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Desafio OAB 17 Dias - Direito Administrativo

Igor Maciel

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AULA 1 – ATOS E PODERES ADMINISTRATIVOS


Olá pessoal, tudo certo?

Hoje falaremos dos aspectos mais introdutórios do Direito Administrativo, bem como dos atos e poderes
mais cobrados na prova da OAB 1a Fase.

Este material é inteiramente gratuito e feito com muito carinho para que você possa conhecer nossa
metodologia. Trata-se de breve resumo de nossos materiais que compreende livros digitais completos,
videoaulas completas, questões anteriores da FGV resolvidas analiticamente, trilhas de estudos com planos
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Grande abraço,

Igor Maciel

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@Prof Igor Maciel

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1- ATOS ADMINISTRATIVOS
Os atos administrativos usualmente são cobrados pela FGV/OAB de uma forma mais doutrinária, sendo
necessário entendermos alguns conceitos básicos para detonarmos na prova. Vamos a eles.

1.1 – Atos da Administração

Os atos da Administração são mais abrangentes que os atos administrativos, sendo estes, espécies daqueles.
Existem diversas espécies de atos, mas o candidato apenas precisa ter uma noção básica de quais são estes:

1.2 – Conceito de Ato Administrativo

O conceito de ato administrativo possui uma análise diferente a depender do doutrinador. Neste curso,
seguiremos o conceito do professor José dos Santos Carvalho Filho para quem a identificação de um de ato
administrativo depende da identificação de três pontos fundamentais:

Em primeiro lugar, é necessário que a vontade emane de agente da Administração Pública


ou dotado de prerrogativas desta. Depois, seu conteúdo há de propiciar a produção de
efeitos jurídicos com fim público. Por fim, deve toda essa categoria de atos ser regida
basicamente pelo direito público. (FILHO, 2018)

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Um ato administrativo sempre será uma manifestação de vontade da administração, no desempenho de


funções públicas, com o objetivo de produzir algum efeito jurídico. Geralmente, são praticados pelos órgãos
do Poder Executivo, mas podem ser praticados também, de maneira eventual, pelos membros do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário, no exercício da função administrativa.

1.3 – Atributos dos Atos Administrativos

Os atos administrativos gozam de alguns atributos, dentre eles:

Autoexecutoriedade: bastante cobrado em prova, seria dividida em dois conceitos, o


primeiro entende que a autoexecutoriedade seria a força que a administração pública teria
para executar seus atos de maneira direta, com o uso da força; a segunda, elenca a
autoexecutoriedade como a prerrogativa da administração de não precisar se socorrer ao
Poder Judiciário para executar seus atos;

Imperatividade: Gozam os atos administrativos de imperatividade, ou seja, estes se


impõem ao particular independentemente da sua vontade ou concordância; este atributo
não existe e não poderia existir, nos atos negociais que regem o direito privado. Impõe a
coercibilidade para que um determinado ato seja cumprido ou executado. Enquanto o ato
não for extirpado do nosso ordenamento jurídico mediante revogação ou anulação, será
imperativo.

Presunção de Legitimidade: é a presunção de que gozam os atos administrativos de serem


verdadeiros e legais até prova em contrário. Decorre do princípio da legalidade esculpido
no artigo 37 da CF/1988. A presunção de legitimidade autoriza a imediata execução ou
operatividade dos atos administrativos, mesmo que arguidos de vícios ou defeitos que os
levem à invalidade. (MEIRELLES, 2016)

Presunção de veracidade: significa a concordância do ato com os fatos, e se estes guardam


correlação. Esta presunção, inerente à de legitimidade, refere-se aos fatos alegados e
afirmados pela Administração para a prática do ato, os quais são tidos e havidos como
verdadeiros até prova em contrário. A presunção também ocorre com os atestados,
certidões, informações, atos registrais e declarações da Administração, que, por isso,
gozam de fé pública. (MEIRELLES, 2016)

Tipicidade: os atos administrativos devem estar estritamente elencados na lei.

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1.4 – Requisitos de Validade do Ato Administrativo

Existem elementos que identificam o ato administrativo e condicionam sua existência e validade. Tais
elementos são a competência, objeto, forma, motivo e finalidade e são considerados o esqueleto do ato
administrativo, por sobre os quais o ato encontra validade.

Para a prova da OAB nos interessa focar especificamente na competência e no motivo.

A lei definirá e atribuirá competência para a prática de um ato a um determinado sujeito. Apenas esta pessoa
poderá praticar o ato, a exemplo da atribuição ao Presidente da República para demitir servidores públicos
federais do Poder Executivo (artigo 141, I, Lei 8.112/90). A competência atribuída tem 3 (três) características:

==106137==

decorre de lei

Competência é inderrogável

pode ser delegada

Mas professor, todo ato administrativo poderá ser delegado?

Não. Existem atos que são indelegáveis, conforme previsão expressa do artigo 13, da Lei 9.784/99:

Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Lembre-se, a CENOURA não poderá ser delegada.

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CE NO RA

Competência Atos Recursos


Exclusiva Normativos Administrativos

Já o motivo é um pressuposto da realidade fática, ou seja, um fato que determina e serve como fundamento
de um determinado ato. Surge deste conceito uma importante teoria, bastante cobrada em provas e que o
aluno deve prestar muita atenção, a chamada teoria dos motivos determinantes.

Segundo esta teoria, se a Administração Pública indica um motivo que fundamentou um ato administrativo,
a validade do ato resta vinculada àquele motivo que o ensejou.

Um exemplo explicará melhor a situação: se a Administração fundamenta a remoção de um servidor público


na necessidade de pessoal na cidade de destino, acaso esta cidade esteja com capacidade máxima de
servidores, o motivo que ensejou o ato é falso. Assim, pela teoria dos motivos determinantes, o ato deve ser
considerado nulo.

FGV - OAB UNI NAC/OAB/XIX Exame/2016 – Atos administrativos


A associação de moradores do Município F solicitou ao Poder Público municipal autorização para o
fechamento da “rua de trás”, por uma noite, para a realização de uma festa junina aberta ao público. O
Município, entretanto, negou o pedido, ao fundamento de que aquela rua seria utilizada para sediar o
encontro anual dos produtores de abóbora, a ser realizado no mesmo dia.
Considerando que tal fundamentação não está correta, pois, antes da negativa do pedido da associação de
moradores, o encontro dos produtores de abóbora havia sido transferido para o mês seguinte, conforme
publicado na imprensa oficial, assinale a afirmativa correta.
a) Mesmo diante do erro na fundamentação, o ato é válido, pois a autorização pleiteada é ato discricionário
da Administração.
b) Independentemente do erro na fundamentação, o ato é inválido, pois a autorização pleiteada é ato
vinculado, não podendo a Administração indeferi-lo.
c) Diante do erro na fundamentação, o ato é inválido, uma vez que, pela teoria dos motivos determinantes,
a validade do ato está ligada aos motivos indicados como seu fundamento.
d) A despeito do erro na fundamentação, o ato é válido, pois a autorização pleiteada é ato vinculado, não
tendo aassociação de moradores demonstrado o preenchimento dos requisitos.
Comentários

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Gabarito, Letra C. Segundo a teoria dos motivos determinantes, se a administração pública indica um motivo
que fundamentou um ato administrativo, a validade de dito ato resta vinculada àquele motivo.

2- PODERES ADMINISTRATIVOS
Os poderes administrativos são verdadeiros instrumentos que a Administração possui para melhor atender
ao interesse público. São chamados por parte da doutrina como “prerrogativas instrumentais”, ou privilégios
que a Administração Pública possui em relação aos administrados.

Tais prerrogativas são concedidas aos agentes públicos que no desempenho de suas funções as utilizam para
atender o interesse público.

Segundo Hely Lopes Meirelles, os poderes administrativos são classificados da seguinte forma:

Para a prova da OAB,, é importante discutirmos neste momento os poderes Hierárquico e de Polícia.

O Poder hierárquico decorre da ideia de que a Administração Pública se escalona em diferentes níveis dentro
dos seus órgãos, atribuindo diversas funções nas mais variadas escalas.

A hierarquia nada mais é que uma relação de subordinação existente entre os agentes e órgãos do Poder
Executivo. Destaca-se o Poder Executivo uma vez que tanto o Poder Legislativo como o Poder Judiciário não
terão hierarquia nas suas funções principais (legislar e julgar respectivamente), mas apenas no exercício de
funções administrativas (executivas).

O poder hierárquico é aquele onde a autoridade superior ordena, controla, corrige e revisa a atividade de
seus subordinados.

Impõe-se, pelos ditames do poder hierárquico, a estrita obediência dos subalternos às ordens e instruções
expedidas pelos seus superiores. O inferior hierárquico deverá cumprir todas as ordens que lhe sejam dadas,
salvo se estas forem manifestamente ilegais.

Dentro da estrutura do Poder Hierárquico uma autoridade Superior poderá tanto delegar competências para
um subalterno como também avocar suas competências.

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Imagine que um servidor público está demorando demais para despachar um processo administrativo sob
sua responsabilidade. Com base no Poder Hierárquico, o seu chefe poderá avocar a competência daquele
despacho e agilizar o processo (literalmente atuando no lugar de um subordinado).

Esta avocação de competência (o oposto da delegação, portanto) só é possível baseada no Poder


Hierárquico.

Mas professor, como isto poderia cair na minha prova?

A FGV gosta muito deste tema e o segredo do sucesso nestas questões é:

Falou em vínculo de subordinação, falou em Poder Hierárquico;

Falou em avocação de competências, falou em Poder Hierárquico;

FGV - OAB UNI NAC/OAB/XXIV Exame/2017


João foi aprovado em concurso público promovido pelo Estado Alfa para o cargo de analista de políticas
públicas, tendo tomado posse no cargo, na classe inicial da respectiva carreira. Ocorre que João é uma pessoa
proativa e teve, como gestor, excelentes experiências na iniciativa privada. Em razão disso, ele decidiu que
não deveria cumprir os comandos determinados por agentes superiores na estrutura administrativa, porque
ele as considerava contrárias ao princípio da eficiência, apesar de serem ordens legais. A partir do caso
apresentado, assinale a afirmativa correta.
a) João possui total liberdade de atuação, não se submetendo a comandos superiores, em decorrência do
princípio da eficiência.
b) A liberdade de atuação de João é pautada somente pelo princípio da legalidade, considerando que não
existe escalonamento de competência no âmbito da Administração Pública.
c) João tem dever de obediência às ordens legais de seus superiores, em razão da relação de subordinação
decorrente do poder hierárquico.
d) As autoridades superiores somente podem realizar o controle finalístico das atividades de João, em razão
da relação de vinculação estabelecida com os superiores hierárquicos.
Comentários
Gabarito, Letra C. Vejam que João, em decorrência do poder hierárquico, deverá obedecer às ordens legais
dos seus superiores, uma vez que existe relação de subordinação (hierarquia).

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FGV - OAB UNI NAC/OAB/XIII Exame/2014


José da Silva é o chefe do Departamento de Pessoal de uma Secretaria de Estado. Recentemente, José da
Silva avocou a análise de determinada matéria, constante de processo administrativo inicialmente
distribuído a João de Souza, seu subordinado, ao perceber que a questão era por demais complexa e não
vinha sendo tratada com prioridade por aquele servidor.
Ao assim agir, José da Silva fez uso
a) do poder hierárquico.
b) do poder disciplinar.
c) do poder discricionário.
d) da teoria dos motivos determinantes.
Comentários
Gabarito, Letra A. Resta claro que o poder utilizado no caso concreto por José da Silva foi o poder hierárquico,
uma vez que entre seu subalterno, João de Souza e José existe uma relação de subordinação. Importante
destacar, que a avocação da competência significa a hipótese na qual um superior atrai para si, a
competência atribuída ao seu subordinado. Esta apenas é possível quando existente um vínculo de
hierarquia.

Por fim, o Poder de Polícia representa uma expressão da supremacia do interesse público sobre o privado e
permite à Administração Pública restringir ou limitar direitos ou interesse individuais no que tange à
liberdade e a propriedade.

Trata-se de prerrogativa de direito público da Administração, fundada em lei e que condiciona e restringe a
liberdade e a propriedade dos indivíduos, em benefício do bem-estar da coletividade. São atributos do Poder
de Polícia:

a) a discricionariedade, segundo a qual o administrador público poderá escolher, dentro de um juízo


de conveniência e oportunidade, a alternativa mais adequada dentre as várias sanções previstas na
norma;

b) a autoexecutoriedade das medidas, não sendo necessária a intervenção do Poder Judiciário para a
execução dos atos materiais de polícia, a exemplo da interdição de estabelecimento, desde que dentro
dos limites da razoabilidade e proporcionalidade. Ressalte-se que na cobrança de multas, não há a
característica de autoexecutoriedade do poder de polícia.

c) Coercibilidade, segundo o qual os atos de polícia impõem restrições que devem ser obrigatoriamente
cumpridas pelo particular. Não são todos os atos de polícia que possuem tal atributo, alguns como por
exemplo os atos de licença e autorização são conhecidos como de “consentimento”.

A competência para o exercício do Poder de Polícia é, em regra, da Pessoa Federativa a qual a Constituição
conferiu o poder de regulamentar a matéria. Por se tratar de competência concorrente, em certos casos
haverá o exercício do Poder de Polícia concomitantemente em diferentes níveis federativos.

No que se refere à possiblidade de delegação do Poder de Polícia a particulares, a questão merece uma
análise mais aprofundada.

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A posição majoritária da doutrina e que fora aceita pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no
sentido de se distinguir os momentos, fases ou ciclos do Poder de Polícia. Estes, concretamente, são 4:

a) Legislação ou ordem – A administração pública edita atos normativos que restringem ou condicionam
direitos. A edição destes atos depende diretamente da atuação do ente público, não podendo ser delegada,
haja vista que o poder de polícia apenas poderá fundamentar-se em lei.

b) Consentimento – No consentimento de polícia, o Estado restringe o exercício de algumas atividades


privadas ao prévio consentimento estatal, a exemplo da licença. Neste caso, o Estado apenas analisará se o
particular preenche os requisitos elencados na norma jurídica. Este ciclo do poder de polícia poderá ser
delegado;

c)Fiscalização – A fiscalização consiste em verificar se o particular está respeitando as normas postas. Se


nessa fiscalização for verificado o descumprimento de norma por parte do particular, o Estado aplica a
respectiva sanção. Os atos materiais de fiscalização podem ser delegados, a exemplo de radares eletrônicos
existentes nas rodovias para fiscalizar o cumprimento das normas de trânsito;

d) Sanção – A sanção é uma punição que o Estado aplica ao particular que descumpre as normas de polícia.
Segundo o STJ, este ciclo não pode ser delegado, eis que prejudicaria o bom funcionamento da administração
pública (o particular que busca o lucro não pode assumir uma atividade de sanção, muito menos a atribuição
para analisar eventuais recursos contra as sanções aplicadas);

Em resumo, os atos relativos ao consentimento e fiscalização poderão ser delegados, sendo indelegáveis os
atos relativos à normatização e sanção. Neste sentido:

3. As atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser


sumariamente divididas em quatro grupo, a saber: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii)
fiscalização e (iv) sanção.

4. No âmbito da limitação do exercício da propriedade e da liberdade no trânsito, esses


grupos ficam bem definidos: o CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (legislação); a emissão da carteira
corporifica a vontade o Poder Público (consentimento); a Administração instala
equipamentos eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei
(fiscalização); e também a Administração sanciona aquele que não guarda observância
ao CTB (sanção).

5. Somente o atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles


referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público.

6. No que tange aos atos de sanção, o bom desenvolvimento por particulares estaria,
inclusive, comprometido pela busca do lucro - aplicação de multas para aumentar a
arrecadação.

(REsp 817.534/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,


julgado em 10/11/2009, DJe 10/12/2009)

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Um fiscal de posturas públicas municipais verifica que um restaurante continua colocando, de forma
irregular, mesas para os seus clientes na calçada. Depois de lavrar autos de infração com aplicação de multa
por duas vezes, sem que a sociedade empresária tenha interposto recurso administrativo, o fiscal, ao
verificar a situação, interdita o estabelecimento e apreende as mesas e cadeiras colocadas de forma
irregular, com base na lei que regula o exercício do poder de polícia correspondente.
A partir da situação acima, assinale a afirmativa correta.
a) O fiscal atuou com desvio de poder, uma vez que o direito da sociedade empresária de continuar
funcionando é emanação do direito de liberdade constitucional, que só pode ser contrastado a partir de um
provimento jurisdicional.
b) A prática irregular de ato autoexecutório pelo fiscal é clara, porque não homenageou o princípio do
contraditório e da ampla defesa ao não permitir à sociedade empresária, antes da apreensão, a possibilidade
de produzir, em processo administrativo específico, fatos e provas em seu favor.
c) O ato praticado pelo fiscal está dentro da visão tradicional do exercício da polícia administrativa pelo
Estado, que pode, em situações extremas, dentro dos limites da razoabilidade e da proporcionalidade, atuar
de forma autoexecutória.
d) A atuação do fiscal é ilícita, porque os atos administrativos autoexecutórios, como mencionado acima,
exigem, necessariamente, autorização judicial prévia.
Comentários
Gabarito, Letra C. O fiscal encontra-se amparado pela visão majoritária do exercício do poder de polícia pelo
Estado onde dentro dos limites da proporcionalidade e razoabilidade, poderá atuar de maneira
autoexecutória.

3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Amigos, chegamos ao final de nossa aula.

Espero que vocês tenham gostado.

Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum no
Curso, por e-mail, Instagram e Facebook, nos contatos abaixo. Grande abraço,

Igor Maciel

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