Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Curso 119934 Aula Demo V1atosepoderesadm
Curso 119934 Aula Demo V1atosepoderesadm
Aula demo
Igor Maciel
Hoje falaremos dos aspectos mais introdutórios do Direito Administrativo, bem como dos atos e poderes
mais cobrados na prova da OAB 1a Fase.
Este material é inteiramente gratuito e feito com muito carinho para que você possa conhecer nossa
metodologia. Trata-se de breve resumo de nossos materiais que compreende livros digitais completos,
videoaulas completas, questões anteriores da FGV resolvidas analiticamente, trilhas de estudos com planos
de estudo, resumos, mapas mentais, maratonas de questões, de apostas e de temas atuais. Trata-se do
material mais completo disponível no mercado para preparação para a OAB.
Tenho a convicção de que poderemos lhe ajudar muito nessa caminhada. Por isso, deixo o convite para que
1073463
você conheça nossos materiais focados no Exame de Ordem:
Grande abraço,
Igor Maciel
1- ATOS ADMINISTRATIVOS
Os atos administrativos usualmente são cobrados pela FGV/OAB de uma forma mais doutrinária, sendo
necessário entendermos alguns conceitos básicos para detonarmos na prova. Vamos a eles.
Os atos da Administração são mais abrangentes que os atos administrativos, sendo estes, espécies daqueles.
Existem diversas espécies de atos, mas o candidato apenas precisa ter uma noção básica de quais são estes:
O conceito de ato administrativo possui uma análise diferente a depender do doutrinador. Neste curso,
seguiremos o conceito do professor José dos Santos Carvalho Filho para quem a identificação de um de ato
administrativo depende da identificação de três pontos fundamentais:
Existem elementos que identificam o ato administrativo e condicionam sua existência e validade. Tais
elementos são a competência, objeto, forma, motivo e finalidade e são considerados o esqueleto do ato
administrativo, por sobre os quais o ato encontra validade.
A lei definirá e atribuirá competência para a prática de um ato a um determinado sujeito. Apenas esta pessoa
poderá praticar o ato, a exemplo da atribuição ao Presidente da República para demitir servidores públicos
federais do Poder Executivo (artigo 141, I, Lei 8.112/90). A competência atribuída tem 3 (três) características:
==106137==
decorre de lei
Competência é inderrogável
Não. Existem atos que são indelegáveis, conforme previsão expressa do artigo 13, da Lei 9.784/99:
CE NO RA
Já o motivo é um pressuposto da realidade fática, ou seja, um fato que determina e serve como fundamento
de um determinado ato. Surge deste conceito uma importante teoria, bastante cobrada em provas e que o
aluno deve prestar muita atenção, a chamada teoria dos motivos determinantes.
Segundo esta teoria, se a Administração Pública indica um motivo que fundamentou um ato administrativo,
a validade do ato resta vinculada àquele motivo que o ensejou.
Gabarito, Letra C. Segundo a teoria dos motivos determinantes, se a administração pública indica um motivo
que fundamentou um ato administrativo, a validade de dito ato resta vinculada àquele motivo.
2- PODERES ADMINISTRATIVOS
Os poderes administrativos são verdadeiros instrumentos que a Administração possui para melhor atender
ao interesse público. São chamados por parte da doutrina como “prerrogativas instrumentais”, ou privilégios
que a Administração Pública possui em relação aos administrados.
Tais prerrogativas são concedidas aos agentes públicos que no desempenho de suas funções as utilizam para
atender o interesse público.
Segundo Hely Lopes Meirelles, os poderes administrativos são classificados da seguinte forma:
Para a prova da OAB,, é importante discutirmos neste momento os poderes Hierárquico e de Polícia.
O Poder hierárquico decorre da ideia de que a Administração Pública se escalona em diferentes níveis dentro
dos seus órgãos, atribuindo diversas funções nas mais variadas escalas.
A hierarquia nada mais é que uma relação de subordinação existente entre os agentes e órgãos do Poder
Executivo. Destaca-se o Poder Executivo uma vez que tanto o Poder Legislativo como o Poder Judiciário não
terão hierarquia nas suas funções principais (legislar e julgar respectivamente), mas apenas no exercício de
funções administrativas (executivas).
O poder hierárquico é aquele onde a autoridade superior ordena, controla, corrige e revisa a atividade de
seus subordinados.
Impõe-se, pelos ditames do poder hierárquico, a estrita obediência dos subalternos às ordens e instruções
expedidas pelos seus superiores. O inferior hierárquico deverá cumprir todas as ordens que lhe sejam dadas,
salvo se estas forem manifestamente ilegais.
Dentro da estrutura do Poder Hierárquico uma autoridade Superior poderá tanto delegar competências para
um subalterno como também avocar suas competências.
Imagine que um servidor público está demorando demais para despachar um processo administrativo sob
sua responsabilidade. Com base no Poder Hierárquico, o seu chefe poderá avocar a competência daquele
despacho e agilizar o processo (literalmente atuando no lugar de um subordinado).
Por fim, o Poder de Polícia representa uma expressão da supremacia do interesse público sobre o privado e
permite à Administração Pública restringir ou limitar direitos ou interesse individuais no que tange à
liberdade e a propriedade.
Trata-se de prerrogativa de direito público da Administração, fundada em lei e que condiciona e restringe a
liberdade e a propriedade dos indivíduos, em benefício do bem-estar da coletividade. São atributos do Poder
de Polícia:
b) a autoexecutoriedade das medidas, não sendo necessária a intervenção do Poder Judiciário para a
execução dos atos materiais de polícia, a exemplo da interdição de estabelecimento, desde que dentro
dos limites da razoabilidade e proporcionalidade. Ressalte-se que na cobrança de multas, não há a
característica de autoexecutoriedade do poder de polícia.
c) Coercibilidade, segundo o qual os atos de polícia impõem restrições que devem ser obrigatoriamente
cumpridas pelo particular. Não são todos os atos de polícia que possuem tal atributo, alguns como por
exemplo os atos de licença e autorização são conhecidos como de “consentimento”.
A competência para o exercício do Poder de Polícia é, em regra, da Pessoa Federativa a qual a Constituição
conferiu o poder de regulamentar a matéria. Por se tratar de competência concorrente, em certos casos
haverá o exercício do Poder de Polícia concomitantemente em diferentes níveis federativos.
No que se refere à possiblidade de delegação do Poder de Polícia a particulares, a questão merece uma
análise mais aprofundada.
A posição majoritária da doutrina e que fora aceita pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no
sentido de se distinguir os momentos, fases ou ciclos do Poder de Polícia. Estes, concretamente, são 4:
a) Legislação ou ordem – A administração pública edita atos normativos que restringem ou condicionam
direitos. A edição destes atos depende diretamente da atuação do ente público, não podendo ser delegada,
haja vista que o poder de polícia apenas poderá fundamentar-se em lei.
d) Sanção – A sanção é uma punição que o Estado aplica ao particular que descumpre as normas de polícia.
Segundo o STJ, este ciclo não pode ser delegado, eis que prejudicaria o bom funcionamento da administração
pública (o particular que busca o lucro não pode assumir uma atividade de sanção, muito menos a atribuição
para analisar eventuais recursos contra as sanções aplicadas);
Em resumo, os atos relativos ao consentimento e fiscalização poderão ser delegados, sendo indelegáveis os
atos relativos à normatização e sanção. Neste sentido:
6. No que tange aos atos de sanção, o bom desenvolvimento por particulares estaria,
inclusive, comprometido pela busca do lucro - aplicação de multas para aumentar a
arrecadação.
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Amigos, chegamos ao final de nossa aula.
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum no
Curso, por e-mail, Instagram e Facebook, nos contatos abaixo. Grande abraço,
Igor Maciel
@ProfIgorMaciel