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Wlaria Luisa de Ylattos Priolli (Catedrtica da Teoria Musical da Escola de Miisica dn U, F. fu. © Professara do Tooria Musical # Hatmania do Trinity College of Music of London) ge Vv S*EDICAD REVS) é 1974 eats ET IR MUSICA ee es a EDITORA | CASA OLIVEIRA DE MUSICAS S. A. RUA DA GAmeGa, vo - TEL. aamgg9 . RIO DE JANEAD ~ OB MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI (Catedratico de Teoria Musical da Escola Nacional de Misica da U. B. e Professor de Teoria Musical e Harmonia do Trinity College of Music of London) PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE ‘De acordo com os programas de: Teoria Musical da Escola Nacional de Misica ¢.Canto Orfednieo dos Estabelecimentos de Ensino Secundirio 2° VOLUME S*EDIGAO REVISTA E MELHORADA 1971 EDITORA CASA OLIVEIRA DE MUSICAS S$, A. RUA DA CARIOGA, 70 - TEL 2723500 . RIO OE JANEIRO - GB Destinamos o presente trabalho @ juventude das Escolas com a infencdo de orientd-la ¢ facililar-the os conhecimentas exigidos pelos programas oficiais, uma vez que néle se enconira a matéria do Curso de TEORIA MUSICAL das Escolas de Musica e Conservatérios, bem como as nocdes ministradas nos estabelecimentos de ensino secundério. Esperamos possa ser éle itil aos nossos jovens estudantes de muisica € aos ginasianos, A AUTORA marco de 1964 Rio. Copyright 1953 by Maria Luisa de Mattos Priolli — Rie de Janciro — (Brasil) MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLL INDICE Cap. I — Tons visinhos — Tons afastados ‘Tons vizinhos .. Tons afastados Cap. II — Esealas cromaticas Generalidades aeeeeres Origem das notas cromaticas ate Fsenlas cromaticas do modo maior - Escalas cromaticas do modo menor ... Cap. TIT — Modulacho - Cap. TV — Vores .... Cap. V — Unissano Generalidades ... ‘Unissono nas claves Cap. — VI — Diapasio normal — Escala geral Diapasdo normal .. Escala geral . Reglao central ¢ ex Cap. VII — Notas atrativas .. Cap. VIII — Acordes Generalidades ... eobeae Diferenca entre o baixo e a fundamental . Formacao dos acordes em aes + Estados dos acordes Inversio dos acordes Acordes de 3 sons . Acordes de 4 sons . Acordes de 5 sons ...... Ordem © posicio das notas no Duplicagaio ¢ suptessio de notas . Acordes consonantes é dissonantes Amélise dos aeordes ...... Cap, IX — Formacao do som Cap. K — Sérle harménica Formacho da série harménica ‘Origem: dos intervalos consonantes e dissonantes Grigem dos acordes .... Cap.XI — Compasses mistos — Compasses alternados Compassos mistas Compasses alternados Cap. XII — Enarmonia Notas enarmanicas Intervalos enarménicos - Escalas enarménicas . Acordes enarménicos ae XII — Géneros musicals - . XIV — Transposicao eeapralbiades + Transposigio escrita - Transpasigha Uda . Cap. XV — Ornamentos Generalidades . Apogiatura ‘youes na escala geral . Floreio Portamen: Cadéncia melodica Arpejo .. APRECIACAO ‘MUSICAL Crigens ¢ evolucao da miisiea ‘A musica nos tempos pré-histéricos . A misica na antigiidade . A arte musical no Egito A arte musical dos Arabes . A misica dos Assirios, Babilinios e Caldeus A arte musical dos Hebreus A arte musical dos Indianos , A_arte musical na velha China . Antigilidade Classica A arte musical dos Gregos . A musica dos Romanos . A misica na dade Média © Canto Gregoriano .. Notacto musical na Idade Média Sistema musical medieval , Origens da Polifonia .. Cs trovadores e 2 cat © Teatro na Idade Média Renascenea ... A miisica sacra e profana na Renascenca G melodrama — Origem da Gpera ., Classicismo A orquestra wane eee sais A Harmonis: . Monteverdi e J. F. Rameau Formas da miisica cldssica , Os grandes clissioos . Komantismo ........... Expansées harmdnicas, melodicas ¢ ritmicas . Expansao das formas musleais Frincipais mtsicos rominticos Miisieos modernos Escola Russa Musica e musicos contemporineos . A miisiea no Brasil . Dados biogrificos de muisicos. brasileiros Padre José Mauricio . Carlos Gomes .. Alberto Nepomuceno . Henrique Gswald Lorenzo Fernandes Barroso Netto .. Luciano Gallet .. Helior Villa-Lobos Camargo Guarnieri Francisco Mignone Agnello Franca Agsts Republisang Paulo Silva ... José Vieira Br: José Siqueira oo. . ces... Octavio Maul . popular. CAPITULO I TONS VIZINHOS — TONS AFASTADOS I — Tons vizinhos Sao considerados tons vizinhes os tons que tém: a) a mesma armadura de clave b) uma alteracdo a mais na armadura c) uma alteracio a menos na armadura. Exemplo: Fa ¢ menor (3 2) — mesma armadura Mi maior ¢ Dé ¢ menor (42) — 1 alteragio a de Maioe (38) mais na armadura é vizinho de Ré maior e Si menor (2 $ ) — 1 alteragao & menos na armadura. Entre tons vizinhos as notas que tém a mesma entoagio chamam-se notas comuns; as que tém entoacdo diferente chamam-se notas caracte- risticas (ou notas diferenciais). Exemplo: Entre La maior (22) e Fa ¢ menor (3%) so notas comuns: 14 - si - d6¢- ré- fag - solg; a nota caracteristica é mi, por ser mi natural em Léa Maior e mit em Fa ¢ menor. © tom do qual se procuram os vizinhos chama-se tom principal. Os tons vizinhos guardam entre si certa relacio de maior ou menor afinidade, ou seja, afinidade direta ou indireta. De acérdo com tal afinidade os tons vizinhos se classificam como: vizinhos diretos e vizinhos indiretos. 8 MARIA LUISA DE MATTOS FPRIGLLI Tom relativo do tom principal Vizinhos | Tom da subdominante (encontrado & 5.* justa dineton inferior da t6nica do tom principal) Tom Tom da dominante (encontrado 4 5.4 justa su- principal perior da ténica do tom principal) Vizinhos { Tom relativo do tom da subdominante indiretos || Tom relative do tom da dominante. Cada tom tem, por conseguinte 5 tons vizinhos, sendo 2 diretos e 2 indiretos, Observa-se qué os tons vizinhos direitos correspondentes aos tons da subdominante e da dominante devem ser do mesmo modo do tom princi- pal; os vizinhos indiretos sao de modo diferente do tom principal. Exempla; Ré Maior (2#) — Tom principal Si menor (24) — tom relativo La Maior (82) — tom da dominante Vizinhos diretos. Sol Major (1) — tom da subdominante Fa 3 menor (32) — relativo da dominante Mi menor = (13) — relativa da subdominante } vie indiretos Dé menor = (35) — tom principal Mi Maior (35) — tom relative Fa menor (4b) — tom da subdominante Vizinhos diretos Sel menor (25) — tom da dominante La} Maior (45) — relativo do tom da subdominante Vizinhos Sip Maior (25) — relativo do tom da dominante indiretos Nota-se também que todos og tons vizinhos tém na armadura alte- ragbes da mesma espécie do tom principal. Os tons de Dé Maior e La menor (escala modélo) por nao terem armadura, tém como vizinhos os tong que tém 1 2 15 na armadura. Quanto 4s notas caracterislicas observa-se que: FRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE g 1 — Se o tom principal fér do Modo Maior: a) 08 vizinhos diretos tém uma nota caracteristica b) os vizinhos indiretos tém 2 notas caracteristicas Se o tom principal fér do Mode menor: a) os vizinhos diretes tém 3 notas caracterfsticas (com exce- gdo do tom relative que tem apenas 1. b) 0s vizinhos indiretos tém 2 notas caracteristicas. Quando entre dois tons ha mais de uma nota caracteristica, uma delas sera a caracteristica principal e as outras caracteristicas se- eundarias, Caracteristica principal € aquela que melhor distingue determi- nada tom. Procuremos, entio, os tons vizinhos de um tom maior indicando ae notas caracteristicas. Vejamos, por exemplo, os vizinhos de Si b Maior: Tom principal Nota: CP é a caracteristica principal Vejamos agora os tons vizinhos de Fa ¢ menor: f) Lim Chemsht) Sittin ae rel deal Dé fret tinm cla donot QUESTIONARIO 1 — Quais sio os tony considerados vizinkos? 2 — Que sio netas comuns? 3 — Que sao notas carseteristieas? 4 — Que outro nome ttm as notas caracte- misticas? § — Qual © tom chamado tom principal? 6 — Como se classificam 03 tons vizinhos? T — Quals sio os vizinhos diretos do tom principal? § — E quais si0 08 visinhos Indiretos? 9 — Quantog vizinhes tem cada tom? 1) — Se o tom nrincipal for do modo maior de que modo serdo os vizinhos diretos? 11 — & oa viainhos indiretos? 12 — Se o tom Principal far do mode menor de que modo Serao os vizinhes diretos? 13 — 2 os Visinhos indiretos? 14 — Quando entre dois tons Ha mais de uma nota earacteristica, como se denominam essas notas? 15 — 4 que nota se da o nome de earacteristica principal? EXERCICIOS 1—Indicar as notas comuns entre Sol Maior e Mi menor; Ré Maior ¢ Sl menor; Mi Maior e Da menor: De $ menor e MI Maior; Fa menor e L& Major; Sl, Malor e Sol menor. Soli © Mim PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE i 2 — Indicar as notas caracteristicas entre Ré Maior e Si menor; Fa Maior, e Ré menor; La ) Maior e Fa menor; Sol # menor e Si Maior;Si 5 Maior e Sol. menor. Bifsorve iad 3.— Procurar os tons visinhos de Sol Maior, Ré Malor, Fa Maior, Mi § Malor, Si Maior « Mi Maior. Movéto: Sol Mt Re A De M (tem da com) (tom da -raibielom.) a Si om LA om tralet: tom cl lem) —_taehut tim da nebo) os 4 — Procurar os*tons viginhes de: Sol menor, Sl menor, Dé menor, D6 ¢ menor, Ré ¢ menor e Si pmenor (de acérdo com o modélo anterior). §— Procurar cs tons visinhos (indicando as notas caracteristicas) de: Fa Major, Ré Malor, Mi } Maior e Sol Maior. (Para modélo déste exercicio tomem os exempios dados nas paginas 8 © 10), 6 —Procurar os tons vizinhos (indicanda as notas caracteristicas) de Ré menor, Dé menor, Ml menor e FA menor. 7—Indicar as notas comuns entre Dé Maior ¢ Fa Maior, Sol Mator e La menor, La Maior © Mi Maior, Si menor e Fa ¢ menor, Dé menor e Fa menor & — Indicar as notas caracteristicas entre Sol Maior ¢ Si menor; Re b Maior e La p Malor; Dé menor e Sl Maior. 9— Frogurar os tons vizinhos (indicando as notas caracteristicas) de: Do Malot, Mi Mator, Si | menor, Fi 4 Mator, Dd menor, Si menor; LA me- nef RE b Malor, Sol menor, Sol Malor, Ml} menor, Li Maior, Fi * Malar © Sol z menor. Il — ‘Tons afastados, ‘Tons afastados so agquéles que diferem na armadura por 2 ov mais alteracées (a mais ou a menos). Também sio tons afastados aquéles que tém as armaduras forma- dag com alteracdes de espécies diferentes, isto é, um tom tem armadura de ¢ e outro, armadura de be Exemplos: Ré Maior (27) — Si Maior (53) Mip menor (G5) — Fa Maior (1 B) Sol Maior (12) — Sip Maior (2)) Dé menor (0)) — Ré menor (16) Ré > Maior (55) — Mi menor (14) Observacda: Embora os tongs homdnimos sé diferenciem na armadura por 3 alte- ragdes, muitos teéricos os consideram tans préximos, porquanto as teorias harménicas demonstram que entre suas notes hi grande relagio de afinidade, Exemplo: Dé Maior e Dé menor — tons préximos. Mi b Maior e Mi 5 menor — tons préximos Fa ¢ menor e Fi ¢ Major — tong préximos. Pelo mesmo motivo séo considerados também tons préximes do tom principal og homénimos dos tons vizinhas, QUESTIONARIO 11 I — Qunis sao os tons considerados tons afastados? 2 — Por que razio Ré Malor € Si Malor sio tons afastados? 3 — DG menor e Ré menor sao tans vizi- mhos ou afastados? Porque? 4 — For que razio os tens homénimos io consi- deracos tons proximos? PRINGIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 13 EXERCICIOS 1 — Dar 5 tons afastades de La Maior. 2— Dar 3 tons afaslados de SI } Malor que tenham também armaduras de h. 3— Sendo Ré Maior o tom principal, separar, em duas eolunas, os tons vizi- mhos © os tons afastados: Mi Malor, Sol Malor, Sol menor, Fa Maior, La Maior, FA $ menor, Si Maior, Dé menor, Dd ¢ Maior e Mi menor, 4 — Dar 6 tons afastados de Fi menor. 5 — Sendo Sol menor o tom principal, separar, em duas colunas, os tons vizl- hos ¢ 03 tons afastados: Sl} Maior, Dé menor, Dé 2 menor, Si } menor, La Malor. Fa Mator, Ré menor, FA Maior, Ré | Maior, Mi | Maior e 81 menor CAPITULO II ESCALAS CROMATICAS (GENERALIDADES; ORIGEM DAS NOTAS CROMATICAS; ESCALAS. CROMATICAS DO MODO MAIOR; ESCALAS CROMATICAS DO MODO MENOR) T — Generalida Escalas cromiticas sao aquelas formadas exclusivamente por inter- valos de semitons, diaténicos © cromiiticos. Para formar uma escala cromatiea é bastante tomar uma escala dia- toniea ¢ intercalar semitom entre os graus separades por intervalo de tom, Vejamos como proceder para fazer uma escala cromatica: a) escrevem-se tédas as notas da escala diaténica ; b) maream-se com ligadura os graus separados por semitons naturais; ¢) intercala-se semitom entre os graus separados por tom. Essag notas interealadas entre os intervalos de tom chamam-se: notas eromdticas on notas alteradas. Devemos também, tanto quanto possivel, acentuar a subida da es- cala com alteracées ascendentes ce a descida com alteracdes descendenies. As escalas cromatieas também podem ser do mode maior ou do modo menor, dependends (como nas escalas diaténicas) do intervalo formado pela tonica (I granu} e a mediante (OT grau) e pela toniea © a super- dominante (VI grau). No caso de tais intervalos serem maiores ou me- mores a escala cromatica sera, respectivamente, do modo maior ou do modo menor. PRINCHEIOS BASCOS DA MUSICA FARA A JUVENTUDE ae Entram na constituigio dessas escalas 13 notas (8 naturais e 4 alte- radas), formando 12 semitons (5 cromaticos e 7 diaténicos). Désses 12 semitons, 2 sio naturais ¢ 10 alterados. Tl — Origem das notas cromaticas. £ importante saber que, numa escala crematica, as nolas cromaticas devem ter certa relacao, isto é, certa afinidade com a escala dialénica que lhe corresponde. Em outras palavras, as notas eromatieas devem perten- cer aos tons afins, isto é, vizinhos ou préximos da escala diaténica- # essa, pois, a origem das notas crométicas. lil — Esealas cromdticas do modo maior. ‘Tomemos, por exemplo, a eseala diaténica de D6 Maior e, obedecen- do as regras dadas, fagamos a sua cromatizacio: Analisemos a origem das notas cromaticas intercaladas e vejamos em que tons vizinhos se encontram as mesmas. ata MARTA PISA DE MATTOS PRICLLI £ I ene Dé 4 — sensivel de Ré won| Ré ¢ — sensivel de Mi call i Fa ¢ — sensivel de Sol Maior | relative de tom da aA as] vizinho de D6 Maior relative do tom da dominante vizinhe de Dé M. tom da dominante vizinho de Dé Maior = a tom relative Sol 4 — sensivel de La menor vizinho de Dé Maior Sip — Emprega-se, de preferéncia, o si ) (em lugar de la 4) por- que pertence a Fa Maior — tom Pe subdominante — vizi- PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE i nho de D6 Maior), ao passo que, 14 ¢ 36 pertence a tons afastados, Escala descendente; Si» — IV grau de Fa mee bala La p — VI grau de Dé menor [ Oren Fa ¢ — Emprega-se, de prefertncia, o 14 ¢ (em lugar de sol b), por- que é a sensivel de Sol Maior (tom vizinho de Dé Maior), enquanto que o sol ) sé pertence a tons afastados, Mi ) — UI gran de Dé menor [ tom da subdominante vizinho de Dé Maior tom homénimo tom préximo de Dé Maior tom homénimo | tom préximo de Dé Maior 18 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI = Ré } — Embora nao pertenga a tom vizinho o ré ) acentua o movi- mento descendente da escala e por ser alteracio descenden- te transforma-se em nota atrativa, pedindo resolugdo sobre o Dé. O ré } pertence também ao tom de F4 menor (homénimo do tom da subdominante), considerado tom préximo de Dé. Maior. Observamos entdo, que na subida da escala cromatica do modo maior usam-se alteragies ascendentes, com excecio no VI grau, na descida usam-se alteracées deseendentes, com excecdo no IV grau. Também podemos usar o seguinte meio pratico para formar as escalas cromdtieas do modo maior: na subida — o [II e o VI graus nao devem ser alterados, logo, ndo de- vem ser repetidos. na descida — repetem-se todos os graus, menos o Ie o V graus, tam- bém, porque nao devem ser alterados, Exemplo: Escala cromitica de Sol Maior: IV — Eseala cromitica do modo menor. Para formar a escala cromitica do modo menor usa-se 0 mesmo pro- cesso das escalas cromaticas do modo maior. PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA 4. JUVENTUDE. 19 Tomemos, por exemplo, a éscala’ diaténica de LA menor (forma pri- mitiva) e fagamos a sua cromatizacio: Para analisar a origem das notas crométicas procuremos os tons vi- zinhos a que pertencem. Escala ascendente: Sip — Emprega-ge o si § (em lugar de lA #) porque pertence ao tom de Ré menor (tom da subdominante, vizinho de La me- Nor), 20 passo que, o li + pertence a tons afastados. tom da subdominante Dé$ — VII grau de Ré menor vizinho de La menor E tom da dominante Ré ¢ — VU grau de Mi menor vizinho de Lé menor LA tom da dominante Fa#—I grau de Mi menor vizinho de La menor Sol — E a sensivel, VIT granu do préprio tom de La menor, que & como sabemos, uma nota allerada para formar semitom com a tOnica, Pertence ao tom de La Maior (homénimo de La menor), considerado tom préximo de La menor. Escala descendente: Faz-se a deseida da escala cromética do modo menor, exatamente, com 48 mesmas notas da escala ascendente. Assim sendo, as notas cro- maticas por serem as mesmas da subida da escala, tem a mesma origem. Vejamos: Ric Rém Mtom Minn LAMLAM Nitem Minn Récn Reon —e tee { Observa-se que as notas cromaticas das esealas eromdticas menores tém origem nos tons da subdominante ¢ da dominante, com excegio da alteracio do VII grau que pertence ao tom homdénimo; e também que, nas escalas cromitieas menores (subida e descida) usam-se alteracdes ascendentes, menos no II grau, cuja alteracio deve ser descendente, Meio pratico para formagio das escalas cromaticas menores: FRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 21 Na subida — o I e o V graus nfo devem ser alterados, por conse- guinte, nfo sio repetidos. Na descida — é perfeitamente igual a subida. Observacio: As notas alteradas de uma escala cromatiea do modo menor sao as mesmas encontradas na subida da sua escala relativa maior cromética. Exemplo: A descida das escalas cromaticas homénimas é perfeitamente igual. De Mh. QUESTIONARIO FIL 1 — Que s8o escalas cromiticas? 2 — Como se deve proceder pera formar uma escala cromdtica? 3 — Come se chamam as notas intercaladas entre a5 notas naturals? 4 — Como reconhecemos as escalas cromdticas do modo maior e do modo menor? 5 — Quantas notes entram na constituicéo de uma eseala cromitica? 6 — E quantos semitons? 7 — Expltear como se acha a origem das Rotas cromitieas, 8 — Por que razdo se emprega, de preferéncla, si ) em lugar de 1 3, na subida da escala cromitica de Dé Maior? 9 — Por que rao se em- prega, de preferéneia, fa ¢ em lugar de sol, na deseida da escala cromatica de 22 MARIA LUISA DE MATTOS PRIGLLI Do Maicr? 10 — Ainda na descida da mesma eseala, por que ravdio se emprega oré }? 11 — Na sublda das escalas cromaticas maiores tGdas as alteracdes em- pregadas sio ascendentes? 12 — E na descida, tédas as alteracdes empregadas sho descendentes? 13 — Qual o melo pritico usado para formar as escalas cro- maticas maiores? 14 — Como se formam as escalas eromtleas do modo menor? 15 — Como se faz a descida das esealas creméticas do mode menor? 16 — Qual @ orlgem das notas cromiticas nas esealas cromaticas do modo menor? 17 — Nas escalas cromAticas menores em que grau se usa alteragio descenden- te? 18 — E em que graus sho empregadas as alteractes descendentes? 19 — Qual o melo pratico usado para formar as esealas cromaticas menores? 20 — Qual a relaao existente entre as notas alterndas de uma escala cromatica menor @ as da sua relatiya maior? EXERCICIOS 1 — Fazer todas as esealas cromaticas matores com armadura de sustenidos, indicando a origem das notas cromiticas (tomar como modélo a eseala de Sol Maior que se encontra na pagina 18). 2— Fazer, como no exercicla anterior, tédas as escalas cromAticas maiores com armadura de bemdis. 3— Fazer todas as escalas cromaticas menores com armadura de sustenidos, indicando a origem das notas cromaticas. 4— Fazer, como no exerciclo anterior, tidas as escalas cromAticas menores com armadura de bemdis. CAPITULO III MODULACAO A modulagio consiste na Passagem de um tom para outro, no decor- rer de um trecho de miisica, Exemplo: DéM —_ Rem. Do M—__, = Sh P55 © trecho, no qual se encontram modulacées, chama-se modulante (o exemplo anterior é um trecho modulante). O trecho inteiramente escrito num sé tom, isto ¢, sem modulagies, chama-se unitdnico. Exemplo: O trecho deve comecar e terminar no mesmo tom, contuco, pode co- miecar em um modo e terminar em outro, Quando ha mudanga de modo na terminacio é, geralmente, de menor para maior, Exemplo: or Manes LUA VE MATION FPRICLLI O tom com © qual se inicia e termina um trecho de musica chama-se tom principal. Os tons pelos quais se passa no decorrer do trecho sho de- nominados tons accessérios ou secunddrios, Quando a modulacio perdura por algum tempo, e o nove tom toma feigho de destaque, & costume mudar-se a armadura da clave: porém, se 2 modulacdo é répida ¢ volta logo ao tom principal ou continua passando ligeiramente por outros tons até voltar, definitivamente, ao tom princi- pal, usam-se os sinais de alteracdes acidentais necessdrios e@ conserva-se sempre a armadura do tom principal. Se @ modulacio toma feigho destacada, fazendo-se sentir em téda sua plenitude, ou terminando um perfodo da composigio musical chama- se modulacio definitiva. Quando 2 modulacio volta imediatamente ao tom principal ou faz passar por vdrlos tons até voltar ao tom principal é chamada modulacio passageira. As modulacdes podem ser efetuadas para tons vizinhos ou afastados, Os diferentes processos para se modular constituem parte do estudo de Harmonia, Hé, também, modulacgies chamadas eneobertas que, ad- mente os conhecimentos aprofundados de Harmonia revelam o tom em que se encontram. Isto, porém, o estudante conhecera mais tarde, em mo- mento oportuno, Contudo, em uma melodia escolar, contendo modulagdes bem simples, para tons vizinhos diretos ou para os tons homénimos, pode-se perfeita- mente reconhecer as modulacdes se observarmos as seguintes regras: I — Se o trecho est em modo maior: 2) a alleracio ascendente do IV grau provoca modulagio para 0 tom da Dominante. PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 35 c) a alteracio ascendente do V grau provoca modulag&o para o seu relativo menor. d) as alteracées descendentes do TI ¢ do VI graus provocam mo- dulagées para o homénimo menor. DsM__, Dé II — Se 0 trecho esta em modo menor: 8) a alteracao descendente do VII grau provoca modulacio para o seu relativo Major. L&nm. Det. og, a =e z ez “ete a, b) as alteragées ascendentes do II ¢ do VI graus provecam mo- dulac%o para o seu homénico Maior. QUESTIONARIO IV 1 — Que é modulagio? 2 — Que é um trecho modulante? 3 — Como se ehama o trecho escrito num sé tom? 4 — Pode o trecho comecar ¢m um modo € terminar em outro? 5 — Como ée chama o tom com que se inicla e termina © trecho? 6 — Que sio tens accessérios? 7 — Que outro nome tém os tons accessérios? 6 — Quando 6 que 5¢ muda a armadura da clave em conseqiiéncia da modulacho? 8 — Que ¢ modulagig definitiva? 10 — Que 4 modulacHo passa- getra? 11 — Em melodia escolar, se o trecho esté no mode maior, qual a mo- dulngie provocada pela alteragio ascendente do IV grau? 12 — E pela alteragio descendente do VII grau? 13 — E pela alteracio ascendente do V grau? 14 — B pela alteracio descendente dos IT # VI graus? 15 — Se o trecho estiver no modo Menor qual & modulacko provocada pela alteragio descendente do VIL grau? 16 — E pelas alteragies ascendentes do II e VI graus? EXERCICIOS 1 — Indicar as modulagdes: CAPITULO IV VOZES Meninos ¢ menines possuem em geral na infancia a mesma voz — vou de crianca. Algumas vézea a vor de crianga é dotada de certo volume e intensi- dade suficiente para educd-la, emprestando-lhe o seu timbre juveni! um atrativo todo peculiar. Neste caso, poderd a voz da crianga ser aprovei- tada musicalmente como solista ou em cores. Nos adultos as yozes dividem-se em masculinas @ femininas e, quan- do educadas, so classificadas conforme a sua tessitura e, principalmen- te, conforme o seu timbre, A tessitura da voz consiste no conjunto de sons que ela pode emitir naturalmente, isto 6, sem esféreo. O timbre é a principal qualidade da voz. & pelo timbre que distin- fulmos a vor de cada um em um grupo de pessoas, De acérdo, pois, com a tessitura e o timbre assim se classificam As vores: tener soprano masculinas baritono femininas meio soprano haixo contralto Diapaséo (ou registro) de uma voz é a sna altura na escala musical. © diapasio pode ser: contralto meio soprana soprano grave { médio { agudo. e baixo baritono tenor A extensiio das vozes no pode ser medida com precisio, porquanto ha vozés, extraordiniriamente dezenvolvidas, que ultrapassam os sons graves ou sgudos da tessitura normal. As vores capazes de ultrapassar 0 limite normal chamam-se vozes solistas. As vozes menos desenvolvidas AxLA LUIGA DE MATTOS PRIGCLLI que guardam o limite de extensdo normal sio chamiadas vozes corais (vozes que cantam em coros). Extensio das vozes corais (nas claves de Sol e Fa na 48 linha). Pelo exemplo dado acima verifica-se que tanto as yozes femininas eomo as vozes masculinas sio separadas entre si por um intervalo de 3." Da voz feminina mais grave (eontralto) para a yor masculina mais agu- da (tenor) ha intervalo de 4.4, PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 29 Chamam-se vozes correspondentes aquelas que pertencem ao mes- mo diapasio, assim sendo, cada vox feminina tem a sua voz corres: Pondente masculina © vice-versa, Vozes correspondentes: Soprano — tenor Meio soprano — baritone Contralto — baixo, As vores correspondentes sao separadas por intervalo de 8.4, Antigamente cada yor usava uma clave particular: Baixo — clave de Fa na 4.8 linha, Baritono — clave de Fa na 3.4 linha. Tenor — clave de Dé na 4.* linha, Contralto — clave de Dé na 3.4 linha, Meio soprano — clave de Dé na 2.8 linha, Soprano — clave de Dé na 1. linha, Estensiio das vozes corais nas claves antigas, Atualmente usamos para tédas a= vozes, somente as claves de Sol ¢ Fé na 4." linha, Para as vozes femininas usa-se a clave de Sol, e para as vores maseulinas, a clave de Fa na 4* linha, com excegiio da vor de tenor que € comumente escrita na clave de Sol e entoada uma 8." absixo, Tam- bém se usa colocar depois da clave de Sol uma clave de Dé na 4.* linha quando a melodia é para tenor. A esta dupla clave dé-se o nome de clave mista. Exemplo: As Vores mais comumente encontradas slo: o meio soprano e o baritono, O quarteto vocal classico é constituido pelas vozes do diapardo grave e do diapasio agudo, Soprano (1.4 voz Contralto (2.9 -voa) Quarteto voral eldgsico Tenor (3.8 vor) Baixo (4 vou) PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE ar De acérdo com o timbre, ¢ também, conforme Seja a tessitura mais desenvolvida para o grave ou para o ajrudo alzumas vozes se subdividem em varios tipos, como: ligeiro Voues Infantis soprano lirico dramatico Trico femininas { dramatico sopranino eer contraltino agudo grave baritona Masculinas { tenorino cantante profundo baixo QUESTIONARIO y — Glando @ gue pode ser aproveitada musicalmente a vor da orlanga? 2 — Como se dividem as vores dos adultos? 3 — Quo & tessitura? ¢ — Que é timbre? 5 — Como se classificam as yozes‘de acdrdo com a tessitura e 0 timbre? § — Que @ diapasio da voz? 7 — De aedrdo com o diapasile como sé clascificam as vores? 8 — 5 possivel medir exatamente a extenaio das vores? § — Como se chamam &5 vozes que ultrapassam a extensio normal? 10 —O que quer diser Vores corals? 11 — Qual 2 extensio das vores femininas, colocanda as notas na Glave de Gol — (6 suficleute citar as notas que limitam a extensio; exemplo: mentar superior; ete.). 12 — Qual a extenso das vozes Masculinas colocando. Ss notas na clave de Fa na 44 linba? — 13 — Qual o intervalo que separa as Youes masoulinas? 15 — Qual o intervelo quo separa o contraltoda tenor? 16 — Que sio voses correspondentes? 17 — Qual a voz correspondents do so- Prano? do barltono? do contralta? do tenor? da batxo? do meio soprano? 18 — Qual o Intervalo que separa as yozes correspondentes? 19 — Qual a clave usada, antigamente, para a soprano? Bara o baritono? para o tenor? para o tnelo-soprano? para o contralto? para o baixo? 20 — Qual a extensSo do so- Frano, eolocando is notas na sua clave atitiga? 21 — & a do melo soprano? 22 — E a do contralto? 23 — § a do tenor? 24 — E a do baritono? 25 — Ba do baixo? 26 — Atualmente qual a clave usada PRA 88 yoxes femininast 27 — E para as vores masculinas? 28 — Qual a clave usada pera o tenor? 29 — Que ¢ clave mista? 30 — Quals sio as voces mais comuns? 31 — Qual o Ginpasio das vores do quarteto vocal classico? 32 — Quais as voues que consti. tuem 0 quarteto vocal elissico? 33 — De acérdo com o timbre e a tessitura quais 08 varios tipos de soprano? de tenor? de baritone? de baixo? GAPfTULO V UNISSONO (GENERALIDADES — {SSONO NAS CLAVES) I — Generalidades: A palavra unissono significa — 0 mesmo som. ‘Chama-se tocar ou cantar em unissono quando dois ou mais instru- mentos, ou duas ou mais vozes, tocam ou cantam, simultineamente, a mesma melodia, : Na execugdéo em unissomo os sons devem guardar exatamente a mesma altura. Exemplo: Unissono Entretanto, di-se também o nome de unissono 4s melodias executa- das, simultineamente, por varias vozes ou instrumentos, embora este- jam as notas em diferentes oitavas. Exemplo: Unissoxo PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE xs © unissono nas claves consiste em escrever o mesmo trecho de mii- sica em claves diferentes, porém conservando, precisamente, a mesma altura de entoagio. Exemplo: Para escrever com facilidade conservando o unissono nas claves, é necessirio conhecer bem a posi¢io do D6 central em todas as claves. Dé central: Dé central em todas as claves: ss MARIA LUISA DE MATTOS PRIGLLI Convém observar que, as notas escritas em linhas tém o seu unisao- no escrito também em linha, seja qual for a clave; as notas escritas em espagos tim também o seu unissono escrito sempre em espaco, QUESTIONARIO VE 1— Que significa a palavra unissono? 2 — Que quer dizer tocar ou cantar em unissone? 3 — Qs sons executados em unissono devem: guardar a mesma al- tura? 4 — Em que consiste o unissono nas claves? 5 — Onde se escreve a Dé central na clave de Sol? 6 — E nas claves de DG? 7 — E nas claves de Fa? EXERCICIOS .1— Determinar se as notas dadas se encontram acima ou abaixo do Dé central, =R= Serpe eT = — Escrever a seguinte melodia nas claves antigas de soprano, melo-soprano @ contralto, PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 3 — Escrever nas clayes antigas de meio-soprano, tenor ¢ contralto. 5 — Eserever nas claves de Sol e FA na 3.* linha: CAPITULO VE DIAPASAO NORMAL — ESCALA GERAL (REGIAO CENTRAL E EXTENSAO DAS VOZES NA ESCALA GERAL) 1 — Diapasao normal. Chama-se diapasio normal a nota li que se escreve no 2.° espaco da. pauta (lida com a clave de sol), ¢ que funciona como base de afinagao para os instrumentos da orquestra. Diapasio normal: Il — Escala geral. Chama-se escala geral 0 conjunto de todos og sons musicais que o ouvido pode classificar e analisar. Compreende 97 sons, sendo o mais grave o 5.° dé abaixo do diapasao normal ¢ o mais agudo, o 4.° dé acima do mesmo diapasiio. Para que se possa designar a altura exata dos sons, sem auxilio da pauta ¢ das claves, di-se a cada nota um nimero de ordem. Para essa numeracio usa-Se 0 seguinte processo: a) da-se um niimero a cada nota Dé da escala geral, Assim 0 6.° Dé abaixo do diapasdo normal (0 som mais grave dessa escala) 6 desiznado da seguinte forma: Dé-2 (lé-se Dé menos 2). O Dé imediatamente supe- rior a éste seri o Dé-1, e os subseqiientes: Dé1, Dé2, D63, Do4, D65, D66, e D67 (0 som mais agudo da escala geral), b) cada uma das 8 oitavas da eseala geral recebe um numero, cor- respondente 4 nota Dé com a qual ela comega, PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE a Teremos, entio, as oitavas assim numeradas: 88 —2 (do D6-2 ao Dé-1) 8.3 —1 (do Dé-1 ao Dé 1) ga 1 (do Dé1 ao Dé 2) 88 2 (do D62 ao Dé 3) &# 8 (do D63 ao Dé 4) 8* 4 (do Dé4 ao Dé 5) 8" 5 (do D65 ao Dé 6) 82 6 (do Dé66 ao D6 7) ¢) tédas as notas compreendidas dentro de cada 8.9, serao desig- nadas pelo seu nome seguido do ntimero correspondente A 8.* dentro da qual se encontram. As notas contidas dentro da 8.98, por exemplo, serio assim numeradas: D683, Dé ¢ 8, R68, Ré ¢ 3, Mi3, Fa3, etc. 0 Dé3 é chamado Do central por ser a nota que se acha exatamente no meio da eseala geral, De acérde com a altura dos sons, a eseala geral se divide em cinco regiées: regiao sub-grave (ou gravissima) — comecando no Dé-2 ¢ terminando no Dél regiiio grave — comecando no Dé 1 e terminando no Dé2 regido média — comecando no D62 e terminando no Dé4d regifio aguda — comegando no Dé4 e terminando no Dé5 regiio super-aguda (ou agudissima) comecganda no D65 e terminando no D67 Como vimos, as regides sub-grave, média e¢ super-aguda percorrem, duas citavas; as regiées grave e aguda, percorrem apenas uma 8.*. TI — Regiao central ¢ extensfio das vozes na escala geral. As 3 regides, grave, média e aguda formam a regiao central. Esta regifio abrange assim, quatro oitavas (inicia-se no D61 e¢ termina no D6 5) e dentro dela se enquadram a extensiio de tédas as vores e a ex- tensio dos principais instrumentos de corda. Vejamos a extensdo das vozes na escala geral: MARIA LUISA DE MATTOS PRIGLLI Vozres maseulinas: Baixo — do Fil ao Ré3 Baritono — do Lil ao Fad Tenor — do L642 a0 Lad Vozes feminiaas: Contralty do Fa2 ao Réd Meio-soprane — do La2 a9 4 Soprano — do D63 ao Lid (Observa-se, perfeitamente, pela numeracie, 1 diferenca de uma ge entre as vozes correspondentes). Como vemos, extensdo das vozes se achu compreendida na regifio central, isto 6, do Fil ao Lad. Também as claves pertencem ay diferentes regides (grave, média e igucda) da regiéo central: as claves de Fa na 3.8 linha e na 4. linha ser- ver para a regii¢ graye; as claves de Dé na 24, 38 ¢ 4.8 linha, para a wegiao média; a clave de D6 na 1% linha e a clave de Sol, para a regiga ayuda. A numeracio dos sons da eseala geral di'o n.° 1 4 se- guinte nota por ser esta a nota com que se inicia a re- ea gido central, Del Esta nota corresponde também & corda mais grave do violoncelo (nstrumento que figura como baixs no quarteto de cordas). =, pois, a regiéo central, « regio mais importante da eseala geral. Toda a escala geral pode também, ser escrita apenag na clave de Fa na 4° linha e nu clave de Sol, com uuxilio de linhas suplementares ¢ com a linha de 83, © instrumento que percorre téda « escala geral é o grande érgao. © instrumento que emite com maior clareza o D67 (iltima nota da ecerda geral) é 0 flautim. : PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 39 40 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI QUESTIONARIO VII 1 — Qual é a nota que recebe 0 nome de dispasio normal? — Porque? 2 — Que @ esenla geral? 3 — Quanteos sons compreende a escala geral? 4— Quantes sao os sons naturais ¢ quantos si os sons alterados? 5 — Qual 60 50m mais grave dessa escala? § — E o som mais agudo? 7 — Como podemos designar 9 altura exata dos sons sem auxilio da pauta e das claves? 8 — Expli- que como se faz a numeragéo da escala geral. 9 — Por que razio o DOS se cha- ms D6 central? 10 — Quantas ¢ quails sio as regides da escala central? 1. — Determine onde comeca ¢ termina cada regiao. 12 — Quais sio as re- gides que percorrem duas citavas? 13 — Quais séo as reglées que percorrem uma oltava? 14 — Quais sio as regiées que formam a reife central? 15 — Onde se inicia e termina esta regiio, e quantas oitavas abrange? 16 — Em que regido se enquadra o conjunto de tédas as wozes? 17 — Determine a exten- #80 das vozes masculinas dentro da escala geral, 18 — Determine a extensao das vores femininas. 19 — A que regio pertencem as claves de Fa na $e na, 48 linba? 20 — Quais as claves da regido média? 31 — EF as da regiio aguda? 24 — Por que rasio di-se o mimero 1 no Dé que se escreve na 2.8 linha suple- mentar inferior, na clave de Fi na 4.“ linha? 23 — Qual a regia mats impor- tante da escala geral? 24 — Qual o instrumento que pereorre téda essa escala? 36 — Qual o instrumento que emite com maior clareza o Dd7? EXERCICIOS 1 — Escreva 0 D63 (Dé central) nas claves de DG na 1% linha, Dé na 3 linha, Fa na 34 linha e Fé na 4" linha. Madeio 2 — Esecreva na clave de Sol as seguintes notas: Mi3, S013, Si3, DO3, Ré4, ‘Lad e Fad. 2 — Esoreva na clave de Fa na 4" linha: Dé2, Sol2, Do3, Ré3, La2, Lal, Fil, Sil, Dé, CAPITULO VII NOTAS ATRATIVAS (SUA RESOLUCAO NATURAL) Chamam-se notas atrativas (ou notas de movimento obrigade) aquelas que pedem resolugdo sébre outra determinada nota. As principais notas atrativas sio: a) o VII grau (sensivel), que pede resolucio ascendente para a tonica ; b) o IV grau ( subdom ), que pede resolucio descendente para o Ill grau. Vejamos as notas atrativas de Dé maior e suas resoliigdes: Esses dois graus (VII e IV) 86 tém, entretanto, tendéncia atrativa quando ouvidos simultaneamente, pois formam intervalo harménico dis- sSonante, isto é, uma 4." aumentada ou a sua inversao, 5." diminuta. As notas que servem de.resolugao formam intervalo consonante. Deduz-se dai que, téda dissonineia tem resolugio natural sébre uma consonfincia. A nota atrativa 6, pois, quase sempre, parte integrante de uma dis- sonancia, e o fato de resolver sbre outra nota 6, justamente, para se aproximar de uma consonancia. MARIA LUISA DE MATTOS PRIGLLI QUESTIONARIO VIIE 1 — Que sao notas atrativas? 2 — Quais sao as Principais notas atrativas © suas resolugdes? 3 — Que intervalos formam €ssas notas atrativas quando ouvidas simultaneamente? 4 — Sobre que intervalos resolvem? EXERCICIOS Dé as notas atrativas (em intervalo harménico) © suas resolucées naturais, dos seguintes tons: Sel maior, Ré menor, La menor, Fa malor e Si menor, CAPITULO VIL ACORDES (GENERALIDADES — DIFERENGA ENTRE © BATXO E A FUNDAMENTAL — FORMACAO DOS ACORDES EM GERAL — ESTADOS BOS ACORDES — INVERSAO POS ACORDES — ACORDES DE 3, 4 E § SONS; SUA FORMAGAO E SUA COLOCACAO NAS ESCALAS MAIORES FE MENORES — ORDEM E PO- SICAD DAS NOTAS DO ACORDE. DUPLICACAQ E SUPRESSAO DE NOTAS — ACORDES CONSONANTES E DISSONANTES — ANALISE DOS ACORDES). 1 — Generalidades: Di-se o nome de acorde ao conjunto de sons ouvidos simulténea- mente, e cujas relaches de altura sao determinadas pelas leis da natureza, ‘Os acordes siio formados por grupos de 8, 4 e 5 sons. Convém observar que os sons que formam os acordes sao diferentes. Vejamos os exemplos dados acima: sol — Si - PE cece reece Meee 3 sons sol — si — ré — fa 4 sons sol — si —ré— fa —la .. 5 sons Entretanto, podemos, num acorde, repetir qualquer das suas notas, uma ou mais vézes. Porém, para classificar o acorde, como sendo de 3, 4e 5 sons, contam-se apenas os sons diferentes, As notas repetidas cha- mam-se notas dobradas. MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI ac.de3aoma., ac.de + ama. Quando as notas do acorde aparecem colocadas em 3.” superpostas, diz-se que o acorde est em Posicde primitiva (ou posigio natural), No exemplo seguinte as notas dos acordes nfo este em 3.7 super- postas, logo, os acordes nio estao em posigio primitiva. Il — Diferenga entre o baixo e a fundamental: A hota mais grave do acorde (seja qual far a sua posigio) chama- se baixo, Brixso Brixo Baixo Bato Baixo Quando o seorde se encontra em posicao primitiva (3.** superpostas) © baixo recebe o nome de fundamental. A fundamental ¢, pois, a nota basica, a nota que da origem ao acor- de; assim sendo, a fundamental é a nota mais importante do avorde. ForpamenTal Fund. Fusto. ‘Quando o acorde est4 em posigdo primitiva o baixo e a fundamental 80 2 mesma nota, conforme podemos verificar no exemplo anterior. No exemplo abaixo os acordes no esto em posicao primitiva. Procuraremos, entao, quais as notas correspondentes ao baixo @ & fundamental, Fura. J t Bara Baixo Como vimos, o baixa é a nota mais grave do acorde, seja qual fir a sua posicio; 2 fundamental é a nota basica, ¢ para encontra-la deyemos colocar o acorde em 3." superpostas. Til — Formacio dos acordes em geral: As notas do acorde que se encontram acima da fundamental, sdo designadas pelo nimero correspondente ao intervalo que formam, res- pectivamente, com a fundamental, Acordes de 3 sons: fundamental — 3.5 e 54. Acordes de 4 sons: fundamental — 3.* — 5.9 — 7.8, Acordes de 5 sons: fundamental — 3.8 — 5.4 — 7." — 9.8, at.de bars ae de 4 ima. ac, le 5 noms, Fuwp. Fup. Fuwp. MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI IV, — Estados dos acordes: Os aeordes tém dois estades: fundamental — quando o baixo e a fundamental sio. @ mesma nota. estado - invertida — quando a fundamental nao é 0 baixo, isto é, quando o baixo é uma nota e a funda- mental 6 outra note. Exemplo: Est. wveatipo Est. wvertipo = Fuwp. Baixo Baixo ‘Baixo V — Inversio dos acordes: Acordes de 3 sons Os acordes de 3 sons tém 2 inversées: TP MNVONED! SHS oie - 8 no baixo 2." invershO -. eee eee eew cece 53 no baixo PRINCIPIOS BASIOOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE at Acordes de 4 sons Os acordes de 4 sons tém 3 inversdes: Fuwa. = se ge bob § Acordes de 5 sons A caracteristica dos acordes de 5 sons é 0 intervalo de 9.* (intervalo composto) que se encontra entre a fundamental e a iltima nota. Assim sendo, seja qual for a sua inversdo é obrigatério conservar ésse intervalo (de 9.*), ou seja, é preciso eolocar sempre a 9.* acima da fundamental. Por ésse motivo, 36 podemos colocar como baixo nas inver- sées, a 3.4, a 5. e a 7.4. A 9.9 nfo pode figurar como baixo, pois se o fi- zermos nao sera possivel conservar o intervalo de 9.", isto é, manter a 9.8 sempre acima da fundamental. Logo, os acordes de 5 sons também tam 3 inversGes, uma vez que a 42 inversio (com a 9.* ng baixo) é impratiedvel. 1.* inversio .. 2." inversao .... 3.8 inversio . 3." no baixo .. 5 no baixo secede cnet 7. no baixo Exemplo: Est.ruxo. )] 9: 48 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI QUESTIONARIO IX 1 — Que € acorde? 2 — De quantos sons podem ser os acordes? 3 — Quando @ que um acorde estd em posicéo primitiva? 4 — Que outro nome tem a posigio peimitiva? 5 — Como se chama a nota mais grave de um acorde? 6 — Qual 6 4 nota do acorde que toma o nome de fundamental? 7 — Quando 0 acorde nao est na pesicdo primitiva camo devemos proceder para encontrar a fundamen- tal? &— Qual a formagde dos neordes de 3 sons? 9 — E dos acordes de 4 sons? 10 EB dos acordes de 5 sons? 11 — Quantos estados tém os acordes? 12 — Quando ¢ que o acorde esta no estado fundamental? 13 — Tf no estado in- vertido? 14 — Quantas inversies tém og acordes de 3 sons? 15 — Como podemos conhecer cada inversio? 16 — Quantas inversdes tém os acordes de 4 sons? 17 — Quats sGo as notas que constituem o baixo de cada inversGo, respectiva- mente? 18 — Qual é o Intervalo que caracteriza as acordes de 5 sons? 19 — Quais 84 notas que podem servir de baixo quando invertemos os acordes de 5 sons? 20 — Por que razao a 9" nao pode figurar no baixo? 21 — Quantas inversdes tém os acordes de 5 sons? EXERCICIOS 1 — Coloque os avordes em posiciio primitiva. + Baring MODEL 3 — Inverta os seguintes acordes: a) PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE by ¢) 4 — Tndique o baixo, a fundamental e determine o estado: Fun, ‘VI — Acordes de 3 sons: 49 De acérdo com a classificagao dos intervalos com que sio formados os acordes de 3 sons chamam-se: a) acorde perfeito maior b) acorde perfeito menor ¢) acorde de 5.8 diminuta d) acorde de 58 aumentada Acorde perfeito maior: Formagio: 8.° maior ¢ justa. ss MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI E encontrado nos seguintes graus: EIS aneanaes escalas maiores Wea WE oe aes teeses O8cnlas menores Exemplo: Acorde perfeito menor: Formagao: 3.8 menor ¢ 5." justa Exemplo: E encontada nos seguintes graus: Tt — It — V1 ...... esealas.maiores I— Iv +++» escalas menores Exemplo: PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 9 ————————— b) eo 4 — Indique o baixo, a fundamental e determine o estado: Fon, VI — Acordes de 3 sons: De acérdo com a classificacao des intervalos com que sio formados os acordes de 3 sons chamam-se: a) acorde perfeito maior b) corde perfeito menor ¢) acorde de 5.* diminuta d) acorde de 5.* aumeniada Acorde perfeito maior: Formagio: 3." maior e 5.* justa. ee oa PRINGIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE SL Acorde de 5.* diminuta: Formagao: 3.4 menor ¢ 5.* diminuta Exemplo: VIL weaeee escalas maijores 1—vu.. esealas menores Exemplo: sue = Acorde de 5." anumentada: Formagao: 3.4 maior e 5." aumentada. Exemplo: 52 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI E encontrado exclusivamente no seguinte grau: TH oe eee cece eee escalas. menores Exemplo: eo i Observacdo: Os acordes perfeito maior e¢ perfeito menor sic assim de- nominados por serem ambos formados com 5." justa (consonAncia per- feita). Somente a 3." difere, um tem 3." maior e o outro, 32 menor. Da qualidade dos seus intervalos é pois que se formam as denominagdés: perfeito maior ¢ perfeito menor. O nome dos acordes de 5.* diminuta ¢ de 5.* aumentada 6 dado de acérdo com o intervalo formado pela fundamental ¢ a sua tiltima nota. Acordes de 4 sons Os acordes de 4 sons sio 3. Para denominé-los observa-se: o inter- valo formado pela fundamental e a sua dltima nota (intervalo de 7.4), e também o grau da escala em que se encontram. Esses acordes sho: 2) acorde de 7.8 da dominante b) acorde de 7.8 da sensivel ¢) acorde de 7." diminuta (também chamado acorde de 7." da sen- sivel do modo menor). Acorde de 72 da dominante: Formacao: 3." maior, 5" justa, 7.2 menor, Exemplo: PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE E encontrado no seguinte grau: 'V (dominante): — escalas maiores e menores, Exemplo: 3uFr Tt Acorde de 7." da sensivel: Formagio: 8." menor, 5.* diminuta ¢ 7." menor Exemplo: B encontrado no seguinte grau: VIL (sensivel): escalas maiores, Exemplo: 2 Mr Acorde de 7.* diminuta (ou 7 sensivel do modo menor): Formagio: 3." menor, 5." diminuta ¢ 7.* diminuta. Exemplo: PRINCIPIOS BASIOOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE o5 Acorde de 9.2 menor da dominante: Formagao: 8." maior, 5.2 justa, 7.2 menor e 9." menor Exemplo: B encontrado no seguinte grau: V (dominante) .......... +. escalas menores Exemplo: eve zy: QUESTIONARIO X 1 — Como se chamam os acordes de 3 sons? 2 — Qual a formagio do acorde perisito maior? 3 — Em que graus é encontrado? 4 — Qual a formagio de acor- de perielto menor? 5 — Onde ve encontra Esse acorde? 6 — Por que razio se chamam perfeitos tases acordes? 7 — Quel a formacaa do acorde de 5.8 dimi- nuta? B — Onde é encontrado? § — Qual a formagio do acorde de 5.* aumen- tada? 10 — Onde é encontrado? 11 — Quantos sid os acordes de 4 sons? 32 — © que devemos observar para denomind-los? 13 — Como se chamam ésses acordes? 14 — Qual a formagiia de cada um déles ¢ om que graus se encontram? 15 — Quantos sho os acordes de 5 sons? 16 — Como se chamam e em que graus se encontram 03 acordes de 5 sons? EXERCICIOS 1 — Formar todos os acordes de 3 sons nas seguintes esealns: Sol maior, Pi maior, La maior, Si } menor, Ré menor, Ml menor, e Dé } menor. een B cletes ems Peeve 7M. BEL. z 56 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI 2 — Formar todos os acordes de 4 sons nas escalas de: Sol maior, Dé menor, SI p maior, Si menor, Fa { malor e FA menor. 3 — Formar todos os acordes de 5 sons nas escalas de; F& mator, Dé ¢ menor, Fé malor, 81 ) menor, Mi } menor » Fé ¢ menor. 4 — Formar os seguintes acordes: a) perfeltos-maiores de Ré maior b) perfeltos-menores de F4 maior ¢) scordea de 5° diminuta de Sol menor d@) acorde de 5.8 aumentada de Dé menor @) corde de 7.8 da dominante de FA j menor Dn acorde de 7." da dominante de La |, maior @) seorde de 7.8 da sensivel de Mi maior b) acorde de 7." diminuta de Ré menor 2) acorde de 9." mafor da dominante de Si maior i) acorde de 9." menor da dominante de Gol # Menor. 5 — Classificar, inverter e determinar as escalas em que se encontram os se- guintes acordes: ‘VIL — Ordem ¢ posigie das notas no acorde Conforme a sua disposi¢io as notas de um acorde sio colocadas em: direta ordem ou indireta E direta quando as notas do acorde obedecem A disposiciio sucessiva dos intervalos que o formam. Exemplo: Estrows. tine 2finv, es cle 8_tona, (ORDEM Dive Ta) PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE ST Acorde de 3 sons em ordem direta: Observacdo: os intervalos sio sempre contados a partir do baixo. A ordem 6 indireta quando as notas do acorde n&o obedecem a essa. disposigao. Exemplo: Est.tuns. Dixy 2%inw : 2 Cede 9torm forme inpitera) Os acordes de 4 ¢ 5 sons também podem aparecer em ordem direta ou indireta. Os acordes também podem estar em: unida (também chamada estreita) ou | i (também chamada larga) cee Pp P Lreon Piareny Puwion 55 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Observagdio: Os acordes de 8 sons quando estio em ordem direta esto sempre em posicio unida; quando estao em ordem indireta estao em posicaéo larga. Os acordes de 4. 5 sons quando esto em ordem direta estiio sempre em posicéo unida; quando estado em ordem indireta podem estar, indife- rentemente, em posicio unida ou larga. ‘VIII — Duplicagio e supressio de notas Em qualquer acorde pode-se duplicar ou suprimir qualquer nota, sem que @ste acréscimo ou esta supressio venha modificar a qualidade ou a classificacio do acorde. A duplicaco de notas também se chama dobramento. Exemplo de acordes com notas dobradas: ObzervacSo: a duplicacio e supressdo de notas nos acordes serio estudadas detalhadamente em Harmonia. Nos acordes de 8, 4 ¢ 5 sons evita-se, goralmente, o dobramente das notas atrativas, Também é costume evitar-se a supressio de notas atrativas. Assim sendo, no acorde de 7.9 da dominante suprime-se, de preferéncia, a 5.9; nos acordes de 7.“ da sensivel e 7.* diminuta, suprime-se, geralmente, a 3.8 e@ nos acordes de 9.5, suprime-se a 5.8%. QUESTIONARIO XI 1 — Como pode ser a ordem das notas de um acorde? 2 — Explique quando @ ordem € direta ou indireta, 3 — E a posig¢do das notas, como pode ser? 4— Qual a posigio das notas quando o acorde estd em ordem direta? 5 — B possivel duplicar ou suprimir notas dos acordes? 6 — Como se chama 4 dupli- PRINGIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 59 apie de notas? 7 — Quais sho as notad que, geralmente, nfo devem ser dobra- das ou suprimidas? 8 — Qual a nota que, de preferéncia, se suprime no acorde de 7" da dominante? 9 — E nos acordes de 7.8 da sensivel e 7.8 diminuta? 10 — E nos acordes de 9* maior e menor da dominante? EXERCICIOS 1 — Determine a ordem, a posicdo das notas ¢ 0 estado dos seguintes acordes: 2 — Classifique os acordes do exercicio anterior. IX — Acordes consonantes ¢ dissonantes. De acérdo com os intervaios que os formam, os acordes se classifi- cam como: consonantes e dissonantes. So consonantes aquéles formados sémente por intervalos con- sonantes, perfeito maior acordes consonantes perfeito menor Sao dissonantes aquéles que contém um, ou mais, intervalos disso- nantes. Todos os acordes dissonantes possuem notas atrativas, e, por ésse motivo, pedem resolugiio. 53 diminuta 74 da dominante 74 da sensivel acordes dissonantes qa diminuta, $4 maior da ‘dominante 94 menor da dominante Nota: O acorde de 5.8 aumentada também é dissonzate, porém, como @ dissonante artificial (conforme verificaremos mais adiante quando estudarmos a origem dos acordes) deixamos de inclui-lo entre os demais acordes dissonantes. 60 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI X — Aniilise dos acordes: Exemplo: Acorde de 5." aumentada; estado funda- mental, ordem direta; posico unida; dis- sonante artificial; encontrado no TIE grau de Ré menor; inverades: - 2 QUESTIONABRIO XII 1 — De acérdo com os intervalos que os formam como se classiticam os acordes? 2 — Quando ¢ que sio conssnantes? 3 — Quais siio os acordes conso- nantes? 4 — Quando é que siio dissonantes? § — Quals slo os acordes disso- nantes? 6 — De que espécie & o acorde de 5." aumentada? EXEROicIOS 1 — Classificar os seguintes acordes © dizer se sic comsonantes ou dissonantes. 25 Fo —

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