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Guia 31. Projeto Apostólico Comum - PAC.

1. INTRODUÇÃO
“... saia e espere por mim que irei passar. Então veio um furacão tão violento que
dividiu as montanhas e quebrou as pedras diante do Senhor. Mas Deus não estava no
furacão. Então houve um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto. Então um
relâmpago brilhou e um trovão foi ouvido, mas o Senhor não estava no relâmpago
nem no trovão. E depois do relâmpago houve o murmúrio de uma brisa suave, um
vento leve. Ao ouvir isso, Elias cobriu o rosto com a capa, saiu da caverna e parou na
entrada” (1 Reis 19: 11-13).
Entramos com imaginação na cena anterior, acalmamos o coração e a mente, e
pedimos ao Senhor que possamos ordenar todas as nossas intenções e ações de tal
forma que “sempre e em tudo” façamos o que Deus quer (o que realmente é
conveniente ao homem).

2. GRAÇA A PEDIR
Peçamos insistentemente a graça de ver todas as coisas novas em Cristo (ver: mas,
também, sentir, cheirar, gostar, tocar, pensar, imaginar, sonhar todas as coisas novas
em Cristo). Recriar essa prece com as próprias palavras.

3. CONTEXTO E/OU COMPOSIÇÃO DE LUGAR

a. Contemplamos o mundo em sua


imensa diversidade com suas luzes e
sombras, suas virtudes e seus
pecados.
b. Concentramos nossa atenção na
América Latina e Caribe, onde
vivemos e somos chamados a
anunciar Jesus Cristo como um único
corpo apostólico a serviço da Missão
de Deus.
c. Consideramos as palavras do P.
Pedro Arrupe e nos colocamos na posição de quem se reconhece enviado em uma
missão que não lhe pertence:
● Cuidada qualquer ambição de centralização, é necessária uma planificação
comum que evidencie a unidade estratégica na missão. É nessa coordenada
união onde se encontra a raiz especial da potencialidade para organizar a obra
apostólica de um modo muito eficaz.
● Nisso a nossa Companhia tem uma possibilidade extraordinária, e duvido muito
que outras instituições possam superar a Companhia nesse campo. Se há
capacidade e oportunidade, então há também responsabilidade. Se nos abre
aqui um amplo espaço para uma sincera colaboraçao…” (Disc. do P. Arrupe à
CG 31).

4. CANÇÃO: escutar desde o coração e refletir o canto: “Comunhão” - Texto e música


de Jesús Zaglul
https://www.youtube.com/watch?v=7h-_Byk20rc

5. TEXTOS
Vamos fazer uma revisão orante do Horizonte Apostólico e as três prioridades do
Projeto Apostólico Comum da CPAL, deixando ressoar em nós os apelos que o Senhor
nos faz como pessoas, como membros de uma instituição (obra) e como parte do
Corpo Apostólico da Companhia em CPAL.

Anunciar a Boa Nova (Mc 16, 35)


caminhando com os pobres e excluídos
como servidores da reconciliação
e da amizade social

PRIORIDADE EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL

1. Promover em todos os nossos serviços apostólicos uma experiência e uma


formação espiritual que ponham cada pessoa em relação com Deus, e a movam a
conhecê-lo, amá-lo e segui-lo mais de perto (EE nº 104).

Objetivos estratégicos
1.1 Oferecer de forma ampla e adaptada a experiência dos Exercícios
Espirituais e do discernimento de espíritos, e uma ajuda especial para os
colaboradores não jesuítas e para os pobres.                            
1.2 Oferecer a todos os colaboradores, especialmente aos que ocupam
cargos diretivos, e a todos os escolásticos jesuítas, programas de formação
inaciana em liderança e gestão.                           
1.3 Fazer um uso maior e melhor do discernimento pessoal e
comum (institucional) de maneira que impregne e transforme as nossas
ações apostólicas e de governo (avaliação, planejamento e gestão)
favorecendo a missão em colaboração e em rede. 

PRIORIDADE AMIZADE SOCIAL

2. Colaborar na gestação de uma cultura do encontro, da amizade social e da justiça:

2.a. Estando perto da vida das pessoas empobrecidas, excluídas e vulneradas


na sua dignidade, reconhecendo e apoiando seus valores, suas capacidades,
as organizações; tornando visíveis os seus direitos e apoiando as suas
necessidades e as suas lutas (Vida Religiosa encarnada - em saída).

Objetivos estratégicos:
2.a.1 Animar todo o corpo apostólico a se aproximar da vida e das
causas dos pobres: aos Jesuítas a amar e viver a pobreza da vida
consagrada, e aos leigos e leigas a simplicidade e austeridade propostas
pelo evangelho.
2.a.2 Avançar no estabelecimento de uma cultura do cuidado e da
proteção de menores e de pessoas em situação de vulnerabilidade.
2.a.3 Desenvolver no corpo apostólico relações de sinodalidade e
equidade de gênero que sejam testemunho contracultural de superação
do clericalismo e de qualquer sexismo.

2.b. Incentivando um compromisso concreto e eficaz com as pessoas forçadas


a migrar, com as populações indígenas e afro-americanas, e com os povos da
Pan-Amazônia, de Cuba e de Haiti (Vida Religiosa samaritana).

Objetivos estratégicos:
2.b.1 Acompanhar e servir as pessoas em situação de migração forçada,
aos povos indígenas e aos povos afroamericanos, colaborando com eles
também na pesquisa, sensibilização e a defesa de suas causas.
2.b.2 Garantir uma presença ativa e efetiva das diferentes expressões
do Corpo Apostólico (províncias e redes) na Pan-Amazônia, em Cuba e
no Haiti, de acordo com os planos apostólicos próprios desses
territórios.

2.c. Estimulando espaços de pesquisa científica, estudo e reflexão, diálogo e


ação humanizadora, por meio da colaboração e da participação intersetorial,
interprovincial e interinstitucional (Vida Religiosa profética).
Objetivos estratégicos:
2.c.1 Incentivar o trabalho colaborativo e em rede entre a pesquisa
científica e social, a extensão universitária, as obras educativas e outras
redes afins.
2.c.2 Estimular a sistematização das aprendizagens adquiridas e
aproveitar melhor o uso crítico da técnica e dos dados.

PRIORIDADE FORMAÇÃO INTEGRAL

3. Contribuir para que na educação e formação de pessoas e comunidades -


especialmente crianças, adolescentes e jovens - se promova sempre o seu
desenvolvimento integral pessoal e social, sua criatividade, sua formação ética
cidadã e sua responsabilidade ecológica integral (cuidado da Casa Comum).

Objetivos estratégicos:
3.1 Promover o Direito Universal à Educação de Qualidade (DUEC) no marco do
Pacto Educativo Global (PEG), de forma interinstitucional, interprovincial e
intersetorial.
3.2 Atualizar e relançar o Projeto Educativo Comum (PEC), e colaborar para
implementá-lo amplamente em todas as nossas ações apostólicas.
3.3 Aprofundar e promover criticamente a Inovação Pedagógica desde a
tradição inaciana.

DESAFIOS INTERNOS

1º. Apoiar as províncias no trabalho da promoção de vocações à Companhia de Jesus e


acompanhar devidamente os processos de formação do Corpo Apostólico, em
particular as necessidades de 'cura personalis' e 'cura apostolica' dos centros
interprovinciais de formação teológica (Comissão de Formação da CPAL).

2ª Expressar nossa 'identidade e missão' (CG36) em linguagem espiritual criativa,


pertinente, apropriada e dialógica com os diversos públicos com os quais nos
contatamos, e melhorar a comunicação interna para cultivar a união do corpo
apostólico em meio à diversidade de obras, províncias, redes, conferências etc.
(Oficina de Comunicação Institucional da CPAL e ROPC).

++++

6. REFLEXÃO / PARTILHA
1ª Na nossa vida pessoal, quais são os apelos específicos que o Senhor nos faz a partir
da missão do Corpo Apostólico ao qual pertenço?
2ª Quais sentimentos (agradáveis ou desagradáveis, de apego ou resistência)
experimentamos e de onde podem vir? O que eles nos revelam? Que convites e
desafios eles nos apresentam, tanto pessoal como institucionalmente?
3º. Quais passos concretos devemos dar e de que ajuda precisamos para seguir cada
vez mais de perto as indicações do Espírito?

7. CONCLUSÃO
Não basta ser escolhido, tem que escolher.
Não basta ser chamado, tem que responder.
Não basta querer, é preciso desejar.
Não basta desejar, você tem que decidir.
Não basta decidir, há que passar a ação.
Não basta saber que Ele me elegeu,
Eu tenho que querer!
Roberto Jaramillo, S.J.

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