Você está na página 1de 3

ESTADO DE SANTA CATARINA

POLÍCIA MILITAR

9º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR

NOTA À IMPRENSA

Circula nas redes sociais alguns vídeos imputando aos policias militares do 9º
Batalhão a prática de crimes de abuso de autoridade e de racismo, quando do atendimento
de uma ocorrência no bairro comerciário na madrugada desse último dia 02 de setembro.

A fim de garantir a toda sociedade o direito fundamental à informação dos


órgão públicos, segue o relato dos fatos trazidos pelos policias que atenderam a referida
ocorrência:

“A Polícia Militar foi acionada, via Emergência 190, para atender um


ocorrência de perturbação do sossego em uma área residencial e em horário já
avançado da noite. Chegando no local a dupla de policias constatou o som alto
e algazarra referida na denúncia, além de diversas pessoas no pátio da
residência.
Diante dos fatos os policias pararam a viatura em frente à residência,
oportunidade que foram dados alertas com a sirene, a fim de chamar o
proprietário para solicitar que baixasse o som, haja vista as reclamações da
vizinhança.
O toque de sirene foi repetido várias vezes, porém ninguém se
apresentou.
Diante da recalcitrância dos moradores, os policias desceram da
viatura, forram até a frente da residência e continuaram chamando os
moradores, o que também foi ignorado.
Destaca-se que a porta frontal da casa era de vidro, motivo pelo qual
foi possível ver a movimentação de pessoas no interior da casa, as quais tinham
o conhecimento da presença dos militares e claramente optaram em ignora-nos.
Então, os policias foram até a janela lateral da residência, a qual
encontrava-se aberta, e pediram para que o responsável pela festa se
apresentasse aos militares.
ESTADO DE SANTA CATARINA

POLÍCIA MILITAR

9º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR

Nesse momento, algumas pessoas abriram a porta e, sob notório efeito


de álcool, passaram a ofender os policias militares, alegando que não possuíam
ordem judicial para entraram no terreno. Em ato continuo, partiram na direção
dos policiais com o objetivo de retirá-lo do imóvel.
Frente a inferioridade numérica e a agressividade dos cidadãos
envolvidos, reforço policial foi acionando.
Destaca-se, que a entrada no imóvel por parte dos policias se deu
frente ao flagrante delito da contravenção penal de perturbação ao trabalho e
sossego alheio (artigo 42).
Em face da desobediência e resistência dos moradores contra os
policias, foi necessário o uso de armamento não letal (munição de borracha),
com o fim único de cessar a agressão e a resistência oferecida.
Cinco pessoas foram detidas e contra elas lavrados Termos
Circunstanciados pela contravenção penal de perturbação ao sossego e pelos
crimes de desobediência e resistência, as quais deverão se apresentar ao
Juizado Criminal Especial para responderem pelas infrações narradas”

Esse é o relato dos fatos apresentado pelos policiais militares que atenderam
a ocorrência.
De uma análise preliminar dos vídeos publicados, em nenhum momento se
observa a fala ou atos discriminatórios por partes dos policias militares. O único fundamento
apresentado pelo denunciante é que na residência havia apenas pessoas de cor negra.
Respeitosamente, essa alegação – friso: apenas essa isoladamente – não se reveste de
ato de racismo por parte da Policia Militar.
A Polícia Militar foi acionada pela comunidade vizinha aos fatos (a abordagem
não foi por iniciativa própria dos policias) para atender uma ocorrência de perturbação ao
sossego. Independentemente de cor, raça, etnia, religião dos envolvidos, a abordagem
deveria ser feita e a perturbação cessada, a fim de garantir o direito a tranquilidade, o
sossego daquela comunidade.
A ocorrência tomou proporções maiores, em face da resistência dos
envolvidos.
ESTADO DE SANTA CATARINA

POLÍCIA MILITAR

9º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR

No entanto, primando pelo lisura das ações da PM e frente à grave acusação


de que a ação dos policias militares foi motivada por elemento de discriminação (racismo),
bem como teria sido arbitrária, este comandante determinou à corregedoria a abertura de
procedimento investigatório.
Por derradeiro, cumpre-me frisar que as ações da Policia Militar são sempre
balizadas pela mais estrita legalidade e que a proteção dos direitos humanos é o nosso
principal vetor.

Criciúma, 02 de setembro de 2023

MÁRIO LUIZ SILVA


Tenente-Coronel
Comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar

Você também pode gostar