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Leitura e Comunicação

Copyright © 2018 por SENAI DR BA. Todos os direitos reservados.


Assessoria de Desenvolvimento / Educação

Elaboradora: Carini Estrela Leal Passos


Revisão Gramatical: Priscila Delgado
Revisão Pedagógica: Lenici Barbosa

Normalização: NDI - Núcleo Documentação e Informação

Catalogação na fonte (NDI – Núcleo de Documentação e Informação)

SENAI - DR BA. Leitura e comunicação. Salvador, 2018.


52p. (Rev.05).

1. Língua Portuguesa. 2. Redação. 3. Leitura – Comunicação.

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CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
APRESENTAÇÃO
Com o objetivo de apoiar e proporcionar a
melhoria contínua do padrão de qualidade e pro-
dutividade da indústria, o SENAI BA desenvolve
programas de educação profissional e superior,
além de prestar serviços técnicos e tecnológicos.
Estas atividades, com conteúdos tecnológicos,
são direcionadas para indústrias nos diversos
segmentos, por meio de programas de educa-
ção profissional, consultorias e informação
tecnológica, para profissionais da área industrial
ou para pessoas que desejam profissionalizar-se
visando inserir-se no mercado de trabalho.

Este material didático foi preparado para


funcionar como instrumento de consulta. Possui
informações que são aplicáveis de forma práti-
ca no dia a dia do profissional, e apresenta uma
linguagem simples e de fácil assimilação. É um
meio que possibilita, de forma eficiente, o aper-
feiçoamento do aluno por meio do estudo do
conteúdo apresentado no módulo.

P or ser um material dinâmico, que merece


constante atualização e melhorias, caso o leitor
encontre erros, inconsistências, falhas e omissão
de algum objeto de conhecimento, favor contatar
o SENAI DENDEZEIROS. Estamos sempre abertos
para melhorar o nosso material didático.

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
05 01 INTRODUÇÃO
06 1.1 OBJETIVOS DA DISCIPLINA
06 02 COMUNICAÇÃO
06 2.1 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
07 2.2 FUNÇÕES DA LINGUAGEM
07 2.3 FORMAS DE COMUNICAÇÃO
08 2.4 POR QUE A COMUNICAÇÃO
É IMPORTANTE?
08 2.5 COMO UMA PESSOA TÍMIDA PODE
SE COMUNICAR BEM?
12 03 TEXTO
13 3.1 TEXTO LITERÁRIO X TEXTO TÉCNICO
20 04 CORREÇÃO GRAMATICAL
21 4.1 DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS
25 4.2 REGRAS DE ACENTUAÇÃO
27 4.3 PONTUAÇÃO
31 4.4 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
35 05 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA 47 6 .2.1 GRÁFICOS
36 5.1 CARTA COMERCIAL 48 6.3 INTERNET
37 5.2 ATA 48 6 .3.1 TIPOS DE NAVEGADORES
37 5.3 RELATÓRIO 49 6.3.2 FORMAS DE PESQUISA
40 06 APLICATIVOS COMPUTACIONAIS 50 6.3.3 CORREIO ELETRÔNICO
41 6.1 EDITOR DE TEXTOS 50 6.3.4 DIREITOS AUTORAIS
46 6.2 PLANILHAS ELETRÔNICAS 52 REFERÊNCIAS
01 INTRODUÇÃO

1 INTRODUÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA A CARREIRA

Imagem 1: A importância da Língua Portuguesa


Fonte: http://educador.brasilescola.com

O domínio da língua portuguesa é determinante para a seleção no mercado de trabalho, mas as


empresas têm encontrado dificuldades em recrutar profissionais que preencham esse pré-requisito. O
uso de jargões corporativos que outros funcionários não entendem e até erros gramaticais básicos, como
a grafia incorreta das palavras e a falta de coesão entre as frases, comprometem a comunicação e ex-
põem profissionais desde o nível operacional até os cargos de
gestão. Em tempos em que a troca de informações on-line vi-
rou rotina, torna-se essencial prestar atenção ao uso correto da
norma culta. Vale, inclusive, participar de cursos de formação
continuada para atualizar os conhecimentos.
F alhas n o domínio do português p rejudicam qualquer
profissional, pois, não são perceptíveis apenas na correção gra-
matical d o texto escrito, podem comprometer, também, habi-
lidades em outras áreas. A professora aposentada do Institu-
to d e Letras da Universidade d e Brasília Lucília Garcez afirma
que a língua aprimora características c ognitivas importantes,
como a capacidade d e formular hipóteses e d e fazer a valia-
ções. “Tudo i sso é construído no desenvolvimento da lingua-
gem”, explica. As pessoas precisam ficar mais atentas, pois nós
falamos d e uma maneira muito e spontânea e natural. A ssim,
com a língua escrita e a língua falada formal, há a necessidade Imagem 2: Anatomia de um leitor
de ter mais cuidado”. Para a especialista citada anteriormente, é Fonte:http:/ /www .cor re iobraziliense.com.br
(Adaptado)
somente por meio da leitura que se desenvolve essa habilidade. Fonte: http://educador.brasilescola.com
Ela sugere que os trabalhadores busquem cursos para recupe-
rar a defasagem no domínio da língua, ou criem o hábito de ler
Leitura e Comunicação

jornais de grande circulação, revistas semanais e obras literárias, meios que usam a língua em sua pos-
sibilidade plena. Lucília lembra ainda, que, sem o domínio do português, fica mais difícil aprender outro
idioma, bem como utilizar correios eletrônicos corporativos, pois é sabido que ao dominar a gramática,

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 05
será mais fácil demonstrar conhecimentos técnicos adquiridos, mostrando antes habilidade com a língua
portuguesa. Dessa forma, é essencial a conscientização de que o sucesso profissional depende tanto
de saber escrever o português com clareza, quanto dos outros conhecimentos técnicos.

1.1 OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Empregar os princípios normativos básicos da Língua Portuguesa na comunicação oral e escrita;


Interpretar ideias e informações contidas em textos informativos e literários;
Reconhecer a estrutura e os padrões dos diferentes tipos de documentos técnicos e de corres-
pondência oficial, assim como a sua finalidade no contexto do mundo do trabalho;
Aplicar diferentes metodologias de pesquisa como forma de ampliar a capacidade comunicativa e
de se apropriar de novos conhecimentos;
Reconhecer a organização e os princípios de funcionamento do Sistema Operacional.
Aplicar os princípios e recursos da informática básica na elaboração de textos.
Aplicar os princípios e recursos da informática básica na elaboração de planilhas eletrônicas.
Aplicar os recursos computacionais na elaboração de gráficos, quadros e tabelas.
Pesquisar dados e informações em sites de busca.

02 COMUNICAÇÃO

2 COMUNICAÇÃO
Comunicação é uma palavra derivada do termo latino “communicare”, que significa “partilhar, par-
ticipar algo, tornar comum”.
Por meio da comunicação, os seres humanos partilham diferentes informações entre si, tornando
o ato de comunicar uma atividade essencial para a vida em sociedade.
Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância vital, sendo uma ferramenta de
integração, instrução, de troca mútua e desenvolvimento. O processo de comunicação consiste na trans-
missão de informação entre um emissor e um receptor que descodifica (interpreta) uma determinada
mensagem.
A mensagem é codificada num sistema de sinais definidos que podem ser gestos, sons, indícios,
uma língua natural (português, inglês, espanhol, etc.), ou outros códigos que possuem um significado (por
exemplo, as cores do semáforo), e transportada até o destinatário através de um canal de comunicação (o
meio por onde circula a mensagem, seja por carta, telefone, comunicado na televisão, etc.).
Nesse processo podem ser identificados os seguintes elementos: emissor, receptor, código (sis-
tema de sinais) e canal de comunicação. Um outro elemento presente no processo comunicativo é o ruí-
do, caracterizado por tudo aquilo que afeta o canal, perturbando a perfeita captação da mensagem (por
exemplo, falta de rede no celular).

2.1 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO


Contexto ou situação

Vejamos agora no que consiste cada um desses elementos da comunicação:

EMISSOR: é aquele que envia a mensagem (uma pessoa, uma empresa, uma emissora de televisão,
dentre outros).
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RECPTOR: é a pessoa ou conjunto de pessoas que recebe uma mensagem. Também é chamado de desti-
natário.

06 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
MENSAGEM: é o conteúdo das informações
transmitidas.

CANAL: é o meio pelo qual a mensagem será


transmitida (carta, palestra, jornal televisivo).

CÓDIGO: É a combinação de signos utilizados


para a transmissão de uma mensagem, poden-
do ser verbal e não verbal, tais como: uma gra-
vura, um som, uma pintura, a escrita, dentre ou-
tros. O código utilizado pelo emissor deverá ser
de c onhecimento d o receptor, caso c ontrário a
comunicação não ocorrerá de forma eficiente.
Imagem 3: Elementos do processo de comunicação

CONTEXTO: é a situação a que a mensagem se refere.

2.2 FUNÇÕES DA LINGUAGEM


Quando elaboramos uma mensagem, pensamos também nos sentidos que queremos atribuir a
ela, pois todo ato comunicacional é permeado por intenções. Nesse momento, quando imbuímos a co-
municação de sentidos e finalidades, surgem as funções da linguagem:
Os e lementos d a comunicação estão intrinseca-
mente relacionados com a s funções d a linguagem. P ara me-
lhor exemplificar a relação existente entre esses dois fatores
fundamentais da
comunicação, o b-
serve o esquema:
Observando o
Imagem 4: Funções da Linguagem último esquema, é
Fonte: h ttp://mundoeducacao.bol.uol.com.br possível notar a re-
(Adaptado)
lação existente entre
os e lementos d a co-
municação e as funções da linguagem. É importante ressal-
tar que, embora em uma mesma mensagem verbal possam
conviver diferentes funções, sempre uma delas se destaca-
rá, estabelecendo assim uma d iferente o rdem h ierárquica
de funções.
Imagem 5: Relação intrínseca entre elementos e fun-
ções da comunicação.
2.3 FORMAS DE COMUNICAÇÃO. Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br (Adapta-
do)

Quando a comunicação se realiza por meio de uma lin-


guagem falada ou escrita, denomina-se comunicação verbal. É uma forma de comunicação exclusiva
dos seres humanos e a mais importante nas sociedades humanas.
A s outras formas de comunicação que recorrem a sistemas de sinais não-linguísticos, como ges-
tos, expressões faciais, imagens, etc., são denominadas comunicação não-verbal.
A lguns ramos da comunicação são: a teoria da informação, comunicação intrapessoal, comuni-
cação interpessoal, marketing, publicidade, propaganda, relações públicas, análise do discurso, teleco-
municações e Jornalismo.
O termo “comunicação” também é usado no sentido de ligação entre dois pontos, por exemplo, os
meios de transporte que fazem a comunicação entre duas cidades ou os meios técnicos de comunicação
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(telecomunicações).

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Comunicação Social
A comunicação social consiste em sistemas de transmissão de mensagens para um público
vasto, disperso e heterogêneo. Essa designação abrange essencialmente os chamados órgãos de in-
formação de massas das áreas da imprensa periódica, rádio, televisão e cinema.

Comunicação Empresarial
A comunicação empresarial é a área estratégica de planejamento dentro do contexto de uma
empresa. Uma boa estratégia de comunicação contribui para uma empresa de sucesso. Neste âmbito,
assessoria de imprensa e comunicação interna são conceitos essenciais.

2.4 POR QUE A COMUNICAÇÃO É IMPORTANTE?


A comunicação é uma das principais competências necessárias a todo ser humano, principal-
mente no mundo em que vivemos, numa época de constantes mudanças em que as empresas estão
dando cada vez mais valor a isso. “É uma competência fundamental para o profissional moderno que
quer se dar bem no mercado de trabalho.
Mais do que importante, ela é uma das mais desejadas competências do profissional que tem
o perfil estratégico e busca se destacar da massa. Esta habilidade é fundamental, independentemente
do cargo e do perfil, é de extrema importância que o profissional saiba se comunicar e se relacionar em
qualquer contexto. Alguns exemplos de situações em que é fundamental falar bem:

• Entrevistas;
• Apresentações em público;
• Motivação de equipes;
• Liderança;
• Reuniões de negócios;
• Contatos com clientes;
• Vendas;
• Negociações;
• Palestras;
• Networking.

E agora a boa notícia: todas as pessoas podem (e devem) se comunicar bem, inclusive os tímidos. “Co-
municação é como música, todo mundo pode aprender”. É claro que alguns vão apresentar mais di-
ficuldades do que outros, mas isso é esperado. Segundo afirmação de vários especialistas da área,
qualquer pessoa pode desenvolver esta habilidade, basta se dedicar e enfrentar os desafios.

2.5 COMO UMA PESSOA TÍMIDA PODE SE COMUNICAR BEM?


Segundo o especialista Reinaldo Passadori, é uma questão de superar limites, sair da chamada
“zona de conforto” e se dispor a transpor barreiras. O processo de desenvolvimento da comunicação
inclui mudanças interiores. Segundo este, todo mundo tem capacidade de se comunicar. Por isso cos-
tuma afirmar que o ser humano são três pessoas em uma: a pessoa que imaginamos que somos, a
pessoa que as outras pessoas percebem que somos, e quem somos na realidade”.
Se parece difícil mudar, Reinaldo oferece alguns desafios, divididos em cinco dimensões da co-
municação:

Dimensão espiritual

Sem conotação religiosa, esta dimensão tem relação com a índole da pessoa, seus valores e
suas opções de vida.
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Exemplos:
Aceite as pessoas como elas são, com seus defeitos e qualidades, sem preconceito.
Faça uma relação das cinquenta virtudes que você possui.

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Participe de alguma associação de ajuda ao próximo e realize ações filantrópicas.
Descubra e relacione seus dez valores pessoais.

Dimensão emocional

Tem a ver com autoestima e problemas ou dificuldades de cunho psicológico.


Exemplos:
Reforce sua autoestima.
Desenvolva e aprimore a arte da empatia.
Esteja bem consigo mesmo o tempo todo.
Vença o medo de falar em público.

Dimensão corporal

Refere-se ao movimento das mãos, braços e dedos, ao semblante, à postura, à elegância, à aparência e
ao estilo quando você se comunica.

Exemplos:
Melhore sua postura.
Olhe mais nos olhos das pessoas.
Deixe suas mãos livres para falar em público.
Goste do seu corpo e responsabilize-se por cuidar bem da saúde e da aparência dele.

Dimensão vocal

Variação de volume, velocidade e intensidade da voz.

Exemplos:
Aprimore sua dicção.
Fale com clareza e elegância.
Desenvolva exercícios respiratórios.
Faça exercícios em voz alta para aprimorar a dicção e a teatralização da sua fala.

Dimensão intelectual

Parte racional, organização dos pensamentos e planejamento de comunicação.

Exemplos:
Fale de improviso.
Atualize-se para se sentir seguro e bem informado.
Amplie seus conhecimentos gramaticais.
Leia jornais diariamente e ouça noticiários.

Agora que você recebeu todas essas dicas de como melhorar a sua comunicação, vamos fazer um teste
para ver se você é um bom comunicador?

Lembre-se “O Bom comunicador é aquele que diz o que pensa e pensa no que diz.” Bryan

1 – O que você pensa da sua voz quando ouve o seu áudio?


a. Parece estranha, é horrível, não gosto.
b. Gosto, mas acho que tem muitos defeitos.
c. É maravilhosa, com bom timbre, musicalidade, boa dicção. Parece voz de locutor.
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2 – No que diz respeito ao olhar, qual é a sua atitude?


a. Não costumo olhar nos olhos das pessoas quando falo com elas; tenho vergonha, até tento, mas não
consigo. Fico inibido.

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b. Olho às vezes, mas logo disfarço olhando para cima, para os lados ou para baixo.
c. Olho com firmeza e segurança, sem constranger a outra pessoa.

3 – Sobre seus gestos, como você costuma se comportar?


a. Seguro minhas mãos, enfio-as nos bolsos, cruzo os braços ou preciso ficar segurando algo.
b. Solto as mãos, faço alguns gestos e alguns movimentos e sei que os gestos reforçam a expressão
corporal.
c. Faço gestos e sei que eles são adequados ao conteúdo e ao processo da fala, formando um conjunto
harmonioso em relação à expressão corporal.

4 – Como você definiria seu estilo?


a. Sou do meu jeito, minhas roupas e a aparência são diferentes da maioria das pessoas, e isso as assus-
ta um pouco, mas não me importo. Sou espontâneo e sincero, e quem gostar de mim deve me aceitar do
jeito que eu sou.
b. Visto-me razoavelmente, mas sei que sou conservador e que preciso me atualizar, cuidar melhor do
corpo e da aparência.
c. Sou atualizado, sem seguir muito os modismos. Geralmente causo boa impressão devido ao modo
elegante de me vestir, asseio e apresentação pessoal

5 – Em eventos sociais, como você se apresenta?


a. Cometo muitas gafes em apresentações, cumprimentos, cortesias, comportamento à mesa. Sei muito
pouco a respeito disso.
b. Enfrento as situações. Sei que domino alguns conhecimentos, pois já li algo a respeito disso, mas não
me aventuro a participar ativamente de eventos sociais muito formais.
c. Trafego com facilidade em qualquer tipo de evento social. Saio-me bem quando me apresento e me
exponho a diversas situações, formais ou informais.

6 – Você foi convidado para falar em público. O que normalmente acontece?


a. Tenho dificuldade para encontrar palavras que expressem meus pensamentos. É comum perder o
raciocínio.
b. Falo razoavelmente, embaraço-me às vezes e percebo que sinto alguma dificuldade para encontrar
as palavras exatas.
c. Falo bem, com propriedade, naturalidade e domino as palavras. Leio muito, tenho um vocabulário rico
para expressar minhas ideias.

7 – Seu chefe solicitou que você preparasse uma apresentação na convenção anual da empresa. Como
a estruturaria?
a. De modo intuitivo. Como não domino nenhuma técnica e não conheço nenhum método de apresenta-
ção, ficaria em dúvida sobre planejamento, preparação e condução da palestra.
b. Por ter algum conhecimento sobre organização e planejamento, eu estruturaria a apresentação com
começo, meio e fim, subdividindo-a em partes. Mas sinto que ainda sou fraco nisso.
c. Planejo, preparo, administro o tempo, uso adequadamente recursos audiovisuais, sei técnicas para
iniciar, desenvolver e encerrar uma apresentação.

8 – Você se acha tímido?


a. Sim, normalmente fujo de situações em que tenha que me expor diante de um público.
b. Sim, e tenho consciência da minha timidez. Esforço-me para superá-la, mas é sempre um sofrimento
quando preciso falar em público.
c. Não. Domino meus medos e temores, conheço e uso técnicas de relaxamento, administro minhas pre-
ocupações e tensões.

9 – Sobre o uso de recursos audiovisuais:


a. Não recorro a nenhum, pois a fala é suficiente para que todos possam me entender. O importante é o
Leitura e Comunicação

conteúdo.
b. Por ser organizado e perceber a importância de tais recursos, procuro usá-los, mas geralmente faltam
qualidade e técnicas para obter melhores resultados.

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b. Olho às vezes, mas logo disfarço olhando para cima, para os lados ou para baixo.
c. Olho com firmeza e segurança, sem constranger a outra pessoa.

3 – Sobre seus gestos, como você costuma se comportar?


a. Seguro minhas mãos, enfio-as nos bolsos, cruzo os braços ou preciso ficar segurando algo.
b. Solto as mãos, faço alguns gestos e alguns movimentos e sei que os gestos reforçam a expressão
corporal.
c. Faço gestos e sei que eles são adequados ao conteúdo e ao processo da fala, formando um conjunto
harmonioso em relação à expressão corporal.

4 – Como você definiria seu estilo?


a. Sou do meu jeito, minhas roupas e a aparência são diferentes da maioria das pessoas, e isso as assus-
ta um pouco, mas não me importo. Sou espontâneo e sincero, e quem gostar de mim deve me aceitar do
jeito que eu sou.
b. Visto-me razoavelmente, mas sei que sou conservador e que preciso me atualizar, cuidar melhor do
corpo e da aparência.
c. Sou atualizado, sem seguir muito os modismos. Geralmente causo boa impressão devido ao modo
elegante de me vestir, asseio e apresentação pessoal

5 – Em eventos sociais, como você se apresenta?


a. Cometo muitas gafes em apresentações, cumprimentos, cortesias, comportamento à mesa. Sei muito
pouco a respeito disso.
b. Enfrento as situações. Sei que domino alguns conhecimentos, pois já li algo a respeito disso, mas não
me aventuro a participar ativamente de eventos sociais muito formais.
c. Trafego com facilidade em qualquer tipo de evento social. Saio-me bem quando me apresento e me
exponho a diversas situações, formais ou informais.

6 – Você foi convidado para falar em público. O que normalmente acontece?


a. Tenho dificuldade para encontrar palavras que expressem meus pensamentos. É comum perder o
raciocínio.
b. Falo razoavelmente, embaraço-me às vezes e percebo que sinto alguma dificuldade para encontrar
as palavras exatas.
c. Falo bem, com propriedade, naturalidade e domino as palavras. Leio muito, tenho um vocabulário rico
para expressar minhas ideias.

7 – Seu chefe solicitou que você preparasse uma apresentação na convenção anual da empresa. Como
a estruturaria?
a. De modo intuitivo. Como não domino nenhuma técnica e não conheço nenhum método de apresenta-
ção, ficaria em dúvida sobre planejamento, preparação e condução da palestra.
b. Por ter algum conhecimento sobre organização e planejamento, eu estruturaria a apresentação com
começo, meio e fim, subdividindo-a em partes. Mas sinto que ainda sou fraco nisso.
c. Planejo, preparo, administro o tempo, uso adequadamente recursos audiovisuais, sei técnicas para
iniciar, desenvolver e encerrar uma apresentação.

8 – Você se acha tímido?


a. Sim, normalmente fujo de situações em que tenha que me expor diante de um público.
b. Sim, e tenho consciência da minha timidez. Esforço-me para superá-la, mas é sempre um sofrimento
quando preciso falar em público.
c. Não. Domino meus medos e temores, conheço e uso técnicas de relaxamento, administro minhas pre-
ocupações e tensões.

9 – Sobre o uso de recursos audiovisuais:


a. Não recorro a nenhum, pois a fala é suficiente para que todos possam me entender. O importante é o
Leitura e Comunicação

conteúdo.
b. Por ser organizado e perceber a importância de tais recursos, procuro usá-los, mas geralmente faltam
qualidade e técnicas para obter melhores resultados.

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c. Valorizo-me e por isso sei que sou valorizado. Conheço minhas falhas, e isso me ajuda a não me ver
como um ser humano maravilhoso, repleto de virtudes e capacidades físicas, mentais, emocionais e
espirituais.

18 – Como você avalia sua comunicação?


a. Sou como sou, tenho um estilo definido, uma personalidade forte e penso que não preciso aprimorar
minha comunicação. Que me aceitem como sou.
b. Percebo que a comunicação é importante para mostrar ao mundo meu potencial, mas não faço nada
a respeito disso. Acredito que com o tempo desenvolverei naturalmente essa habilidade.
c. Reconheço que se não me comunico não sou nada, não sou ninguém. Sempre que posso invisto nessa
competência, leio livros, assisto a seminários e palestras, faço cursos e me exercito constantemente.

CONTAGEM DOS PONTOS


Some 1 ponto para cada resposta A, 2 pontos para cada resposta B e 3 pontos para cada resposta C.
Some os pontos e confira o resultado abaixo:

Até 27 pontos: FRACO


Você dá pouca importância à comunicação e à própria imagem, não se importa com o que pensam e
sentem a seu respeito. Normalmente foge de situações em que é convidado ou convocado para se ex-
por, sofrendo por medo ou ansiedade. Você tem, também, dificuldade para se relacionar em contextos
de vendas, negociações ou em eventos sociais. Se deseja obter maior sucesso em sua vida pessoal e
profissional, precisa romper as barreiras que o impedem de se expor e desenvolver a habilidade da co-
municação.

De 28 a 36 pontos: REGULAR
Você já fez algo e aproveita as oportunidades em que é necessária a habilidade de comunicação. Tem
algumas habilidades desenvolvidas, tais como voz bem utilizada, facilidade de organizar ideias e extro-
versão, mas ainda é limitado na aplicação das competências da comunicação. Como você, a maioria das
pessoas situa-se nessa faixa. Elas têm consciência da importância da comunicação, mas não a desen-
volveram.

De 37 a 45 pontos: BOM
É bom comunicador, relaciona-se bem com as pessoas, tem consciência de que por meio da comunica-
ção mostra seu potencial individual. Tem habilidade para vender e negociar e, eventualmente, fala em
público, mas apenas quando a situação é inevitável. Possui uma percepção desenvolvida das outras
pessoas, domina técnicas de comunicação, estudou e estuda o assunto. Reconhece que ainda há pontos
a serem aprimorados e sabe que isso só depende de esforço e boa vontade.

De 46 a 54 pontos: ÓTIMO
Fala bem, com desenvoltura, fluidez e naturalidade em todas as situações. Exerce papéis de lideran-
ça e influência sobre outras pessoas, tendo facilidade para vendas e negociações. É pessoa simpática,
irradia energia de entusiasmo e vitalidade, é ousado e corajoso. Domina seus medos e tem prazer em
utilizar a comunicação quando precisa ou deseja falar em público.

03 TEXTO

3 TEXTO
Leitura e Comunicação

O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de organização e transmissão de ideias,
conceitos e informações de modo geral. Em sentido amplo, é um conjunto de palavras e frases encadea-
das que permitem interpretação e transmite uma mensagem. É qualquer obra escrita em versão original
e que constitui um livro ou um documento escrito.
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Ele pode ter tamanho variável e deve ser escrito com coesão e coerência. Pode ser classificado
como literário e não-literário.
É uma forma de interação social, podem ter características faladas ou escritas, tamanhos diver-
sificados. Por meio de um objetivo gira em torno de ideias e sentidos, se expressa de forma verbal e não-
-verbal.
Os Textos estruturam-se de acordo com algumas regras, fatores e características, seguem abaixo:
Contexto – como, com quem ocorrem as formas comunicativas; dados comuns ao emissor e ao
receptor. Busca representar o ouvinte e o leitor, estabelecer o lugar que ocorre a interação e quais finali-
dades.
Intertextualidade – é ser capaz de observar ou fazer ligações de um texto sobre outro, seja ou não do
mesmo autor, porém de mesmo assunto. Quando lemos ou ouvimos um texto é necessária uma série de
informações externas para um melhor entendimento do texto.
Parágrafo – um texto pode ser formado por diversos parágrafos, apresentado de acordo com o
grupo de ideias. O parágrafo é composto de frases, é uma mudança de linha. Frase expressa sentido. As
frases podem ser: interrogativas, afirmativas, negativas, exclamativas e imperativas.
Fatores na construção do texto – o texto enseja coerência, trabalhar com coesão.
A coerência é um fator importante para a estruturação do texto, no ponto em que não se podem contradi-
zer as outras partes do texto. Na verdade o texto deve ser coerente em um todo.
A coesão é uma conexão interna entre as várias partes de um texto. A melhor forma de usar esta
ferramenta e dispor de forma correta o uso da gramática.
Organização dos textos – primeiro buscar uma finalidade, depois decidir sobre uma sequência. As sequên-
cias dividem-se em: narrativas, descritivas, dissertativas, instrutivas e com diálogos.
Gêneros de textos – são grupos de textos com características e formatos parecidos. Dividem-se
em: textos científicos, textos de correspondência, textos instrucionais, textos jornalísticos, textos literá-
rios, textos com o uso de linguagem visual e verbal e textos publicitários.
Textos científicos – são divulgações científicas. Podem ser lidos em periódicos científicos, em re-
vistas, em livros didáticos, em dicionários e enciclopédias.
Textos de correspondência – com o objetivo de outra pessoa ler ou visualizar. Podem ser divididos em:
bilhete, carta, cartão-postal, e-mail e telegrama.
Textos instrucionais – sugere a função apelativa da linguagem. Podem ser: bulas, folhetos ex-
plicativos, guias de cidades, instruções de provas, manuais de instruções, receitas de cozinha, regras de
jogos etc.
Textos jornalísticos – podem ser: anúncios, cartas, editorial, entrevista, notícia e reportagens.
Textos literários – nos textos literários é usada a criatividade, o jogo de imagens e figuras. Divi-
dem-se em: conto, crônica, fábula, novela, peça teatral, poema e romance.
Textos literários com o uso de linguagem visual e verbal, podem ser: charge, cartum, história em quadri-
nhos e tira.
Textos publicitários – o objetivo do texto é seduzir o leitor ou convencer o consumidor de algo.
Características: o uso de vários adjetivos, verbos no imperativo (apelativos), argumentativo e o uso de
metáforas.
Adaptado do livro de Luiz Roberto Dias de Melo & Celso Leopoldo Pagnan. Prática de texto: leitura e reda-
ção. W3 Editora, 2003.

3.1 TEXTO LITERÁRIO X TEXTO TÉCNICO


Há algumas características que permitem distinguir um texto literário de um não literário.
Os textos literários apresentam uma função estética. Geralmente são escritos em linguagem ex-
pressiva e poética, com o objetivo de atrair o interesse e emocionar o leitor. O autor segue um determinado
estilo
e usa as palavras de forma harmoniosa para expressar as suas ideias. Há uma predominância da função
poética e da linguagem conotativa (subjetiva). São exemplos de textos literários: romances, poesias, con-
tos, novelas, textos sagrados, etc.
Leitura e Comunicação

Os textos não-literários possuem função utilitária ao informar e explicar ao leitor de forma clara e
objetiva. São textos informativos sem preocupação estética. Há uma predominância da função referencial
e da linguagem denotativa (objetiva). São exemplos de textos não-literários: notícias e reportagens jorna-
lísticas, textos científicos e didáticos, etc.

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 13
Observe o Quadro 1 e perceba a diferença entre texto literário e texto não literário.

Imagem 6:Texto Literário x Texto Técnico


Fonte: SENAI, 2013

Agora vamos à prática!

Leia os textos que seguem e observe como um mesmo tema pode ser abordado de forma técnica e lite-
rária.
Exemplo de texto não literário:
A bomba de Hiroshima

Na manhã de 6 de agosto de 1945, quase ao fim da Segunda Guerra Mundial, o bombardeiro B-29 ame-
ricano Enola Gay lançou a ainda não testada bomba de urânio Little Boy sobre a cidade de Hiroshima,
a sudoeste de Honshu, a principal ilha japonesa. Ela arrebentou no ar a 600 metros de altura e liberou
uma energia equivalente a 20 quilotons (20 mil toneladas) do explosivo químico TNT, matando 64 mil
pessoas instantaneamente. Três dias depois, após sobrevoar inutilmente durante 45 minutos um se-
gundo alvo, a cidade de Kokura, sem visualizá-la, o avião mudou de rumo. E Fat Man, outra bomba,
esta de plutônio, arrasou mais da metade da área de Nagasaki, no sul do Japão. Passados seis meses, 40
mil pessoas haviam morrido. O número de vítimas poderia ter sido ainda maior e incluir cidadãos ameri-
canos caso o mau tempo não tivesse afastado o bombardeiro 1500 metros do alvo: isso salvou a vida de
1300 prisioneiros de um campo de concentração japonês desconhecido dos Estados Unidos.

Fonte: Revista SUPERINTERESSANTE. V.3, n.11, nov. 1989.

Agora vejamos o mesmo tema, tratado literariamente:

A rosa de Hiroxima

Pensem nas crianças Mudas telepáticas


Pensem nas meninas Cegas inexatas
Pensem nas mulheres Rotas alteradas
Pensem nas feridas Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
Leitura e Comunicação

A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose

14 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

Fonte: MORAES, Vinicius de. Nova antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

Agora que você sabe distinguir o texto literário do texto técnico, vamos praticar para não esquecer as
principais diferenças existentes entre os tipos de linguagem.

Questão 1

Sobre a linguagem não literária é correto afirmar, exceto:

a) É utilizada, sobretudo, em textos cujo caráter seja essencialmente informativo.


b) Sua principal característica é a objetividade.
c) Utiliza recursos como a conotação para conferir às palavras sentidos mais amplos do que elas real-
mente possuem.
d) Utiliza a linguagem denotativa para expressar o real significado das palavras, sem metáforas ou preo-
cupações artísticas.

Questão 2

(UERJ – 2012)
SOBRE A ORIGEM DA POESIA

A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem.


Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual
a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por
eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil
de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou
telefonemas [...]
No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas, im-
pedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar,
ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo [...]
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas,
assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se desapegou da vida. Mas temos
esses pequenos oásis – os poemas – contaminando o deserto de referencialidade.
ARNALDO ANTUNES
No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da linguagem poética, fazendo, em seguida,
uma descrição que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à linguagem referencial.
Pela descrição apresentada, a linguagem referencial teria, em sua origem, o seguinte traço fundamental:
a) O desgaste da intuição
b) A dissolução da memória
c) A fragmentação da experiência
d) O enfraquecimento da percepção

Questão 3

Leia os textos abaixo para responder à questão:

(Texto 1)

Descuidar do lixo é sujeira.


Leitura e Comunicação

Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das filiais do
McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de san-
duíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o
material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/92)

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 15
(Texto 2)

O BICHO
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.

(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145)

I. No primeiro texto, publicado por uma revista, a linguagem predominante é a literária, pois sua principal
função é informar o leitor sobre os transtornos causados pelos detritos.
II. No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a linguagem não literária é predominante, pois o poeta
faz uso de uma linguagem objetiva para informar o leitor.
III. No texto “Descuidar do lixo é sujeira”, a intenção é informar sobre o lixo que diariamente é depositado
nas calçadas através de uma linguagem objetiva e concisa, marca dos textos não literários.
IV. O texto “O bicho” é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem plurissignificativa,
isto é, permeada por metáforas e simbologias, traços determinantes da linguagem literária.

Estão corretas as proposições:


a) I, III e IV.
b) III e IV.
c) I, II, III e IV.
d) I e IV.
e) II, III e IV.

GABARITO

As diferentes formas de redigir uma redação são assuntos bem importantes nas provas dos vestibulares
e também durante a jornada escolar. Geralmente, a redação pode ser dividida em três principais tipos:
descrição, narração e dissertação. As instituições têm autonomia para definir o tipo de estrutura de tex-
to que será cobrado no exame.
É importante que o s alunos p ercebam a d iferença
entre elas. Afinal, uma boa nota pode garantir a aprovação no ves-
tibular

Descrição

Descrever é explicar com palavras o que se viu e se obser-


vou. A descrição é estática, sem movimento, desprovida de ação.
Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes, ocupan-
do lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo.
O emissor capta e transmite a r ealidade através de seus
sentidos, fazendo uso de recursos linguísticos, tal que o receptor
a identifique. A caracterização é indispensável, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no
Leitura e Comunicação

texto.

16 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
Elementos básicos de uma descrição

>Nomear / identificar - dar existência ao elemento (diferenças e semelhanças).


>Localizar / situar - determinar o lugar que o elemento ocupa no tempo e no espaço.
>Qualificar - testemunho do observador sobre os seres do mundo.

A qualificação constitui a parte principal de uma descrição. Qualificar o elemento descrito é dar-lhe
características, apresentar um julgamento sobre ele. A qualificação pode estar no campo objetivo ou no
subjetivo. Uma forma muito comum de qualificação é a analogia, isto é, a aproximação pelo pensamento
de dois elementos que pertencem a domínios distintos. Pode ser feita através de comparações ou metá-
foras.
Descrição subjetiva e Descrição objetiva

Objetiva - sem impressões do observador, tentando maior proximidade com o real.


Subjetiva - visão do observador através de juízos de valor

Narração
T em por objetivo contar uma história real, fictícia ou mesclando dados reais e imaginários. Baseia-
-se numa evolução de acontecimentos, mesmo que não mantenham relação de linearidade com o tempo
real. Sendo assim, está pautada em verbos de ação e conectores temporais.
A narrativa pode estar em 1ª ou 3ª pessoa, dependendo do papel que o narrador assuma em rela-
ção à história. Numa narrativa em 1ª pessoa, o narrador participa ativamente dos fatos narrados, mesmo
que não seja a personagem principal (narrador = personagem). Já a narrativa em 3ª pessoa traz o narrador
como um observador dos fatos que pode até mesmo apresentar pensamentos de personagens do texto
(narrador = observador).

a) o fato: que deve ter sequência ordenada; a sucessão de tais sequências recebe o nome de enredo, trama
ou ação;
b) a personagem;
c) o ambiente: o lugar onde ocorreu o fato;
d) o momento: o tempo da ação.

O relato de um episódio implica interferência dos seguintes elementos:


Fato - o quê?
Personagem - quem?
Ambiente - onde?
Momento - quando?
E m qualquer narrativa estarão sempre presentes o fato e a personagem, sem os quais não há nar-
ração.
N a composição narrativa, o enredo g ira em torno d e um fato acontecido. Toda h istória tem um
cenário onde se desenvolve. Desta forma, ao enfocarmos a trama, o enredo, teremos, obrigatoriamente,
de fazer descrições para caracterizar tal cenário. Assim, acrescentamos: narração também envolve des-
crição.

DISSERTAÇÃO

Dissertar é o ato de discorrer sobre determinado assunto, buscando sempre argumentações que levem a
alguma conclusão.

PLANEJAMENTO DA DISSERTAÇÃO

1) Ler atentamente o tema, buscando as mensagens que o autor da frase quis passar ao leitor, ou seja,
descobrir a intenção do autor ao escrever a frase.
Leitura e Comunicação

2) Reler o tema, anotando as palavras-


Chave, palavra que encerram o significado global de um contexto, ou que o explica e o identifica.
3) Interpretar o tema denotativamente:

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 17
definir o sentido do tema, ou seja, alcançar com a inteligência a intenção do autor, buscando as
mensagens que ele quis passar ao leitor, partindo das palavras-chave e elaborando perguntas re-
lacionadas ao tema.
4) Interpretar, se necessário,
Conotativamente o tema: compreender o significado das palavras usadas em sentido figurado.
5) Delimitar a ideia apresentada pelo tema: reestruturar o tema com suas próprias palavras, de acordo
com a interpretação feita anteriormente, ou seja, escrever um pequeno parágrafo, demonstrando o que
você entendeu do tema.
6) Decidir qual será o objetivo final de seu texto, ou seja, qual será a conclusão a que se quer chegar.
7) Refletir sobre os argumentos que poderão ser utilizados para chegar à conclusão escolhida, selecio-
nando aqueles que mais condizem com o tema.
8) Elaborar a dissertação.

PASSO A PASSO

A primeira providência é perguntar ao tema por quê?

Escolha duas ou três respostas, que serão utilizadas como argumentos no desenvolvimento.

Por exemplo: “As cidades modernas estão tornando-se desumanas.” Por quê?
1. Tem ocorrido o inchaço populacional.
2. O trânsito torna-se a cada dia mais violento.
3. A poluição prejudica a saúde do homem.

INTRODUÇÃO

É o primeiro parágrafo da dissertação e deve conter a informação do que será argumentado e/ou
discutido no desenvolvimento.
Tudo o que for citado na introdução deve ser discutido no desenvolvimento; o que não for citado na in-
trodução não deve ser discutido no desenvolvimento.
A introdução é uma espécie de índice do desenvolvimento.
Para elaborar a introdução, pode- se reescrever o tema, reestruturando-o sintaticamente. Para
isso, utilize suas próprias palavras, não apenas substituindo as do tema por sinônimos e apresente os
três argumentos das respostas. Por exemplo:
“Viver bem nas cidades modernas, a cada dia que passa, torna-se mais difícil, pois o número de
habitantes tem aumentado exageradamente, a violência no trânsito parece ter-se tornado incontrolável
e os índices de poluição crescem cotidianamente, o que leva as metrópoles a serem consideradas desu-
manas.”

DESENVOLVIMENTO

É a redação propriamente dita. É onde os argumentos devem ser discutidos.


Cada argumento deve ser discutido em apenas um parágrafo. Um argumento nunca deve ultrapas-
sar um parágrafo só e, em um mesmo parágrafo, não se devem discutir dois argumentos.
O desenvolvimento da redação é a apresentação dos argumentos, cada um em um parágrafo
diferente, utilizando elementos concretos, exemplos sólidos, que sejam importantes para a sociedade
de um modo geral.

No primeiro parágrafo do desenvolvimento da redação citada, argumenta-se sobre as causas e


as consequências do inchaço populacional, exemplificando.
No segundo parágrafo, discute- se acerca do trânsito, que está cada dia mais caótico e violento.
No terceiro parágrafo, apresenta-se a poluição como elemento importante na discussão
Leitura e Comunicação

sobre a desumanização das cidades modernas.

18 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
CONCLUSÃO

A conclusão é o encerramento da dissertação, portanto nunca apresente informações novas


nela; se ainda há argumentos a serem discutidos, não inicie a conclusão. Procure terminar a redação com
conclusões consistentes, e não com evasivas.
Este parágrafo deve concluir toda a redação, e não apenas o argumento do último parágrafo do
desenvolvimento.
A conclusão pode iniciar-se com uma expressão que remeta ao que foi dito nos parágrafos ante-
riores, tentando buscar uma solução. A ela deve seguir-se uma reafirmação do tema e um comentário
sobre os fatos mencionados ao longo da dissertação. Por exemplo:
“É imprescindível que todos os cidadãos se conscientizem de que cada um deve tentar minimizar
os problemas urbanos, diminuindo os índices de poluição, racionalizando o trânsito e conseguindo mora-
dia decente para todos. Só assim se conseguirá viver humanamente nas cidades modernas.”
Este foi o objetivo escolhido antes de iniciar a dissertação: a conscientização de que, se os princi-
pais problemas das grandes cidades não forem diminuídos, não haverá possibilidades de se viver hu-
manamente.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

Agora é sua vez de redigir! Leia os textos:

TEXTO 1:

“Ler e escrever é sempre deter alguma forma de poder. Mesmo que nem sempre ele se exerça sob
a forma do poder de mandar nos outros ou de fazer melhor e ganhar mais dinheiro (por ter mais infor-
mação e conhecer mais), ou sob a forma de guardar como um tesouro a semente do futuro ou a palavra
sagrada como nos mosteiros medievais ou em confrarias religiosas, seitas secretas, confrarias de todo
tipo. De qualquer forma, é uma caixinha dentro da outra: o poder de compreender o texto suficientemen-
te para perceber que nele há várias outras possibilidades de compreensão sempre significou poder – o
tremendo poder de crescer e expandir os limites individuais do humano.”

Ana Maria Machado

TEXTO: 2

“Ter acesso à palavra escrita representa a possibilidade de dominar um instrumento de poder chamado
linguagem formal. É nessa linguagem formal que, em qualquer país, estão escritos os códigos, as leis, os
regimentos, os ensaios científicos – tudo, enfim que faz parte da organização e funcionamento dos gru-
pos. Daí o caráter de exclusão do analfabetismo: ele priva as pessoas de um tipo particular de informação.”

Irandé Antunes

TEXTO 3:
Leitura e Comunicação

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 19
TEXTO: 4
“Quem não lê não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo.”
Paulo Francis

Praticando!

A partir da leitura dos textos apresentados (1 a 4), das ideias neles contidas e da sua forma de
enxergar o mundo da leitura, produza um texto dissertativo/argumentativo sobre o tema direcionado
pelo docente.

04 CORREÇÃO GRAMATICAL

4 CORREÇÃO GRAMATICAL
Iniciaremos esta discussão sobre as modalidades oral e escrita da linguagem, pedindo a você que
reflita sobre algo.
Nem todas as sociedades do mundo fazem uso de um sistema de escrita, mas todas as socie-
dades humanas fazem uso da linguagem oral. Muitas sociedades não têm registro escrito de sua língua,
como a maioria das comunidades indígenas do Brasil. As sociedades que fazem uso da escrita são cha-
madas de sociedades letradas.
As primeiras inscrições que podem ser tomadas como as mais remotas manifestações escritas
(as inscrições dos sumérios e dos egípcios, por exemplo) datam apenas cinco ou seis mil anos atrás.
Sabe-se que a invenção da escrita é um marco importantíssimo no desenvolvimento da humanidade,
tendo passado a constituir o divisor de águas entre a História e a Pré-história. É interessante observar,
ainda, que a história da espécie humana com relação à escrita repete-se na história de cada um de seus
indivíduos: a fala precede a escrita.
Depois de tal reflexão, pode-se observar que a escrita não é um mero registro da fala, até por-
que surgiu para expressar diferentes necessidades comunicativas e intelectuais dos seres humanos. O
nível de elaboração intelectual a que se pode chegar através do exercício da escrita é imenso, bastando
lembrar que, sem o suporte da escrita, determinados tipos de raciocínio lógico e filosófico talvez não
tivessem se desenvolvido. Neste sentido, pode-se dizer que o exercício da atividade de escrever levou
a humanidade, através dos tempos, a definir novos rumos para a evolução cognitiva. Mas atenção! Que
não se conclua, a partir dessas considerações, que a escrita é “melhor” do que a oralidade. Na ver-
dade, trata-se de diferentes modos de cognição e de expressão da oralidade.
A forma que assume qualquer variedade da língua, quando escrita, em certo sentido é uma esti-
lização da oralidade. Não é a sua reprodução fiel e, em qualquer cultura em que a escrita é introduzida,
decorre sempre um tempo considerável até que a língua adquira os contornos formais que se confor-
mem às exigências da nova modalidade.
Essas considerações permitem entender por que a modalidade oral da linguagem é aprendida
espontaneamente pelas crianças, enquanto a modalidade escrita exige um longo processo de constru-
ção formal. O ensino institucional da escrita pressupõe a exposição a diferentes tipos de textos escritos,
assim como a apresentação organizada dos recursos formais e de conteúdo que permitem não só a pro-
dução de textos mais elaborados em termos de léxico e sintaxe. Em outras palavras: é por esse motivo
que todos precisamos aprender redação!
Fonte: Aline Renée Benigno dos Santos. Folha dirigida online

4.1 DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS


Dúvidas frequentes
Leitura e Comunicação

1ª) EM VEZ DE ou AO INVÉS DE? a) AO INVÉS DE = ao contrário de: “Ele entrou à direita ao invés da es-
querda”. “Subiu ao invés de descer.”
20 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
b) EM VEZ DE = em lugar de: “Foi ao clube em vez de ir à praia.” “Apertou o botão vermelho em vez do azul.”
OBSERVAÇÃO

Como AO INVÉS DE só pode ser usado quando há a ideia de “oposição”, sugiro que se use sempre EM VEZ
DE.
EM VEZ DE pode ser usado sempre que existe a ideia de “substituição, troca”, mesmo se for de “oposição”.
Há quem aceite o uso indistinto das duas formas.

2ª) MAIS ou MAS ou MÁS?

a) MAIS = opõe-se a MENOS: “Hoje estou mais satisfeito.” (=poderia estar menos satisfeito)
“Compareceram mais pessoas que o esperado.” (=poderiam ser menos pessoas)
b) MAS = porém, contudo, todavia, entretanto: “Estudou mas foi reprovado.” (=porém)
“Não foram convidados, mas vieram à festa.” (=entretanto)
c) MÁS = plural do adjetivo MÁ; opõe-se a BOAS: “Não eram más ideias.” (=eram boas ideias). “Estavam
com más intenções.” (=não tinham boas intenções)

3ª) MAL ou MAU?


a) MAU é um adjetivo e se opõe a BOM: “Ele é um mau profissional.” (X bom profissional); “Ele está de mau
humor.” (X bom humor); “Ele é um mau caráter.” (X bom caráter); “Tem medo do lobo mau.” (X lobo bom);

b) MAL pode ser:


1. Advérbio (=opõe-se a BEM): “Ele está trabalhando mal.” (x trabalhando bem); “Ele foi mal treinado.” ( x
bem treinado);
“Ele está sempre mal-humorado.” ( x bem-humorado);
“A criança se comportou muito mal.” (x se comportou muito bem);
2. conjunção (=logo que, assim que, quando): “Mal você chegou, todos se levantaram.” (=Assim que você
chegou); “Mal saiu de casa, foi assaltado.” ( =Logo que saiu de casa);
3. substantivo (=doença, defeito, problema): “Ele está com um mal incurável.” ( =doença);
“O seu mal é não ouvir os mais velhos.” ( =defeito).

Na dúvida, use o velho “macete”:


MAL x BEM;
MAU x BOM.

4ª) PORISSO ou POR ISSO?

“PORISSO” não existe.


Use sempre POR ISSO: “Ele trabalha muito, por isso merece uns dias de folga.”

5ª) PORQUE, POR QUE, PORQUÊ ou POR QUÊ?


a) PORQUE é conjunção causal ou explicativa:
“Ele viajou porque foi chamado para assinar contrato.”
“Ele não foi porque estava doente.”
“Abra a janela porque o calor está insuportável.”
“Ele deve estar em casa porque a luz está acesa.”

b) PORQUÊ é a forma substantivada (= antecedida de artigo “o” ou “um”): “Quero saber o porquê da sua
decisão.” “A professora quer um porquê para tudo isso.”

c) POR QUÊ = só no fim de frase:


“Parou por quê?”
“Ele não viajou por quê?”
Leitura e Comunicação

“Se ele mentiu, eu queria saber por quê.”


“Eu não sei por quê, mas a verdade é que eles se separaram.”

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 21
d) POR QUE
1. Em frases interrogativas diretas ou indiretas:
“Por que você não foi?” (= pergunta direta)
“Gostaria de saber por que você não foi.” (= pergunta indireta)

2. Quando for substituível por POR QUAL, PELO QUAL, PELA QUAL, PELOS QUAIS, PELAS QUAIS:
“Só eu sei as esquinas por que passei.” (= pelas quais)
“É um drama por que muitos estão passando.” (= pelo qual)
“Desconheço as razões por que ela não veio.” (= pelas quais)
3. quando houver a palavra MOTIVO antes, depois ou subentendida:
“Desconheço os motivos por que a viagem foi adiada.” (= pelos quais)
“Não sei por que motivo ele não veio.” (= por qual)
“Não sei por que ele não veio.” (= por que motivo – por qual motivo).

Onde, aonde
Onde = em que lugar (está...) é empregado com verbos que não indicam movimento. Ex.: Os computa-
dores ficavam superaquecidos na sala, onde não havia ventilação adequada.
Aonde = a que lugar (para que lugar vai...) é empregado com verbos que indicam movimento como ir,
chegar, levar, encaminhar-se, dirigir-se, dentre outros.

Ex.: Aonde vocês pensam que vão?

A ou há

HÁ é uma forma do verbo haver. Observe quando a utilizamos:


- com referência a tempo passado
(equivale a faz):
Ex.: Estive em Belo Horizonte há quatro anos.
- quando é uma forma do verbo haver:
Ex.: Há uma pessoa na sala esperando por você.

A – emprega-se:
- com referência a tempo futuro:
Ex.: Iremos jantar daqui a cinco minutos.
- com referência a distância:
Ex.: Moro a dez quarteirões da escola.

Mas ou mais

Mas: conjunção adversativa utilizado quando o locutor quer expor uma ideia contrária o que foi dita
anteriormente. Ex.: Meu carro está com um problema no motor, mas eu levarei no mecânico para con-
sertar.

Mais: advérbio de intensidade.


Pode modificar também adjetivos e advérbios. O contrário de menos. Ex.: Eu tenho mais irmãos do que
você.
A par ou ao par

A par tem o sentido de “bem informado”, “ciente”:


Mantenha-me a par de tudo o que
acontecer.
É importante manter-se a par das decisões parlamentares.
Leitura e Comunicação

Ao par é uma expressão usada


para indicar relação de equivalência ou igualdade entre valores financeiros (geralmente em operações
cambiais):
As moedas fortes mantêm o câmbio praticamente ao par.

22 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
Ao encontro de / de encontro a
Ao encontro de indica “ser favorável a”, “aproximar-se de”. Observe os exemplos:
A inda bem que sua opinião veio ao encontro da minha. Pudemos, assim, unir nossas reivindica-
ções.
Quando a viu, foi rapidamente ao seu encontro e a abraçou afetuosamente.
De encontro a indica oposição,
choque, colisão. Veja:
Como você queria que eu o ajudasse se suas opiniões sempre vieram de encontro às minhas? Nós
pertencemos a mundos diferentes.
O caminhão foi de encontro ao muro. Ninguém se machucou, mas os prejuízos foram grandes.

A cerca de, acerca de ou há cerca de


A cerca de, escrito assim, separado, significa “perto de”, “aproximadamente”, “próximo de”.

Ex.: O rapaz foi encontrado a cerca de 10 metros do local.

Acerca de significa “sobre”, “a respeito de”:


Ex.: Haverá uma palestra acerca das
consequências das queimadas sobre a temperatura ambiente.

Há cerca de indica um período aproximado de tempo já transcorrido. Significa “desde aproximadamen-


te”, “faz aproximadamente”:
Ex.: Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.

Afim / a fim
A fim é um adjetivo que significa “igual”, “semelhante”. Relaciona-se com a ideia de afinidade.
T iveram comportamentos afins durante os trabalhos de discussão.
São espíritos afins.
A fim surge na locução a fim de, que significa “para” e indica ideia de finalidade:
T entou mostrar-se capaz de inúmeras tarefas a fim de nos enganar.

Pratique!

1. Complete as frases utilizando a forma apropriada dentre as fornecidas pelos parênteses.


a) (*) você quer saber? É (*) sua curiosidade é maior que sua inteligência? (por que / porque / por
quê / porquê)
_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

b) Você quer saber (*)? Não lhe direi o (*). (por que / porque / por quê / porquê)
_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

c) Resta ainda descobrir o (*) dessas declarações. É difícil entender (*) ele teria dito tudo aquilo. (por que
/ porque / por quê / porquê)
_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

d) (*) está seu orgulho? (onde / aonde)


_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________
Leitura e Comunicação

e) Irei (*) você quiser que eu vá. (onde / aonde)


_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 23
f) Não gosto muito dela, (*) tenho de admitir que ela é muito bonita. (mas/mais)
_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

g) Comportou-se (*) durante a reunião. Não creio que seja um (*) sujeito, porém. (mal / mau)
_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

h) Às vezes, penso que o (*) anda vencendo o bem de goleada neste nosso mundo. Isso é tão (*)!
(mal / mau)
_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

i) (*) humorados de todo o mundo, uni- vos! (mal/ mau)


_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

j) Deixe-me (*) de tudo o que estiver acontecendo. (a par / ao par)


_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

l) Várias pessoas expuseram opiniões que vieram (*) minhas durante o debate, o que muito me animou.
(ao encontro de / de encontro a)
______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

m) Muitas pessoas têm opiniões que vêm (*) minhas, o que não chega a me desanimar. (ao encontro de /
de encontro a)
______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

n) (*) anos não nos vemos. E só poderei reencontrá-lo daqui (*) dois meses! (há / a)
_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

o) Dali (*) três meses, eu mudaria de vida. (há / a) admitir que é (*) inteligente do que eu
supunha. (mas / mais)
_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

p) Nada sei (*) das manifestações que ocorreram no país (*) de dois anos. (acerca / há cerca / a cerca)
_______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

q) Já que temos ideias (*), deveríamos trabalhar juntos (*) de conseguir melhores
resultados. (afim / a fim)
______________________________________________________________________________ _
________________________________________________________________________________

4.2 REGRAS DE ACENTUAÇÃO


Oxítonas: são acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A, E, O e EM, seguidas ou não de
Leitura e Comunicação

S. Café, babá, também, cipó.


Monossílabos tônicos: são acentuados os monossílabos tônicos terminados em A, E e O, seguidos
ou não de S. Pés, nós, só, já.

24 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
Paroxítonas: são acentuadas as paroxítonas terminadas em L, N, R, X, I, IS, US, Ã, ÃS, UM, UNS, PS
e DITONGO.
L/N/R/X: amigável, glúten, flúor, ônix
I/IS: táxi, cútis
US: húmus, vírus
Ã/ÃS: órfã, ímã
UM/UNS: médium, fóruns
PS: bíceps
Ditongo: aquário, água, área.
Proparoxítonas: todas as palavras proparoxítonas são acentuadas.
lâmpada, córrego, cédula, mágico, público.
Ditongos: são acentuados os ditongos abertos ÉU, ÉI e ÓI apenas quando estiverem na última
sílaba das oxítonas: herói, troféu, destrói, papéis. Observação: esses mesmos ditongos em paroxítonas
NÃO são acentuados: heroico, ideia, assembleia, joia, paranoia, geleia.
Hiatos: acentua-se a vogal I ou U tônica dos hiatos, desde que ela esteja sozinha na sílaba ou se-
guida de S: raízes, Laís, saúde, baús.
Não acentuamos mais os seguintes encontros vocálicos:

>Enjoo
>Voo
>Perdoo
>Veem
>Creem

Acento diferencial

Perdem o acento as palavras paroxítonas homógrafas (têm a mesma grafia).

Desta forma, não serão acentuados: para- lama, para-choque, etc.


Exceção

TEXTO

A revolução da decência
Lya Luft
Na faxina iminente e urgentíssima em nossa política, burocracia e várias instituições, em nosso
modo de escolher, eleger, governar, atuar e administrar, a imprensa está tendo um papel magnífico.
Ninguém mais pode dizer “Eu não sabia” nem se fingir de inocente. Os problemas, a gente adi-
vinhava que existiam, embora poucos imaginassem quantos e de que gravidade. Hoje eles saltam na
nossa cara em jornal, revista, rádio e televisão, feito monstrinhos de filme de ficção científica, grudando
na nossa perplexidade. É salutar, ainda que doa. Pois a ignorância e a desinformação são humilhantes.
Não podemos querer ficar em paz enquanto tudo não for clareado e limpo. Não há nada de diverti-
do em sermos, como disse alguém, um país de rabos presos: muitos políticos que dançam feito macacos,
segurando um o rabo do outro... A ideia seria de rir se não fosse de chorar.
Somos passageiros de uma nau cujos mandantes, se nada sabiam das rachaduras no casco, esta-
vam seriamente alienados daquilo que deviam governar; se sabiam e não tomaram providências, não
mandaram investigar a fundo nem prestaram contas ao povo que os elegeu, foram gravemente omissos
e inegavelmente cúmplices.
De qualquer maneira o barco em que estamos metidos aderna fortemente, e não sabemos para
que lado cai ou para que margem poderia se dirigir. Para não nos atolarmos num esquerdismo radical e
ultrapassado, nem girarmos no redemoinho da anarquia e do desgoverno, é preciso – urgentemente –
Leitura e Comunicação

abrir os olhos, agir e reagir, implantar em nossa vida pessoal e neste nosso país o governo da ética. Ética,
do grego ethos, “costume”, é um conjunto de bons costumes – isto é, decência.
O Brasil não é uma abstração ou um mapa: são quase 200 milhões de vidas, gente que batalha no

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 25
seu duro cotidiano e não merece ficar à mercê dessa ópera bufa, tendo nos bastidores dramas morais e
cinismos espetaculares, facilitados pela cumplicidade e pela omissão.
A ignorância é a mãe de boa parte de nossos males. Precisamos ser educados, informados, para
compreender e escolher. Ideias são fruto de educação. Apesar da imoralidade de muitos,
Poderemos ter esperança se nos tornarmos um povo mais ético – habituado à honradez, im-
placável quando se trata de escolher seus representantes e até mesmo as condições da própria vida
pessoal.
Não quero fome zero, mas desinformação zero. Trabalho (que traz dignidade) e educação (que nos escla-
rece e nos torna capazes de optar) deviam ser
Fonte Revista Veja, 13 de julho de 2005, p. 26

Compreensão do texto

1. A que situação política da época a autora do texto se referiu ao dizer, no segundo parágrafo:
“Ninguém mais pode dizer ‘Eu não sabia’”? Nosso objetivo premente agora. Não mais palavrório vazio
sobre democracia, mas seu exercício verdadeiro, com lucidez e determinação. Uma bela reforma, tam-
bém em cada um de nós. Microrrevolução, em
que cada um tenta ser decente, manter-se decente e pensar sobre o que é decência, a começar na família
– que, mesmo com todas as mudanças sociais, continua existindo como o quartel-general de nossas
ideias e atitudes básicas pelo resto da vida.
Simultaneamente, urge transformar agora, hoje, não amanhã – a escola
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2. O texto fala sobre ética, decência. A autora inicialmente se refere aos políticos, mas também abre para
toda a população ao dizer, no oitavo parágrafo: “Uma bela reforma, também em cada um de nós”. O que
cada ser humano precisa fazer para viver com ética e decência? Por que ela diz que cada um preci-
sa fazer uma reforma? elementar e a secundária, onde se capacitam crianças e jovens a ser cidadãos
dessa democracia ética. Com professores valorizados e preparados, capazes de preparar seus alunos
para questionar, escolher bem e viver segundo regras éticas. Uma escola que não finja ser uma espécie
de pseudofamília ou um lugar insosso, como se estudar fosse a beirada fria e desinteressante do min-
gau da formação de cidadãos prestantes. Por todo lado, estruturas abaladas e ídolos de barro rachados,
confusão e covarde busca do interesse próprio: qualquer recurso vale para salvar a pele. Mas também
estamos despertando do torpor e da ilusão que infantilizam. Ainda acredito que a gente pode usar essa
tremenda crise para mudar: nossas dores de agora podem ser dores de crescimento, não de naufrágio,
para podermos participar, escolher, fiscalizar e assumir de uma vez o nosso papel em relação ao nosso
país. Esta é a hora.
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Agora vamos praticar!

1. Considere os fragmentos abaixo:


I – “Por todo lado, estruturas abaladas e ídolos de barro rachados...”
II – “Ética, do grego ethos, “costume”, é um conjunto de bons costumes – isto é, decência.”
III – “... um povo mais ético – habituado à honradez, implacável quando se trata...”
IV – “Ninguém mais pode dizer “Eu não sabia” nem se fingir de inocente.

Os termos grifados são acentuados pela mesma razão em:

a) I e II
Leitura e Comunicação

b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV

26 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
e) III e IV.

2. Retire do texto todas as palavras acentuadas e justifique o emprego do acento.


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3. Assinale a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado:


a) lapis, orfão, taxi, balaustre
b) itens, parabens, alguem, tambem
c) tactil, amago, cortex, roi
d) papeis, onix, bau, ambar
e) hifen, cipos, medico, pe

4. Assinale a opção em que as palavras, quanto à acentuação gráfica, estejam agrupadas pelo mesmo
motivo gramatical. a) problemáticos, fácil, álcool
b) já, nó, só
c) também, último, análises
d) porém, detêm, experiência
e) país, atribuíram, lápis

5. Todas as palavras apresentam separação correta de sílaba, exceto:


a) ex-tre-mo, fre-quen-tes, de-tec-ta-do
b) sig-ni-fi-ca-ti-va, pers-pec-ti-va, Pa-ra- guai
c) a-si-á-ti-co, ja-pão, in-te-gra-ção
d) in-con-tes-tá-vel, bra-si-lei-ros, eu-ro- pei-a
e) sua-dou-ro, as-pe-ctos, es-pe-cial

4.3 PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não consigam
reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e procuram estabelecer
as pausas e as entonações da fala.
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono30.php

Veja a seguir os sinais de pontuação mais comuns, responsáveis por dar à escrita maior clareza e simpli-
cidade:

Vírgula: empregada nos seguintes casos:

a) Para separar, nas datas, o nome do lugar. Exemplo: Salvador, 26 de agosto de 2009.

b) Para separar apostos e vocativos. Exemplos: Osvaldo, o melhor professor do colégio, foi embora.
Menina, venha cá.

c) Para separar adjuntos adverbiais. Exemplos: Atualmente, o Brasil passa por uma crise política.
Enviarei, nos próximos dias, a mercadoria solicitada.

d) Para separar orações subordinadas adverbiais. Exemplo: Conforme combinamos, envio em anexo o
arquivo.

e) Para separar orações adjetivas explicativas. Exemplo: O funcionário, que é responsável pelo setor
de manutenção, tem-se mostrado incompetente.
Leitura e Comunicação

f) Para separar orações intercaladas. Exemplo: O setor de marketing, afirmou o


presidente da empresa, é essencial para a sobrevivência da empresa.

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 27
g) Para separar as conjunções coordenadas adversativas e explicativas. Exemplo: Ontem houve expedien-
te, hoje, contudo, não haverá.

h) Para separar expressões explicativas. Exemplos: O debate estava complicado, isto é, veemente.
O estudo é importante, ou melhor, indispensável.

i) Para separar palavras nas enumerações de vários termos ou orações. Exemplos: O jogador, o técnico, o
diretor, todos estavam calados.
Ele chegou, sentou, respondeu à chamada e saiu.

Ponto e vírgula: denota uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto final.

* Separa itens enumerados


A matemática se divide em:
- geometria;
- álgebra;
- trigonometria;
- financeira.

* É também usado num trecho longo, onde já existam vírgulas, para denotar uma pausa maior:
Precisamos ingerir diariamente frutas, como mamão, maçã, pêssego, uva; e verduras, como ce-
noura, batata, abóbora.

Dois pontos: são empregados nos seguintes casos:

a) Antes de uma citação. Exemplo:


Assim diz o ditado: aqui se faz, aqui se paga.

b) Antes de uma enumeração explicativa.


Exemplo:
Prometeu que levaria tudo: livros, cadernos, canetas.

c) Antes de uma pergunta ou resposta. Exemplos:


Perguntei-lhe: “Afinal, o que você quer?”
Ele respondeu: “Participar da festa.”

d) Antes de um esclarecimento, síntese ou consequência. Exemplos:


Em síntese: metade da sala foi reprovada.
Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. (Cecília Meireles)

Ponto final: indica uma pausa mais longa e encerra um período de sentido completo.

Ponto de i nterrogação: usa-se ao final de uma palavra ou período em que haja uma pergunta
direta.

1. Aspas: usam-se:

a) Antes e depois de uma citação.


b) Antes e depois de palavras estrangeiras, gírias, neologismos, nomes

a) Arrumou as malas, saiu, lançou-se na vida.


b) Os visados éramos nós, e eles foram
Leitura e Comunicação

violentamente punidos.
c) Eu contesto, a justiça que mata.
d) Preciso ouvir, disse o velho ao menino, a causa desse ressentimento.

28 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
e) O período consta de dez orações, porque esse é o número exato de verbos.

2. No exemplo d e período s imples: “Santos, cidade paulista, é importante porto”, as vírgulas estão
separando:

a) o aposto;
b) o vocativo;
c) a elipse do verbo;
d) termos coordenados.

3. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem pre-
encher as lacunas da frase abaixo:

“Quando se trata de trabalho científico, duas coisas devem ser consideradas, uma é a contribuição te-
órica que o trabalho oferece ____________ a outra é o valor prático que possa ter.”

Exercite!

1. Assinale o período de pontuação correta:

a) Não sei odiar os homens por mais que, deles me desiluda.


b) Não sei, odiar os homens, por mais que deles me desiluda.
c) Não sei odiar os homens, por mais que deles me desiluda.
d) Não sei, odiar os homens por mais
que, deles me desiluda.
e) Não sei odiar, os homens, por mais que deles, me desiluda.

2. Assinale a alternativa que contenha emprego incorreto da vírgula.


a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula;
b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.

5. Considere os períodos I, II e III, pontuados de duas maneiras diferentes:

I. Entregues os documentos pelo correio, seguirão outras informações relativas ao


processo.
Entregues os documentos, pelo correio seguirão outras informações, relativas ao processo.

II. A audiência será marcada de imediato pelo advogado e o promotor conjuntamente.


A audiência será marcada, de imediato, pelo advogado e o promotor conjuntamente.
III. É bom que se arquivem os processos que estão com o prazo vencido.
É bom que se arquivem os processos, que estão com o prazo vencido.

Com a pontuação diferente, ocorreu alteração de significado em:

a) I, somente. b) II, somente. c) I e II.


d) I e III. e) II e III.

Texto:
Leitura e Comunicação

Vencendo seu pior inimigo na vida profissional


Luiz Machado

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 29
Quero iniciar este artigo, que escrevo especialmente para você, com a pergunta: qual é o seu pior
inimigo na vida profissional?
Logo, logo, você vai saber sobre seu principal inimigo, mas antes me deixe dizer alguma coisa so-
bre “inteligência”. Nunca essa palavra teve tantas adjetivações como hoje em dia. Fala-se em “inteligência
empresarial”, “inteligência espiritual”, “inteligência emocional” e daí para diante. Mas vou deter-me numa
faceta da inteligência, há muito tempo conhecida e analisada, principalmente por sociólogos, a “inteligên-
cia social”, ou seja,
1 a capacidade de a pessoa conviver bem com os outros, compreendendo que cada um tem suas razões
de ser como é e, repetindo o lugar comum: ninguém tem o direito de julgar ninguém.
Se você pensar um pouco sobre o assunto, 2 vai verificar como é importante a inteligência social
para as empresas, as organizações, pois ninguém administra senão gente e aí está o grande desafio na
arte de obter resultados. 3
Ora, para conviver bem com os outros, quer em pequenas ou grandes equipes, numa atitude sin-
cera de relacionamento, sem beijinhos e abraços hipócritas, é preciso ter harmonia consigo mesmo. Os
beijinhos e abraços sinceros fazem bem a quem os dá e a quem os recebe.
Para conhecer suas próprias reações, a pessoa precisa desenvolver a difícil arte de distanciar-se
de si mesmo e ver como reage às outras pessoas, como enfrentar as adversidades.
Neste ponto, podemos fazer um ligeiro comentário sobre ser reativo ou proativo. O reativo age
emocionalmente, gastando energias em vão, e o proativo procura mudar a forma de ver as situações,
mudando-lhes o significado; enfim, transformando desvantagens em vantagens.
Os resultados são conseguidos com pessoas. Sempre são pessoas que levam você a subir em
sua carreira: os que ajudaram a conseguir os resultados que você apresenta e aqueles que reconhecem
seus méritos e lhe dão oportunidades.
Em geral, o maior inimigo da pessoa é sua reação emocional, sem controle, sem análise pelo
intelecto, sem os freios da razão. Partindo do autoconhecimento é possível sentir empatia, isto é, 4 a
identificação e compreensão dos motivos, situações e sentimentos dos outros. Por que o outro age as-
sim?
A cada dia, 5 você pode fazer uma
análise de como está vencendo seu maior inimigo, que acontecimentos surgiram no dia anterior e como
você reagiu a eles. Você pode até fazer isso por escrito. Dessa forma, você vai desenvolvendo a auto-
disciplina a fim de controlar a si mesmo. Vale a pena, pois tudo o que se consegue na vida é por intermédio
de pessoas e se você não sabe lidar com elas, não pode liderar, não pode chefiar e sua carreira vai para
o brejo...
Essa análise vai ajudá-lo a mudar de reativo em proativo, o que será mais uma grande conquista
em sua vida profissional.

Interpretação:

1. De acordo com o texto, o que seria “inteligência social”?


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________________________________________________________________________________

2. Após a leitura do texto, você poderia resumir, com suas palavras, a importância de se ter a “inteligência
social”?
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3. Justifique o emprego da vírgula das expressões destacadas no texto.


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

4.4 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA


Leitura e Comunicação

OBSERVE:
As crianças estão animadas. Crianças animadas.

30 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
N o primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira pessoa do plural, concordando
com o seu sujeito, as crianças. No segundo exemplo, o adjetivo animadas está concordando em gê-
nero (feminino) e número (plural) com o substantivo a que se refere: crianças. Nesses dois exemplos,
as flexões de pessoa, número e gênero se correspondem.
Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, podendo ser verbal ou nomi-
nal.

TIPOS DE CONCORDÂNCIA

Concordância nominal

Regra geral: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o substan-
tivo a que se referem em gênero e número.
Ex.: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer mulher irresistivelmente alta.
Concordâncias especiais

O correm quando algumas palavras variam sua classe gramatical, ora se comportando como
um adjetivo (variável) ora como um advérbio (invariável).

Mais de um vocábulo determinado

Pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa.


Ex.: Comprei um sapato e um vestido pretos. (o adjetivo concorda com os dois substantivos)
Comprei um sapato e um vestido preto.
(apesar do adjetivo se referir aos dois substantivos, ele concordará apenas com o núcleo mais pró-
ximo)

Bastante - bastantes
Quando adjetivo, será variável e, quando advérbio, será invariável.
Ex.: Há bastantes motivos para sua ausência. (bastantes será adjetivo de motivos).
Os alunos falam bastante. (bastante será advérbio de intensidade referindo-se ao verbo).

Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio


São adjetivos que devem concordar com o substantivo a que se referem.
Ex.: A fotografia vai anexa ao curriculum.
Os documentos irão anexos ao relatório.
Quando precedido da preposição em fica invariável. Ex.: A fotografia vai em anexo.

O aluno ficou alerta. / Os alunos ficaram alerta.

Só, sós
Quando adjetivos serão variáveis;
quando advérbios serão invariáveis.

Ex.: A criança ficou só./ As crianças ficaram sós. (adjetivo)


Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio)
A locução adverbial a sós é invariável. Ex.: Preciso falar a sós com ele.

Para exercitar!

1. Faça a concordância correta, rasurando o termo

Ele próprio fará o pedido ao diretor./ Ela própria fará o pedido ao diretor.
Leitura e Comunicação

Envio-lhes, inclusas, as certidões./ Incluso segue o documento.


A professora disse: muito obrigada./ O professor disse: muito obrigado.

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 31
Ele mesmo fará o trabalho./ Ela mesma fará o trabalho.
Mesmo pode ser advérbio quando significa r ealmente, de fato. Será, portanto, invariável. Ex.: Maria
viajará mesmo para os EUA.

É bom, é necessário, é proibido


S ó variam se o sujeito vier precedido de artigo ou outro determinante. Ex.: É proibido entrada de
estranhos./ É proibida a entrada de estranhos.
É necessário chegar cedo./ É necessária sua chegada.

Menos, alerta
São invariáveis.
Ex.: Havia menos professores na reunião./ Havia menos professoras na reunião.

Incorreto.
Exemplo: Estamos [quite/ quites] com o serviço militar.

01 - Nós temos [bastante / bastantes] razões para impugnar sua candidatura.


02 - Estavam [bastante / bastantes] informados sobre toda a situação.
03 - Aquela decisão me custou muito [caro/cara].
04 - Acolheu-me com palavras [meio /meias] tortas.
05 - Os processos estão [incluso / inclusos/ inclusas] na pasta.
06 - As folhas trinta e [duas / dois] do processo, fez o juiz uma observação.
07 - Seguem [anexo /anexos / anexa/anexas] as faturas.
08 - É [proibido / proibida] conversa no recinto.
09 - Vocês estão [quite / quites] com a mensalidade?
10 - Hoje temos [menos / menas] lições.
11 - Água é [boa / bom] para rejuvenescer.
12 - Vossa Excelência está [enganada /
enganado], Doutor Juiz.
13 - Elas estão [alerta / alertas].
14 - As duplicatas [anexo / anexa / anexas/ anexos] já foram resgatadas.
15 - Quando cheguei à escola era meio dia e [meia / meio].
16 - A lealdade é [necessária / necessário].
17 - Estavam [bastante / bastantes] preocupados com a situação.
18 - As meninas me disseram [obrigado / obrigada / obrigados / obrigadas].
19 - A porta ficou [meia / meio] aberta.
20 - [Anexo / Anexos] estamos enviando os documentos.
21 - É [permitido / permitida] entrada franca a estudantes.
22 - [Salvo / Salvos] os doentes, os demais partiram.
23 - As camisas estão custando [caro /cara].
24 - É [proibido / proibida] a caça nesta reserva.
25 - Escolhemos as cores mais vivas [possível / possíveis].
26 - É [necessário / necessária] muita fé.
27 - Não é [necessário / necessária] a ação da polícia.
28 - Maçã é [boa / bom] para os dentes.
29 - [Excetos / Exceto] os dois vigaristas, todos foram presos como suspeitos.
30 - A sala tinha [bastante / bastantes] carteiras, mas era [meio / meia] escura.

Concordância verbal

Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito.

a) Sujeito simples = o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito simples.


Leitura e Comunicação

Ex.: O menino trabalha na fábrica / Nós gostamos de crianças.

b) Sujeito composto antes do verbo

32 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
admite o verbo no plural.
Ex.: O pai e o filho levantavam cedo.

c) Sujeito composto depois do verbo admite o verbo no plural ou em concordância com o sujeito mais
próximo.

Ex.: Levantavam ou levantava cedo o pai e o filho.


d) Sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes o verbo concordará no plural e na pessoa gra-
matical que prevalecer sobre as outras. A 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª; a 2ª pessoa prevalece
sobre a 3ª. (Obs.: a gramática já está admitindo a concordância também em 3ª pessoa nesse caso,
visto que o pronome vós está caindo em desuso).
Ex.: Eu, tu e ela fizemos a lição. / Tu e ela fizestes a lição./Tu e ela fizeram a lição.

Casos especiais de Concordância Verbal

Sujeitos ligados por “ou” = o verbo concorda com o sujeito mais próximo se houver ideia de retifica-
ção. Neste caso, comumente os núcleos vêm isolados por uma vírgula e são de números diferentes. Ex.:
O menino, ou os meninos mataram as galinhas.
Os meninos, ou o menino matou as galinhas.
a) O verbo concorda no plural se houver participação de todos os sujeitos no processo verbal.
Ex.: Saia daí que uma faísca ou um
estilhaço poderão atingi-lo em cheio.
b) O verbo concordará no singular se houver ideia de exclusão de um dos sujeitos do processo verbal.
Ex.: O Brasil ou a Holanda ganhará o
próximo campeonato mundial de futebol.

Sujeitos resumidos por “tudo”, “nada”, “ninguém” = o verbo concordará no singular quando, numa rela-
ção de sujeitos, após o último vier escrita uma das formas pronominais acima citadas.
Ex.: Pobres, ricos, sábios, ignorantes, ninguém está satisfeito.

Sujeito coletivo = o verbo concordará no singular com o sujeito coletivo escrito no singular também.
Ex.: O rebanho comeu toda a ração.

Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural. Ex.: A multidão de fãs
gritou. / A multidão de fãs gritaram.

Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão. / A maioria dos alunos foram à excursão.

Sujeito representado por pronome de tratamento = o verbo concordará na 3ª pessoa.


Ex.: Vossa Senhoria deseja informação?

Sujeito representado por nome próprio com forma de plural


a) verbo no plural, se o nome próprio admitir artigo no plural.
Ex.: Os Estados Unidos defendem os
direitos humanos.
b) Verbo no singular, se o nome próprio admitir artigo no singular.
Ex.: O Amazonas é muito grande.
c) Verbo no singular se o nome próprio não admitir anteposição de artigo.
Ex.: Campinas fica perto de Jundiaí.

Sujeito representado por pronome relativo:


a) que – o verbo concorda com o antecedente do pronome.
Leitura e Comunicação

Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.
b) quem – o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café.

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 33
Concordância do verbo ser = apresentando uma sintaxe irregular de concordância, o verbo pode deixar
de concordar com o sujeito para concordar com o predicativo nos seguintes casos:

a) Sendo o sujeito um dos pronomes: tudo, nada, o, isto, isso, aquilo o verbo ser ou parecer concor-
darão com o predicativo.
Ex.: Tudo eram recordações. / Isto são alegrias. / Aquilo parecem ilusões.
Nota: Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.
Ex.: Aquilo é sonhos vãos.

b) Sendo o sujeito um substantivo inanimado no singular e o predicativo uma palavra no plural.


Ex.: O mundo são ilusões. / A roupa eram uns trapos.
Nota: Sendo o sujeito um nome de pessoa ou um pronome pessoal, a concordância será normal.
Ex.: O filho (ele) era as alegrias do casal.

c) Sendo o sujeito uma palavra de sentido coletivo.


Ex.: A maioria eram crianças órfãs.

d) Sendo o predicativo uma forma de pronome pessoal.


Ex.: O herdeiro sois vós.

e) Na indicação de horas, datas, distância, sendo o verbo ser impessoal.


Ex.: São duas horas. Eram oito de maio.
Nota: Nestes casos, o verbo ser concorda com a expressão numérica.

Fonte:
http://www.micropic.com.br/noronha/grama_con.htm

OUTROS CASOS

Partícula SE
a) Partícula apassivadora: o verbo (transitivo direto) concordará com o sujeito passivo.
Ex.: Vende-se carro. / Vendem-se carros.
b) Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará obrigatoriamente no singular.
Ex.: Precisa-se de secretárias. Confia-se em pessoas honestas.

Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Havia sérios problemas na cidade. Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
Deve haver sérios problemas na cidade.

Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.

Nas locuções é pouco, é muito, é mais de, é menos de junto a especificações de preço, peso, quan-
tidade, distância, etc., o verbo fica sempre no singular.
Ex.: Cento e cinquenta é pouco. / Cem metros é muito.
I. Observe a concordância verbal de cada frase a seguir:
A – Algum de vós conseguirei a bolsa de
estudo?
B – Sei que pelo menos um terço dos jogadores estavam dentro do campo naquela hora.
C – Os Estados Unidos são um país muito rico.
D – No relógio do Largo da Matriz bateu cinco horas: era o sinal esperado.
a) Somente a frase A está errada.
Leitura e Comunicação

b) Somente a frase B está errada. c) As frases B e C estão erradas. d) As frases A e D estão erradas. e) As
frases B e D estão erradas.

34 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
II. Assinale a alternativa incorreta, segundo a norma gramatical:
a) Os Estados Unidos, em 1941, declararam guerra à Alemanha.
b) Aqueles casais parecia viverem felizes. c) Cancelamos o passeio, haja visto o mau tempo.
d) Mais de um dos candidatos se cumprimentaram.
e) Não tínhamos visto as crianças que faziam oito anos.
III. Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a norma culta:
a) Havia muitos candidatos esperando a hora da prova.
b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
c) Fazem muitos anos que a equipe do
IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.

IV. Marque a frase absolutamente inaceitável, do ponto de vista da concordância nominal:


a) É necessária paciência.
b) Não é bonito ofendermos aos outros. c) É bom bebermos cerveja.
d) Não é permitido presença de estranhos.
e) Água de Melissa é ótimo para os nervos.

V. Em todos os itens o pronome SE é apassivador, EXCETO:


a) Sabe-se que ele é honesto.
b) Organizou-se, ontem, esta prova.
c) Não se deverá realizar mais a festa. d) Nada mais se via.
e) Assistiu-se à cerimônia inteira.

Vl. Qual a alternativa em que as formas dos verbos bater, consertar e haver nas frases abaixo, são
usadas na concordância correta?
- As aulas começam quando ... oito horas.
- Nessa loja ... relógios de parede.
- Ontem ... ótimos programas na televisão. a) batem – consertam-se – houve
b) bate – consertam-se – havia
c) bateram – conserta-se – houveram d) batiam – consertar-se-ão – haverá e) batem – consertarei –
haviam

Vll. Já ... anos, ... neste local árvores e flores. Hoje, só ... ervas daninhas.
a) fazem / havia / existe
b) fazem / haviam / existe
c) fazem / haviam / existem d) faz / havia / existem
e) faz / havia / existe

VIIl. Justifique a concordância dos termos em destaque nas frases a seguir:


a) Velhas partituras e instrumentos estavam ali.
b) Dedos e mão marcados de cortes profundos.

05 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

5 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
Escrever, comunicar é buscar uma resposta do receptor da mensagem, e, sobretudo, persuadi-
Leitura e Comunicação

-lo ou informar-lhe sobre determinado argumento. No contexto comercial, a redação técnica é aquela
utilizada em objetivo empresarial e oficial.
D ifere da redação literária e dissertativa, que são carregadas d e valores textuais estéticos,

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 35
objetivos, artísticos e até mesmo subjetivos. Em qualquer tipo de texto que se escreva, é necessário pes-
quisa e domínio sobre o assunto para um maior domínio de sua argumentação.
Vejamos esses dois termos em separado:
Redação é o ato de redigir, ou seja, de exprimir pensamentos através da escrita.
Técnica é o conjunto de métodos para execução de um trabalho, a fim de se obter um resultado.
Logo, para que você escreva uma redação técnica é necessário que certos processos sejam segui-
dos, como o tipo de linguagem, a estrutura do texto, o espaçamento, a forma de iniciar e finalizar o texto,
dentre outros.
Dessa forma, a necessidade de certa habilidade e de ter os conhecimentos prévios para se fazer
uma redação técnica é imprescindível.
Fontes: http://www.brasilescola.com; http://www.infoescola.com
Em muitas ocasiões, sobretudo ao lidar com instituições oficiais e/ou comerciais, é importan-
te saber como redigir determinados textos formais - requerimento, ofício, petição, memorando, ata,
currículo, carta comercial, relatório. Estudaremos a técnica de redação de alguns textos mais usados em
empresas: requerimento, ofício, carta comercial e relatório.

Os mandamentos da comunicação técnica escrita:

• A linguagem técnica deve ser clara e precisa, evitando figuras literárias, metáforas poéticas ou outros
recursos de retórica;
• O texto não pode dar margem a
Diferentes interpretações;
• Características do texto técnico:
– Caráter impessoal: deve-se redigir na terceira pessoa, evitando expressões como “meu trabalho”, “con-
cluo que”, mas empregando “este trabalho”, “conclui-se” etc.;
– Objetividade: deve-se evitar o uso frequente de expressões de reserva ou dúvida, apontando a ne-
cessidade de
totalmente resolvido.

5.1 CARTA COMERCIAL


Inicialmente, é preciso destacar dois tipos básicos de carta. O primeiro é a correspondência ofi-
cial e comercial, que nos é enviada pelos poderes políticos ou por empresas privadas (comunicações de
multas de trânsito, mudanças de endereço e telefone, propostas para renovar assinaturas de revistas,
etc.). Este tipo de carta caracteriza-se por seguir modelos prontos, em que o remetente só altera alguns
dados. Apresentam uma linguagem padronizada (repare que elas são extremamente parecidas, come-
çando geralmente por “Vimos por meio desta...”) e normalmente são redigidas na linguagem formal
padrão. Nesse tipo de correspondência, mesmo que venha assinada por uma pessoa física, o emissor
é uma pessoa jurídica (órgão público ou empresa privada), no caso, devidamente representada por um
funcionário.
Outro tipo de correspondência é a carta pessoal, que utilizamos para estabelecer contato
com amigos, parentes, namorado (a). Tais cartas, por serem mais informais que a correspondência oficial
e comercial, não seguem modelos prontos, caracterizando- se pela linguagem coloquial. Nesse caso o
remetente é a própria pessoa que assina a correspondência.
A carta comercial é um meio de comunicação muito utilizado na indústria e no comércio, e tem
por objetivo iniciar, manter e encerrar transações. É a comunicação escrita, acondicionada em envelope
(ou semelhante) e endereçada a uma ou várias pessoas, enviada pelo correio. Ultimamente, cartas co-
merciais também são enviadas por fax ou e-mail.
É o ato ou estado de corresponder, adaptar, relatar ou mesmo o acordo de uma pessoa com
outra. É uma comunicação que se efetiva por meio de papéis, cartas e documentos.
Por ampliação de sentido, passou a designar todo o conjunto de instrumentos de comunicação
escrita, tais como bilhetes, cartas, circulares, memorandos, ofícios, requerimentos, telegramas.
Leitura e Comunicação

O objetivo de uma correspondência comercial é transmitir uma mensagem clara, que seja
compreendida facilmente, e que leve o receptor à ação. Entretanto, existem alguns enganos costu-
meiros que podem frustrar os objetivos de uma carta comercial e devem ser evitados, como veremos.

36 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
1. Quanto ao estilo: evitar fazer literatura, floreando o texto com muitos adjetivos irrelevantes, metáforas
inoportunas e períodos excessivamente longos. Deve-se ter clareza de ideias, rapidez de exposição (ir
direto ao assunto).
2. Quanto ao vocabulário: o vocabulário
deverá ser o usual, sem buscar terminologia complexa, neologismos, estrangeirismos, frases de efeito
(sobretudo latinas).
3. Quanto ao uso de verbos auxiliares: deve-se evitar, quando possível, os verbos auxiliares: foi to-
mada = tomou-se.
4. Quanto às abreviações: para maior clareza acostumar-se, sempre que possível e necessário, a escre-
ver por extenso, pois com isso evita-se a perda de tempo e a ineficácia do texto.

5.2 ATA
É um documento de valor jurídico que consiste no registro fiel mas resumido de uma reunião de
pessoas. Sua função é arquivar o que foi dito e garantir, posteriormente, que os interessados tenham
acesso ao que foi discutido ou decidido.
É geralmente lavrada em livro próprio, autenticada, com as páginas rubricadas pela mesma auto-
ridade que redige os termos de abertura e de encerramento.
O texto apresenta-se seguidamente, sem parágrafos, ocupando cada linha inteira, sem es-
paços em branco ou rasuras, para evitar fraudes. Quem redige a ata é o secretário (efetivo do órgão, ou
designado ad hoc para a reunião). A ata é assinada por todos os presentes, ou somente pelo presidente e
pelo secretário, quando houver registro específico de frequência.
Para lavratura da ata devem ser observados alguns elementos:
A ata é, portanto, um relatório pormenorizado de tudo o que se passou em uma reunião.
Uma de suas particularidades é que a ata deve ser assinada em alguns casos pelos participantes
da reunião (conforme estatuto da empresa), e pelo presidente ou secretário, sempre. Para sua lavratura,
devem ser observadas as seguintes normas
Lavrar a ata em livro próprio ou em folha soltas. Deve ser lavrada de tal modo que impossibilite a
introdução de modificações.
· Sintetizar de maneira clara e precisa as ocorrências verificadas.
· O texto será digitado, datilografado ou manuscrito, mas sem rasuras.
· O texto será compacto, sem parágrafos ou com parágrafos numerados, mas não se fará uso de
alíneas.
· Na ata do dia, são consignadas as retificações feitas à anterior.
· Nos casos de erros constatados no momento de redigi-la, emprega-se a partícula corretiva “digo”.
· Quando o erro for notado após a redação de toda a ata, recorre-se à expressão: “em tempo”, que é
colocada após todo o escrito, seguindo-se então o texto emendado: Em tempo: na linha onde se lê “bata”,
leia-se “pata”.
· Quando ocorrem emendas à ata ou alguma contestação oportuna, a ata só será assinada após
aprovadas as correções.
· Os números são grafados por extenso.
· Há um tipo de ata que se refere a atos rotineiros e cuja redação tem procedimento padronizado.
Nesse caso, há um formulário a ser preenchido.
· A ata é redigida por um secretário efetivo. No caso de sua ausência, nomeia-se outro secretário (ad
hoc) designado para essa ocasião. A expressão ad hoc significa para isso, para este caso, de propósito,
designado para executar determinada função.

São elementos constitutivos básicos de uma ata:


· Dia, mês, ano e hora da reunião (por extenso).
· Local da reunião.
· Relação e identificação das pessoas presentes.
· Declaração do presidente e secretário.
Leitura e Comunicação

· Ordem do dia.
· Fecho.

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 37
5.3 RELATÓRIO
O relatório é um documento impresso utilizado para reportar resultados parciais ou totais de
um determinado experimento, projeto, ação, pesquisa ou outro evento, esteja ele finalizado ou ainda em
andamento.
Normalmente utiliza-se formatação padronizada, o que no entanto, pode ser flexibilizado caso o âmbito
deste seja interno ao setor executante ou grupo a que este último pertence.
P ara que um relatório sirva aos objetivos aos quais se p ropõe, d eve-se r efletir acerca das
seguintes questões:

• Quem vai recebê-lo?


•P or que e para que faço?
•O que desejo como resultado?
•O s fatos estão em ordem?
•A linguagem está correta?
• Há uma introdução clara?
• Há uma conclusão?
•O trabalho está bem apresentado, agradável de ser lido?

Antes de redigir um relatório técnico, é preciso que essas perguntas estejam respondidas, para então
iniciar a organização do mesmo.

TIPOS DE RELATÓRIO

Relatório Técnico simples

É composto por:
Título.
Objetivo: descreva neste item o que você investigou (inspeção feita, peça defeituosa, manutenção feita,
etc.).
Período: relate quando começou e quando terminou o serviço, a inspeção, a manutenção, etc.
Informações gerais: neste item descreve-se a máquina/peça/ equipamento em questão.
Descrição do serviço executado: descreva detalhadamente o que foi executado, organize as ideias para
que seu texto tenha introdução, desenvolvimento e conclusão. Se desejar, pode organizar esta parte em
tópicos, a depender da natureza do que se quer relatar.
Conclusão: depois que o serviço foi executado, qual (ou quais) a(s) conclusão (ões) a que você
chegou?
Recomendações: a depender da natureza do serviço que foi relatado, faça recomendações.

Relatório Técnico-científico

É o documento original pelo qual se faz a difusão da informação corrente, sendo ainda o registro
permanente das informações obtidas.
É elaborado principalmente para descrever experiências, investigações, processos, métodos e aná-
lises.
Estrutura do Relatório Técnico Científico

Capa:

>Logotipo da Instituição;
>Título e subtítulo;
>Local (cidade);
Leitura e Comunicação

>Ano.

38 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
Folha de rosto: Segundo as normas da ABNT, é a que contém os elementos essenciais à identificação da
obra.
As informações essenciais a serem dadas na folha de rosto, incluem:

>Nome do responsável (autoria);


>Título e subtítulo;
>Nota explicativa;
>Local (cidade);
>Ano.

Epígrafe (opcional):

Em literatura, epígrafe é um título ou frase curta, que, colocado no início de uma obra, serve como tema ou
assunto para resumir ou introduzir a obra. Constitui uma escrita introdutória a outra.

Sumário:

• O sumário é recomendado a qualquer trabalho por menor que seja a sua apresentação. Deve
proceder a parte textual do trabalho, sendo o último elemento pré-textual.
• O sumário consiste na enumeração das principais divisões, indicadas rigorosamente da
mesma forma e ordem que aparecem no texto. O sumário contém a indicação da localização no
texto na ordem de sua ocorrência.

Introdução:

Como primeira seção do texto, a introdução tem por finalidade definir brevemente os objetivos do
trabalho, as razões e a relevância de sua elaboração.

Na introdução não se deve repetir ou parafrasear o resumo, nem antecipar as conclusões e as


recomendações, mas ser um convite para a leitura do texto integral. Assim, esta parte é importante para
que o leitor penetre na problemática abordada, familiarizando-se com os termos e o conteúdo da pes-
quisa.
Embora seja a primeira parte do trabalho, deve ser a última parte a ser redigida em definitivo, em
função de que consiste numa síntese de ideias que se seguirão. Na apresentação do trabalho, a introdu-
ção abre nova página e leva como título a palavra INTRODUÇÃO.

O que deve constar na introdução:

Exposição:
Define o assunto a que o relatório refere-se.
Finalidade:
Quais as metas que o relatório pretende alcançar.
Método:
Como foram coletadas as informações?
Explique os procedimentos adotados.
Justificação:
Por que o relatório foi escrito? Quem autorizou a sua execução?
Definição de termos:
As palavras específicas devem ser definidas para evitar qualquer dúvida, mesmo que tenha de
ser feito um glossário no final do relatório.

Desenvolvimento:
O desenvolvimento é a parte mais importante e extensa do texto, na qual é exigido raciocínio ló-
Leitura e Comunicação

gico e clareza. Seu objetivo é proporcionar uma exposição clara da ideia principal, fundamentando-as de
modo racional com os resultados da investigação.
Deverá conter e analisar os tópicos indicados na introdução e ser dividido em tantas seções e sub-

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 39
seções quantas forem necessárias para o detalhamento da pesquisa e/ou estudo realizado (descrição de
métodos, teorias, procedimentos experimentais, discussão de resultados, etc.).
As descrições apresentadas devem ser suficientes para permitir a compreensão das etapas da
pesquisa; contudo, procedimentos experimentais que se fizerem necessários, devem constituir material
anexo. Todas as ilustrações ou quadros essenciais à compreensão do texto devem ser incluídos nessa
parte do relatório.
Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, deve-se adotar a numeração progres-
siva para as seções do texto.

Conclusão:
Como as demais partes, a conclusão também tem sua estrutura própria. Nessa seção, devem figu-
rar, clara e ordenadamente, as deduções tiradas dos resultados do trabalho ou levantadas ao longo da
discussão do assunto. Deve ser breve, concisa e convincente por constituir-se na síntese final dos argu-
mentos efetivados ao longo do texto.
No entanto, dados quantitativos não devem aparecer na conclusão, nem resultados compro-
metidos e passíveis de discussão, pois se preocupa principalmente pela confirmação ou negação das
hipóteses levantadas.
As conclusões e recomendações constituem uma seção (capítulo) à parte, a qual deve finalizar a
parte textual do relatório. Dependendo da extensão, as conclusões e recomendações podem ser subdivi-
didas em várias subseções, tendo em vista manter a objetividade e clareza.

Referências:
Referências são essenciais em relatórios técnico-científicos, monográficos e acadêmicos.
A reunião das referências ao final de cada capítulo é opcional, quando se tratar de textos muito
extensos e que contenham grande número de referências.
A elaboração das referências obedece ao disposto na NBR 6023.
Não devem ser referenciadas fontes que não foram citadas no texto.

Agora é sua vez de produzir!


Produza um relatório sobre o seu curso no SENAI. Depois, em grupo, discutam sobre os relatórios.
Verifique se o texto dos colegas está coeso, se eles não usaram palavras repetidas, se a construção está
bem estruturada, se há uma sequência de fatos que pode ser compreendida pelo leitor. Façam as obser-
vações por escrito. Após a discussão, o grupo deverá elaborar um relatório único.

06 APLICATIVOS COMPUTACIONAIS
6 APLICATIVOS COMPUTACIONAIS
Na computação, um aplicativo operacio-
nal refere-se tanto à atividade de um usuário au-
tomatizar uma tarefa quanto a um software que
automatiza essa atividade.

Imagem 8 – Categorias dos aplicativos


Leitura e Comunicação

Imagem 7 – Aplicativos computacionais


Fonte: Acervo

40 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
P odemos afirmar que existe uma grande variedade d e softwares (aplicativos) no mundo d a in-
dústria de petróleo e gás, porém devemos estar concentrados nos aplicativos utilizados para facilitar as
nossas atividades. No dia a dia, todos precisamos
usar equipamentos para acessar a internet, enviar
e-mails c orporativos sobre v ariados assuntos.
Trabalhar com planilhas do tipo Excel, gerar diver-
sos gráficos a partir desses dados, posteriormen-
te fazer apresentações utilizando essas informa-
ções no Power Point.

6.1 EDITOR DE TEXTOS


É u m programa usado para editar textos, ou
seja, criar e modificar. O Microsoft Word 2007 é
um dos editores mais conceituados n o mercado
atual.
Imagem 9 – Editor de texto
Fonte: http://andersonnicholas.blogspot.com.br/ O editor de texto pode ser utilizado para:
•A notar recados;
•R edigir documentos ( relató-
rios);
• Publicar um relatório na web;
• Criar f ormulários pré-formata-
dos.

Imagem 10 – Barra de menus do Word


Fonte: autor

O Word 2 007 apresenta mudanças significativas em relação a sua versão anterior, tendo como princi-
pal novidade a sua nova interface gráfica, substituindo os tradicionais menus por guias de acesso rápi-
do, com ícones maiores e bem definidos, visando desenvolver tarefas de maneira mais fácil e intuitiva.
O botão office possui as operações de manipulações dos arquivos do Word como: criar um novo docu-
mento, abrir, salvar, imprimir ou fechar, além das opções gerais.
A barra de inicialização rápida possui alguns comandos, utilizados no dia a dia com mais frequên-
cia como: salvar, desfazer ou repetir.
P or padrão existem sete guias que substituíram os menus:
Início;
Inserir;
Layout da Página;
Referências
Correspondências;
Revisão;
Exibição

APLICANDO FORMATAÇÃO ADEQUADA


Saber como formatar um texto é importante, pois, para cada tipo de documento, existe uma re-
gra de formatação específica. Comumente, seguem-se as normas da ABNT (Associação Brasileira de Nor-
mas Técnicas), mas existem outros padrões específicos, como os de empresas e faculdades, dentre outras
organizações. O Word 2007 disponibiliza ferramentas para formatar seu texto de maneira adequada. Veja
Leitura e Comunicação

a seguir como utilizar essas ferramentas:

Formatação de fontes

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 41
Formatação de fontes

Para formatar a fonte do seu texto, primeiro selecione o trecho para aplicar a formatação e, em seguida,
determine-a na seção Fontes, na Barra de Ferramentas.

1. Fonte: altera o tipo da fonte. Seleciona o tipo desejado.


2. Tamanho da fonte: altera o tamanho
da fonte. Digite na caixa de texto o tamanho desejado, entre 1 (o menor) e1638 (o maior).
3. Aumentar fonte.
4. Diminuir fonte.
5. Limpar formatação: restaura a Layout da página; Referências; Correspondências; Revisão;
Exibição. formatação do trecho selecionado.
6. Negrito: o texto selecionado será escrito em negrito.
7. Itálico: o texto selecionado será escrito em itálico.
8. Sublinhado: o texto selecionado será sublinhado.
9.Tachado: desenha uma linha sobre o texto selecionado.
10. Subscrito: cria letras pequenas abaixo
da linha base do texto.
11. Sobrescrito: cria letras pequenas acima
do texto escrito.
12. Maiúsculas e minúsculas: transforma todo o texto selecionado em letras maiúsculas, minúsculas,
iniciais de cada palavra maiúscula ou inverte as letras maiúsculas por minúsculas e vice- versa.
13. Cor de realce do texto: faz o trecho selecionado pa-
recer marcado como um marca-texto.
14. Cor da fonte: altera a cor da fonte.

Formatação de parágrafos

Para formatar parágrafos, selecione o trecho desejado


e aplique a formatação através da seção Parágrafo na
Barra de Ferramentas.

1. Marcadores: insere marcadores no início de cada pa- Imagem 11 – Barra de ferramentas, ajuste da fonte do texto
rágrafo. Fonte: SENAI, 2012
2. Numeração: insere numeração no início de cada parágrafo.
3. Lista de vários níveis: insere marcadores no início de cada parágrafo. Para diferenciar o nível de pará-
grafo seguinte, é necessário apertar a tecla tab do teclado.
4. Diminuir o recuo: diminui o recuo do parágrafo.
5. Aumentar o recuo: aumenta o recuo do parágrafo.
6. Classificar: classifica o texto selecionado em ordem alfabética ou numérica.
7. Mostrar marcas ocultas: mostrar
marcações e símbolos ocultos de parágrafos.
8. Alinhamento à esquerda: alinha o texto à margem esquerda.
9. Centralizado: centraliza o texto na página.
10 . Alinhamento à direita: alinha o texto à margem direi-
ta.
11 . Justificado: alinha os textos às margens esquer-
da e direita, adicionando espaço extra entre as palavras
conforme necessário.
12 . Espaçamento entre linhas: altera o espaçamento
en-t re as linhas do texto.
13 . Sombreamento: colore o fundo do texto ou pará-
grafo selecionado.
Leitura e Comunicação

14 . B ordas externas: cria bordas em torno do trecho de


Imagem 12 – Barra de ferramentas, ajustes dos texto selecionado.
parágrafos
Fonte: SENAI, 2012

42 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
V ocê pode também fazer formatações avançadas dos parágrafos do documento, como recuo
de parágrafos, espaçamento entre linhas e quebra de linhas e páginas. Para isso, selecione o trecho
ao qual deseja aplicar a formatação, clique com o botão direito e escolha a opção parágrafo. Uma
janela irá se abrir; nela poderemos determinar os parâmetros para a formatação.

VERIFICAÇÃO DA ORTOGRAFIA
É um recurso que ajuda o usuário a corrigir a gramática. Esse recurso funciona como uma
espécie de gramática automática que identifica possíveis erros gramaticais.

Revisão da ortografia e gramática

N a barra de ferramentas do Word 2007, vá à seção Revisão de Texto. Lá existem várias funcio-
nalidades. P ara a r evisão
da Ortografia e Gramática,
existe um botão específico.
Trata-se da primeira opção
exibida abaixo:

O Word 2 007 sublinha de


vermelho todas a s pala-
vras que, d e acordo c om
Imagem 13 – Funcionalidades da barra de ferramentas para revisão de texto seu d icionário, estiverem
Fonte: SENAI, 2012
es- critas de forma incorreta.
Para c orrigi-las, c lique em Or-
tografia e Gramática. Será apresentada uma nova janela, mostrando tudo o que está em desacordo
no texto. Nessa janela, o Word 2007 corrige também pontuação, vírgulas, espaços, entre outros.
No próprio texto, para corrigir somente as palavras grifadas de vermelho, você deve
selecionar somente a palavra e clicar com o botão direito do mouse. Será exibida uma janela com
opções de correção, pois nem sempre o Word entende o contexto da palavra. O Word pode também
lhe informar que não h á sugestões para aquela palavra, fornecendo a opção de adicioná-la ao
dicionário.
O Word 2007 grifa de verde parte de frases ou parágrafos inteiros para sugerir mudanças de
concordância; porém, fique atento ao contexto da frase, pois nem sempre esta análise está correta.
Na dúvida, procure outras fontes de pesquisa.

BORDAS E SOMBREAMENTO
Adicionar bordas serve para dar mais ênfase a diversas partes do seu documento. No Word
2007, é possível inserir bordas em páginas, textos, tabelas, células de tabela, objetos gráficos e ima-
gens.

Inserir bordas e sombreamento

N a barra de ferramentas, vá a Pará-


grafos e clique no ícone indicado na
figura a seguir:

A o clicar n o ícone i ndicado, será


aberta uma n ova janela, que pos-
Leitura e Comunicação

sibilite a escolha do t ipo de b orda,


linha o u sombreamento que v ocê
Imagem 14 – Ícone para inserir bordas e sombreamento vai querer pôr em seu documento.
Fonte: SENAI, 2012

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 43
Além de determinar o modelo a ser usado, você pode escolher a cor que vai predominar nas bordas.
A outra forma de abrir a janela a seguir é em Layout de Página, também localizado na barra de ferra-
mentas. No grupo

Bordas da Página, clique em Bordas da Página:

Na caixa d e diálogos Bordas e Sombreamento, c lique n a guia


Bordas. Selecione o estilo, a cor e a largura d a borda, e clique
em ok.

Imagem 15 – Caixa de diálogo bordas e sombreamento


Fonte: SENAI, 2012

INSERÇÃO E FORMATAÇÃO DE IMAGENS


A lguns documentos contêm informações simples que não exi-
gem mais do que palavras, mas outros precisam da adição de elementos gráficos para reforçar seus con-
ceitos ou torná-los mais chamativos e visualmente atraentes.
Os e lementos gráficos são d e ampla variedade: i magens, f iguras e objetos d e desenho. Veja, a seguir,
como inseri-los.

Inserindo imagens

Para i nserir uma i magem no W ord 2007 é bem s imples.


Siga os passos:
a) na Barra de ferramentas, clique na guia Inserir;
b) n a seção Ilustrações, você poderá e scolher várias o p-
ções de imagem;
c) após escolher o tipo de imagem, clique no ícone. O Word
2007 abrirá uma janela para a escolha da imagem. Imagem 16 – Seção de Ilustrações da guia Inserir
Fonte: http://mrsdigitall.blogspot.com.br

PARÁGRAFOS, ESPAÇAMENTOS E TABULAÇÕES


Quando digitamos um texto, geralmente fazemos isso de forma contínua, sem preocupação quan-
to à sua organização. Ao ajustar seu documento usando parágrafos, espaçamentos entre linhas e tabula-
ções, você faz com que ele fique padronizado.

Formatando parágrafos

a) selecione todo o texto que deverá receber a nova formatação;


b) na barra de ferramentas, selecione a opção Parágrafos e clique na seta localizada à direita, conforme a
Leitura e Comunicação

imagem apresentada a seguir;


c) ao abrir a janela, você pode ajustar parágrafos, espaçamentos entre linhas e tabulação, entre outros
detalhes que podem deixar o texto mais alinhado. Observe a janela a seguir:

44 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
Imagem 17 – Barra de ferramentas, seção Parágrafo
Fonte: https://alievi.wordpress.com

Na aba Recuos e espaçamentos, temos as seguintes opções:


a) Alinhamento: é possível manter o texto
alinhado à esquerda, à direita, centralizado ou justificado, de acordo com a necessidade. Lembre-se que,
quando você escolhe uma opção, ela só se aplica ao
texto que está selecionado, uma vez que o Nível do
Tópico traz como padrão a opção corpo do texto, que
é recomendado.
b) Recuo: ao selecionar um parágrafo, você pode
escolher que tipo de recuo ele deve ter - à esquerda
ou à direita. É possível também manter a formatação
selecionada para os demais parágrafos, utilizando a
opção Espelhar recuos.
c) Espaçamento: com esta opção você pode forma-
tar o espaçamento entre linhas e entre parágrafos.
Com as opções Antes e Depois, você pode determi-
nar quanto de espaço deve haver antes e depois de
cada parágrafo. Dessa maneira, sempre que você te-
clar enter para criar um novo parágrafo no seu texto,
o espaçamento será incluso automaticamente.
d) Já o espaçamento entre linhas: é o espaço que
terá entre uma linha e outra enquanto você estiver
digitando um texto. Este espaçamento pode ser: sim-
Imagem 18 – Janela Parágrafo ples, 1,5 linhas, duplo, exatamente e múltiplo.
Fonte: http://blog.npibrasil.com Como padrão, o editor de texto traz a formatação de es-
paçamento entre linhas simples.
e) Visualização: neste quadro de visualização, é
possível ter uma visão parcial de como ficará o texto depois da formatação escolhida por você.

TABULAÇÃO
Novas guias poderão aparecer, como por exemplo, após inserir uma imagem a clicar sobre ela,
automaticamente aparecerá a guia Formatar, com grupos de opções referentes à formatação da imagem.
A régua é um recurso muito útil para ajustes de texto na folha. Você poderá definir visualmente
como ficará o texto com tabulações, recuo do texto, posição de imagens, tabelas, entre outros objetos.
Leitura e Comunicação

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 45
Imagem 20 – Localização da régua
Fonte: autor

PASSO A PASSO:
O grupo de tabelas possui o comando Tabela, que permite inserir ou traçar uma tabela no documento.
Ao clicar sobre o comando, irá aparecer um esboço, onde você poderá escolher o tamanho da tabela,
ou seja, o número de linhas e colunas. É possível adicionar uma tabela pré-formatada pelo Word, selecio-
nando a última opção: tabelas rápidas.

a) no canto esquerdo da sua régua (símbolo com a letra L), você pode clicar para trocar a tabulação.

b) escolha a tabulação desejada. Para isso, é só clicar embaixo do número desejado e fazer a marcação
da tabulação.

c) quando a tabulação tiver preenchida, clique duas vezes na tabulação (na régua) para ativar a janela
“tabulação”.

d) escolha o modelo de tabulação desejado.

e) você deve digitar normalmente no texto e, quando for necessário, aplicar a tabulação programada. Para
isso, é só teclar tab.

f) para desfazer uma tabulação, clique na marca da tabulação, segure e arraste para baixo.

g) sempre que for necessário, você pode acrescentar mais marcas de tabulação à régua durante a digita-
ção do texto.

Cada guia apresenta uma faixa de opções, dividida em grupos de opções com as ferramen-
tas de acesso rápido aos principais comandos. Para acessar o menu, no canto inferior direito do grupo,
existe a opção (seta), que ao clicar, abre o menu completo de opções.

Na guia Formatar, que aparece automaticamente quando uma


imagem é selecionada, ao clicar sobre uma tabela, as guias Design e
Layout, que fazem parte das ferramentas da tabela, irão surgir auto-
maticamente. Confira na figura a seguir:
Imagem 21 – Ferramentas da tabela
No guia Design, o grupo estilos de tabela traz estilos de formas Fonte: autor
e cores para tabelas pré-formatadas. Passe o mouse sobre Estilo, e a
formatação é aplicada temporariamente à tabela. Caso não goste, procure nas demais, visualizando
uma a uma. No canto inferior, o botão Mais abre um menu deslizante, que permite a você escolher a
formatação desejada.
Leitura e Comunicação

46 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
Imagem 22 – Guia dinâmica design
Fonte: autor

6.2 PLANILHAS ELETRÔNICAS


É composta, em sua forma mais simples, por um documento com diversas células formadas de
linhas em colunas.
Cada célula pode conter textos, números ou fórmulas, desde as mais simples até as extraordi-
nariamente c omplexas e a té mesmo ou-
tros objetos, como gráficos. Além disso,
é possível transferir o conteúdo de uma
célula para outra automaticamente mesmo
que essa outra célula esteja localizada em
outro documento.
Com as planilhas, podemos criar auto-
maticamente gráficos bastante s ofistica-
dos de diversos tipos (setorial, histograma,
dentre outros) e de forma muito simples.
A planilha é uma ferramenta que pode
ser utilizada tanto para capturar e organi-
zar grande quantidade d e dados quanto
Imagem 23 – Demonstração de uma planilha para criar gráficos que c ontenham d e for-
Fonte: http://tecnologia.uol.com.br/ ma resumida as estratégias e informações
a serem repassadas.
Uma planilha eletrônica pode ser usada para:
• Controle de produção através de gráficos;
• Cálculos matemáticos, financeiros, logísticos e estatísticos;
• Análise de dados coletados automaticamente;
•C lassificação de dados, consolidação e validação;
• Comunicação e coleta de dados com equipamentos;
• Solicitações de peças.

Como utilizar uma fórmula?

I nicia-se c om u m sinal de igual (=), seguido pelos elementos a serem calculados, que são
separados por operadores matemáticos. Cada operando pode ter um valor que não muda (constante) ou
não, uma célula ou intervalo de células, um rótulo, um nome de função ou uma planilha.
O Microsoft Excel executa as operações da esquerda para a direita. A ordem de precedência do
operador começa com o sinal de igual. Você pode agir sobre a ordem do cálculo usando parênteses.
Exemplo de cálculo alterando a ordem dos parênteses:
Leitura e Comunicação

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 47
6.2.1 GRÁFICOS
O s gráficos são utilizados para representar uma informação de forma mais atraente. Em uma
planilha, editor de texto ou em uma apresentação podemos inserir gráficos o u criá-los automatica-
mente a partir de valores contidos na planilha.

T emos diversos tipos de gráficos para representar situações diferentes. Vejamos os mais utiliza-
dos:

Tipo colunas / barra

Compara vários valores numéricos para diferentes períodos de tempo ou em condições diferen-
tes.

Imagem 25 – Gráfico tipo colunas

Gráfico de pizza / setorial

Ilustra a relação entre cada valor em conjunto de dados e o total de todas as séries de dados. Os
gráficos de pizza ou setoriais representam os valores em forma de porcentagens e são mais eficazes
para análise.

Imagem 27 – Gráfico de pizza


Fonte: http://naoseinome.wordpress.com/
Fonte:http://www.cursosprime.com.br/

Tipo linha ou curva

Ilustra uma tendência dos dados por cima. No gráfico de curvas, pontos de dados estão ligados
por um ponto de dados contíguos que representa uma medida separada. Este tipo de gráfico é melhor
para ilustrar os altos e baixos ao longo dos dados. O gráfico de linhas pode ser usado para comparar as
produções totais mensais de diversas áreas ao longo do ano.

Imagem 26 – Gráfico tipo linhas


Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
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6.3 INTERNET
A internet é uma rede de comunicação mundial e se tornou uma ferramenta de informação e co-

48 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
municação em constante evolução e com perspectivas de crescimento excepcionais. Tornou-se uma óti-
ma maneira de se comunicar, compartilhar, trabalhar, conhecer, aprender e também de realizar negócios.

Na rotina atual, os profissionais estão cada vez mais conectados aos meios digitais. Entretanto, o
equipamento que a empresa disponibiliza deve ser utilizado com muito critério e responsabilidade. Enten-
de-se que tanto o e-mail corporativo quanto a internet da rede corporativa não estão em um ambiente de
zona íntima ou domiciliar.

6.3.1 TIPOS DE NAVEGADORES


Em 1969, um pesquisador inglês chamado Tim Beerners-Lee iria modificar a maneira como a inter-
net seria vista pelos usuários comuns. A partir do CERN, um instituto europeu de pesquisas de físicas
de partículas, ele imaginou o que ficou conhecido como WWW (World Wide Web), um espaço onde
a informação presente em qualquer computador do mundo poderia ser compartilhada.
Os navegadores são aplicativos que funcionam como uma espécie de “janela” para o espaço idealizado
por Beernners- Lee. Através deles podemos acessar notícias, portais educativos, entretenimento, dentre
outros, disponibilizados a partir dos lugares mais distantes do globo (BRIGS e BURKE).

6.3.2 FORMAS DE PESQUISA


Atualmente, a internet é a maior fonte de pesquisa de
arquivos de textos, imagens, músicas, dentre outros,
disponibilizando uma gigantesca variedade de conte-
údo aos usuários. Para facilitar a procura por informa-
ção, usamos sites de buscas.
Estes mecanismos possibilitam que você digite um
Imagem 28 – Google assunto específico e, com um simples clique, faça uma
F onte: autor
varredura na Internet, exibindo páginas que tenham informa-
ções relevantes a respeito desse assunto.
Veja a seguir alguns dos princi-
pais sites de pesquisa.

Google

É o site de buscas mais fa-


moso do mundo. Ideia de Larry
Page e Sergey Brin, quando eles
ainda frequentavam a universi-
dade, o Google tomou proporções
gigantescas em poucos anos. É,
hoje, uma das maiores potências
da Internet.

Imagem 29 – Yahoo! Yahoo


Fonte: autor

Fundado por Jerry Yang e David Filo, o Yahoo!, assim como o Google, é muito conhecido e tem um
mecanismo de buscas parecido. Você também pode utilizar recursos similares, como aspas para refinar
a pesquisa, ou também procurar por imagens e vídeos, por exemplo.
Leitura e Comunicação

6.3.3 CORREIO ELETRÔNICO


É inquestionável a importância atribuída em e-mail (correio eletrônico, em inglês) como meio de comu-
nicação, tanto internamente quanto fora de uma empresa.

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 49
É um processo totalmente eletrônico e sem papel, embora possa ser facilmente impresso. O
correio eletrônico permite que você envie uma mensagem de texto, mas também arquivo completo de
texto, imagens, planilhas, páginas HTML, áudio, vídeo, dentre outros, por meio do recurso de anexar.

Basicamente podemos enviar um e-mail de três maneiras:

>Site de serviço de correio eletrônico;


> Aplicativo instalado em um equipamento;
>Celular ou outro dispositivo móvel.
Já existe decisão jurídica que dá credibilidade ao e-mail como documento de prova; ele já tem sido
apresentado em muitos casos à Justiça para justificar uma decisão por justa causa.

6.3.4 DIREITOS AUTORAIS


A Internet é uma ferramenta incrível que, entre outras coisas, permite a distribuição em larga
escala de qualquer informação. Antes da internet, qualquer tipo de informação precisava vir em um meio
material, físico, seja um livro, um disco ou até mesmo um disquete de um programa de computador. Mas
agora, tudo é informação que circula livremente pela rede.
Acontece que a legislação brasileira protege qualquer tipo de informação produzida no país, seja
ela virtual ou não. A lei 9.610 de 1998 diz que qualquer tipo de produção intelectual produzida, seja ela
registrada ou não, publicada ou não, está protegida. Mas o que isso quer dizer para o usuário da internet?
Que cuidados é preciso ter?

PANORAMA GERAL DOS DIREITOS AUTORAIS NO BRASIL

A lei que versa sobre os direitos autorais no Brasil é bastante extensa e rege muitas áreas e
detalhes sobre os autores e suas obras. Mas, aplicando essa lei para a internet, podemos pensar em
quatro grupos básicos: a propriedade intelectual, o direito de uso, o direito de distribuição e a exploração
comercial.

PROPRIEDADE INTELECTUAL E PLÁGIO

Basicamente, todo autor é considerado dono de sua obra, pelo menos dono do conteúdo
enquanto criador. É isso que se chama de “propriedade intelectual”. Ninguém pode pegar uma obra, texto,
vídeo, música ou qualquer outra coisa e publicar ou distribuir como se fosse de outra pessoa sem
autorização do criador daquele conteúdo. O roubo de propriedade intelectual é conhecido como “plágio” e
é considerado crime.

DIREITOS DE USO E DE DISTRIBUIÇÃO

O direito de uso geralmente é cedido às pessoas pelo próprio autor, contanto que mantida a inte-
gridade da obra original. Em outras palavras, o direito de uso permite que uma pessoa possa usar uma
foto, citando o nome e site do autor se não modificar em nada a foto original. Esse é o caso das imagens
de divulgação disponibilizadas online por produtoras.
O direito de distribuição rege basicamente como e quanto uma obra pode ser repassada a outras
pessoas. Um vídeo feito e lançado na internet pode ter sua distribuição limitada pela lei ou por desejo
do autor ou detentor dos direitos sobre a obra. O problema é conseguir meios tecnológicos para limitar a
distribuição.
E por que alguém iria querer limitar que sua obra fosse divulgada? Talvez o autor prefira que só
pessoas que paguem por sua obra possam vê-la, ou talvez ele queira que só pessoas que morem em de-
terminada cidade tenham acesso. São limitações que o autor pode impor à sua obra e é um direito dele.

EXPLORAÇÃO COMERCIAL E PIRATARIA


Leitura e Comunicação

A última e talvez mais complicada dessas questões é a exploração comercial. Se alguma pessoa
lucra direta ou indiretamente com algum conteúdo distribuído pela internet, diz-se que ela está explo-
rando comercialmente essa obra.

50 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
EXEMPLO:
TEXTO ORIGINAL

Como toda atividade racional e sistemática, a pesquisa exige que as ações desenvolvidas ao lon-
go de seu processo sejam efetivamente planejadas. De modo geral, concebe-se o planejamento como a
primeira fase da pesquisa, que envolve a formulação do problema, a especificação de seus objetivos, a
construção de hipóteses, a operacionalização de conceitos etc.
Referência:

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 19.

CITAÇÃO INDIRETA COM PLÁGIO

Conforme explica Gil (2007), a pesquisa exige p lanejamento das ações desenvolvidas durante
seu processo. Planejar é o ponto de partida da pesquisa, que parte da formulação do problema passa
pela construção de hipóteses etc.

Referência:

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 19.

Por que isto é plágio?

O redator manteve a mesma estrutura do texto original e reproduziu trechos literais, apenas
Substituiu alguns sinônimos.

CITAÇÃO INDIRETA CORRETA

D e acordo com Gil (2007) o processo de pesquisa deve ser iniciado com o planejamento e o primei-
ro passo a ser dado é a formulação do problema.

Referência:
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 19.

Por que isto não é plágio?

O redator conservou palavras essenciais do texto original (pesquisa, planejamento) e usou sinô-
nimos para outras, mas mudou a estrutura da sentença, utilizou a voz passiva e reduziu o texto para um
período.

Exemplo:
A contece que somente o autor ou quem e le autorizar pode l ucrar com a obra. Lucrar com
venda não autorizada de qualquer conteúdo, seja ele um livro, música ou filme, é considerado pirataria, ou
seja, é crime.
Fonte: http://www.tecmundo.com.br/

ATENÇÃO!
Dicas para evitar plágio em resumos:

1. Use sinônimos para as palavras do texto original que não são genéricas como globalização, respon-
sabilidade social, meio ambiente, etc.
2. Mude a estrutura da sentença consultada.
Leitura e Comunicação

3. Se a fonte utiliza a voz ativa, prefira a voz passiva ou vice-versa.


4. Reduza parágrafos, períodos, sentenças em frases.
5. Transmita o discurso original de forma diferente.

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REFERÊNCIAS
BARBOSA, Jaqueline P eixoto. Carta de solicitação e carta d e reclamação. t em
edição? São Paulo: FTD, 2005.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens:


literatura, produção de texto e gramática. 3. ed. São Paulo: Atual, 1999. v.1.

CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da língua portuguesa. tem


edição? São Paulo: Scipione, 2003.

Departamento Nacional de Goiás. Ferramentas para documentação técnica. tem


edição? Goiás: 2012.

MORAES, Vinicius de. N ova antologia poética: seleção. São P aulo: Companhia
das Letras, 2003.

SARMENTO, L eila Lauar; T UFANO, Douglas. P ortuguês: literatura, gramática,


produção de texto. São Paulo: Moderna,
2004. Volume único

SENAI-DN. Comunicação e redação técnica: curso técnico em edificações: módu-


lo introdutório. Departamento Regional da Bahia. Brasília: SENAI-DN,
2012.
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_. Fundamentos da comunicação. Brasília: SENAI/DN, 2012.

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acesso em 10 de nov. 2017

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