1. O meio ambiente é um bem de interesse da coletividade e, por isso, qualquer
intervenção que possa gerar um impacto ambiental, esta deve ser submetida aos órgãos ambientais competentes. Dessa forma, antes de se executar um projeto, necessita-se avaliar quais impactos este pode acarretar ao meio ambiente. Para tanto, existe a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), a qual pode ser definida como uma série de procedimentos técnicos-científicos definidos em leis, objetivando caracterizar e identificar os impactos ambientais que podem ser gerados nessa intervenção humana. Uma AIA deve ser elaborada com o intuito de prever a magnitude de um potencial impacto a ser causado por este novo empreendimento, assegurando assim um meio ambiente ecologicamente equilibrado. A Avaliação de Impacto Ambienta está amparada legalmente no art. 9º, III, da Lei nº 6.938/81. Sendo uma ferramenta importante que auxilia na tomada de decisões, a AIA é composta por três etapas: Triagem, que é a avaliação ambiental inicial, buscando identificar impactos ambientais significativos em potencial; Análises, a qual compreende as etapas de definição do âmbito do projeto, elaboração e apreciação técnica do estudo de impactos ambientais (EIA), além de analisar as sugestões e interesses da sociedade com participação pública; Decisão, consistindo em aprovação ou não quanto ao estudo proposto.
2. A metodologia de AIA que faz uso do conhecimento empírico de profissionais é a
Metodologia Espontânea, também conhecida como Método Ad Hoc. Esta metodologia tem como base as experiências do profissional envolvido, sendo utilizada principalmente em casos com insuficiência de dados e que exija um tempo curto para a avaliação. Esta metodologia tem como benefícios a avaliação rápida dos impactos ambientais de forma clara e organizada, um baixo custo para sua elaboração e um fácil entendimento pelo público em geral. No entanto, o método Ad Hoc pode apresentar um elevado grau de subjetividade em seus resultados, uma vez que não realiza um exame aprofundado das intervenções e variáveis ambientais envolvidas.
3. Os estudos ambientais tem o objetivo de verificar a viabilidade ambiental de uma dada
atividade ou empreendimento, auxiliando nas decisões que implicam no tipo de licenciamento ambiental a ser adotado, estabelecendo ao responsável pelo empreendimento o compromisso para com as medidas a serem adotadas que buscam mitigar ou minimizar os impactos ambientais negativos e, paralelamente, maximizar os efeitos positivos das ações que envolvem a atividade econômica. Para as atividades que envolvam substâncias tóxicas e/ou inflamáveis, é exigido o estudo ambiental denominado por Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR), também conhecido por Plano de Análise de Risco (PAR). O PGR objetiva prevenir eventos que possam colocar em risco a integridade física das pessoas envolvidas na atividade, a segurança da população da área de implantação do empreendimento e potenciais danos ambientais e aos seres vivos. Em seu temo de referência devem conter a descrição do empreendimento, um plano de gerenciamento de riscos, plano de ação, as normas operacionais, um programa de treinamento, um programa de manutenção dos equipamentos críticos, uma sistemática para registro de acidentes/incidentes, informações sobre os produtos químicos manuseados, controle das possíveis modificações de projeto e ou processo, um plano de emergência e de contingência, um programa de auditorias para o controle do PGR, Conclusão e Referências bibliográficas.