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O desempenho financeiro da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) abrandou

no passado. Segundo o Relatório e Contas de 2018, os resultados líquidos caíram para 2.18 mil
milhões de meticais, menos 28 por cento que no exercício económico de 2017.

Os resultados líquidos da empresa Portos e Caminhos de Ferro (CFM) situaram-se nos 2.18 mil
milhões de meticais em 2018, contra 3.01 mil milhões de meticais no exercício económico do ano
anterior.

Os activos da empresa também decresceram no período análise, ao passarem de 52.3 mil milhões de
meticais em 2017, para 49.9 mil milhões em 2018. Os resultados operacionais caíram para 1.59 mil
milhões de meticais (em 2017, foram no valor de 3.96 mil milhões de meticais).

“Com estes resultados, que muito nos motivam, continuaremos a trabalhar arduamente

para que possamos superar os actuais resultados e, com isso, continuarmos a responder
positivamente as orientações do Governo neste capítulo de transporte ferro-portuário que, para
além pleitear pela competitividade comercial, sermos uma empresa de referência regional,
primando pela qualidade de serviços e de relacionamentos com todos os nossos parceiros”, refere o
Conselho de Administração dos CFM no seu Relatório e Contas de 2018, a que “O País” teve acesso.

Entretanto, apesar da má performance financeira, houve ganhos no transporte e manuseamento de


carga. O sistema ferroviário transportou cerca de 27 milhões de toneladas líquidas em 2018, mais
cinco milhões que no ano anterior, representando um nível de execução de 89% em relação ao
plano anual.

Já os portos manusearam 46 milhões de toneladas métricas, contra 44 milhões que em 2017. As


vendas e serviços prestados, durante o exercício económico de 2018, situaram-se nos 12 mil milhões
de meticais contra 11.98 mil milhões de meticais registados no ano anterior.

PLANO ESTRATÉGICO 2018-2020

O Conselho de Administração dos CFM aprovou um investimento trienal de mais de 500 milhões de
dólares, sendo 255 milhões de fundos próprios, com objectivo de incrementar o tráfego de 10,8
milhões de toneladas para 19,4 milhões de toneladas projectadas até 2020.
No que toca aos investimentos, foram desembolsados através da tesouraria da empresa 2.92 mil
milhões de meticais em 2018, contra 5.58 mil milhões de meticais orçados, representando uma
realização de 52% e uma redução de 88% comparativamente a 2017.

Os investimentos de grande vulto foram para a aquisição de cinco locomotivas, 90 vagões, dois
rebocadores e uma embarcação piloto (por receber em 2019) e dragagem de emergência no porto
da Beira.

PARECER DO CONSELHO FISCAL

Sobre as contas dos CFM, o parecer do Conselho Fiscal é favorável às demonstrações dos resultados
do desempenho de 2018.

“Como resultado das análises feitas e das informações obtidas, bem como do relatório do auditor
independente, o Conselho Fiscal é da opinião que as demonstrações financeiras dos CFM, E.P, as
contas estão em conformidade com a lei”, conclui o parecer.

Liderado por Luís Matsinhe, como presidente, o Conselho Fiscal destaca, entre vários pontos, a
redução dos activos da empresa em 4,5% entre 2017 e 2018, do passivo em cerca de 15,8%,
totalizando no fim do exercício 14.1 mil milhões de meticais

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