EXCELENTISSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL
PARTIDO POLÍTICO BETA, partido político com representação no Congresso
Nacional, devidamente registrado no Tribunal Superior Eleitoral, inscrito no CNPJ de nº..., com sede em..., representado na forma de seu pelo Presidente..., vem, por seus procuradores, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 102, §1 e 103, VIII da CF88 e art. 1º da Lei 9882/99, propor a presente
AÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL COM PEDIDO DE
CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR
Em face da Câmara Municipal e do Prefeito do Município Alfa, na condição de
autores da Lei nº 123/2018. I. DO CABIMENTO E DA SUBSIDIARIEDADE A presente ação, prevista no art. 102, §1 da CF88 e regulamentada pela Lei 9882/99, é cabível pois a Lei supracitada, ao vedou a entrada de novos imigrantes pelo período de 12 meses, fixando o limite máximo para a população flutuante, de modo que o referido ingresso seria obstado sempre que alcançado esse limite. Além disso, foi previsto que a contratação de imigrantes estaria condicionada à prévia aprovação da Secretaria Municipal do Trabalho, que avaliaria a proporção entre o quantitativo de trabalhadores nacionais e estrangeiros, podendo autorizá-la, ou não. Logo descumprindo preceitos fundamentais da Constituição Federal que restarão discriminados a seguir, nos termos do art. 3º, ss da Lei 9882/99.
Proposta perante o STF, visando preservar a supremacia da Carta Magna, não
havendo outro meio adequado da tutela da ordem constitucional, nos termos do art. 4, §1 da Lei 9882/99. II. DOS FUNDAMENTOS DE MÉRITO A competência para legislar a respeito de imigração, emigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros, é privativa da União, nos termos do art. 22, XV da CF88. Logo, é ligeiramente inconstitucional, lei sancionada por Prefeito Municipal acerca de entrada ou, sequer, permanência no território referente. Compete, privativamente à União, legislar sobre direito do trabalho, conforme art. 22, I da CF88, restando claramente violado, à medida que o Prefeito condicionou a contratação de imigrantes à aprovação da Secretaria Municipal, simplesmente por não ser de competência da mesma. Infringindo, ainda, o direito social ao trabalho, previsto no art. 6, da CF88. III. DO PEDIDO LIMINAR Ante o exposto, resta clara urgência para que sejam suspensos os efeitos da Lei 123/2018, pois a dignidade da pessoa humana, em consequência de serem impedidos de trabalhar, os imigrantes não poderão garantir seu sustento Por conseguinte, no caso de seguir vigorando, a submissão dos imigrantes a condições vergonhosas e precárias, acarretará em conflitos diários no Município. Assim, sendo adequado o deferimento da liminar, nos termos do art. 5º da Lei 9882. IV. DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer: a. Que seja deferida a liminar com efeito suspensivo da Lei 123/2018; b. Que seja procedente a presente Arguição, visando reconhecimento de inconstitucionalidade da Lei 123/2018, com base no que foi aludido;
Os engenheiros do caos: Como as fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições