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68 A ugustus H opkins Strong

Não basta tom ar o tempo cronológico de alguém; o relógio pode estar errado;
há um dever anterior de acertar o relógio conforme os padrões astronômicos.
Bispo Gore: “O primeiro dever do homem não é se guir a sua consciência,
mas iluminá-la” . Lowell diz que os citas costum avam com er os seus avós por
dever humanitário. P a i n e , Ethnic Trinities, 300 - “ Nada é tão obstinado ou tão
fanático que uma consciência erroneam ente instruída, como Paulo mostra
em seu caso segundo a sua própria confissão” (At. 26.9 - “Bem eu tinha
im aginado contra o nome de Jesus, o Nazareno”).

Em Rm. 2.15 - “os quais mostram a lei escrita no seu coração, testifican-
do juntam ente a sua consciência e os pensamentos, quer acusando-os, quer
defendendo-os” - temos, por um lado, a consciência claramente distinta tanto
da lei como da percepção desta e, por outro, dos sentim entos morais de apro-
vação, ou desaprovação. A consciência não fornece a lei, mas juntam en-
te com a lei dá testem unho da lei que é fornecida por outras fontes. Não se
trata de “que o poder da mente pela qual é descoberta a cada indivíduo”
( C a l d e r w o o d , M oral Philos., 77), nem podemos cham ar à “Consciência, Lei”
(como W h e w e l l o faz nos Elements o f Morality, 1.259-266). A consciência não
é o livro de leis, na sala de julgam ento, mas é o juiz, cuja função não é fazer
a lei, mas decidir os casos segundo a lei que lhe é entregue.
A consciência não é legislativa e, portanto, não é retribuível; como não é
livro de lei, assim não é o xerife. Na verdade, dizemos na linguagem popular,
que a consciência açoita ou castiga, no mesmo sentido em que dizemos que
o juiz pune, /'.e., através do xerife. Os sentim entos morais são o xerife; eles
tomam as decisões da consciência, como o juiz; mas eles não são a cons-
ciência e nem o xerife é juiz.
Só esta doutrina, de que a consciência não descobre a lei, pode explicar,
por um lado, o fato de que o homem é obrigado a seguir a sua consciência e,
por outro lado, o fato de que a sua consciência difere tão grandemente quan-
to ao que é certo ou errado em casos particulares. A verdade é que a cons-
ciência é uniform e e infalível no sentido de que sempre decide corretamente
segundo a lei que lhe é dada. A decisão do homem varia só porque a razão
moral apresentou à consciência padrões diferentes de julgam ento.

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