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Raciocínio Lógico e Análise de Dados

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Assessoria de Desenvolvimento / Educação

Elaboradora: Vânia Silva da Rocha


Revisão Gramatical: Priscila Delgado
Revisão Pedagógica: Lenici Barbosa

Normalização: NDI - Núcleo Documentação e Informação

Catalogação na fonte (NDI – Núcleo de Documentação e Informação)

SENAI - DR BA. Raciocínio Lógico e Análise de Dadps. Salvador, 2018.


26p. (Rev.04).

1. Trabalho 2. Empresa 3. Empreendedorismo

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CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
156 01 LÓGICA
159 02 SEQUÊNCIAS
162 03 FRAÇÕES
165 04 PORCENTAGEM
166 05 RAZÃO
168 06 PROPORÇÃO
170 07 CONJUNTOS
172 08 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
175 09 CORRELAÇÃO
181 REFERÊNCIAS
01 LÓGICA
Quando estamos diante de um problema temos o cuidado de estabelecer uma sequência de pas-
sos que organiza nosso pensamento e nossas ações. A organização desta forma é o que chamamos de
raciocínio lógico.

Através do raciocínio lógico é possível ter certeza de ter escolhido o melhor caminho. Pois ele co-
locar em ordem os dados e informações precisas de forma a possibilitar a resolução total do problema
O raciocínio lógico pode ser dedutivo (faz uso da dedução de caminhos prováveis sobre determinado
assunto), indutivo (possíveis mais pouco prováveis) ou abdução (usa hipóteses científicas e exatas). E
também pode aplicado na dialética (construção e desconstrução de hipóteses).

Na matemática o processo de raciocínio lógico é muito utilizado. O raciocínio lógico ou quantitativo


é usado para resolver problemas e exercícios matemáticos.

A lógica matemática é de fundamental importância para as linguagens de programação necessárias


para a construção de programas de computador (softwares). É com base na lógica matemática que as
linguagens de computador são descritas. Em lógica, uma linguagem de computador é dita como lingua-
gem formal, pois o formalismo é dado pela representação matemática.

A linguagem natural é um meio de comunicação utilizado no cotidiano das pessoas, por exemplo,
Português, Inglês, Espanhol. Uma das características dessas linguagens é a ambiguidade, ou seja, uma
sentença pode ser interpretada de diferentes formas. Em um sistema computacional não podemos ter
ambiguidades; portanto, precisamos de mecanismos que permitam expressar os sistemas computa-
cionais de forma não ambígua. A lógica é o fundamento mais básico desses sistemas e tem sido ampla-
mente estudada. Tanto as linguagens naturais quanto as formais possuem sintaxe (como se escreve) e
semântica (significado). No entanto, apenas linguagens formais são livres de ambiguidade. Para que isso
seja possível, estudaremos, neste capítulo, os fundamentos da lógica matemática.

LÓGICA PROPOSICIONAL

PROPOSIÇÃO

Uma proposição é uma declaração afirmativa à qual se pode associar um valor verdadeiro ou falso,
mas não ambos. Por exemplo, “O Brasil fica na América” é uma proposição verdadeira (V), enquanto “A
lua é de queijo” é uma proposição falsa (F). A proposição é o elemento básico a partir do qual os argu-
mentos são construídos, sendo também o principal objeto de estudo na lógica proposicional.

Usualmente as proposições são representadas por letras minúsculas (por exemplo: p, q, r, s, t), e no
decorrer deste livro usaremos letras para representarmos as proposições.

Alguns exemplos de proposições válidas:

p: Carlos é professor

q: 1 > 5

Se afirmarmos que a proposição p é verdadeira, ou seja, Carlos é professor, então


podemos dizer que o valor lógico da proposição p é verdadeiro – ou pela equação:

VL(p)=V

No caso da proposição q, é falsa pois 1 não é maior que 5, então temos que:

VL(q)=F
Raciocínio Lógico

Podemos observar que as proposições p e q assumem sempre um valor lógico e isso é válido para
qualquer proposição lógica. Não existe a possibilidade de uma proposição assumir mais de um valor
lógico.

156 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
Isso se aplica porque as proposições seguem algumas propriedades que devem ser sempre obedecidas:

∞ Princípio da identidade: tudo é idêntico a si mesmo. Por exemplo, a proposição

p é igual à p (p = p), mesmo se existir p = q.

∞ Princípio da não-contradição: uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
Por exemplo, dada uma proposição p ela é ou verdadeira ou falsa e nunca assume os dois estados
ao mesmo tempo.

∞ Princípio do terceiro excluído: toda proposição ou é verdadeira ou é falsa,

isto é, verifica-se sempre um destes casos e nunca um terceiro. Ou seja, neste sistema de raciocínio tem-
se estabelecido somente dois “estados de verdade”, isto é, a “verdade” e a “não verdade” (“falsidade”).

CONECTIVOS LÓGICOS

NOME/
CONECTIVOS
(SÍMBOLO)

Conjunção:
e
A B

OU DISJUNÇÃO:
AVB

SE ENTÃO... CONDICIONAL:
A -> B
SE E SOMENTE SE BICONDICIONAL:
A --> B

TABELA VERDADE
As tabelas verdade mostram como determinamos o valor de verdade de sentenças formadas com os op-
eradores da lógica vistos anteriormente. As tabelas verdade exprimem o significado dos operadores rel-
evantes para a lógica proposicional clássica. São representadas por tabelas, como o próprio nome já diz,
onde, no lado esquerdo da tabela verdade, temos as sentenças a partir das quais a sentença composta foi
formada. O valor da sentença composta é dado pela coluna da direita.

Conjunção ( )

AB Conjunção:
A B
VV V
VF F
FV F
FF F
Raciocínio Lógico

Definição: Dada duas proposições p e q, define-se por conjunção o operador “e” (simbolicamente repre-
sentado por ^), onde “p ^ q” possui o valor lógico Verdade se ambas as proposições (p e q) são verdade. Da
mesma forma, pode possuir o valor lógico Falso se ambas as proposições (p e q) são falsas

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 157
Disjunção (V)

AB AVB

VV V
VF V
FV V
FF F

Definição: Dada duas proposições p e q, define-se por disjunção o operador “ou” (simbolicamente repre-
sentado por v), onde “p v q” possui o valor lógico Verdade se pelo menos uma das proposições (p v q) forem
verdade. Da mesma forma, pode possuir o valor lógico Falso se, e apenas se, ambas as proposições (p v
q) forem falsas.
Condicional (A B)

AB Conjunção:
A B
VV V
VF F
FV V
FF V

Definição: Dada duas proposições p e q, define-se por condicional o operador “se” (simbolicamente rep-
resentado por -->), onde “p --> q” possui o valor lógico falso se p for verdade e q for falso. Em todos os
outros casos o valor lógico sempre será verdadeiro.
Bicondicional (A B)

AB A B
VV V
VF F
FV F
FF V

Definição: Dada duas proposições p e q, define-se por bicondicional o operador “se e somente se” (sim-
bolicamente representado por ), onde “p q” possui o valor lógico Verdade se ambas as proposições
forem verdadeiras ou falsas. Em todos os outros casos o valor lógico sempre será falso* Negação: “não
A”.

A~ A

VF

FV

A negação ( ~) d a proposição “ A” é a p roposição “ ~A”, d e maneira que s e “A” é verdade então “ ~A”
é falsa, e v ice-versa. c om a s quais iremos trabalhar aqui, obedecem a certa l ógica quantitativa.
Raciocínio Lógico

158 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
1) Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem é
casado c om quem. Eles trabalham c om e ngenharia, Advocacia e Medicina, mas também não sabemos
quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir o nome de cada esposa e a profissão de cada
um.

a) O médico é casado com Maria.


b) Paulo é advogado.
c) Patrícia não é casada com Paulo
d) Carlos não é médico.

2) Todos os marinheiros são republicanos. Assim sendo,


a) O conjunto dos marinheiros contém o conjunto dos republicanos;
b) O conjunto dos republicanos contém o conjunto dos marinheiros;
c) Todos os republicanos são marinheiros;
d) Algum marinheiro não é republicano.

3) Sejam as proposições p: Carlos fala francês, q: Carlos fala inglês e r: Carlos fala alemão, traduzir para
a forma sentencial as seguintes proposições:
a) Carlos fala francês ou inglês, mas não fala alemão.
b) Carlos fala francês e inglês, ou não fala francês e alemão.
c) É falso que Carlos fala francês mas não fala alemão.
d) É falso que Carlos fala inglês ou alemão mas que não fala francês.

4) Três pássaros de cores diferentes estão em diferentes situações. Descubra o nome do pássaro, sua
cor e o que cada um deles está fazendo, usando as informações:
O sabiá está voando.
O pássaro amarelo não é pombo.

a) O bem-te-vi está no chão.


O pássaro laranja está voando.
O pássaro empoleirado é branco.
O bem-te-vi não é branco

PÁSSARO CORO QUE ESTÁ FAZENDO

02 SEQUÊNCIAS

Uma sucessão ou sequência é uma listagem de elementos ou termos de um conjunto qualquer que estão
dispostos em certa ordem, permitindo-se identificar o primeiro termo.

Por exemplo:

∞ O conjunto (0, 1, 2, 3, 4, 5,..) é chamado sequencia ou sucessão dos números Naturais.

∞ O conjunto (domingo, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira e sábado)


é chamado sucessão ou sequência dos dias da semana.
Raciocínio Lógico

∞ O conjunto (0, 2, 4, 6, 8, ...) é chamado sucessão ou sequência dos números pares.

Dessa forma, podemos constatar que, várias sucessões, mais especificamente as sucessões numéricas,

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 159
Observe novamente o último exemplo citado anteriormente:

(0, 2, 4, 6, 8, ...)

Trata-se de uma sucessão formada pelos números pares, que podem ser obtidos ao se somar 2, a cada
número, a partir do primeiro:

0 + 2 =2

2 + 2 =4

4 + 2 =6

6 + 2 =8 ...

Ou ainda, no caso acima, podemos sistematizar que cada número da sequência se obtém fazendo 2. N,
onde N é a sequência dos números naturais:

2.0=0

2.1=2

2.2=4

2.3=6

2 . 4 = 8...

Assim, é possível de se encontrar o próximo número de uma sucessão descobrindo o padrão que a deter-
mina.
SEQUÊNCIA DAS FIGURAS

Observe que as figuras a baixo foram dispostas, linha a linha, segundo determinado padrão.

Segundo o padrão estabelecido, a figura que substitui corre-

tamente o ponto de interrogação é:

Resolvendo:

Analisamos cada elemento da sequência temos:

Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas por quadrado, triân-


gulo e círculo.

Na 3ª linha já há cabeças com círculo e com triângulo. Portanto, a cabeça


da figura que está faltando é um quadrado.

As mãos das figuras estão levantadas, em linha reta ou abaixadas. Assim, a figura que falta deve ter as
mãos levantadas (é o que ocorre em todas as alternativas).

As figuras apresentam as 2 pernas ou abaixadas, ou 1 perna levantada para a esquerda ou 1 levantada


para a direita. Nesse caso, a figura que está faltando na 3ª linha deve ter 1 perna levantada para a equer-
Raciocínio Lógico

da.

Logo, a figura tem a cabeça quadrada, as mãos levantadas e a perna erguida para a esquerda.

160 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
Resposta: C.

SEQUÊNCIA DE PALAVRAS

A sucessão seguinte de palavras obedece a uma ordem lógica. Escolha a alternativa que substitui “X” cor-
retamente: RÃ, LUÍS, MEIO, PARABELO, “X”.

(A) Calçado.
(B) Pente.
(C) Lógica.
(D) Sibipiruna.
(E) Soteropolitano.

Resolução:
Rã – 1 vogal
Luís – 2 vogais
Meio – 3 vogais
Parabelo – 4 vogais

Logo , a palavra tem que ter 5 vogais.

1) (Banestes 2015). A senha de meu cofre é dada por uma sequência de seis números, todos menores que
100, que obedece a determinada lógica. Esqueci o terceiro número dessa sequência, mas lembro-me dos
demais. São eles: {32, 27, __, 30, 38, 33}. Assim, qual o terceiro número da sequência?

a) 35
b) 31
c) 34
d) 40
e) 28

as instruções a seguir:

ele;

A palavra EGJBO está codificada. Decodificando-a, você obtém


Raciocínio Lógico

1) A figura abaixo representa algumas letras dispostas em forma de triângulo, segundo determinado
critério.
CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 161
Considerando que na ordem alfabética usada são excluídas as letra “K”, “W” e “Y”, a letra que substitui
corretamente o ponto de interrogação é:

(A) P
(B) O
(C) N
(D) M
(E) L

03 FRAÇÕES
Observando a quantidade de água na terra temos:

Se analisarmos o percentual de água doce no planeta temos 2,8% , que


pode s er escrito c omo 28/100, apresentando o mesmo p ercentual em
forma de fração.

Fazendo o mesmo com a água salgada temos a fração 97,2/100.

28/100 + 97,2/100 = 100/100 = 1

Fração
número de partes iguais entre si.

a numerador

b denominador

EXEMPLOS

1) J oão foi a pizzaria e comeu dois pedaços da pizza que pediu. Qual a representação, em forma de fra-
ção, do que ele comeu?

A pizza foi de 6 fatias, logo ele comeu 2/6.


Raciocínio Lógico

162 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
1) Quando lançamos uma moeda, há duas possibilidades

do resultado: pode ser cara ( 1/2 ) ou coroa ( 1/2 ) .

P or isso, dizemos que a chance ou probabilidade de sair cara é 1 /2 ( 1 em 2 ).

Observe que, nesse caso, estamos usando a fração para expressar uma comparação de dois
números naturais.

TIPOS DE FRAÇÃO

∞ Frações próprias são aquelas de valor maior do que zero e menor do que um inteiro. Nelas o
numerador é diferente de zero e é menor que o denominador.

2 /3

∞ Frações i mpróprias são aquelas que v alem z ero, 1inteiro ou mais do que 1 i n-
teiro. Nelas o numerador é z ero ou então é i gual ou maior d o que o denominador.

11/2

∞ Frações aparentes são aquelas em que o numerador é múltiplo ao denominador, ou seja, um


número inteiro escrito em forma de fração. São aquelas que representam números naturais.

8/8 = 1

∞ Frações equivalentes são aquelas que têm o mesmo v alor em relação a mesma unidade
(equivalente: igual valor).

2
1
Fonte: aresdenet.blobspot.com.br

Sandra cortou o bolo em 2 pedaços e separou 1/2. Sofia cortou o outro em 4 partes e separou 2/4 .

Olhando as figuras, você pode observar que a é a mesma que corresponde a . Dizemos então que
são frações equivalentes e indicamos 1/2 = 2/4.

*Importante

Para se encontrar uma fração equivalente a uma fração dada, basta se dividir ou multiplicar o nu-
merador e o denominador pelo mesmo número, diferente de zero , ou mesmo fazer as duas coisas

Frações decimais são aquelas em que o denominador é um número potência de 10.

2/10, 2/100, 2/1000

OPERAÇÕES COM FRAÇÕES

ADIÇÃO DE FRAÇÕES
Raciocínio Lógico

1) U m Ônibus de viagem percorreu 3/10 de uma distância pela manhã e 4/10 à tarde. Nos dois
períodos, ele percorreu que fração dessa distância?

1) 3 /10 + 4/10 = 7/10

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 163
*Importante

Na adição de duas frações de uma mesma unidade, que tenham o mesmo denominador, con-
servamos o denominador e adicionamos os numeradores.

1) R ogério precisava adiantar uma peça de aço e resolver adiantar o serviço ao máximo. Pela
manhã executou 2/3 da peça e a tarde 1/4. Quanto executou da peça nos dois períodos?

2/3 + 1/4 = ????

Usando as frações equivalentes encontradas através de m.m.c. ( 3 ,4 ) = 12

8/12 + 3/12 = 11/12. Conclusão, Rogério já fez da peça, faltando um pouco para concluir o serviço.

MULTIPLICAÇÃO ENVOLVENDO FRAÇÕES

NÚMERO NATURAL x FRAÇÃO

Uma barra de chocolate é dividida em 8 pedaços. Maria

não resistiu a esse saboroso chocolate e comeu 3 peda-

ços dela. Que parte do chocolate Marica comeu?

3 x 1/8 = 3/8

FRAÇÃO x FRAÇÃO

Zeca tem um terreno. Ele quer usar 1/5 deste terreno para mon-
tar sua oficina de manutenção de computadores e quer que 2/3
da parte com manutenção de notebooks. Que parte do terreno
será reservada para a manutenção de notebooks?

Devemos calcular 2/3 de 1/5 do terreno, ou seja , 2/3 x 1/5 = 2/15

*Importante

Para multiplicar uma fração por outra, multiplica-se o numerador de uma pelo numerador da outra,
e o denominador de uma pelo denominador da outra.

1) ( Exame de Seleção Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho – 1o semestre / 1998) No posto


de venda desta Escola foram vendidos 40 kg de carne bovina, o que corresponde a 5/8 do es-
toque.

Quantos quilogramas restam?

a) 14 kg
b) 24 kg
c) 25 kg
Raciocínio Lógico

d) 30 kg
e) 64 kg

164 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
1) Coloquei 6 / 12 de minhas ferramentas em uma caixa, 2/ 4 em outra caixa e o restante deixei fora
das caixas. Pergunta-se: Que parte de ferramentas ficou fora das caixas?

2) Luís percorreu 3 /4 da distância entre sua casa a indústria em que trabalha. Sabendo-se que a dis-
tância entre a casa de Luís e o seu trabalho é de 1.200m, quanto falta para Luís percorrer até chegar
ao trabalho?

a) ( ) 900m. b) ( ) 1.600 m c) ( ) 600m. d) ( ) 300 m

04 PORCENTAGEM
Na atualidade temos muitas informações que recebemos , dadas em porcentagens.

∞ Nas pesquisas

Produção industrial cresce 4%, melhor taxa anual para maio em 7 anos.

N a comparação com abril, alta foi de 0,8%, melhor resultado para o mês na comparação mensal
desde 2011, diz o IBGE.

∞ Nas propagandas

As porcentagens correspondem só a frações de denomina


dor 100 ou frações equivalentes a elas.

Exemplos

∞ A porcentagem de água em nosso sangue é de cerca de 83%


(83 em 100 ou ou 83% ou 83/100 ou oitenta e três por cento ).

∞ Quanto de juros de 6% nas compras a prazo, significa que a cada R$ 100,00 pagos haverá um
acréscimo de R$ 6,00.

A CRÉSCIMOS
Em uma escola de educação profissional, um determinado curso custa R$ 1.200,00 à vista. Se for dividido
em 3 vezes terá acréscimo de 5%. Qual será o valor de cada mensalidade?

5/100 x 1.200,00 = 60,00( acréscimo)

1.200,00 + 60,00 = 1.260,00 ( total a ser pago )

1.260,00/3 = 420,00 ( valor de cada mensalidade)

DESCONTO
Raciocínio Lógico

Uma loja de equipamentos de informática dá desconto de 10% nas compras à vista. Uma pessoa com-
prou um tablet que custava R$ 1.320,00, pagando a vista.

a) Q ual foi o valor do desconto?

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 165
10/100 x 1.320,00 = 132,00

a) Qual o valor pago pelo tablet, nessas condições?

1.320,00 - 132,00 = 1.188,00

1) Uma loja está vendendo furadeira industrial a R$ 350,00 e pagando a vista tem um desconto de
4%. Por quanto ela será vendida?

2) Numa indústria automobilista os operadores de máquinas ganham , em média, R$ 2980,00 . A par-


ticipação nos lucros da empresa , será dada em percentual no salário de cada um dos empregados.
Sabendo-se que eles terá 12 % de PLR,(Participação dos Lucros e Resultados) quanto cada um irá
receber?

3) V ocê sabia que a pele é o maior órgão do corpo humano e atinge 16% da massa corporal de uma
pessoa? Então , quantos quilogramas de pele tem uma pessoa que pesa 50 Kg?

05 RAZÃO
Imagine uma situação: você tem R$ 18,00 e eu tenho R$ 6,00. Podemos comparar essas quantias com a
divisão: 18 : 6 = 3.

Dizemos, então que você tem o triplo do que eu tenho ou , então, que a razão entre os R$ 18,00 que você
tem e os R$ 6,00 que eu tenho é igual a 3. Isso significa que a cada R$ 3,00 seus , eu tenho R$ 1,00.

Vamos pensar mais um pouco...

Você tem R$ 70,00 e eu tenho R$ 175,00. Vamos comparar essas quantias assim:

70 : 175 = 70;35/175:35 = 2/5

Dizemos então que a razão entre os R$ 70,00 que você tem e os R$ 175,00 que
tenho é igual a 2/5; ou então, que essa é uma razão de 2 para 5. Isso significa
que, para cada R$ 2,00 seus, eu tenho R$ 5,00.

***LEMBRE-SE

>Dados dois números , a e b a para b é o quociente da divisão a a: b;


Raciocínio Lógico

> Na razão entre a e b ( a/b) , o a é chamado antecedente e o b é chamado de consequente.

166 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
RAZÕES INVERSA

Ao escrevermos uma razão, devemos prestar atenção na ordem em que a comparação é feita. Por ex-
emplo: o dono de uma fábrica tem 4,5 milhões de reais e seu principal concorrente tem 3 milhões de reis.

A razão entre a fortuna do dono da fábrica e a do seu concorrente é:

4 500 000/3 000 000 = 45;15/30;15 = 3/2

No entanto, a razão entre a fortuna do concorrente e a do da fábrica é outra:

3 000 000/4 500 000 = 30;15/45;15 = 2/3

Como 2/3 é o inverso de 3/2, dizemos que uma é a razão inversa da outra.

Logo,

Uma razão é a razão inversa da outra quando o produto das duas é 1.

RAZÕES EQUIVALENTES

Observando a s razões acima já trabalhadas, observamos que a o simplificamos a fração i nicial, utili-
zando a divisão, obtemos outra fração. Pois é, essa fração obtida é equivalente a anterior.

4:2/8:2 = 2:2/4:2 = 1/2

Logo,

Multiplicando-se ou dividindo-se os termos de uma razão por um mesmo número racional (diferente de

RAZÕES IRREDUTÍVEIS

4:2/8:2 = 2:2/4:2 = 1/2

Observando as razões acima verificamos que ao realizarmos as divisões, chega a um ponto que não é
mais possível reduzi-la. Essa razão é chamada de razão irredutível.

*Importante

Você sabia que temos algumas razões muito usadas no nosso cotidiano. Vamos conhece-las.

∞ Velocidade média – é a razão entre a distância percorrida e o tempo gasto no percurso;

∞ Densidade demográfica – é a razão entre o número de habitantes e a área dessa região;

∞ Porcentagem – é a razão em que o segundo número é 100;

∞ Escala – é a razão entre a medida num mapa e a medida real.

1) M árcia que faz um curso de educação profissional, decidiu: a razão entre suas horas de estudo e as
de descanso será de 2/5 . Aí, ela estudou 3 horas sem parar. Quantas horas poderá então descansar?
Raciocínio Lógico

2) A razão entre o que eu tenho e o que Marcos tem é de 2/3. Eu tenho R$ 12,00. Quanto Marcos tem?

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 167
3) A densidade demográfica de um território e a razão entre o número de habitantes e a área do território
(em km²) e como se os habitantes fossem distribuídos igualmente pelo território. O Brasil tem 8514876
quilômetros quadrados de extensão territorial.

Em 2010, segundo o censo demográfico realizado pelo IBGE (instituto brasileiro de geografia e estatísti-
ca), o brasil tinha 190,8 milhões de habitantes. Quais era a densidade demográfica do brasil em 2010?

4) Uma das maneiras de avaliar a saúde de uma população


é a taxa de mortalidade infantil. Trata-se de uma razão: para cada
1000 crianças que nascem em determinada região, conta- se
quantas morrem antes de completar um ano.

Dados d ivulgados e m 2010 pelo IBGE i ndicam que a taxa d e mor-


talidade infantil está diminuindo: passou de 32 crianças mortas por
1000 nascidas vivas em 1998 para 22 em 2010.

Mesmo tendo diminuído, a taxa de mortalidade infantil no país ainda é considerada alta pelos padrões
da OMS: a meta a ser alcançada é de 15 crianças mortas por 1000 nascidas vivas.

a) Escreva a razão que indica a taxa de mortalidade infantil no Brasil em 2010.

b) Qual a taxa recomendada pela OMS?

5) A altura de um guindastre é de 12 metros. Se o poste for representado por um desenho cuja escala
é 1 : 50 , qual será a altura do poste do desenho?

06 PROPORÇÃO

Vi esse primeiro retângulo no livro de matemática:

Tentei copiá-lo em tamanho um pouco maior, fiz este desenho:


Raciocínio Lógico

168 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
As dimensões do retângulo eram 3 e 6 cm. Quando desenhei resolvi colocar com as dimensões 4 e 8 cm.

Observe:

Figura 1 : = =

Figura 2: = =

Quando as figuras são proporcionais, as razões entre elas são iguais. Por isso na matemática, uma igual-
dade de razões é chamada de proporção.

PROPRIEDADE FUNADAMENTAL DAS PROPORÇÕES

Em todo a proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos.

Simbolicamente: se = é proporção, então a . d = b . c .

QUARTA PROPORCIONAL

Éo quarto número, de uma sucessão, que forma com os outros três números dados uma proporção.

Exemplo: 15 é a quarta proporcional na sequência 2, 5, 6, 15.

PROPORÇÃO CONTÍNUA

E toda proporção em que seus meios são iguais.

a b
=
b c

Onde: b é média proporcional ou média geométrica dos extremos, c é a terceira proporcional de a


e b.

Exemplo:

Em 2/6 = 6/18 6 é a média geométrica ou média proporcional entre 2 e 18 e 18 é a terceira proporcional


de 2 e 6.

GRANDEZAS DIRETA E INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

O QUE É MESMO GRANDEZA?

Grandeza é tudo que pode ser medido ou contado. Por exemplo, são grandezas: comprimento, tempo ,
temperatura, massa, preço e idade.

Vamos lá!

Cíntia tem um atelier e recebeu uma encomenda de fazer camisa de fardamento de fábrica de pneus. Com
1,4 metros de tecido ela faz duas camisas. Para fazer seis camisas, quanto de tecido irá precisar?
Raciocínio Lógico

Se , 1,4 m ela faz 2 camisas, para confeccionar 6 , precisa de 1,4 x 3 = 4,2 m.

Nesse caso, dizemos que essas grandezas são diretamente proporcionais.


CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 169
Nesse caso, dizemos que essas grandezas são diretamente proporcionais.

Fabiano precisava ir a fábrica de sua família e pensou com qual condução iria. Se fosse de bicicleta, com
uma velocidade de 15 km/h levaria 120 min; se fosse de moto, com velocidade de 30 km/h, levaria 60 min;
com o carro e velocidade de 90 km/h, chegaria em 20 min.

Observe que a medida que a velocidade aumenta, o tempo diminui. Em caso como esse , dizemos que
essa grandeza é inversamente proporcionais.

1) Uma impressora imprime 50 folhas em 3 minutos. Quantos minutos ela gastaria para imprimir 500
folhas?

2) P ara percorrer 310 km, o carro de Paulo gastou 25 l de gasolina. Nas mesmas condições, Paulo quer
saber quantos quilômetros seu carro irá percorrer com 50l.

3) Uma torneira que despeja 15 litros de água por minuto enche um cilindro de resfriamento de uma
caldeira, em 2 horas. Se essa torneira despejasse 30 litros de água por minuto, em quanto tempo
encheria essa mesmo cilindro?

07 CONJUNTOS

Um conjunto é uma coleção qualquer de objetos. Esses objetos bem definidos e discerníveis, chamamos
de elementos. Representamos um conjunto colocando seus elementos entre chaves, separados por vír-
gulas.

∞ Conjunto: designado, em geral, por uma letra maiúscula ( A,B,C...)

∞ Elemento: designado, em geral, por uma letra minúscula ( a,b,c...)

∞ Pertinência: a relação entre elementos e conjunto, denotada pelos símbolos e pertence” e


“não pertence”, respectivamente.

Assim, por exemplo, se A é conjunto das cores da bandeira do Brasil, designadas por v (verde),a
(amarelo), z (azul) e b (branco), podemos falar que v,a,z,b são elementos de A, o qual pode ser rep-
resentado colocando-se os elementos entre chaves, como segue:

A = { v,a,z,b }

Dizemos , então que v A, a A, z Aeb A.

REPRESENTAÇÃO

Enumeração: N = { 1,2,3,4,5,6,7}

Lei de formação: E = {x/x é um número ímpar maior que 6 e menor que 17}

Diagrama de Venn:

9 8 7
5 6
Raciocínio Lógico

170 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
CONJUNTOS ESPECIAIS

Conjunto vazio: É um conjunto que não possui elementos. É representado por { } ou por Ø. O conjunto
vazio está contido em todos os conjuntos.

Conjunto universo: É um c onjunto que c ontém todos o s elementos d o contexto no qual estamos
trabalhando e também contém todos os conjuntos desse contexto. O conjunto universo é representado
por uma letra . Na sequência não mais usaremos o conjunto universo.

Conjunto unitário: É o conjunto que tem apenas um único elemento, sendo representado por n ( A ) = 1.

IGUALDADE DE CONJUNTOS

Dois conjuntos A e B são iguais quando ele têm os mesmos elementos. Indicamos essa igualdade por A
= B.

Os conjuntos A = x/x é um número inteiro maior que - 2 e menor ou igual a 4} e B = { -1,0,1,2,3,4} têm os
mesmos elementos. Assim, os conjuntos A e B são iguais , ou seja, A = B.

SUBCONJUNTOS

Consideremos os conjuntos A = { x/x é letra da palavra “ralar” } e B = { x/x é letra da palavra “ algazarra”
} ; ou seja :

A = { r,a,l } e B = {a, l,g,z,r }


Note que todo elemento de A é também elemento de B. Neste caso, dizemos que
A é um subconjunto de B ou uma parte de B, o que é indicado por:

A B ( lê-se : A está contido em B, ou A é um subconjunto de B, ou A é uma parte de B ).

OPERAÇÕES COM CONJUNTOS

UNIÃO DE CONJUNTOS

Considere o s conjuntos: A = { 2 , 4,6,8,10 } B = { 1 ,2,3,4,5 } . P odemos escrever um conjunto C =


{1,2,3,4,5,6,8,10 } formado por todos os elementos de A ou de B.

A B=C

INTERSECÇÃO DE CONJUNTOS

Considere os conjuntos anteriores, percebemos que existe elementos que tem nos dois conjuntos. D =
{ 2,4 }. Esses elementos pertencem tanto a A como a B. Nomeamos esse conjunto D de interseção dos
conjuntos A e B e indicamos por:

A B=D

*Importante
Raciocínio Lógico

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 171
QUANTIDADE DE ELEMENTOS DA UNIÃO DE DOIS CONJUNTOS

De maneira geral, dados os conjuntos A e B finitos, temos

n(A B)=n(A)+n(B)–n(A B)

D IFERENÇA DE CONJUNTOS

Dados os conjuntos A e B, chamamos de diferença entre A e B ( A – B ) o conjunto C, tal que x C


se e somente se x A e x B.

COMPLEMENTAR

Considere o conjunto A = 0,2,4,6,8,10} e seu subconjunto B = { 4,6,8. Denominamos complementar


de B em relação a A o conjunto C = A – B, ou seja, C é formado por todos os elementos que pertencem a A
e não pertencem a B. Nesse caso, C = 0,2,10 }.

Complementar : C= A – B ou

1) ( PUC) Um levantamento socioeconômico entre os habitantes de uma cidade revelou que, exata-
mente: 17% têm casa própria; 22% têm automóvel; 8% têm casa própria e automóvel. Qual o per-
centual dos que não têm casa própria nem automóvel?

2) N o concurso para o CPCAR foram entrevistados 979 candidatos, dos quais 527 falam a língua in-
glesa, 251 a língua francesa e 321 não falam nenhum desses idiomas. O número de candidatos que
falam as línguas inglesa e francesa é

a) 778 b) 120 c) 658 d) 131

3) ( Faap) Numa prova constituída de dois problemas, 300 alunos acertaram somente um deles, 260 o
segundo, 100 alunos acertaram os dois e 210 erraram o primeiro, quantos alunos fizeram a prova?

4) ( UFSE) Dados os conjuntos

B é igual a:

a) {-1;0;1}
b) {-1;0;1;2}
c) {0;1}
d) {1;1, 2}
e) {-1;0;1;2;3;4}

5) ( UFSE) Os senhores A, B e C concorriam à liderança de certo partido político. Para escolher o líder,
cada eleitor votou apenas em dois candidatos de sua preferência. Houve 100 votos para A e B, 80
votos para B e C e 20 votos para A e C. Em consequência:

a) venceu A, com 120 votos.


b) venceu A, com 140 votos.
c) A e B empataram em primeiro lugar.
d) venceu B, com 140 votos.
e) venceu B, com 180 votos.
Raciocínio Lógico

172 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
08 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
O QUE É UM PROBLEMA?

I ntuitivamente, todos nós temos uma idéia do que seja um problema. De maneira genérica, pode-se
dizer que é um obstáculo a ser superado , algo a ser resolvido e que exige o pensar consciente do indi-
víduo para solucioná-lo.

Para os educadores matemáticos problema é uma situação que um indivíduo ou grupo quer ou precisa
resolver e para a qual não dispõe de um caminho rápido e direto que o leve a solução, ( Lester, 1982).

O QUE É RESOLVER UM PROBLEMA?

Segundo George Polya, considerado o “pai” da resolução de problemas,


resolver um problema é encontrar os meios desconhecidos para um fim niti-
damente imaginado. Se o fim por si só não sugere os meios, se por isso temos
de procura-los refletindo conscientemente sobre como alcançar o fim, temos
um problema.

Segundo Polya, são quatro as etapas principais para a resolu


ção de um problema:

∞ Compreender o problema;

∞ Elaborar um plano;

∞ Executar o plano;

∞ Fazer o retrospecto ou verificação.

1ª ETAPA: COMPREENDER O PROBLEMA

Antes de começarmos a resolver o problema, precisamos compreende-lo . Para isso, devemos lê-lo at-
entamente e responder a questões como:

∞ Há alguma palavra cujo significado conheço?

∞ O que pede o problema?

∞ O que se quer resolver no problema?

∞ O que o problema tá perguntando?

2ª ETAPA: ELABORAR O PLANO

Nesta etapa, elaboramos um plano de ação para resolver o problema, fazendo a conexão entre os dados
do problema e o que se pede. Muitas vezes , chegamos a uma sentença matemática, isto é, a uma lingua-
gem matemática que parte da linguagem usual.

3ª ETAPA: EXECUTAR O PLANO

Nesta etapa, é preciso executar o plano elaborado, e verificando cada passo a ser dado. Completamos o
diagrama ( se for o caso ) e efetuamos os cálculos necessários.

4ª ETAPA: FAZER O RETROSPECTO OU VERIFICAÇÃO


Raciocínio Lógico

Nesta etapa, analisamos a solução obtida e fazemos a verificação do resultado. O retrospecto, repas-
sando todo o problema, faz com que o aluno reveja como pensou inicialmente, como encaminhou uma
estratégia de solução, como efetuou os cálculos, enfim, todo o caminho trilhado para obter a solução.
CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 173
RESUMO

FAZER O
COMPREENDER O ELABORAR UM
EXECUTAR O PLANO RETROSPECTO OU
PROBLEMA PLANO
VERIFICAÇÃO
Você leu e compreen- Qual é o seu plano para Execute o plano elabo- Examine se a solução
deu corretamente o resolver o problema? rado, desenvolvendo-o obtida está correta
problema? passo a passo.
O que pede o proble- Que estratégia você Efetue todos os cálcu- Existe outra maneira de
ma? tentará desenvolver? los indicados no plano. resolver o problema?
Quais os dados e con- Você lembra de um Execute todas as É possível usar o método
dições do problema? problema semelhante estratégias pensadas, empregado para resolver
que pode ajudá-lo a obtendo várias ma- problemas semelhantes?
resolver este? neiras de resolver o
mesmo problema.
É possível fazer uma Tente resolver o pro-
figura, um esquema ou blema por partes.
um diagrama? Há alguma outra es-
tratégia?
É possível estimar a
resposta?

1) Duas pequenas fábricas de calçados, A e B, têm fabricado, respectivamente, 3000 e 1100 pares de sa-
patos por mês. Se, a partir de janeiro, a fábrica A aumentar sucessivamente a produção em 70 pares por
mês e a fábrica B aumentar sucessivamente a produção em 290 pares por mês, a produção da fábrica B
superará a produção de A a partir de:

a) março b) maio c ) julho d) setembro e) novembro

2) Três planos de telefonia celular são apresentados na tabela abaixo:

CUSTO ADICIONAL POR


PLANOC USTO FIXO MENSAL
MINUTO
A R$ 35,00 R$ 0,50
B R$ 20,00 R$ 0,80
C0 R$ 1,20

' ' '


a) Qual é o plano mais vantajoso para alguém que utilize 25 minutos por mês?

b) A partir de quantos minutos de uso mensal o plano A é mais vantajoso que os outros dois?

3) Um estacionamento cobra R$ 6,00 pela primeira hora de uso, R$ 3,00 por hora adicional e tem uma
despesa diária de R$ 320,00. Considere-se um dia em que sejam cobradas, no total, 80 horas de estacio-
namento. O número mínimo de usuários necessário para que o estacionamento obtenha lucro nesse dia é:

a) 25 c) 27 e) 29 b) 26 d) 28

4) Fábio quer arrumar um emprego de modo que, do total do salário que receber, possa gastar 1/4 com
alimentação, 2/5 com aluguel e R$ 300,00 em roupas e lazer. Se, descontadas todas essas despesas, ele
ainda pretende que lhe sobrem no mínimo R$ 85,00, então, para que suas pretensões sejam atendidas,
seu salário deve ser no mínimo:
Raciocínio Lógico

a) R$ 950,00 b) R$ 1100,00 c ) R$ 980,00 d ) R$ 1500,00 e ) R$ 1000,00

174 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
09 CORRELAÇÃO

Quando você estuda as medidas de posição ou de dispersão, a base é um conjunto de observações de


apenas uma variável. Por exemplo, quando se calcula a média de consumo de um determinado produto
e o seu desvio padrão, isto é de grande utilidade para o conhecimento do mercado e a variabilidade do
padrão de consumo. No entanto, o conhecimento de outras variáveis que podem estar associadas ao
consumo desse produto só é possível através de uma associação entre essas variáveis que podem ser:
o nível de preços, o nível de renda do mercado consumidor e até os investimentos em propaganda.
A teoria da correlação fornece os elementos necessários para a verificação da influência de uma
variável sobre a outra. Se o estudo envolver apenas a influência de uma variável sobre a outra, trata-
se de uma correlação simples. Caso haja mais de uma variável que possa afetar o comportamento da
variável em estudo, fala-se em correlação múltipla.
É também necessário esclarecer que nem todas as variáveis relacionam-se de forma linear, ou
seja, com base em uma reta. Além disso, há casos de correlação exponencial e logarítmica. Para evitar
cálculos mais complexos, abordaremos apenas a correlação linear, suficiente para o entendimento da
teoria da correlação.
A primeira idéia da existência de correlação é dada por meio de um gráfico chamado diagrama
de dispersão, que será explicado mais claramente na próxima aula, quando trataremos da análise de
regressão. Nesse tópico, vamos supor que essa correlação já foi constatada pelo gráfico e indicou uma
tendência linear entre as variáveis observadas.
Vamos analisar, então, como se mede o grau da correlação. Para avaliar o grau de correlação
linear entre duas variáveis, ou seja, medir o grau de ajustamento dos valores em torno de uma reta,
usaremos o coeficiente de correlação de pearson, que é dado por:

Como calcular esse coeficiente (R)? A fórmula é:

Observe o exemplo:

Vamos desenvolver um exemplo numérico para compreendermos melhor o instrumento de análise de


correlação pelo cálculo do coeficiente.

Dez vendedores foram submetidos a um teste de Estatística e de Matemática, obtendo as se guintes


notas:

Vendedor A B C D E F G H I J

Mat. 7 6 9 10 3 4 8 7 6 2

Est. 6 5 10 9 2 3 9 5 6 3

Determinar o coeficiente de correlação entre as notas.

SOLUÇÃO:

É interessante colocar os dados em um gráfico (diagrama de dispersão) em que você coloca, no eixo
Raciocínio Lógico

x, os dados da variável independente (no caso, as notas de Matemática) e no eixo y, as notas de Es-
tatística.

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 175
1) U m pesquisador deseja verificar se um instrumento para medir a concentração de determinada
substância no sangue está bem calibrado. P ara i sto, e le tomou 1 5 amostras d e concentrações
conhecidas (X) e determinou a respectiva concentração através do instrumento (Y), obtendo:

Calcule o coeficiente de correlação entre as variáveis X e Y.

2) É esperado que a massa muscular d e uma pessoa diminua com a i dade. Para estudar essa relação,
uma nutricionista selecionou 18 mulheres, com idade entre 40 e 79 anos, e observou em cada uma delas
a idade (X) e a massa muscular (Y).

Massa muscular Idade


(Y) (X)
82.0 71.0
91.0 64.0
100.04 3.0
68.06 7.0
87.0 56.0
73.0 73.0
78.0 68.0
80.05 6.0
65.0 76.0
84.06 5.0
116.04 5.0
76.05 8.0
97.0 45.0
100.05 3.0
105.0 49.0
77.0 78.0
73.0 73.0
78.0 68.0

PLANILHAS ELETRÔNICAS

Muitas vezes, no nosso dia a dia, nos deparamos com uma grande quantidade de dados a serem
analisados para que alguma informação útil possa ser extraída. Por exemplo, um gerente financeiro
de uma grande empresa tem à sua disposição uma enorme quantidade de dados sobre os funcionári-
os que trabalham nessa empresa, como o nome dos funcionários, o departamento em que trabalha
e o salário. Os programas de planilha eletrônica oferecem uma forma bastante útil de organizar tais
dados e de auxiliar em uma análise, podem realizar cálculos e também criar gráficos. Basicamente,
em um programa de planilha eletrônica, os dados são organizados em forma de tabelas.
Raciocínio Lógico

176 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
Fonte: Microsoft

Planilha é o mesmo que tabela. Por isso, a área de edição de qualquer editor de planilha eletrônica é um
quadriculado que é formado de colunas, linhas e células.

Para entendermos bem uma planilha, devemos distinguir três objetos essenciais:

∞LINHA: Linha é toda faixa horizontal da tabela; linhas são mais numerosas que colunas; linhas são
numeradas. O exemplo abaixo é uma linha.

∞ COLUNA: Coluna é toda faixa vertical da tabela; colunas são menos numerosas que linhas; colunas
são identificadas por letras. O exemplo abaixo é uma coluna.

∞ CÉLULA: É o encontro entre uma coluna e uma linha; toda célula é endereçável; o endereço da célu-
la é sempre constituído primeiro da letra da coluna e o número da linha. Abaixo, o exemplo de uma célula.

FORMATAÇÃO DE CÉLULAS

Uma das planilhas mais utilizadas na atualidade é o Excel, da Microsoft.

Assim, o Excel possui recursos que permitem alterar a aparência de nossas planilhas.

O recurso de formatação de células é um recurso muito utilizado. Ele permite que com alguns cliques
alteremos totalmente a aparência de nossa planilha. Para simplificar o seu uso é necessário que a
barra de formatação esteja visível.
Raciocínio Lógico

Fonte: Microsoft

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 177

∞ Sublinhado: o botão aplica ou remove o estilo sublinhado do grupo

∞ Alinhar à esquerda: alinha o conteúdo das células selecionadas à esquerda (valor padrão

∞ Centrar: centraliza o conteúdo das células selecionadas. Usado principalmente para títu-

∞ Alinhar à direita: a linha o c onteúdo das c élu-

Mesclar e centrar: centraliza os dados em uma única célula estendendo-se por diversas

CONFIGURAÇÃO DE PÁGINAS

INSERÇÃO DE FÓRMULAS

Para criar qualquer fórmula no Excel, é absolutamente necessário entender o que são referências
relativas e absolutas. Esta é uma funcionalidade que melhor ajuda a manipular determinada fór-
mula. Basicamente, ela indica o que deverá ser alterado ou mantido ao copiar a fórmula.

A referência relativa a funcionalidade mais comum, utilizada por padrão na fórmula. Quando a
fórmula é copiada, a fórmula é automaticamente refeita baseando-se na lógica.

Já as referências absolutas é a funcionalidade que indica quais partículas da fórmula não devem
ser alteradas ao copiar e colar. Elas se mantêm como foram definidas inicialmente e são repre-
sentadas pelo cifrão ($).

GRÁFICOS, QUADROS E TABELAS

Tabelas quadros e figuras (fotos, gráficos, mapas, desenhos, plantas, gravuras) são representações
ilustrativas na tese que servem para organizar e possibilitar a interpretação do trabalho desenvolvido,
de forma clara e objetiva. No texto da tese, pode-se mesclar tabelas, gráficos e figuras. Para cumprir
essa finalidade, devem seguir a práxis e as recomendações para sua elaboração. As normas adotadas
neste Guia baseiam-se nas recomendadas pela Fundação IBGE.

A escolha entre o uso de tabela ou gráfico está associada às características dos dados e ao objetivo a
que se propõe, sendo recomendável priorizar o uso de tabelas, pois estas apresentam valores precisos.
Raciocínio Lógico

Quando tabelas, gráficos e figuras forem transcritos de outros documentos (cópia direta), é necessária
na indicação da fonte, a expressão “Extraído de:”.

178 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
Devem ser usadas tabelas: quando for importante apresentar valores precisos e não apenas tendências e,
quando a quantidade de dados for muito grande, exigindo que os mesmos sejam sumarizados.

Certos tipos de dados, particularmente eventuais ou repetitivos, quando em pequenas quantidades, não
precisam ser apresentados na forma de tabelas ou gráficos.

TABELAS

Tabela é a forma não discursiva de apresentação de informações, representadas por dados


numéricos e codificações, dispostos em uma ordem determinada, segundo as variáveis analisadas de um
fenômeno.

Existem várias regras para a apresentação de tabelas, porém, essas não devem ser rígidas. Muitas vezes
a criatividade na sua montagem e edição é necessária para alcançar melhor comunicação. Para a elabo-
ração de tabelas, quadros e figuras, conta-se com inúmeros recursos de informática que possibilitam a
respectiva apresentação na forma variada de gráficos.

seja suficientemente c ompleta para s er entendida, d ispen-


sando consulta ao texto;

contenha somente os dados necessários ao seu entendimen-


to;

seja estruturada da forma mais simples e objetiva;

inclua os dados logicamente ordenados e

apresente dados, unidades e s ímbolos c onsistentes c om o


texto.

QUADROS
Os quadros são definidos como arranjo predominante de palavras dispostas em linhas colunas, com ou
sem i ndicação d e dados numéricos. D iferenciam-se das tabelas p or a presentarem teor esquemático e
descritivo, e não estatístico. A apresentação dos quadros é semelhante à tabelas, exceto pela colocação
dos traços verticais em suas laterais e na separação das casas. Raciocínio Lógico

Fonte: Sindicato dos Bancários de Chapecó

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 179
GRÁFICOS

Figura é a denominação genérica atribuída aos gráficos, fotografias, gravuras, mapas, plantas, desenhos
ou demais tipos ilustrativos, quando presentes na tese. Quando a figura for representada apenas por grá-
ficos, a denominação pode ser feita por esta palavra (gráfico).

Os gráficos representam dinamicamente os dados das tabelas, sendo mais eficientes na sinalização de
tendências.

Deve-se optar por uma forma ou outra de representação dos dados, isto é, não utilizar tabela e gráfico
para uma mesma informação.

O gráfico bem construído pode substituir de forma simples, rápida e atraente, dados de difícil compreen-
são na forma tabular.

A escolha do tipo de gráfico (barras, lineares, de círculos, entre outros) está relacionada ao tipo de infor-
mação a ser ilustrada. Sugere-se o uso de:

• Gráficos de linhas - para dados c rescentes e decrescentes: a s linhas unindo os pontos enfatizam

• Gráficos de círculos - usados para dados proporcionais;

• Gráficos de barras - para estudos temporais; dados c omparativos de d iferentes variáveis.

FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS: SOFTWARES E SITES EDUCACIONAIS

Existem várias ferramentas computacionais, para o uso no ensino-aprendizagem facilmente encontradas


na web, são softwares educacionais freewares e sharewares. Os softwares freewares são aqueles que
podem ser utilizados gratuitamente, os sharewares, são os que podem ser utilizados gratuitamente em
um certo período. Após o período de experiência precisa-se de licença para continuar o seu uso.

As ferramentas computacionais surgiram como uma opção a mais na busca da melhoria da qualidade do
ensino. Nem todas as formas de uso das ferramentas no ensino se prestam bem para atingir certos ob-
jetivos educacionais. Porém, o emprego das técnicas computacionais pode trazer resultados pedagógi-
cos benéficos, desde que se planeje corretamente seu uso, e recursos humanos sejam devidamente
qualificados .
REFERÊNCIAS
Borba, M arcelo d e Carvalho e Penteado, M iriam Godoy (2003). I nformática e
Educação matemática. 3. ed., Belo Horizonte: Autentica.

Dante, Luiz Roberto . Formulação e r esolução d e problemas d e matemática:


teoria e prática. 1ª edição- São Paulo: Ática, 2010

Lester, JR. F – Uou com teach problem solving, Arithmet Teacher, 25(2),p. 16-20,
nov, 1977.

Polya, George. A arte de resolver problema Rio de Janeiro : Interciência,2006.

Iezzi, Gelson. Matemática: ciências e aplicações , 9ª edição – São Paulo; Saraiva,


2016.

www.sidnificadosbr/raciociniuo-llogico

Bertolini, Cristiano. Lógica Matemática –ebook, Santa Maria, RS :UFSM,NTE,2017

Negreiros, Talita Daniele V. – Cadernos de atividades- raciocínio lógico, PUC –


Minas, 2016.

Terra, Luiz Carlos. Teoria da Correlação, Apostila Universidade Morumbi , São


Paulo.

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA

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