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NÃO TROQUE SUA "HERANÇA" POR UM PRATO DE LENTILHA

Satanás conseguiu roubar do homem tudo o que o ele tinha de valor, mas Jesus Cristo conquistou
de volta todo “patrimônio espiritual” para os filhos de Deus, herdeiros le'gítimos do Pai Eterno.
“Se fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

Quando o homem desobedeceu a Deus, perdeu a comunhão com Ele, porém, sem Deus o homem é
simplesmente um “miserável, pobre, cego e nú”. Satanás roubou tudo o que homem tinha de valor,
mas “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito” – Jesus - o “valente de
Jacó”, que enfrentou Satanás e deu ao homem, de volta, tudo o foi roubado pelo inimigo. Na cruz,
Jesus pagou um preço altíssimo para que cada filho de Deus tenha de volta toda a sua “herança
incorruptível”: “E, somos filhos, somos logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros
de Cristo” (Rm 8.17).
Jesus, Filho unigênito o de Deus, e nós “feitos” filhos de Deus, temos uma herança em comum com
Cristo. Herança válida somente depois de morte de Jesus Cristo: “Coube-me uma formosa herança”
(Sl 16.6): herança da salvação, de vida, de amor, de perdão, da Palavra de Deus, de glória, de
autoridade, de poder, de dons espirituais, do pão do céu, da água da vida... Bênçãos, que
acompanham tão grande salvação.
Muitos não valorizam esta “herança”, na qual Jesus Cristo conquistou na cruz do calvário para os
seus: Esaú desprezou a herança, o filho pródigo a desperdiçou, o irmão do filho pródigo não
usufruiu, porém, Nabote valorizou a sua herança: não doou, não trocou e não vendeu a sua herança,
foi fiel até a morte, mas de sua herança ele não abriu mão.

Esaú desprezou a sua herança


Esaú vendeu o seu “direito de primogenitura” por um prato de lentilhas, A primogenitura dava a ele
o direito de:
- Liderar a adoração a Deus e chefiar a família;
- Dupla porção da herança paterna, (2/3 da fazenda);
- Direito à benção do concerto, conforme Deus prometera a Abraão.
Mas no ímpeto do cansaço e da fome, ele não teve o autocontrole, o domínio suficiente, para dizer
“não” a uma necessidade momentânea, e desprezou bênçãos espirituais por um “guizado vermelho”,
“E Jacó cozera um guizado; e veio Esaú do campo e estava ele cansado. E disse Esaú a Jacó: Deixa-
me peço-te, comer desse guizado vermelho, porque estou cansado.” (Gn 25.29,30)
Quão pouco Esaú valorizou a sua primogenitura: menos do que um prato de lentilha. Por livre
escolha, optou por trocar as bênçãos de Deus por prazeres momentâneos e efêmeros. Jacó ao
contrário de seus irmão, desejou as bênçãos de Deus para sua vida e dele vieram as doze tribos de
Israel, e da tribo de Judá veio o Salvador do mundo: Jesus Cristo, o Filho de Deus.

O Filho Pródigo desperdiçou a sua herança


“Um certo homem tinha dois filhos. E o mais moço dele disse ao Pai: Pai, dá-me a parte da fazenda
que me pertence. E ele repartiu por ele a fazenda. E poucos dias depois, o filho mais moço,
ajuntando tudo, partiu para uma terra longíngua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo
dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a
padecer necessidade.” (Lc15.11-24).
De repente ele estava “miserável, pobre, cego e nu”: sem o Pai, sem o irmão, sem a casa do Pai,
sem a paz, sem a alegria, sem o amor, sem a bondade, sem os amigos e sem dinheiro. O mundo
somente usufruiu de sua herança, de sua vida, de seu amor, de sua bondade, de seus dons, de seus
talentos, etc, agora resta somente a “pobreza”...
Quando chegou o tempo da fome, o mundo não tinha alimento para dar ao filho pródigo, chegou
ao extremo de desejar comer as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. Não
diferente acontece com os cristãos que partem da casa do Pai, enquanto eles tiverem “algo” para
oferecer ao mundo, o mundo será seu amigo, quando acabar a sua "herança", acabará também os
“amigos”, as mulheres, todos os deixarão, restará somente a pobreza e a solidão.
O irmão do Filho Pródigo não usufruiu de sua herança
“Respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos...e nunca me deste nem um cabrito
para alegrar-me com meus amigos” (Lc 15.29). Nunca o moço havia tomado posse da herança que
lhe pertencia por direito e em dobro por ser o filho primogênito. “Filho, tu sempre estas comigo, e
todas as minhas coisas são tuas”. O Pai o chamou de “filho”, literalmente “criança”, uma palavra
terna, e explicou que a herança também pertencia a ele. Faltava ao filho mais velho dialogar com o
Pai, para conhecer tudo o que lhe pertencia por direito. O Pai quer ouvir a voz de seus filhos:
“Mostra-me a tua face, e faze-me ouvir a tua voz, pois tua voz é doce e o teu rosto formoso” (Ct
2.14). O Pai quer ter mais comunhão com o filho, e quer que ele usufrua de sua herança.
Assim também acontece com muitos cristãos, não usufruem da herança que Jesus conquistou para
ele na cruz do calvário. O cristão é herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo: temos a paz, a vida,
a graça, a Palavra, a glória, a salvação, o pão do céu, o amor, o poder, etc. Chegamos a o fim da
vida e não conseguirmos usufruir de toda a herança de Deus para nós.

Nabote valorizou a sua herança


“Tendo Nabote, o jezreelita, uma vinha que em Jesreel estava junto ao palácio do Acabe, rei de
Samaria, disse este a Nabote, dizendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, porque esta
vizinha, ao da minha casa. E te darei por ela outra vinha melhor, ou, se for do teu agrado, dar-te-ei
por ela o seu valor em dinheiro. Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o Senhor de que eu te dê
a herança de meus pais”. (I Rs 21.1,2)
Diferente de Esaú, do filho pródigo e de seu irmão, Nabote valorizou, não desperdiçou, usufruiu de
sua vinha, a herança que ele havia recebido de seus pais, e não doou, não trocou e não vendeu para
o Rei de Israel.
Jezabel, esposa do Rei Acabe, matou Nabote e tomou a sua herança para o marido, ele morreu, mas
não doou, não trocou e não vendeu a herança que ele havia recebido.

Conclusão
Assim como Nabote, que saibamos valorizar a herança que Deus nos deixou através de seu Filho
Jesus Cristo.
“Sede sóbrio, vigiai. O vosso adversário, o diabo, anda em derredor, rugindo como leão, buscando a
quem possa tragar”. (I Pe 5.8).
Não desprezemos, não desperdicemos a herança celestial que o Pai nos deixou. Usufruamos e
valorizemos tal herança, são bênçãos, que acompanham tão grande salvação. “Se fiel até a morte e
dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10)
Satanás roubou a "herança" do homem, mas Jesus conquistou de volta todo o “patrimônio
espiritual” para os filhos de Deus, herdeiros legítimos do Pai Eterno. “A herança de Deus é tudo,
chegamos no fim da vida e não conseguimos usufruir de tudo o que Deus tem para nós” dizia o
saudoso Pastor Valdir Bícego”. “Venho sem demora. Guarda o que tens, para que ninguém tome a
tua coroa” (Ap 3.11)

Escrito por:
Maria Isabel da Silva Lima
Esaú, o filho pródigo e Nabote
Nos tempos bíblicos, a conceito da primogenitura era muito importante. O filho primogênito, ou
seja, o primeiro filho, tinha privilégios acima dos demais, recebia uma parte maior da herança do
pai e seria o novo patriarca da família, sendo responsável pelo cuidado da família, pelo culto a
Deus, sendo reconhecido como o sacerdote daquele grupo (Deuteronômio 21:17 e 1 Crônicas 5:1)

A herança era algo muito considerado também. Vivemos num país e numa época onde é difícil ouvir
se falar de alguém que recebeu uma herança, isso parece algo tão fora da nossa realidade que não
entendemos que houve uma época e um lugar onde se era dada muita importância a questão da
primogenitura e da herança.

Para o nosso contexto, podemos trazer o conceito da primogenitura e da herança como um selo de
Deus, a benção de Deus, a intimidade com ele. A palavra diz que Jesus é o primogênito dos mortos,
ou seja, foi o primeiro a ser ressuscitado, e que seremos co-herdeiros com ele. As bênçãos
conquistadas pelo primogênito, Jesus, nos alcançam devido a graça de Deus (Romanos 8:17) e nos
fazem herdeiros pela fé.

Vamos analisar a vida de três homens; dois deles desprezaram seus direitos de herança e um
entendeu a importância da sua herdade.

Esaú – Esaú era o filho mais velho de Isaque e Rebeca, caçador por natureza, um homem rude,
acostumado com as durezas da vida. Era um homem peludo e ruivo (Gênesis 25:25). Esaú, sendo o
filho mais velho, tinha direitos especiais, porém ele não compreendia as bênçãos que lhe estavam
destinadas, antes, desprezou-as em troca de um prato de comida, num momento de cansaço e fome:

E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo, e estava ele cansado;


E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por
isso se chamou Edom.
Então disse Jacó: Vende-me hoje a tua primogenitura.
E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura?
Então disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó.
E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim
desprezou Esaú a sua primogenitura. Gênesis 25:29-34

A bíblia diz que Esaú foi profano (Hebreus 12:16), ou seja, ele tomou a benção de Deus como algo
que não tinha valor, desprezou, não deu a mínima importância. É certo que junto com os privilégios,
haveriam responsabilidades, mas será que Esaú achou que as responsabilidades seriam mais
custosas que as bênçãos? De certo que ele não sabia que “a bênção do Senhor é que enriquece; e
não traz consigo dores”. (Provérbios 10:22). Deus nunca vai te dar algo que o faça mal.
Não podemos trocar nossa “primogenitura” por nenhum guisado de lentilhas! O diabo tentou Jesus
primeiramente pelo estomago! (Mateus 4:3) É interessante analisar que Eva foi atraída pela
aparência do fruto no paraíso (Gênesis 3:6)

Não troque:

Sua vida com Deus - 1 Coríntios 6:20


Seus dons - 1 Timóteo 4:14 e 2 Timóteo 1:6
Sua família - Salmos 127:3 e Provérbios 18:22

Por um prato cheio de pecados, que talvez até saciem momentaneamente sua fome, mas no final
irão produzir apenas a morte (Provérbios 14:12)
O filho pródigo – Jesus conta uma parábola, uma história de algo natural, humano, para expressar
verdades espirituais. Pródigo quer dizer gastão.

E disse: Um certo homem tinha dois filhos;


E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por
eles a fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali
desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer
necessidades.
E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a
apascentar porcos.
E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
Lucas 15:11-16

Você sabe como alguém pode receber uma herança? Apenas quando o detentor desse herança
morre! Quando o filho pródigo diz: dá-me a parte dos bens que me pertence, era como se ele
estivesse dizendo: Pai, meu desejo é que você estivesse morto!!!

O que ele queria era poder gozar a vida sem nenhuma responsabilidade, sem nenhuma prestação de
contas. Em nosso contexto, fazer parte de uma igreja é um exercício muito grande para o nosso
caráter, pois devemos a todo tempo vigiar nossas palavras e atitudes, entendendo que somos vistos
como referenciais, ainda mais no reino de Deus. Se eu tenho um pai, tenho que viver como filho
desse pai (Efésios 4:1)
Quantos crentes, por serem rebeldes e não aceitarem o confronto, tem preferido seguir um
cristianismo em carreira solo, sem nenhum vínculo com denominação alguma? Existem os que
foram feridos pelo sistema religioso (tratarei disso em outro post) mas a grande maioria dos que
conheço são rebeldes.

Interessante notar alguns fatos:

O filho pródigo, ao contrário de Esaú, sabia que tinha uma herança e desejava muito recebê-la. Com
certeza, ele errou ao querer fazer as coisas do seu modo, porém compreendia que tinhas direitos, ao
contrário do seu irmão mais velho que não entendia que tudo que era do pai era seu também: Lucas
15:29-31 – esses são os religiosos, que se contentam em seguir os “pode x não pode” que ensinam a
eles, que não se alegram por um pecador que se arrepende, antes, querem sustentar sua fidelidade a
Deus na força do seu braço, não compreendendo que a única diferença entre eles e o pródigo é que
o gastão saiu de casa... eles porém ficaram em casa, mas longe do pai.

Veja bem, quando o filho mais novo recebeu sua herança, a primeira coisa que fez foi ir para bem
longe do pai. Pensou que seus pecados seriam amenizados se o pai não os visse (como se
pudéssemos nos esconder dos olhos do Pai!). Quando finalmente ele perde tudo, se vê em desespero
desejando comer a forragem do chiqueiro, ou como diz em outras versões, a lavagem que os porcos
comiam, ele resolve voltar pra casa. Os porcos eram animais imundos conforme a lei de Moisés
ensinava: Deuteronômio 14:8 – para um judeu, desejar comer a lavagem de um porco era uma
analogia horrorosa! A pessoa tinha chegado realmente ao fundo do poço mesmo!!!

Quando o filho cai em si, resolve voltar para casa, implora perdão ao pai, mas o pai esteve o tempo
todo esperando por ele! Aleluia! Mesmo que você ande pelo mundo-cão, coma a lavagem dos
porcos, o pai ainda está te esperando! Arrependa-se, mude suas atitudes, abandone o pecado! Volte
para o pai!

Nabote – Houve um casal que governou em Samaria, a capital do reino do norte (Israel) que
provavelmente foi o casal mais iníquo que já pisou sobre a face da terra: Acabe e Jezabel! Acabe
significa palerma, bobalhão, sem opinião. E Jezabel acabou virando sinônimo de nome de um
demônio. Em apocalipse, Deus diz que ela é uma “mulher que se diz profetiza, ensina e engana os
meus servos, para que forniquem e comam dos sacrifícios da idolatria” (Apocalipse 2:20). Ou seja,
uma verdadeira víbora, enganadora, que se usa da fraqueza dos homens no poder para domina-los
como marionetes! Ela é aquela que traz o engano, com uma aparência de “santidade” introduzindo
novas práticas místicas no seio da igreja.
(detalhe: espiritualmente falando, Jezabel não é homem nem mulher, é um demônio e pode agir na
vida de ambos).

O rei Acabe queria uma vinha que ficava ao lado de seu palácio, porém essa vinha pertencia a
Nabote:

E sucedeu depois destas coisas que, Nabote, o jizreelita, tinha uma vinha em Jizreel junto ao palácio
de Acabe, rei de Samaria.
Então Acabe falou a Nabote, dizendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está
vizinha ao lado da minha casa; e te darei por ela outra vinha melhor: ou, se for do teu agrado, dar-
te-ei o seu valor em dinheiro.
Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais. 1 Reis
21:1-3

Veja, Nabote entendeu que aquele pedaço de terra era herança dos seus pais! E ele faz um
juramento: que o Senhor me guarde de que eu te dê a minha herança! Ah, quantos de nós estamos
dispostos a guardar com unhas e dentes aquilo que o Senhor nos deu? Quantos valorizamos um
simples pedaço de terra (como fez Samá em 2 Samuel 23:11) mas a diferença não estava na terra,
no lugar, estava na benção que Deus havia determinado: essa era a herança dele!!!

A exemplo de Esaú, quantos de nós se deixam levar pelo estomago e trocam sua vida com Deus
pelas iguarias do mundo, permitindo que nosso ventre (vontades) nos governem? Filipenses 3:19 e
Provérbios 30:15

Quantos como o filho pródigo pegam a graça de Deus e fazem dela libertinagem? Pensam que a
graça é um cartão de crédito para o pecado! Judas 1:4 e Tiago 1:15

Mas quantos de nós seremos como Nabote, conhecedores da herança do Senhor e lutaremos por
guarda-la (Apocalipse 3:11 e Atos 20:24)
mesmo que com a própria vida?

Esaú, o filho pródigo e Nabote: qual deles você será?

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