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Continuador de uma tradição ibérica, a expressão poética que irá servir de matriz para a
literatura de cordel não se impôs na Amazônia da mesma forma como no Nordeste. No
que diz respeito à literatura popular em verso, os registros são poucos: trovas,
“romanzas”, chulas, lundus, modinhas fazem parte do repertório de que se utilizam os
locais. “A Lira das Selvas”, de Severino Bezerra de Albuquerque, livro muito difundido,
espécie de cartilha manual dos “cantadores e declamadores habituais”, aparece na
relação de livros existentes na Biblioteca Pública de Manaus no ano de 1887. (Monteiro,
1976, p. 34)
Considerando-se que somente nas últimas décadas do século XIX é que se consolida
uma literatura popular no Brasil e que, neste exato momento, está ocorrendo a
imigração nordestina para a Amazônia, achamos mais válido considerar que o cordel
chega com o imigrante.
Passa a ser tão grande o interesse pelo cordel que o crescimento da vendagem e da
produção é semelhante ao verificado, no mesmo período no Nordeste, guardadas as
devidas proporções. A atividade editorial, localizada na própria região, vai ser o suporte
necessário ao desenvolvimento da criação e difusão do cordel. Isso ocorre na segunda
década do nosso século com o aparecimento de uma editora especializada em
publicações ligadas à cultura popular.
Autor Externo
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