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À partir dos apontamentos apresentados, conclui-se que o constitucionalismo,


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em sua forma clássica, surgiu com a Revolução Francesa. Contudo, destaca-se


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que Santi Romano insista em alegar que o constitucionalismo tem origem


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inglesa, sendo, portanto, mais antigo do que a Revolução Francesa. O processo


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de consolidação do Estado Constitucional passa ser reconduzido à experiência


inglesa, como afirma Santi Romano ao passo que Revolução Francesa que
solidificou as bases do constitucionalismo moderno com o surgimento da
primeira Constituição escrita da Europa em 1791. Teríamos o Constitucionalismo
surgindo no século XVII na Inglaterra e no século XVIII na França (como também
nos Estados Unidos). Nesse sentido, vale citar, mesmo que objetivamente alguns
documentos ingleses que contribuíram para o constitucionalismo na Europa,
mais especificamente, em solo inglês.
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MAGNA CARTA DE 1215 – Antecedentes do Constitucionalismo na Inglaterra


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A Magna Carta Libertatum, de 1215, foi assinada pelo Rei João Sem-Terra.
Referido documento buscou proclamar certos privilégios de barões feudais e
reconhecer liberdades da Igreja perante o Rei, o que de certa forma limitou o
Poder do Monarca. Foi um documento assinado em um contexto de luta entra a
burguesia e a monarquia. Dentre suas principais previsões podemos ainda citar:
- O devido processo legal.
- A proporcionalidade entre a gravidade do delito e a magnitude da pena.
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PETITION OF RIGHTS
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A Petition of Rights (PETIÇÃO DE DIREITOS), em síntese, teve como objetivo


principal estender aos súditos do Monarca alguns direitos que já tinham sido
enunciados pela Magna Carta de 1215. A Petição baseou-se em cartas e
estatutos anteriores e tinha como principal objetivo limitar decisões do
monarca sem autorização do Parlamento. De fato, a busca pela limitação do
poder é consagrada em 1628 com a citada Petição de Direitos.
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HABEAS CORPUS ACT

O Habeas Corpus Act, consagra a garantia de proteção dos indivíduos diante de


restrições de liberdade arbitrárias. Dessa forma, em 1679, a edição do Habeas
Corpus Act formaliza o mandado de proteção judicial aos que haviam sido
injustamente presos.
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Em 1689, após a Revolução Gloriosa, editada a Declaração Inglesa de Direitos, a Bill


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of Rights, que assegura a supremacia do Parlamento sobre a vontade do Rei,


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controlando e reduzindo os abusos cometidos pela nobreza em relação aos seus


súditos, declarando, além disso, o direito de petição, eleições livres e a proibição de
fianças exorbitantes e de penas severas.

Ademais, destaca-se que o The Bill of Rights, de 1689 (O Bill of Rights, DECLARAÇÃO
DE DIREITOS) consagra a Supremacia do Parlamento sobre a vontade do Rei,
encerrando, desta forma, a monarquia absolutista e instaurando o regime da
monarquia constitucional.
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Dessa forma, podemos resumir as características:


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- Século XVII
- Revolução Gloriosa 1688-1689
- Bill of Rights
- Constituição apenas material, não escrita e histórica (a limitação do poder do
Rei se deu devido ao Parlamento e não pela existência de uma Constituição
formal uma vez que a Constituição era material)
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Adentrando nos meandres dos aspectos históricos que colaboraram com o


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movimento constitucionalista na Europa, chegamos à França. Destaca-se que em


solo Francês o constitucionalismo ocorreu no século XVIII, tendo como seu
grande marco a Revolução Francesa. Esta tratou-se de uma sangrenta revolução
que durou 10 anos, iniciando-se em 1789 com a convocação dos Estados Gerais
e a Queda da Bastilha, encerrando-se em 1799 com o golpe de estado de
Napoleão Bonaparte. Estava em causa a ruptura do regime absolutista e os
privilégios do clero e da nobreza.
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O movimento revolucionário francês trazia como ideário a democracia, o fim da


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servidão e dos direitos feudais, proclamando o princípios universais da "Liberdade,


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Igualdade e Fraternidade”. Foi desse contexto que surgiu, então, a Constituição


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Francesa de 1791, inspirada na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do


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Cidadão, de 1789, que lhe serviu de preâmbulo. Vale lembrar que com a citada
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Constituição, temos primeiro texto constitucional escrito na Europa.

Mesmo assim, muitos autores ainda entendem que o texto constitucional francês
não superava a supremacia do parlamento. Estes entendem que a supremacia da
Constituição se deu, de fato, com o constitucionalismo americano. Dessa forma, Na
França, temos o Parlamento acima da Constituição. Nos Estados Unidos, temos a
Constituição acima do Parlamento. Por consequência, na experiência francesa temos
um judiciário fraco e na experiência americana temos um judiciário forte.
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Indiscutivelmente, diz-se que a revolução francesa foi marcada por uma


desconfiança com a atuação dos magistrados da época, justamente porque
proferiam juízos discriminatórios a partir da subjetividade do jus naturalismo. O
parlamento, ao contrário, era considerado a “casa do povo”, o “amigo dos
direitos”, e nesse momento ficou ainda mais forte, porque os direitos de cada
indivíduo passaram a ser previstos de forma prolixa em lei, evitando a atividade
arbitrária dos juízes com a instrumentalização taxativa dos direitos na
Constituição.
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O entendimento que havia na Europa é que o Legislativo nunca violaria direitos.


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Essa situação explica, inclusive, os absurdos que veremos mais adiante, pelo
cumprimento cego da lei, imposto por Hitler na Escola Nazista. Naquele
momento inicial do constitucionalismo liberal europeu percebeu-se, inclusive,
um nível de extremismo e rigidez altamente elevados, passando-se a defender
que ao juiz nem caberia interpretação, a atividade judicial deveria ser mecânica,
seja pela ideia de que o parlamento nunca violaria direitos e a lei encerrava a
perfeição, seja porque o judiciário, antes formado pelo clero e nobreza, já era
alvo de profunda desconfiança pelos revolucionários liberais europeus.
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Esse fato se observava do Código Civil francês, conhecido Código Napoleônico,


de 1804, considerada uma obra humana perfeita, imunes a quaisquer falhas,
cabendo o cumprimento cego pelo juiz. Assim, a atividade do magistrado era
resumida na expressão de Montesquieu: o juiz era “a boca da lei”, só fazia aplicar
a lei de forma mecânica. A isso nós conhecemos por Escola da Exegese.
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Assim, e após o explanado, podemos resumir que são características do


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constitucionalismo francês:
- Século XVIII
- Revoluções Burguesas
- Separação dos poderes
- Declaração de Direitos – Declaração Universal dos Direitos do Homem e do
Cidadão (França 1789)
- Constituição Formal (escrita)

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