Joanino, a criação da universidade. Dom   João VI encontraria a
oposição de alguns de seus ministros à fundação de uma universidade no Brasil, pois temiam que Portugal perdesse a sua
superioridade.

Portugal não havia investido no ensino superior em sua colônia, pois temia a propagação de ideias e de estudantes apoiadores de
movimentos revolucionários que pregassem a separação de Portugal. Antes da reforma de Pombal, o ensino superior existente na
colônia era destinado à formação do clero e estava a cargo dos jesuítas.

Os primeiros passos para a criação do ensino universitário no Brasil foram dados com a criação de escolas de ensino superior na época
de Dom João VI. No Período Joanino temos no Brasil o ensino superior com a criação de várias escolas, mas ainda não é criada a
universidade brasileira. No Brasil imperial e nos primeiros anos da República ainda havia resistência à criação de uma Universidade
Brasileira. As primeiras tentativas de cunho privado ocorreram em Manaus, em 1909, em São Paulo, em 1911, e em Curitiba em 1912,
mas não obtiveram apoio político e econômico do governo, dessa forma, foram extintas.

No Período Joanino temos no Brasil o ensino superior com a


criação de várias escolas, mas ainda não é criada a
Universidade Brasileira.

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RECAPITULANDO
Vimos nesta aula que as mudanças ocorridas na Europa na Idade Moderna afetaram a concepção de educação surgindo várias
obras de pensadores que se dedicaram ao assunto. Na Renascença, vimos surgir o Humanismo, baseado nas ideias clássicas de Grécia
e Roma, resgatadas pelos intelectuais desse período, que tiveram contato com aqueles que migraram para a Europa ocidental
trazendo a cultura clássica que haviam conservado, por meio de tratados, literatura e outras obras. Nesse período, o homem passa a
ser valorizado em todos os campos: nas artes a figura humana ganha proporções e definições diferenciadas da arte medieval, na
educação os pedagogos defendem que o homem seja desenvolvido de forma integral no corpo e no espírito. Devemos ressaltar que
para esses intelectuais, o homem e o mundo deveriam ser exaltados.

Destacamos dois importantes pensadores que contribuíram para a reflexão sobre a educação, Jan Comenius e Jean-Jacques
Rousseau. Para Comenius, não era necessário que o homem possuísse um saber enciclopédico, mas sim que tivesse o conhecimento
necessário das ciências, das artes, da língua, sendo honesto e devoto a Deus. Comenius defendia que didática significava a arte de
ensinar, assim, dedica-se a refletir sobre métodos de ensinar e de aprender, a partir de comparações entre coisas naturais e artificiais.
Rousseau acreditava que os homens são bons por natureza e é a sociedade que os corrompe. Apresentamos uma importante obra de
Rousseau, Emílio ou Da educação. Nessa obra, o pensador iluminista discute sobre a formação do homem, pensando a infância como
um momento essencial da formação do ser humano. A família tem papel fundamental na educação assim como a natureza, pois a
educação deveria seguir o desenvolvimento natural dos indivíduos. Devia-se buscar a pureza, base para desenvolver-se a virtude,
afastando as crianças dos vícios da sociedade. O objetivo da educação deveria ser a autonomia do sujeito, de forma que ele
conseguisse viver em uma sociedade corrompida e degenerada sem que essa sociedade o corrompesse.

Outra transformação importante ocorrida na Europa foi a contestação da Igreja Católica pelos protestantes e o surgimento de outras
religiões dentro do cristianismo. Vimos a concepção de educação dos protestantes, que defendiam uma educação para o trabalho.
Martinho Lutero traduziu a Bíblia do latim para a língua vernácula, que era a falada pela população. O advento da imprensa foi
essencial para a difusão das ideias protestantes na Europa e para a impressão da Bíblia em línguas vernáculas em diversos países.
Lutero defendia a escola para todos e considerava que as cidades deveriam oferecer estudos para sua população, arcando com os
custos, além disso, defendia ser dever dos pais enviar seus filhos às escolas.

Vimos que com a difusão das ideias protestantes na Europa, aconteceu a reação da Igreja Católica no que ficou conhecido como a
Contrarreforma, que visava barrar o avanço do protestantismo e reafirmar os dogmas católicos. A Igreja realiza o Concílio de Trento, do
qual saíram vários decretos, dentre eles vale destacar a lista dos livros proibidos, que eram recolhidos e queimados, o Tribunal do Santo
Ofício, revigorada nesse período, esse instrumento da Igreja Católica atuava como um aparelho repressivo, policiando a população e
atentando contra a liberdade de pensamento. Também apresentamos nessa aula a criação da Companhia de Jesus por Inácio de
Loyola. Os religiosos dessa ordem eram denominados de jesuítas e atuaram como um importante instrumento da reafirmação dos
preceitos católicos na Europa com a criação de colégios. O método pedagógico dos jesuítas estava expresso no Ratio Studiorum, obra
que possui as determinações para a educação jesuítica. A obra incorpora a educação do cristão, ou seja, as normas de uma vida
adequada e também há preceitos voltados para os povos gentios e sua conversão.

Outro tema abordado foi como se deu a educação nos primeiros anos do Brasil colonial. O Brasil era uma colônia de Portugal quando
em 1549 é criado o Governo Geral e os primeiros jesuítas, liderados por Manuel da Nóbrega, desembarcam na colônia. Os missionários
da Companhia de Jesus dedicaram-se à catequização dos indígenas que aqui viviam. Os povos autóctones eram a mão de obra dos
colonos e auxiliavam na defesa do território. Os indígenas eram convencidos a deixarem suas aldeias e se estabelecerem próximos às
vilas dos colonos, nos chamados aldeamentos, que podiam ser administrados pelos jesuítas ou pelos colonos. Vimos que existiam
conflitos entre os jesuítas e os colonos, quanto à questão indígena. Devemos lembrar que os princípios centrais do projeto colonial para
os indígenas eram a catequização e a civilização dos povos autóctones. Tanto missionários quanto colonos impunham os indígenas os
costumes, a religião e a cultura portuguesa, proibindo muitas práticas tradicionais dos índios. Comentamos alguns trechos de cartas
escritas pelo Padre José de Anchieta, importante jesuíta, que atuou na educação na colônia e que organizou a primeira gramática em
tupi-guarani. Não podemos esquecer que o Ratio studiorum foi usado no Brasil colonial nos currículos dos colégios jesuítas.

Estudamos nessa aula como a propagação das ideias do movimento intelectual denominado Iluminismo refletiu no ensino no Brasil.
Quando Dom José I assume o reino de Portugal, nomeia como seu ministro o Marquês de Pombal, que concluiu várias reformas no reino
e nas terras de ultramar. Pombal visava à racionalização do Estado e a uma educação a serviço desse Estado, assim, realizou reformas
no ensino de Portugal e do Brasil. Uma de suas medidas que mais afetaram a educação no Brasil foi a expulsão da Companhia de
Jesus da colônia e o fechamento de seus colégios. Vimos que Pombal estabeleceu o ensino gratuito financiado pelo chamado
“subsídio literário”, que era uma taxa arrecadada sobre a produção de alguns alimentos, e estabeleceu o sistema de aulas régiarégias,
ministradas pelos professores régios. Vimos também como os professores régios enfrentavam problemas em relação ao atraso de seus
salários. É importante lembrar também, no contexto das reformas pombalinas, que na Universidade de Coimbra, foram introduzidos
cursos voltados para a ciência, para a observação e a experimentação.

O último ponto que tratamos nessa aula foi a chegada da família real ao Brasil em 1808 e as transformações ocorridas na colônia
devido a esse translado da corte. Vimos que Dom João VI criou a imprensa régia,
régia que antes era proibida na colônia, criou a Biblioteca
Real, o Jardim Botânico, o Museu Real, bem como diversas escolas de ensino superior. Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de
Reino Unido a Portugal e Algarves e as capitanias passaram à denominação de províncias. Comentamos como a vinda da família real
para o Brasil afetou a educação brasileira, pois foram criadas aulas e escolas dedicadas ao ensino superior, embora a universidade
não tenha se constituído nesse momento. Na próxima aula, vamos estudar como era a educação no Brasil durante o Império e nos
primeiros anos da República, quando desponta o movimento por uma escola nova no país.
CRÉDITOS
Figura 1: Ratio studiorum. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ratio_Studiorum. Acesso em 10 de maio de 2018.

Figura 2 - São Domingos e os Albigineses, tela de Pedro Berruguete retratando a queima de livros durante a Contrarreforma. Fonte:
https://historiadomundo.uol.com.br. Acesso em 12 de maio de 2018.

Figura 3 -RUGENDAS, Aldeia dos Tapuias. Fonte: https://br.pinterest.com. Acesso em 11 de maio de 2018.

REFERÊNCIAS
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AZEVEDO, Fernando de. A cultura brasileira: introdução ao estudo da cultura no Brasil. 4. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1964.

BURCKHARDT, Jacob. A cultura do Renascimento na Itália. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

CUNHA, Manuela Carneiro da (Org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras: FAPESP, 2000. 

DELUMEAU, Jean. A civilização do renascimento. Lisboa: Estampa, 1984.

FONSECA, Thais Nivia de Lima (Org.). As Reformas Pombalinas no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2011.

LUTERO, Martinho. Uma prédica para que se mandem os filhos à escola. In: Martinho Lutero: obras selecionadas, v. 5. São Leopoldo:
Sinodal, 1995.

NUNES, Ruy Afonso da Costa. História da Educação no Renascimento. São Paulo: EPU – Editora da Universidade de São Paulo,1980.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou Da educação. 2 ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro,1973.

STEPHANOU, Maria; BASTOS, Maria Helena Camara (Orgs.). Histórias e memórias da educação no Brasil - vol. I: séculos XVI-XVIII. 6. ed.
Petrópolis: Vozes, 2014.

TEIXEIRA, A. Educação no Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999.

VEIGA, Cynthia Greive. História da Educação. São Paulo: Ática, 2007.

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