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Higiene, Saúde e
Segurança e
Meio Ambiente.
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Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Departamento Regional de Minas Gerais
Centro de Formação Profissional Orlando Chiarini
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© 2010. SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais
SENAI/MG
Centro de Formação Profissional Orlando Chiarini
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior
Ficha Catalográfica
CDU: 658.3
SENAI FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Av. do Contorno, 4456
Departamento Regional de Minas Gerais Bairro Funcionários
30110-916 – Belo Horizonte - Minas Gerais
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Sumário
SUMÁRIO ...........................................................................................................................................4
APRESENTAÇÃO ..............................................................................................................................5
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................6
3. ACIDENTE DE TRABALHO...........................................................................................................8
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Apresentação
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
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Higiene, Saúde e Segurança e
Meio Ambiente.
1. INTRODUÇÃO
Segurança do trabalho pode ser entendida como medidas técnicas,
administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, adotadas para minimizar
os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e para proteger a integridade e a
capacidade de trabalho do trabalhador.
2. A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO
TRABALHO
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Têm maior capacidade de fixação da mão-de-obra local;
Possuem tratamento jurídico diferenciado;
Não pertencem a grandes grupos econômicos e financeiros;
São resistentes à burocracia e ao cumprimento de normas ou regras;
São fortemente impactadas por acidentes, danos patrimoniais ou outros
tipos de prejuízos;
São flexíveis, ágeis e adaptam-se rapidamente às mudanças e exigências
do mercado;
São avaliadas no preço, qualidade e reputação de seus produtos e
serviços, e de forma ética pela proximidade com a comunidade;
Assumem ações e posições no mercado que as grandes empresas não
conseguem assumir;
A comunicação é direta e a dinâmica interna é mais informal;
O próprio dono é o responsável pela gestão de segurança no trabalho;
Existe estreita relação pessoal do proprietário com os empregados, clientes
e fornecedores;
Necessitam do envolvimento, cooperação e participação de todos para
identificar, eliminar ou neutralizar os riscos do local de trabalho;
Possuem maior facilidade de criar ou incorporar às suas especificidades
boas práticas para prevenção de acidentes e doenças; e
Podem ser influenciadas ou cobradas pela sociedade ou por empresas
maiores para adoção de práticas de prevenção de acidentes e doenças.
• Lei 6.514 De 22/12/77 Da CLT
Alterou o capítulo V da CLT que trata das Normas de Segurança e de Medicina
do Trabalho.
Nesta lei estão os artigos de 154 a 201, da CLT, que determinam os direitos e os
deveres tanto dos empregados quando do empregador.
Transcrevemos aqui os de N.º 157, 158 e 159, que serão nossos objetivos de
estudo:
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Art. 159
Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser delegadas a
outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou
orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes
deste capítulo.
3. ACIDENTE DE TRABALHO
Acidente de Trabalho
É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade do trabalho.
Conceito Prevencionista:
Doença Ocupacional
É a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada
atividade.
Exemplo
O trabalho com manipulação de areia, sem a devida proteção, pode levar ao
aparecimento de uma doença chamada silicose. A própria atividade laborativa
basta para comprovar a relação de causa e efeito entre o trabalho e a doença.
Doença do Trabalho
É a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o
trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
Exemplo
O trabalho num local com muito ruído e sem a proteção recomendada pode levar
ao aparecimento de uma surdez. Neste caso, necessita-se comprovar a relação
de causa e efeito entre o trabalho e a doença.
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As causas das doenças profissionais estão fundamentalmente ligadas às
exposições dos trabalhadores aos diversos agentes agressivos existentes nos
locais de trabalho, sem proteção e controle.
Meios de Contaminação
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para a redução ou perda da
sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica
para sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
conseqüência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência (excesso de confiança), de negligência (falta de atenção)
ou de imperícia (inabilitação) de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão, por exemplo, o louco; e
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos (quedas de raios)
ou decorrentes de força maior (enchentes);
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício
de sua atividade:
Exemplo
A AIDS adquirida por profissional de saúde ao manipular instrumento com sangue
ou outro produto derivado contaminado.
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IV - o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de
trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da
empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por
esta dentro de seus planos para melhorar capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado; e
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado;
PRINCIPAIS CONCEITOS
Acidente
É o evento não-programado nem planejado que resulta em lesão, doença ou
morte, dano ou outro tipo de perda.
Incidente
Perigo
É a fonte ou situação com potencial para provocar danos ao homem, à
propriedade ou ao meio ambiente, ou a combinação destes.
Risco
É a combinação da probabilidade de ocorrência e da gravidade de um
determinado evento perigoso.
Dano
É a conseqüência de um perigo, em termos de lesão, doença, prejuízo à
propriedade, meio ambiente ou uma combinação destes.
Saúde
É o equilibrado bem-estar físico, mental e social do ser humano.
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PIRÂMIDE BASEADA NA TEORIA DE FRANCK BIRD
Lesão Séria ou
Grave
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Lesões menores
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Classificação
Acidente pessoal
Acidente trajeto
Acidente material
Acidente material e pessoal
Incidente ou quase acidentes
Investigação
Todo acidente traz informações úteis para aqueles que se dedicam à sua
prevenção. A cuidadosa investigação de um acidente oferece elementos valiosos
para a análise que deve ser feita.
Conseqüência
Sob todos os aspectos em que possam ser analisados, os acidentes e doenças
decorrentes do trabalho apresentam fatores extremamente negativos para a
empresa, para o trabalhador acidentado e para a sociedade. Anualmente, as altas
taxas de acidentes e doenças registradas pelas estatísticas oficiais expõem os
elevados custos e prejuízos humanos,sociais e econômicos que custam muito
para o País, considerando apenas os dados do trabalho formal. O somatório das
perdas, muitas delas irreparáveis, é avaliado e determinado levando-se em
consideração os danos causados à integridade física e mental do trabalhador, os
prejuízos da empresa e os demais custos resultantes para a sociedade.
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As estatísticas da Previdência Social, que registram os acidentes e doenças
decorrentes do trabalho, revelam uma enorme quantidade de pessoas
prematuramente mortas ou incapacitadas para o trabalho. Os trabalhadores que
sobrevivem a esses infortúnios são também atingidos por danos
que se materializam em:
Sofrimento físico e mental;
Cirurgias e remédios;
Próteses e assistência médica;
Fisioterapia e assistência psicológica;
Dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção;
Diminuição do poder aquisitivo;
Desamparo à família;
Estigmatização do acidentado;
Desemprego;
Marginalização;
Depressão e traumas.
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Custos resultantes para a sociedade
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Estudos nacionais e internacionais informam que a maioria dos acidentes e
doenças decorrentes do trabalho ocorre, principalmente, por:
Ato Inseguro:
É a maneira pela qual o homem se expõe desnecessariamente aos riscos de
acidentes.
Exemplos:
• Trabalhando sem o E.P.I disponível;
• Tornando inoperantes os dispositivos de segurança;
• Lubrificando, ajustando ou limpando máquinas em movimento;
• Operando equipamentos sem autorização;
• Utilizando ferramentas, aparelhos ou máquinas de modo incorreto;
• Fazendo uso das mãos em vez de ferramentas;
• Trabalhando a velocidade perigosa (devagar, depressa), ou por métodos mais
rápidos, porém, perigosos;
• Distraindo, provocando, abusando ou brincando;
• Transportando, manuseando, arrumando ou empilhando material ou carga de
modo indevido;
• Levantando peso excessivo ou de modo incorreto;
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• Descendo ou subindo por lugares impróprios;
• Expondo-se ao risco de cair ou ser atingido;
• Correndo sem necessidade;
• Desobedecendo aos sinais ou avisos de segurança;
• Jogando ou abandonado objetos no piso;
• Arremessando material ou ferramentas de um local para outro sem as devidas
precauções;
• Subindo ou descendo de veículo em movimento;
• Fazendo-se transportar sobre cargas içadas por guindastes, ponte-rolante ou
equipamento similar;
• Arremessando ferramenta para colega.
Muitos outros podem ser citados, a que na sua totalidade, concorrem por 80% dos
acidentes que acontecem, e que são evitáveis, dependendo em grande parte das
atividades que a CIPA, Segurança e Chefias desenvolverem na área educativa e de
conscientização.
Condição Insegura
Condição insegura são falhas do ambiente de trabalho que comprometem a
integridade do trabalhador, sendo passíveis de neutralização ou correção.
As condições inseguras não devem existir em um ambiente de trabalho, pois
inevitavelmente em algum momento causará um acidente.
Deve-se, portanto, tomar todas as iniciativas cabíveis no que se refere a preservar
as boas condições de trabalho relativas às instalações.
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4. ANÁLISE PRELIMINAR DAS CONDIÇÕES DE
TRABALHO – ETAPAS
A análise preliminar das condições de trabalho permite a elaboração de
estratégias que vão subsidiar as etapas de implantação do programa de gestão
de saúde e segurança no trabalho, e é estabelecida com quatro indagações bem
simples:
O trabalhador está exposto à fonte de perigo?
O trabalhador está em contato com a fonte de perigo?
Qual o tempo e a freqüência do contato entre o trabalhador e a fonte de
perigo?
Qual a distância entre o trabalhador e a fonte de perigo?
Etapas
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A experiência mostra que um bom ambiente de trabalho contribui, sobremaneira,
para aumentar a produtividade, porque permite e facilita o planejamento da
produção, melhora a comunicação interna e as relações de trabalho, aumenta a
confiança e a auto-estima, alicerça o comprometimento de todos e a cooperação.
5- NORMAS REGULAMENTADORAS
Resumo das normas regulamentadoras
NR 1 - Disposições Gerais
NR 2 - Inspeção Prévia
NR 3 - Embargo ou Interdição
NR 8 – Edificações
Define os parâmetros para as edificações, observando-se a proteção contra a
chuva, insolação excessiva ou falta de insolação. Devem-se observar as
legislações pertinentes dos níveis federal, estadual e municipal.
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Trata das condições mínimas para garantir a segurança daqueles que trabalham
em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo projetos, operação,
reforma e ampliação, incluindo terceiros e usuários.
NR 12 - Máquinas e Equipamentos
Determina as instalações e áreas de trabalho; distâncias mínimas entre as
máquinas e os equipamentos; dispositivos de acionamento, partida e parada das
máquinas e equipamentos.
NR 14 – Fornos
Define os parâmetros para a instalação de fornos; cuidados com gases, chamas,
líquidos.
NR 17- Ergonomia
Estabelece os parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho
às características psicofisiológicas do homem.
NR 19 - Explosivos
NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
Define os parâmetros para o armazenamento de combustíveis e inflamáveis.
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Estabelece a proteção contra incêndio; saídas para retirada de pessoal em
serviço e/ou público; pessoal treinado e equipamentos. As empresas devem
observar também as normas do Corpo de Bombeiros sobre o assunto.
NR 26 - Sinalização de Segurança
Estabelece as cores na segurança do trabalho como forma de prevenção,
evitando a distração, a confusão e a fadiga do trabalhador, bem como cuidados
especiais quanto a produtos e locais perigosos.
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♦ Mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica) – Luzes em barricadas e
tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias – Botões
interruptores de circuitos elétricos de paradas de emergência.
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Púrpura: Deverá ser empregada para:
♦ Indicar riscos de radiações eletromagnéticas penetrantes e de radiações
nucleares – Portas de locais onde se manipulam ou armazenam materiais
radioativos – Locais de deposição de resíduos radioativos.
PLACAS DE SINALIZAÇÃO
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Os cartazes devem ser mantidos limpos e em bom estado de conservação, por
que, na maioria das empresas eles ficam empoeirados, desbotados ou
danificados, comprometendo a imagem da área e do Órgão de Segurança do
Trabalho.
7. INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
LIMITE
TOLERÁVEL
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Geral - envolve todos os setores da empresa com observação
detalhada dos vários problemas relativos à Segurança.
Parcial – quando é feita em alguns setores da empresa, certos
tipos de trabalho, alguns equipamentos ou determinadas
máquinas.
De rotina – traduz-se pela preocupação constante de todos os
trabalhadores, do pessoal de manutenção, do Designado e dos
TIPOS
setores de segurança.
DE
Periódica - são inspeções feitas em intervalos regulares e
INSPEÇÃO
programadas previamente visando apontar os riscos previstos.
Eventual - é a inspeção realizada sem dia ou período
estabelecido.
Oficial - é a inspeção realizada por órgãos governamentais do
trabalho ou securitários.
Especial - é a que requer conhecimento e/ou aparelhos
especializados.
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO
Exemplos
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Sistema de exaustão colocado em um ambiente de trabalho onde há
poluição.
Isolamento ou afastamento de máquina muito ruidosa.
Colocação de aterramento elétrico nas máquinas e equipamentos.
Proteção nas escadas através de corrimão, rodapé e pastilha
antiderrapante.
Instalação de avisos, alarmes e sensores nas máquinas, nos equipamentos
e elevadores.
Limpeza ou substituição de filtros e tubulações de ar-condicionado.
Instalação de pára-raios.
Iluminação adequada.
Colocação de plataforma de proteção em todo o perímetro da face externa
dos prédios nas obras de construção, demolição e reparos.
Isolamento de áreas internas ou externas com sinalização vertical e
horizontal.
Obrigações legais
Cabe ao empregador:
Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
Fornecer gratuitamente ao empregado somente EPI aprovado pelo
Ministério do Trabalho e Emprego através do Certificado de Aprovação -
CA;
Orientar o trabalhador sobre o seu uso;
Tornar obrigatório o uso;
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Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado; e
Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica.
Cabe ao empregado:
Tipos de EPI
PROTEÇÃO DE CABEÇA
A proteção da cabeça é necessária quando o trabalho é realizado em área de
risco, quando existe a possibilidade de queda de objetos ou quando o trabalho é
executado em local onde a cabeça pode entrar em contato com cabos elétricos
expostos.
Capacete
Projetado para proteger de impactos de objetivos ou perfurações na cabeça.
Alguns também protegem contra descargas elétricas e queimaduras.
Pode ser dividido em 3 partes:
- Casco = capacete na parte externa;
- Cintas = separam o casco da cabeça. Trata-se de uma armação plástica
localizada na parte interna, com a finalidade de absorver o impacto, ajustando o
capacete e o mantendo a aproximadamente quatro centímetros acima da cabeça.
- Jugular = utilizada para prender o capacete à cabeça.
Os capacetes devem ser inspecionados pelo usuário, com freqüência, para ajuste
correto das cintas internas, e devem ser substituídos a cada 2-3 anos
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Capuz
- protege as laterais e a nuca de poeiras e fagulhas, podendo proteger
também contra queimaduras.
PROTEÇÃO AUDITIVA
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PROTEÇÃO DE OLHOS E FACE
Protetor facial
Luvas de proteção
- protegem os dedos e as mãos do contato com substâncias tóxicas, de
ferimentos cortantes e perfurações, de calor e choques elétricos.
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- luvas de vinil, borracha, neoprene – usadas quando mãos expostas a
substâncias perigosas, cortes, queimaduras, etc.;
- luvas de raspa – utilizadas para o manuseio de materiais abrasivos;
- luvas reforçadas com partes metálicas – manuseio de objetos
pontiagudos (não deve ser utilizada quando em trabalho com corrente elétrica)
Deve-se atentar ao fato de que não são contra todos os produtos químicos que a
luva fornece proteção.
Mangas e Mangotes
- protegem os braços contra impactos cortantes e perfurantes,
queimaduras e choque térmico.
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PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Proteção do sistema respiratório contra gases, vapores , névoas , poeiras.
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Vantagens e Limitações
O uso correto do EPI pelos profissionais, o conhecimento de suas limitações e
vantagens, são aspectos que todos os que usam devem conhecer. Para tanto, um
treinamento prévio deve ser oferecido pela equipe de Segurança do Trabalho da
empresa. Esse treinamento deve voltar-se mais às questões comportamentais
dos profissionais, do que na forma de uso propriamente dita.
ORIGEM DA CIPA
Em 1921, a OIT - Organização Internacional do Trabalho, organizou uma
comissão para pesquisar a situação da segurança e da higiene do trabalho nas
indústrias a ela filiados. Como parte das conclusões dessa pesquisa, a comissão
propôs que fossem criados comitês de segurança do trabalho que teriam
atribuições voltadas à prevenção de acidentes nas indústrias. Tendo origem a
versão brasileira que é a nossa CIPA - Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes.
A OIT expediu instruções aos governos dos países membros para que legislassem
sobre a criação de comitês de segurança do trabalho, sugerindo que fossem
tornados obrigatórios em indústrias com vinte e cinco ou mais empregados.
Alguns países adotaram os comitês já nos anos vinte; outros só mais tarde.
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Das alterações ocorridas no texto original a mais importante foi introduzida pela lei
N.º 6.514 de 22/12/77, que assegurou a garantia provisória de emprego ao titular
da representação dos empregados na CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes).
A evolução institucional da CIPA foi um tanto sinuosa, em etapas
demarcadas por portarias do Ministério ou órgão que mudou de nome com muita
freqüência.
Com os altos e baixos, a CIPA tem demonstrado que pode ter grande
utilidade na prevenção de acidentes do trabalho, não tanto pela sua existência
institucional, mas interesse das empresas e pela dedicação de seus membros
junto aos empregados visando à segurança de todos.
A CIPA tem como objetivo observar e relatar condições de risco nos ambientes de
trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou
neutralizar os mesmos, discutir os acidentes ocorridos, encaminhando aos
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e
ao empregador o resultado da discussão, solicitando medidas que previnam
acidentes semelhantes e ainda orientar os demais trabalhadores quanto à
prevenção de acidentes.
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Todos os empregados deverão colaborar com a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes – CIPA, no seu trabalho de prevenção dos acidentes.
Os seus membros deverão, sempre que necessário, comunicar as situações de riscos de
acidentes, analisando alternativas para correção e propondo medidas cabíveis.
Compete ao empregador
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Promover a divulgação e zelar pela observância das normas de segurança
e medicina do trabalho ou de regulamentos e instrumentos de serviço,
emitidos pelo empregador;
Despertar o interesse de empregados pela prevenção de acidentes e de
doenças ocupacionais e estimulá-los permanentemente a adotar
comportamento preventivo durante o trabalho;
Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, a Semana Interna de
Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
Participar da campanha permanente de prevenção de acidentes promovida
pela empresa;
Registrar em livro próprio, as atas das reuniões da CIPA e enviar,
mensalmente, ao SESMT e ao empregador cópias das mesmas;
Investigar ou participar, com o SESMT, da investigação de causas,
circunstâncias e conseqüências dos acidentes e das doenças
ocupacionais, acompanhando a execução das medidas corretivas;
Realizar, quando houver denúncia de risco ou por iniciativa própria e
mediante prévio aviso ao empregador e ao SESMT, inspeção nas
dependências da empresa, dando conhecimento dos riscos encontrados ao
responsável pelo setor, ao SESMT e ao empregador;
Sugerir a realização de cursos, treinamentos e campanhas que julgar
necessários para melhorar o desempenho dos empregados quanto à
segurança e medicina do trabalho;
Preencher os anexos I e II e mantê-los arquivados, de maneira a permitir
acesso a qualquer momento, sendo de livre escolha o método de
arquivamento;
Enviar trimestralmente cópia do Anexo I ao empregador;
Convocar pessoas no âmbito da empresa, quando necessário, para tomada de
informações, depoimentos e dados ilustrativos e/ou esclarecedores, por ocasião da
investigação dos acidentes de trabalho.
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Saúde Ocupacional: ausência de doenças através de acesso à medicina
preventiva.
Os agentes que causam riscos à saúde dos trabalhadores e que costumam estar
presentes nos locais de trabalho são agrupados em cinco tipos:
♦ Agentes químicos;
♦ Agentes físicos;
♦ Agentes biológicos;
♦ Agentes ergonômicos;
♦ Riscos mecânicos.
Agentes Químicos
Riscos À Saúde
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♦ Efeitos irritantes - são causados, por exemplo, ácido clorídrico, ácido
sulfúrico, amônia, soda cáustica, cloro, que provocam irritação das vias áreas
superiores.
Agentes Físicos
♦ Ruído;
♦ Vibrações;
♦ Temperaturas externas;
♦ Iluminação;
♦ Radiações não ionizantes;
♦ Radiações ionizantes;
♦ Umidade;
♦ Pressões anormais.
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Riscos À Saúde
Agentes Biológicos
Agentes Ergonômicos
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♦ Trabalho físico pesado;
♦ Posturas incorretas;
♦ Repetitividade;
♦ Monotonia;
♦ Ritmo excessivo;
♦ Trabalho em turnos e trabalho noturno;
♦ Jornada prolongada;
♦ Treinamento inadequado ou inexistente.
Riscos À Saúde
Riscos Mecânicos
♦ Edificações;
♦ Arranjo físico;
♦ Sinalizações;
♦ Ligações elétricas;
♦ Máquinas e equipamentos sem proteção;
♦ Equipamentos de proteção contra incêndio;
♦ Ferramentas defeituosas ou inadequadas;
♦ EPI inadequado;
♦ Matéria-prima fora de especificação;
♦ Armazenamento e transporte de materiais.
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Riscos À Saúde
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Benefícios da adoção do Mapa de Riscos
Identificação prévia dos riscos existentes nos locais de trabalho aos quais
os Trabalhadores poderão estar expostos;
Conscientização quanto ao uso adequado das medidas e dos
equipamentos proteção coletiva e individual;
Redução de gastos com acidentes e doenças, medicação, indenização,
substituição de trabalhadores e danos patrimoniais;
Facilitação da gestão de saúde e segurança no trabalho com aumento da
segurança interna e externa; e
Melhoria do clima organizacional, maior produtividade, competitividade e
lucratividade.
Círculo Pequeno: risco pequeno por sua essência ou por ser risco médio já
protegido;
Círculo Médio: risco que gera relativo incômodo mas que pode ser
controlado;
Círculo Grande: risco que pode matar, mutilar, gerar doenças e que não
dispõe de mecanismo para redução, neutralização ou controle.
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- Medidas de higiene e conforto: banheiros, lavatórios, vestiários, armários,
bebedouro, refeitório, área de lazer.
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OBS: Outra forma de fazer o mapa de risco, é aproveitando uma planta da
empresa, onde serão colocados as rodelas de papel colorido, de acordo com as
cores dos agentes, nos setores da empresa.
Jornadas de trabalho
Eletricidade
prolongadas
EPI inadequado
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12. BIBLIOGRAFIA
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