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SERIE DE
VOL. 3 •
N." 2 •
1974
REVISTA DA
LISBOA
Sala . .
EsI. _
Tab. _
N.O
CDU 59 (469-5) (05)
GARCIA DE ORTA
SÉRIE DE ZOOLOGIA
Vol. 3 •
N.o 2 •
1974
CORPO EDITORIAL
A. J. F. CASTEL-BRANCO
E. MARQUES
J. F. L. DO ROSARIO NUNES
(Restelo), Lisboa-3
Sala .
.
Tab ..
.
JLo �
Estudos de parasitologia em
Moçambique (1971)
J. A. CRUZ E SILVA
Investigador do Centro de Zoologia da Junta de Investigações .Cíentífícas do Ultramar
(Recebido em 20-XI-1973)
Mozambique, measures that should be adopted within the infected cattle areas are
proposed.
gia. Efectivamente, aquelas entidades, reconhe n'Os, a diminuir a percentagem de animais atin
cendo 'O interesse dos trabalhos de helmíntología gidos,
propostos para a província, informaram 'O Ex.mo Segundo Regina M. Ramos Alves (1970) (1),
Secretário Provincial de Terr81S e Povoamentos no total de 395 563 bovinos abatidos n'Os mata
de que, de acordo com a exposição do director douros Moçambique durante o período de
de
dû Centro de Zoologia, as despesas com a n'Ossa 1964-1968, 14741
fígados foram rejeitados por
deslocação poderiam 'ser suportadas pelos três fasciolose, 'O que représenta urna percentagem
'Organismos lnteressados, 'O que mereceu a con de 3,75,% no referido período.
cordância do Ex.mo Secretârío Provincial, por Não entrando em linha de conta com os pre
despacho de 15 de Fevereiro de 1971. juízos ca usados pela fasciolose representados
pelo atraso de desenvolvimento d'Os animais, visto
2 DO PLANO DE TRABALHOS serem dífíceís de interpretar, sem se dispor de
-
EXEOUÇÃO
animais testemunhos, e atribuindo a cada fîgado
Para realização dos estudos planíficados pu
rejeitado urn valor de 80$ a 100$ (2), concluí-se
demos contar com 'O espírito de boa colabora
que as perdas representadas apenas pelas rejei
ção do Dr. Armando Castelo Branco Gonçalves ções daquele órgão no período de 1964-1968 fo
(chefe da Divisão de Parasitologia dû Instítuto ram superiores a 1 000 000$.
de Investígação Veterinária), da Dr.a Regina lÉ evidente que este prejuízo é relativamente
Maria Ramos Alves (segunda-assistente esta
pouco ímportante no contexto económico de Mo
giária do I. I. V. M.), do Dr. J'Oã'O Alves de Sá
çambique. Sendo, porém, a fascíolose um pro
Branco dû Amaral e Paiva (director da Esta cesso parasítârío de distribuição limitada na
ção Zootêcníca da Chobela) dû Dr. Leonel da
,
província, portanto nitidamente regional, 'O pre
Rosa Cardígos (director do Posto Z'O'Otécnic'O da juízo total t'Orna-se significative para as explo
Angónia) e do Dr. Fernando Pinho Morgado rações pecuárias em que a doença evoluí de forma
(chefe da Repartição de Zooteenia da Direcção enzoótica, representando um prejuízo de 80$ a
d'Os Serviços de Veterinária).
100$ por cada bovino parasitado enviado para os
matadouros, além, evidentemente, das perdas
2.1 -
Estudo epizootológico da fasciolose dos causadas pelo menor desenvolvimento dos ani
bovinos na propriedade da Sociedade mais.
Pecuária de Mazeminhama possibili F'Oi face
e em ao exposto e ao facto de termos
dade da sua erradicação observado que as infestações por Fasciola: gigan
twa dos bovinos em Moçambique são em regra
A fasciolose d'Os bovinos é uma helmintose
moderadas que desde há anos temos vindo a
limitada a determinadas regiões de Moçambí
encorajar os criadores das áreas em que a fas
que, tais como os concelhos da Namaacha e da
cíolose existe no sentido de tomarem medidas
Angónia, nas quais atinge, porém, em algumas tendentes minorarem causados
índices de
a os prejuízos
explorações, morbilidade superiores
pela fascíolose 'Ou mesmo a erradicar totalmente
a 90 '% da totalidade d'Os animais.
a doença.
A fasciolose é causada por urn helminta de
Os 'Ovos do parasita atingem o intestino dos
localização hepática (Fasciola gigantioa, em M'O através das vias biliares, sendo eli
hospedeiros
çambíque), que, em consequência das acções minados fezes. N'O meio
com as exterior, após
expoliativa, traumática, tóxica, perturbadora dos a eclosão, os míracídeos para continuarem a sua
metabolismos, etc., é responsável por atrasos de
evolução terão de encontrar 'o hospedeiro in-
desenvolvimento dos animais em que evoluí, cau
os serem _
termediário (um molusco aquático do género Percorrida toda a propriedade para estudo
Lymnaea) no período máximo de vinte e quatro das condições de infestação dos animais, loca
horas, pois de outro modo sucumbem. lização dos críadouros de moluscos, possibilí
dade de vedação das margens dos rios "
das
Nohospedeiro intermediário a evolução das e
tantes. lÊ pela ingestão. destas formas, geral fasciolose, o qual é apresentado em anexo ao
tratamento dos bovinos não poderá conduzir ao suínos, a fim de colhermos elementos para a
contrôle da parasítose, realização do nosso estudo.
A Estação Zootécnica Central da Chobela
Nesses casos, o combate aos hospedeiros in
situa-se a cercade 150 km de Lourenço Mar
termediários deverá ser também encarado para
ques, junto à margem esquerda do rio Incomatí,
se colherem resultados válidos. Na ausência dos
transmissão da
no concelho de Magude, a 25° (Y de latitude sul
moluscos, a doença é impossível,
assim de moluscicidas deve
e a longitude este. A altitude é de 40 m.
32° 14' de
e a aplicação ser
criadouros viável.
Ocupa uma superfície de 3200 ha, aproxima
feita nos em que isso seja
damente, e os terrenos que a compõem são
Como medidas complementares devem ser
essencialmente de duas categorias: aluvião junto
vedadas as margens dos rios e das represas de do rio, fazendo parte do respectivo vale; os res
modo a impedir que os animais aproveitem as
tantes, também sedímentares, bastante argilo
pastagens altamente infestadas dessas margens, sos, ricos em cal e muito compactos e duros
construíndo-se bebedouros em todos os cercados. quando secos, são conhecidos localmente por ter
Como dissemos, foi solicitada a nossa cola ras de «mananga».
boração, através dos serviços Nos terrenos de «mananga», onde é apas
oficiais, para rea
que aí dominam são Themeâa triandra, Urochloa Assim, de acordo com as condições ecológi
pullulans, U. mossambicensis, Panicum maxi cas da Estação Zootécnica da Chobela, as espé
mum, Digitaria sp., Setaria sp., etc. cies parasitas dos bovinos O. pumctaia, O. pecti
O estrato arbóreo e arbustivo é constituído nata, O. radiatum e H. plaoeri estariam adapta
por Acacia subaflata, A. nigresoens, Oombretum das na região, facto confirmado por estudos
umberba, Sctero carua oajra, Zitphus mucronato, helmintológicos que desde 1966 vimos realizando
P s6udooadia zombe no Matadouro de Lourenço Marques com animais
Diorostaohst« glomerata,
eiaca, Ormocharpum trichooarpum, Azima te provenientes de todo o Sul do Save.
trachanta, etc. Reconhecendo, aliás, que a estrongilidose
As águas subterrâneas são salinas. Assim, o gastríntestínal dos ruminantes era processo noso
gado é abeberado em bebedouros com água pro lógico de elevada incidência na região, o direc
veninte do rio Incomati. tor da Estação Zootécnica da Chobela desde há
A temperatura média anual é de 23,40°C, a
anos que vem submetendo os animais a trata
humidade relativa 71,0,% de mentos anti-helmínticos reguiJ..ares, cujos resul
e a queda pluvial
tados são bem evidenciados pelo facto de tanto
648,7mm (4).
As
os bovinos ovinos da Estação revela
como os
espécies responsáveis pela estrongilidose
rem desenvolvimento e estado sanitário que po
gastrintestínal dos ruminantes, a mais grave
demos consíderar de muito bom.
helmintose dos animais domésticos existente em
Ficámos, na verdade, agradavelmente sur
Moçambique, do ponto de vista económico, são
nesta província as seguintes: Haemonchus placei, preendidos com o que tivemos oportunidade de
H. contortus, Cooperia punotata, C. peotinata, apreciar na Estação da Chobela. Na sua notá
vel acção, como director da Estação, com lar
Trichostrongylus aœei, T. colubriformis, Oeso
gos reflexos na produção animai da província
phagostomum radiatum; O. oolumbianum, Bu
de Moçambique, o Dr. Amaral e Paiva tem de
nostomum triçonooepiuüum, B. phlebotomum e
monstrado que os aspectos de natureza helmin
Galygeria pachyscelis.
tológica não podem ser dissociados de todo um
Estudos epizootológicos e ecológicos realiza
contexto em que devem ser incluídas medidas
dos na Ãfrica do Sul numa área semiárida em
de melhoramento zootécníco, de nutrição e sani
que as pectinata, O. punctata, H. pla
espécies C.
tárias obter resultados efec
O. radiatum B. phleboiomum. eram pre va
se se pretenderem
cei, e
tivamente válidos.
lentes nos bovinos, o que se verifica igualmente
em Moçambique, demonstraram que:
Entre as várias manadas e raças de bovinos
que tivemos oportunidade de observar, agra
dou-nos sobremaneira manada da raça afri
a
1) As formas livres das especies do gé
bem cânder, que, só por si, é testemunho das poten
nero Cooperia se adaptam a
cialidades de Moçambique no campo da produção
condições extremas de 'calor, frio e
porém, ser controlada com um programa de tra animais ter sido esvaziado por lapso antes da
tamentos regulares associados a medidas profi nossa chegada ao Matadouro.
Pelo uso dos anti-helmínticos altamente efi baseado necropsias de bovinos e de animais
em
cientes utilizados hoje contra Ascaris de outras espécies que não foi possível enviar
a espécie
suum, é possível evitar que as fêmeas adultas para o Matadouro durante a nossa permanência
dos parasitas se desenvolvam até atingir a ma em Moçambique, aguardamos nova deslocação
turidade sexual, e, assim, a infestação do local àquela província para completarmos o inquérito.
de criação pelos ovos não se verificará. No en
que os ovos infestantes sejam cobertos por es morte, mas, sobretudo, pela insuficiência de de
pessa camada de terra. Os suínos poderão então senvolvimento e produção dos animais. Os bovi
voltar a esse local, seguindo-se o esquema de nos jovens, princípalmente, 'eram atingidos' coro
tratamentos indicado para o caso das instala gravidade pela estrongilidose gastrintestinal (es
ções de cimento. tampa [, figs. 1 e 2), doença que, mesmo na
Todos os animais a introduzir
exploração na hipótese de não ser mortal, deixava esses ani
serão submetidos mais em estado de não poderem vir a tornar-se
prévia quarentena, durante
a
para
do efectivo bovino do Posto Zootécnico
algumas e con
siderações sobre a bovínícultura na Ang6Irla». VII JO'1" (7) Cruz e Shlva, J. A. & Castelo Branco, A.
nada.s Médico-Veterilnárias, Lourenço Marques, 1971, 10 p. «A estrongilidose gastríntestínal dos ruminantes em Mo
(6) Cruz e Silva, J. A. & Castelo Branco, A.-«Inqué_ çambique -
Resultados de um ensaio para combate à
rito helmintológico no Posto Zootécnico da Angónía», helmíntose no núcleo bovíno do Posto Zootécnico da An_·
Vet. Moçamb., 3 (1), 1970, 17-29. g6nia». Vet. Moçœmb., 5 (2), 197.2, 6g-75.
curso daqueles ensaios, uma acção residual que nos, que será publicado oportunamente.
se prolongou por cinco a oito meses. Ovinos e
animais testemunhos conviventes nos mesmos grave problema das helmintoses, incluímos pa
mantiveram altas contagens du lestras e lições sobre parasitología no programa
pastos se com
Represa no 13-B �
Temporária.
Represa no 14-B -
Cortada pelo
ANEXO
ClaJude.
Bebedouros da sede da exploração,
PLANIFICAÇÃO DA LUTA CONTRA A FAS
CIOLOSE NA SOCIEDADE PECUÁRIA
nas deslocações semanais aos ba
nhos carracicidas e na altura das
DO MAZEMINHAMA
vacinações e de medidas de ma
neio.
(Em. colaboração com os Drs. Armando Castelo
Outros Iocaís quando os touros do 15
Branco Gonçalves e Fernando Pinho Morgado)
vão para a cobrição das manadas.
Manadas existentes:
Reprodutores da casa.
Reprodutores da venda.
determinada de acordo com o apareci
mento de de 6 Locais onde foram encontrados espécimes
novos espécimes Lymnaea
-
2 -
Enquanto não for possível efectuar este tra tados directamente do furo.
balho, manter sempre as mesmas mana
Não foram encontrados pela
das nas zonas provavelmente infestadas
Dr.a Regina Ramos Alves espéci
e tratá-las períodíeamente. de
mes Lymnaea natalensis infec
Quando houver necessidade de trans
tados.
ferência, efectuar o tratamento contra
a fasciolose dos animais a transferir 7 -
períodícidade necessária.
MEDIDAS A EXCUTAR POR ZONAS 3 -
Evitar que os bovinos consumam
o 4 -
Tratamento das manadas 14, 15
Furo n. 1, na estrada de entrada da
e 16.
exploração.
5 -
Tratamento dos animais que tran
2 -
ZONA IT 2 -
1 -
3 -
Cercados com bebedouros previstos: 5 -
Isolamento da represa do 18-D,
represa do Javali e baixa do-
2-B, 18-D. 4-A, com arame farpado.
6 -
5 -
Manadas existentes:
1 -
Abastecimento de água:
1- Vacas em reprodução.
2 Vacas Bombagem do fundão da sede, no rio
-
em reprodução
3 -
Vacas em reprodução. Mazeminhama.
8 -
Vacas em reprodução.
10 -
Vacas para matadouro. 2 -
Cercados servidos:
5 -
Novilhas em reprodução.
10, ll-A, n-e, selecção A, selecção B.
19 -
Novilhas mais velhas.
de LymrYlxrea mtalern8:is:
ll-C, 19-A, 19-B e 19-C.
Nos bebedouros e depósitos servidos
por esta estação de
bombagem, 4 -
Manadas existentes:
infectados. Não se encontraram
7 -
touros holandeses.
7 -
Medidas a tornar na zona TI:
11 -
Bois em engorda.
1 -
Lavagem dos depósitos e bebe- 11-A -
Selecção -
Diversas -
Temporariamente quando
vêm ao banho, às vacinações e a
4 Outros de abeberamento:
-
pontos
medidas de maneio.
Desmame -:- Crias separadas das mães Represa no 8-A, cortada.
aos 7-8 meses, vindas das mana Represa no 8-B.
das de reprodução. Represas no Scutuane, nos cercados
7-B, 12-A, 12-B, 12-C, cortadas
pelo GlaudJe.
6 -
Manadas existentes:
sito (infectados).
12 -
Vitelos desmamados.
7 -
Lym:yw,ea; nataiensi«:
ção é no rio Mazeminhama.
3 -
Vedação do lado da propriedade No rio Mazeminhama no cercado 8-B
contraram moluscos,
H-A, Hospital, Maternidade.
5 -
1 -
Abastecimento ge água: cercados confinantes com o
rio Mazeminhama -
Selec
Bombagem do fundão do rio Mazemi ção A, no cercado da selecção
nhama, junto aos cercados 6-A e e 8-B.
17-A. 4 -
Tratar os animais transferidos
Fundões. no rio Mazeminhama.
para outras manadas e perio
Fundões dû rio Scutuane. dicamente os de selecção.
5 -
Construir os bebedouros no 6-A 5 -
Manadas existentes:
e 17-A, vedando o lado do rio
Mazeminhama nestes cerca 4 -
Vacas reprodução.
em
6 -
Vedar os lados do rio Mazemi 7 -
espécimes
Lymnaea natalensiJ8:
1 -
Abastecimento de água:
No estado actual dos fundões não
Represa do Mucumbuza no cercado
se consídera com condições para
18.0. de
a existência de espécimes
Represas cortadas, com fundões, nos
nataletn8Í8.
Lqrmmaea
cercados 17�C, 18-A e 18-C.
7 -
Medidas a tornar na zona v:
2 -
Cercados servidos:
3 -
2 -
Tratamentos das manadas 6, 7
Por ora, nenhum.
e 8.
3 -
BIBLIOGRAFIA
Por conveniência da paginação as citações bíblíogrâfícas incluídas no texto são referenciadas em notas
infrapaginais.
PLANTA TOPOGRAFICA
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DEPOSITO •
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DEPOSITO-BEBEDOURO-- 1m
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BE B E D O U R O S
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LOCAIS
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INFECTADAS.------__ ,+
LOCAIS PESQUISADOS
PELA DR.i REGINA.------
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OBRAS A CONSTRUIR
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Fig. 2 -
e meses
J. A. CRUZ E SILVA
Investigador do Centro de Zoologia. da. Junta. de Jnvestígacões Científicas do Uttramae
(Recebido em 2O-XI-1973)
discussed, being suggested the utilization of the game animals killed in the
touristic Game Parks of Mozambique for scíentíríc purposes.
há anos na realização de trabalhos de parasito empenho que nos anima de contribuir para a
logia animal nos territórios ultramarinos. resolução do problema representado pelas doen
A orientação do Centro de Zoologia neste ças parasitárias no ultramar, têm-nos encora
domínio é o reflexo da importância das questões jado no sentido de urna mais ampla colaboração
de com as autoridades veterinárias de Moçambique.
parasitología no contexto económico, sanitá
rio e social de todo o ultramar e, sobretudo, das A notável obra de fomento pecuário realizada
No âmbito da colaboração estabelecida entre projecção para aqueles Serviços, como nos foi
dado verificar aquando da missão a que se refere
o Centro de Zoologia, a Direcção Provincial dos
o presente relatório, bem merece, aliás, que não
Serviços de Veterinária e o Instituto de Inves
sejam negados esforços na colaboração a pres
tigação Veterinária de Moçambique, temo-nos
tar por todos domínio da inves
aqueles que, no
deslocado anualmente a este Estado, com o
tigação aplicada, de
algum modo possam estar
objectivo de estudar algumas das
parasitoses de
ligados ao desenvolvimento das potencíalídades
maior incidência na sua economia pecuária e, de Moçambique no campo da produção animal.
ulteriormente, propor as medidas que se nos afi
guram mais efectivas para o seu combate e N o prosseguimento dos trabalhos que, em
prevenção. colaboração com a Direcção Provincial dos Ser-
G<wcia de orta, sër. Zool., Lisboa, 3 (2), 1974, 15-30 15
CRuz E SILVA, J. A. -E8tudo8 de pOlras'itoZogiJa em Moçambique (1972)
lizados nos anos anteriores, foi proposto pelo mesmo que nos anos
1 -
Continuação do inquérito helminto que nos concederam e sem as quais não seria
lógico na Estação Zootêcníca da possível levarmos a bom termo a execução dos
)
-helmíntícos nas condições de Mo nosso reconhecimento aos Drs. Fernando Pinho
à fasciolose dos bovinos noutras Maria Ramos Alves (da Divisão de Parasitolo
áreas de enzootia; gia do Instituto de Investígação Veterinária),
5 -
«Panorama noso-parasítoló
evitando a despesa correspondente a uma pas
gico veterinârio de Moçambique». An. In.srt. Meld. Trop., 11
sagem por via aérea Lisboa-Luanda e volta.
(3-4), 1954, 605-634.
Em resultado do atraso verificado na exe E. F.
(2) ABREU, F., VALADAû, G., COSTA, M.
cução da campanha zoológica S. Tomé, que foia P. R. & SERRA, J. J. B. L. �
«Nosologia animal de Mo
adiada para o mês de Novembro do ano corrente, çambique. Contribuição para o seu conhecimento». An.
Sm'V. Vet. Moçamb., 6, 1960, 135-168.
o nosso regresso a Lisboa verificou-se directa
(3) ALvms, R. M. R. -
Subsídiio para, o Co-nheci
mente no21, visto que, como dissemos
dia
m6'nlto da Faeoiolose Bovinos de
Hepática. âo« Moçambi
havíamos, entretanto, estabelecido o final da mis ([WB (relatório de estâgio), Fac. de Vet., Univ. de Lou
evolutivas do
hospedeiro intermediário, con
e A importância da fasciolose
conjuntura na
sidera Fasciola gigantica a única espécie respon económica dos países que existe com elevada
em
sável pela fascíolose em Moçambique. A mesma incidência justifica, aliás, que esta doença seja
autora menciona que a parasitose se encontra motivo de preocupação das entidades responsá
difundida por todo o Esta:do, com excepção dos veis pelo desenvolvimento da pecuária de Mo
distritos da Zambézia e de Cabo Delgado. çambique.
Como tivemos oportunidade de referir em Efectivamente, tal processo patológico pode
1971, num trabalho sobre parasi os helmintas afectar gravemente os animais parasitados e
tas dos vertebrados
Moçambique (4), não de determinar severas perdas económicas que resul
concordamos com as opiniões emitidas por Fer tam da elevada morbilidade que atinge geral
reira de Abreu et al. e Regina Ramos Alves mente quase totalidade dos efectivos ovinos e
a
sobre a distribuição da fasciolose em Moçam bovinos das explorações em que a doença evolui.
No que respeita à mortalidade, ela verifica-se,
bique, visto que se baseiam apenas em registos
de matadouros. De reste,a percentagem média sobretudo, nos ovinos. A sua importância é
variável coin a fase da doença, a espécie res
geral da infestação des bovinos abatidos em
ponsável e, na forma crónica, com a fase de
Moçambique (3,75 % no quinquénio de 1964 a
evolução. Nas regiões em que o agente respon
1968, segundo Regina Ramos Alves) não é de
modo que se possa admitir a hipótese de que a sável é F. gigamtica (como em Moçambique) os
helmintose esteja espalhada por todo o Estado, casos crónicos da doença são relatívamente raros
sabida a sua larga morbilidade, que chega a nos ovinos, visto que grande parte dos animais
de quase 100 % atingidos morrem na fase aguda de parasitose,
atingir índices nas explorações
isto é, antes de as fasciolas adultas atingirem
em
que evolui.
os canais biliares.
Temos 'conhecimento, porém, de que a fascío
Embora nos bovinos a doença seja clinica
lose está actualmente em expansão em Moçam
mente menos marcada do que nos ovinos, o seu
bique, facto 'que é explicado por razões ligadas
prognóstico económico é mesmo assim sempre
a algumas medidas de fomento pecuário toma
grave em razão dos seguintes factores:
das recentemente no Estado. Com efeito, a rea
Contribuição o Estudo
relação a alguns deles:
para
ãoe Helmintes Parrasti;fuJs ôoe Ve7'tebrados de Moçambi Diminuição do crescimento ponderal e do ren
que, Memórias da Junta Inv. Ultr., 61, 1971. dimento em carne: 3% a 5,%, 'segundo Olsen,
(5) AZEVEDO, J. F., CARMO, L., MEDEIROS, M.,
FARO, M. M. C., XAVIER, M. L., GANDARA, A. F. &
MORAIS, T. -
Mo'lus�os de Água Doce do Ultramar Por ('6) EuzmBY, J. -
na Itália, observou que, após o tratamento, os rido (Cruz e Silva, 1971) (7).
bovinos evidenciavam ao fim de três meses ga Relativamente aos prejuízos representados
nhos de peso superiores a 17
relação aos kg em
pela reprovação de carcaças hécticas ou caquée
animais não tratados; nas mesmas condições, tícas, não temos conhecimento de terem sido
Boch et al. (1970) obtiveram ganhos de peso de calculados quer para os casos de fasciolose bo
27,5 kg por animal. Sazanov (1961) verificou que vina, quer para os de fasciolose ovina.
o crescimento ponderal varia na razão inversa Assim, as perdas totais ca usadas pela fas
do número de metacercârías ministradas a vite ciolose dos ruminantes são muito imprecisas,
los submetidos infestação experimental.
a
variando, no entanto, de país para país, con
Segundo o autor, as perdas anuais
mesmo soante as condições epizootológicas que condi
por diminuição do crescimento ponderal e do cionam a sua existência. No entanto, segundo
rendimento em carne nos ovinos e bovinos são Euzéby, aqueles prejuízos foram calculados em
calculadas em 16 milhões de florins na Holanda cada ano, aproximadamente, em: mais de 250
e 180 milhões de marcos na Alemanha Federal. milhões de marcos na Alemanha Federal; 200
A
diminuição da
produção de leite em con milhões de florins na Holanda; 10 milhões de
sequência da fasciolose bovina é, segundo os Iibras esterlinas na República da Irlanda;
seguintes autores, citados por Euzéby (1971), da 3200000 dólares para a exploração ovina e 4 mi
ordem de: 1 litro por dia (Leinatí, 1961): 6 % lhões de dólares para a exploração bovina nos
a 8 '% (Ross, 1970); 11 % a 13 % (Gordon); Estados Unidos; 625 francos por cabeça de gado
16 % (Wetzel); 20 '% a 40 % (Ershov, 1962). bovino no conjunto da França. Gordon, citado
Segundo este último autor, na Rússia a diminui por Euzéby, calcula que os prejuízos causados
ção da secreção láctea das vacas atingidas pela na rendibilidade das explorações pecuárias aus
fasciolose constitui o factor de p.erdas indirec tralíanas atingem 20 '0/0 desta rendibilidade no
em mais de 100 milhões de florins por ano. melhoria qualitativa quantitativa e produ dos
Os
prejuízos representados pela reprovação tos de origem animal exige, com efeito, que se
de fígados lesionados são mais precisos. Assim, caminhe para a dupla finalidade de se impedir
a expansão da fasciolose em Moçambique e de
por exemplo, na Grã-Bretanha, Peters & Claphan
(1942) (citados por Euzéby) calcularam em mais se erradicar a doença ou, pelo menos, de se mini
ovinos; Fuhriman (1961) (idem) considera um Foi com este objectivo que nos deslocámos às
prejuízo de 5 milhões de francos suíços por ano zonas mais atingidas pela parasitose, a fim de
somente nos matadouros de Berna, Basileia e que, com as observações in loco, pudéssemos
estabelecer as normas a indicar para o combate
Olten; em França, Gielfrich (idem) calcula em
6 milhões de francos a incidência dos prejuízos à parasítose, Devemos, aliás, aqui referir que a
anuais por reprovação fígados, de unicamente
nos departamentos do Oeste. (7) SILVA, J. A. C. -
Estudos de Parasitologia em
Em Moçambique, onde a fasciolose bovina
Moçambique (1971)>>. Gwrcia. die Orta, Sér. zoot; 3 (2),
não tem a gravidade que se verifica noutros 1-14.
porta disposições de grande alcance em relação tural (identificado como criadouro n.s 9) e no
registados casos esporádicos da doença (Chi Os caracteres morfológicos e biológicos das cer
banza), o que, com as anteriores visitas à An cárias encontradas nos espécimes de Lymnaea
gónia, nos permitiu colher elementos de grande natalensis correspondiam, porém, aos das
não
objectívidade para o nosso estudo. cercárias de Fasciola gigantioa, e assim, de'
Acompanhou-nos nas prospecções realizadas acordo com estas observações, os casos de fas
a
nas duas primeiras explorações a Dr. Regina ciolose registados como proveníentes do Chi
Maria Ramos Alves, cujo trabalho já realizado banza devem corresponder, em boa verdade, a
no âmbito do estudo da fasciolose em Moçam animais originários de uma outra propriedade,
bique muito honram o Instituto de Inv:estigação pertencente à mesma exploração pecuária.
Veterinária do Estado de Moçambique e a Fa Os próprios proprietários da exploração e o
culdade de Veterinária de Lourenço Marques, Dr. Leonel Rosa Cardigos tiveram, aliás, opor
onde se licenciou. tunidade de nos referir que, efectivamente, a fas
Na propriedade da Sociedade Pecuária de ciolose apenas tem sidodiagnosticada em animais
Mazeminhama está em curso um plano de luta dessa outra propriedade, o que v:em, portanto,
contra doença, apresentado em anexo no
a confirmar a hipótese formulada. Como, porém,
nosso relatório de 1971, em colaboração com os no Chibanza existe o molusco liymrnaea nata
Drs. Armando Castelo Branco Gonçalves e Fer lensis em elevada densidade, a parasitose poderá
nando Pinho Morgado. A execução deste plano vir a atingir larga expressão nesta propriedade
foi prejudicada por dificuldades surgidas no mer se aí forem introduzidos animais parasitados e
Mário Vara permitem-nos reconhecer que a fas de $50 por quilograma de carcaça, o que equi
cíolose está 'agora francamente disseminada nas vale a cerca de 25$ por quilograma do fígado
explorações bovinas da região e que em 1966 ela reprovado (9).
já devia aí existir verdadeiramente. As prospecções na região de VHa Pecy foram
A introdução doença no Chimoio parece
da efectuadas no dia 4 de Setembro, tendo-nos acom
ser, porém, relativamenterecente, pois em 1962 panhado o Dr. Mário Vara, chefe da Repartição
(ano a que remontam os primeira casos de fas Distrital de Veterinária.
cíolose bovina inscritos nos arquivos da Repar Tanto na Quinta das Laranjeiras (curral
tição Distrital de Veterinária de Vila Pery) n,> 32) como na SOALPO (curral n.s 37), onde
somente foram registados 77 casos da parasítose são exploradas, respectívamenre, cerca de 400
nos provenientes das explora
animais abatidos cabeças de raça J errsey e cerca de 200 de raça
ções pecuárias da região. Em 1963 foram men holandesa, pereentagens de infestação por
as
cionados 147 casos, para, a partir desse ano, o F. gigarntica são muito elevadas, segundo nos
número de animais com fascíolose abatidos en informaram o colega Vara e os encarregados
trar regressão até 1967 (8), época em que a
em das explorações. Em ambas as propriedades tive
incidência da doença voltou a uma fase nitida mos oportunidade de encontrar criadouros de
mente ascendente, com um máximo de 198 casos· Lymnaea 'YWitalensÏ8, junto às represas, mas, ao
registados: em 1969 (quadro I). contrário do que se verifica nas propriedades
De qualquer modo, seja qual for a data da do Sul do Save, não observámos moluscos nos
introdução da doença na região e a sua origem, bebedouros artificiais. Não temos ainda ideias
ínteressa agora essencialmente combater a fas defínitívas sobre o assunto, mas é possível que
ciolose nas explorações em que já existe e evitar esse facto esteja relacionado com o maior ou
que se estabeleça nas restantes. menor número de aves que frequentam os bebe
Os criadores estão, aliás, motivados em rela douros artificiais e com a maior ou menor den
ção ao combate à fasciolose, como tivemos oca sidade dos moluscos nos criadouros naturais (10).
sião de comprovar no decurso da Exposição Pe Quanto à região de Manica, as suas condi
cuária do Chimoio, aquando da apresentação de ções geográficas, hidrográficas e climáticas, com
um filme sobre o assunto. a existência de
numerosas linhas de água que
A este interesse manifestado pelos criadores descem das elevações, são muito favoráveis à
não são alheias também as disposições legais evolução da fasciolose, Por outro lado, a sua
sobre a comercialização do gado bovino e das proximidade da região de Untali, onde a fas
suas carnes. Com efeito, o aviso conjunto das ciolose por F. gigantica atinge índices médios de
Direcções Provinciais dos Serviços de Economía 30 % (ll), com os inevitáveis movimentos de
e de Veterinária, publicado no Boletim Oficial, gados, tornam crível a hipótese de que o para
n.s 4, 3.a série, de 9 de Janeiro de 1971, esta sita se tenha aí estabelecido há mais tempo.
belece, no n,> 4.6, que o valor das miudezas a As prospecções levadas a cabo, em 5 de Se
pagar ao apresentante corresponde a 1$ por qui tembro, na propriedade Mina André, da Socie
lograma de carcaça, sendo de considerar a des dade Pecuária do Revuè, onde não exploradas
valorização de 1$ por quilograma no caso de cerca de 275 cabeças, com índices de fasciolose
rejeição total das miudezas ou de $50 por qui de 100,% (informação do Dr. Mário Vara), per
lograma no caso da rejeição do fígado ou das mitiram-nos localizar criadouros de Innnncæa no»
restantes miudezas juntas. talensis, com elevadíssima densidade de moluscos,
Como um dos motivos mais fréquentes de
rejeição dos fígados de bovinos é a fasciolose, (9) o peso do fígado em relação ao peso da carcaça
reconhece-se assim que nos casos de reprovação é calculado 'em 2,01 %. Assim, num bovino com 200 kg
mulada de que a fasciolose aí não existia verdadeira todes from mammals o Central Africa». Rev. Biol.; 3
mente. (2-4), 1962, 149-170.
(estampa I, fig. 1, estampa II, fig. 1, estampa m, colecções de água permanentes, vegetação com
figs. 1 e 2, e estampa IV, fig. 1). abundante, transparentes e com ligeira corrente.
A localização dos criadouros de Lymnaea Em certos pontos encontrámos também moluscos
natalensi« correspondía ao que está geralmente em linhas de água quase paradas, provenientes
descrito na bibliografia acerca da ecologia des- de águas de infiltração, mas em que eram asse-
QUADRO I
Nomes
1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 Soma
(a)
---1----
---
--------------- --- -- --------------- ------
6 1 7
João Baptista Afonso .
1 4 5
Albino Ferreira ..
2 10 13 32 30 36 19 24 166
Joaquim Víegas ..
3 3
Almerindo Fonseca do Carmo .
12 9 21
Abel Loureiro .. " " ..
6 6
Bernardino Pina .
1 1
Francísco Fiel ..
3 3
José Matias Júnior ..
2 2
José Almeida Ferreira (Manica) .
3 3
Francisco Torres .
2 6 8
António José Nunes .
2 2
Quinta das Laranjeiras .
26 18 44
Pedro Colette Gaspar ..
5 5
José Antunes .
2 2
guradas limpidez e oxigenação conveníentes, por dos criadouros naturais e os vegetais flutuantes
renovação satisfatória. Essas linhas de água dos bebedouros artificiais (críadouros artificiais)
situavam-se, em certos casos, junto a caminhos ficam saturados de metacercárias. O uso inin
percorridos pelos bovinos quando são conduzidos terrupto destas pastagens ou destes bebedouros
aos tanques carracídas (estampa [V, fig. 1). determina a manutenção permanente da infes
Nas linhas de água com corrente mais forte tação dos bovinos e do meio ambiente e vice
não encontrámos criadouros de Lymnaea nata -versa.
lensis. Efectivamnte e tal como é também refe A terapêutica precoce constituí a chave da
rido na bibliografia, as linhas de água com forte profilaxia contra a fasciolose, embora não cons
corrente não constituem kabi;tat favorável para titua a única medida a pôr em execução. Ê pre
os (estampa rv, fig. 2).
moluscos ciso lutar igualmente contra os moluscos hospe
Do conjunto das observações realizadas em deiros intermediários, sendo esta indicação tanto
Moçambique e dos elementos informativos que mais importante quanto é certo que as formas
nos foram fornecidos podemos formular a con evolutivas das fasciolas se multiplicam activa
clusão de que a fasciolose existe actualmente mente nas limneias.
na região ao sul do
Save, principalmente no. A luta contra os hospedeiros intermediários
distrito de Lourenço Marques (Namaacha, Ma é mais fácil no caso da fasciolose por F. gigan
gude), no distrito de Vila Pery (concelhos do tica do que no da fasciolose por F. hepatica, em
Chimoio e de Manica), no concelho da Angó face da condição exclusivamente aquática de
nia e na região de Vila Cabral (12). Lymnaea natalensis.
A fasciolose está distribuída, pois, em Mo Assim, a sua destruição basear-se-á na mo
çambique em zonas em que existiam ou foram dificação dos biótopos, de modo a tornar a vida
criadas as condições adequadas para o desen impossível aos moluscos, e na sua destruição
volvimento dos moluscos hospedeiros interme activa.
diários de F. gigantica, assim como para a sua Evidentemente que as recomendações relati
vas às medidas de luta contra a fasciolose devem
infestação permanente.
Esta última condição está, como é óbvio, ser baseadas num estudo de ordem económica,
dos factores
criação à ani tendo em conta
diagnóstico
o exacto da doença
dependente ligados
mal, sobretudo dos bovinos, e da introdução e as condições topográficas e climáticas 'locais.
do parasita ou da sua existência prévia na A eficácia da luta contra a fasciolose bovina
ficiais;
(12) Informações pessoais dos Drs. Armando CaB 3 -
ção com o Dr. Armando Castelo Branco Gonçalves.) dos criadouros de moluscos, evi-
Observação periódica dos animais, de rificado, sobretudo nos ovinos, como atrás refe
modo a poder ser combatido pre rimos.
cocemente um eventual surto de O fígado, nestas circunstâncias, apresenta-se
fasciolose.
congestionado, friável e semeado de focos hemor
rágicos e de trajectos sinuosos convergindo para
Os resultados negativos da luta
positivos ou os canais biliares. Estes focos têm uma cor va
par das medidas legislativas já publicadas, ele zidos pelo aumento da espessura dos canais bi
mentos ímportantíssimos, com vista à adopção encontra
liares, cuja parede se espessada em con
progressiva, pelos criadores, das medidas de luta quência de uma reacção de esclerose. O lume
contra a fasciolose, Será, no entanto, necessário dos condutos biliares, cujo epitélio pode eviden
esclarecê-los de que os tratamentos dos animais ciar uma inflamação catarral, outras vezes pro
devem ser integrados em esquemas racionais de de natureza
cessos hiperplásica e noutros casos
da doença, realizando-os precocemente,
profilaxia ainda fenómenos degenerativos, associados a aci
de modo a salvaguardarem o valor económico dentes de calcificação distrófica, está geralmente
dos animais e a impedir que eles constituam ele
cheio de um líquido espesso de cor acastanhada
mentos disseminadores dos ovos do parasita. onde as fasciolas podem ser encontradas em
A terapêutica efectuada a curto tempo antes
grande número.
do abate dos animais, de modo a tentar obviar
Além dos fenómenos de angiocolite crónica
à desvalorização de $50 por quilograma de car
já descritos, são igualmente características, pela
caça, além de ser uma medida qualquer sen
sem
sua frequência, as lesões de esclerose hepática.
tido do ponto de vista da profilaxia da doença,
A
proliferação conjuntiva tem, muitos em
tivo invade o lóbulo, podendo algumas vezes ter se obterem resultados realmente válidos na luta
posição períssupra-hepâtíea, contra esta parasitose.
Em está aumentado de Se se vier a verificar a colaboração de todos
alguns fígado
casos o
QUADRO II
Bovitnos
Hereford ................................................ 2 2
Sa.nta�gertruJdes ...................................... 3 2 8 3 3 19
Tratamentos:
21-3-1972 -
Idem.
Raça holandesa:
13-7-1972 -
logia do Instituto de Investigação Veterinária Corn efeito, além de se ter verificado mor
QUADRO III
cópicos), pudemos concluir, corn efeito, que o
Es�ão Zootécnica da Chobela
grau de parasitísmo era muito reduzido (14), o
Ovinos
que indica que o plano de desparasitação dos
bovinos da Chobela é de molde a manter os ani Borre- Borre-
Car- Ove-
mais praticamente livres de Str()rngylidea gas Raças goo gOS Totais
neiros lhas
(machos) (fêmeas)
tríntestínaís,
Nenhuma outra helmintose com importância
Persas ..................
5 31 16 14 66
clínica foi diagnosticada nos bovinos da Chobela,
Persas (P. C.) .
.... 3 42 15 33 93
nem foram encontrados moluscos hospedeiros 7 96 38 60
Landínas ............. 191
íntermedíârios de F. gigantica na área da Es Caraculo .............. 4 9 -
4 17
Nos ovinos, cujos efectivos são de cerca de Soma ......... 23 220 99 165 507
quinhentas cabeças, iguaJmente sujeitos a trata
mentos regulares (quadro m), foi registado no Tratamentos:
corrente ano um surto de monieziose, cujos efei
11-2-1972 -
Desparasitação com
27-7-1972 -
Desparasitação com N. a. A.
( 14) Por íntermédío das, necropsías parasdëârtas ape
10-8-1972 -
espécies de Stroi1lJgylild.ea (menos de 200 ovos por grama). (borregos nascidos em 1972).
Garcia de Orta, Sér. Zool., Lisboa, 3 (2), 1974, 15-30 25
CRUZ E SILVA, J. A.-Est,uàos de paras'Ïtowgiia em Moçambique (1972)
atingidos encontram-se mesmo em estado, de Cardigos, visto que nos ovinos necropsiados
subcaquexia (estampa IX, figs. 1 e 2). apenas colhemos cestóides de localização hepá
Embora certos autores recusem reconhecer tica (Stii/Jesia; hepæiio») (17). A ausência de cestói
a patogenícídade dos anoplocefalídeos parasitas des intestinais, aquando das necropsias, indica,
dos ruminantes, nós próprios, temos tido ocasião como é óbvio, que a terapêutica específica insti
de a verificar em numerosos casos (15), incluindo tuída pelo Dr. Rosa Cardigos foi eficaz e que os
o surto que atingiu os animais da Chobela. borregos, embora manifestassem ainda os sinto
Assim, somos de opinião de que não é pos mas atrás referidos', estavam em fase de reeupe
sível negar a existência de uma infestação/ ração.
doença nos ovinos parasitados por anoplocefa A infestação dos ovinos pelas espécies do
lídeos. Bastará, de resto, verificar a sensível género Moniezia; é possível durante todo o ano,
melhoria do estado geral dos animais, após a embora o facto de o
parasítismo ser evidenciá
desparasitação, para que a patogenia dos para vel sobretudo nos animais jovens lhe confira uma
sitas não deixe quaisquer dúvidas, aparência sazonática. Corno se disse, os borre
A receptividade da monieziose é função da gos evidenciam sintomas de parasitismo geral
espécie e da idade dos animais. Os ovinos são, mente até aos 6 meses de idade. Mais tarde, os
muito mais vezes e mais severamente parasi animais tornam-se mais resistentes e a monie
tados do 'que os bovinos (111) e no seio de uma ziose parece desaparecer da exploração, se bem
mesma espécie os jovens são muito mais gra que a infestação persista. A doença é assim
vemente afectados do que os adultos. Nos ovinos mantida de ano para ano pelos animais adultos
são quase sempre os borregos de menos de 6 portadores e pelos oribatídeos hospedeiros inter
meses que são vítimas de surtos graves de mo mediários que albergam as formas larvares, as
nieziose. Os animais de mais idade podem es quais se mantêm viáveis no seu organismo du
tar parasitados, não
apresentam em regra
mas rante toda a sua vida (a longevidade dos oriba
sintomas, constituindo, assim, reservatórios da tídeos é, em média, de 12 a 18 meses; estes
doença para os jovens. minúsculos ácaros são, porém, muito sensíveis
A monieziose está quase sempre associada à a vários factores climáticos, particularmente à
estrongilidose gastrintestinal, como se verifica secura que os mata rapidamente).
na Chobela, assim torna-se difícil separar as
e O prognóstico clínico e económico da moníe
duas parasitoses no que respeita ao determinismo ziose é grave nos animais jovens muito parasi
da sintomatologia observada, tados, visto que, mesmo evoluindo sob a forma
As conclusões colhidas por intermédio das crónica, a infestação é responsável por atrasos
obervações necrópsicas de 16 ovinos (15 aba de crescimento. Nos anos favoráveis à evolução
tidos Matadouro de Lourenço Marques e 1 na
no da doença a mortalidade pode ser também ele
Chobela) são de molde a confirmar a existência vada.
da estrongilidose gastrintestinal no efectivo ovino
Justifica-se, assim, que na Estação da Cho
da Estação, embora o grau de parasitismo reve bela proceda ao tratamento siscemâtux: dos
se
lado fossé moderado em consequência dos tra
borregos, íntegrando a terapêutica da moníe
tamentos anteriormente executados (quadro m). ziose no esquema de tratamentos aí realizados
As espécies identificadas foram Haemonchus con regularmente. O medicamento utilizado pelo
tortus e Oesophagostomum cotumbianum:
Dr. Rosa Cardigos (Lintex) é quanto a nós o
Emrelação à moniezlose, o reconhecimento mais indicado, pois tem a vantagem de menor
da sua existência
na Estação baseia-se na histó
toxicidade do que os arseniatos e boa eficácia,
ria pregressa, no exame clínico dos animais, no
podendo ainda ser associado ao tiabendazol sem
exame de material helmintológico colhido ante risco.
qualquer
riormente e no diagnóstico do Dr. Leonel Rosa
A
infestação dos borregos torna-se patente
do ponto de vista parasitário cerca de seis sema
(15) Em Portugal metropolítano tivemos, ocasião de nas após a ingestão dos oribatídeos parasitados.
observar, 'em 'certas ,regiões ,e €ŒIl certos anos favorãveis,
à evolução dos parasitas, percentagens de mortalidade
superior a 50 % dos borregos (Varela & Cruz e Silva, (17) Os anoplocefalídeos l!ntestinais dos ruminantes
1962 e 1963). mads freqUJentes em Moçambique são Moniezia benedeni,
(16) A mener sensãbãlídade dos bovinos explica a não M. expamea e A vitelJina
centripunctata. Esta última espé
existência de qualquer surto de paeasítose nos vitelas da cre associa-Soe frequentemente a M. eæpansa e M. ben'B
Chobela. deni.
Desparasitação com
Desparasitação com
Desparasitação com
zole.
1) No diagnóstico da doença e seu tra
10-8-1972 -
Como é óbvio, as indicações 2 e 3 são muito ções incluídas no trabalho atrás referido, acres
'
3) A ascaridose deve ser considerada uma o número de visitantes, que continua a subir
doença de prognóstico económico grave, tanto de modo notável, com um aumento de 20,31 %
pela mortalidade que pelos pode causar como em 1971, diz bem,do interesse que este
aliás,
atrasos de crescimento que provoca nos jovens. magnífico Parque Nacional tem despertado nos
Assim, impõe-se que as condições de exploração últimos anos nos meios turísticos nacionais e
dos suínos da Chobela sejam melhoradas, nomea estrangeiros.
damente no que diz respeito às instalações, de Também no têm tido lugar
plano cientifico
modo a se tornarem de mais fácil execução as ultimamente realizações que muito. beneficiarão
medidas de profilaxia da parasitose. o Parque Nacional da Gorongosa, no sentido de
tudos.
sua paisagem, ao esforço dos Serviços de Vete consequência das limitações inerentes à orgâ-
rinária no sentido do melhoramento das suas nica do próprio Parque, apenas nos foi possível
infra-estruturas às referências elogiosas que
e necropsiar urn búfalo adulto e urn elefante de
dele fazem todos os turistas que o visitam. cerca de 6 anos (este último foi abatido após um
Mundo.
Tal missões anteriores, tivemos este
como em.
Com as facilidades de transporte, cada vez
buto para a realização desta missão. Repartição Distrital de Veterinária de Vila Pery,
Os nossos agradecimentos são ainda devidos bem como aos guardas do Parque Nacional da
a todos os colegas, cujos nomes foram já indica Gorongosa, a valiosa colaboração que nos pres
dos neste trabalho, que nos auxiliaram no de taram.
curso da missão.
Ficamos muito reconhecidos também à Socle Nota. -
dade Pecuária de Mazeminhama e à direcção do foram-nos facilitados pelo Dr. Mário Vara, chefe
Matadouro de Lourenço Marques, pelas facilidades da Repartição Distrital de Veterinária de Vila
.
concedidas para a realização do estudo sobre Pery; os elementos relativos aos tratamentos dos
anti-helminticos. animais da Estação :Zootécnica da Chobela (qua
Finalmente, queremos agradecer ao pessoal dros n a v) foram-nos fornecidos pelo Dr. Leo
auxiliar do Departamento de Parasitologia do nel Rosa Cardígos, director da referida Estação.
BIBLIOGRAFIA
Por conveniência de paginação as citações bibliográficas incluídas no texto são refereneíadas em notas
infrapaginais.
30
EST. I
CRUZ E SILVA, J. A. -
Figs. 1 e 2 -
Manica. Numerosos espécimes de Lymnaea natolensis . Críadouros nas zonas
das I e II
estampas
(Originais)
Fig. 1 -
(Original)
(Original)
(Original)
Fig. 2 -
Chobela. Bovinos da raça africânder. Para além dos aspectos zootécnicos, é de salientar
o magnífico estado sanitário dos animais
(Original)
Figs. 1 e 2 -
Figs. 1 e 2 -
Chobela. Bovinos de raça indígena. 1!: de salientar a
magnífica conformação
e o estado sanitário dos animais
(Originais)
Garcia de
Orta, Sér, Zool., Lisboa, 3 (2), 1974, 15-30
EST. VIn CRUZ E SILVA, J. A. -
Figs. 1 e 2 -
(Originais)
Figs. 1 e 2 -
(Originais)
Fig. 1 -
Chobela. Instalação de suinos com pavimento de terra solta, favorável à evolução de parasitoses
(Original)
On the bioecology of
Anopheles azevedoi Ribeiro, 1969
(Diptera, Culicidae)
H. RIBEIRO
Assistant-lecturer o·f the Instituto de Higiene Ei Medicina Tropical (Lisboa)
(Recebido em 1Õ-V-1974)
A. œzevediJi -
is a
.
very high (13.5-137.5,g/1 NœCl), though the optimum of salinity seem to be about
that of the sea-water. Natural sea-water pools but mainly (85 %) artificial
salt-water breeding-places, usually in salt-works, constitute the breeding-area of
this appreciably man-associated anopheline.
Adults are mainly exophílíc and 'bite man readly and, though dissections of
salivary glands for malaria parasites were negative in 109 females examined,
A. azeverlloti probably plays a secondary role in malaria transmission.
A. aJz6VeŒOO -
muito alto (13.5-137.5 gil mNa), ainda que a salinidade óptima pareça ser da
ordem da da água do mar. Poças naturais de água do mar, mas principalmente
(85 %) criadouros salinos artificiais, geralmente em salinas, constituem a área
de criação deste anofelíneo apreciavelmente associado ao homem.
Os adultos de A. az6V'8doi são principalmente exófilos, picando o homem
com facilidade e, ainda que pesquisa de esporozoítos nas glândulas salivares de
a
109 fêmeas examinadas tenha s-ido negativa, é provável que A. azevedloi desempe
nhe um papel secundário na transmíssão do paludismo.
Besides Moçâmedes, the type locality, A. aze A. aeeveâoi is highly halophilic species,
a
vedai was also found, aâong the sea-coast, at breeding along the sea-coast in either
long-stand
Novo Redondo, Benguela, S. Nicolau, Mucuio,
ing sea-water pools influenced by major tides
Saco do Gíraul, Rocha Magalhães and Porto Ale
(plate I, fig. 1) or man-made earth-holes infil
xandre. Both early stages and adults are avail trated by sea-water, cannals (plate I, fig. 2) and
able from each locality, amounting to about a
salt-pans (plate II, fig. 1) in salt-works. In fact,
thousand specimens. More recently, a few larvae the breeding-area of A. azevedoi is markedly
were collected from rock-pools along the Curoca
man-dependant, 28 out of 33 studied breeding
river at Foz do Muende and Cherugema, about
45 km and 65 km away from the coast,
places (85,%) being associated with human
by Profes
activities.
sor J. C. Cambournac. Curiously enough, the
Typically, the
breeding-places of azevedoi
larvae were breeding again in strongly saline
water with of 38.4 are unshaded shallow clearwater pools with high
figures gil and 46.0 gj NaCl.
1 shows the known distribution of A. salt-content in wich filamentous algae are the
Map
aeeoedoi, though it seems probable, on pure zoo only macroscopic aquatic vegetation (plate I,
geographical grounds, that its range will extend fig. 2, to plate IV, fig. 2), though well shaded
southwards perhaps as far as the mouth of the larval biotopes were also found (pIate V, figs. 1
MAP 1
22 24
SOO Km
6 6
8 8
10 \f 10
.
l_
Novo
\ ....... ....,.,.
,
t
,
)
Mucuio
Saco G·lraul
Moçâmedes
Rocha Magalhl5C!
Por to AlQ)(ondrt
12
«
The water temperature, measured in 20 breed that recorded by Senevet et al. (2) in a breeding'
ing-places, varied from 21°C to 29°C (mean place of A. multicolor (174 gil) in Algeria, where
25,5°C). this species bred never in pools at less than
The pH of the
breeding-water, in 28 larval 5 gil. According to these authors, however, A.
biotopes examined, varied from 6.0 to 10.0 (mean multicolor, «tout en tolérant de hautes concen
6.8), 65,% of wich with pH 6.5-7.0. It seems, so, trations salines, se développe plus facilement dans
that aeeoedoi, though preferring a neutral or les eaux contenant moins de 20 g de sel par
even a slightly acid water, exhibits a greater litre». In that concerns A. aeevedoi, as it is in
natural tolerance to alkalinity than to acidity. dicated in plate VI, fig. 1, and according to our
The salt-content of the breeding-water is al field observations, it seems that this species is
more associated with salinities approaching that
ways high. As it is shown in table 1, the lowest
of sea-water.
of our figures is 13.5 gil NaCl, 70,% of all breed
ing-places exhibiting a salinity about that of the In relation to the marked halophily of A. aze
sea-water (35-36 gil) or higher. In fact, it may vedoi, it seems probable that the absence of
be as high as 137.5 gil, almost 400 % sea-water palmate hairs and the general chaetotaxic reduc
(table 1). tion in the larva, on one hand, and, on the other,
So far as we know, this figure is only sur the absence of floats in the egg, must be consid
27 Moçâmedes
mosquitoes, C. thalassius was found to be an
29.7 Saco do Giraul associated species in 27 '% of the breeding-places,
31.6 Moçâmedes followed by Aede8 natrOinius (24,%) and Ae. irri
32.8 Moçâmedes tans and Ae. durbanensis, each of these in one
35.7 Moçâmedes
instance out of 33 larval biotopes of A. aeeoedoi
35.8 Moçâmedes
36.3 S. Nicolau examined.
36.3 Porto Alexandre
It is also to be noted that A. melas, with a
37.5 Mucuio
38 Moçâmedes
salinity range clearly falling within that of A.
38.6 Moçâmedes azeoedoi (plate VI, fig. 1) and sympatric with
39.7 Moçâmedes it in the area Lobito-Novo Redondo (about one
41 Rocha Magalhães
degree in latitude
apart) where both distribution
46.8 Porto Alexandre
52 Porto Alexandre
areas overlap, was never found as an associated
55 Porto Alexandre species. This seems to be due to that both species
60.3 Benguela have the same basic halophilic niche along the
60.8 Moçâmedes melas from Lobito northwards
seaboard, (3)
63.8 Porto Alexandre
and aeevedoi from Novo Redondo southwards.
66.7 S. Nicolau
112.9 Mucuio ined), much lower than the minimum found for
137,5 Mucuio
azeoedoi.
vedai, though it seems that larvae don't feed on ing 3-4 days, the forth instar larvae lived for
them. Under the microscope, these were seen to 4-5 days andl the adults emerged from pupae
belong to' various genera of Oedoqonales. A great about 3 days later, the cycle egg-adult being
variety 'Of Dùüomeae, mainly Poourales but also accomplîshed in about 18-22 days.
Centrales) are also constantly present in the No parasites were ever recordèd from both
breeding-water as well as in the digestive tract immature and adult specimens 'Of A. aeeoeâoi:
of larvae, The genera Nœoicuù», Pleuro'8igma and
Pinmuilaria were recognized, among many 'Others.
The genus Ur()lY/;(3'1'1UJ, among Ciliates, seems to ADULT STAGE
be the main
representative of the Protozoans.
It seemsquite probable that both the salt-con 'Adults of A. azevedJoi were never caught at
tent of the breeding-water per se 'and the amount more than 60 km away from the sea. Apart from
of thãs haloplankton present may act as limiting those reared from larvae in the laboratory, 336
factors on thebreeding-area 'Of A. (l,Z(JVedoi. Also adult aeeoeão; either when
caught were resting
with reference to the larval food, we shall note or biting man. The œta concerning these wild
that eaníbalism seems to be a rare event in this
caught, specimens are given in table 2;
species, according to our observations 'On living As it be earth-holes
can seen, (plate VI,
larvae and the examination of the midgut of 1
fig. 2), rock-holes (plate vn, figs. e 2) and
mounted specimens. human habitation seem to be' the m'Ost favoured
In that concernes the development 'Of the which also include outdoor arti
resting-places,
immature stages of A. azevedoi, our knowledge ficial shelters, bush (plate V'llII, fig. 1) and cow
IS still very unsatisfactory, though some general houses. A. azevedoi was seen entering human
observations could already be carried 'Out in the habitation late afternoon and at dusk,
during
field. The ovipositions of eight aeeceâo: females its exit being observed at
during early morning,
could be controled in our tent. laboratory, the 6.30-7.30.
number of eggs laid by batch varying between 48 of our wild caught
..
females (20 %) were
58 and 197, with a mean of 121 per batch. The taken when outdoor
biting man, mostly near
eggs floated in. the water surface side by side, resting-places where unfed aeecedot females
oposed ends touching. With the air temperature readly bit the writer and his team both at dusk
in 'Our tent oscillating' between 19"C and 27°C, and early night as in the early afternoon.
TABLE 2
Capture
data Indoors Outdoors \ Indoors
-
Outdoors
Totals
Near resting- Near
I
Sex
\
Human Cow Earth arid Artificial Human
Bush places breed-
habitation houses rock holes shelterj, habitation
Holes Bush irig-places
--
Fua p aUF ua Fa
N 56 4 96 10 25 3 38 6 1 238
Females .. ... ...
..
.
... '"
--
% 23.4 .
N 77 -
15 5 -
- - - -
97
Males .. ...
... ...
... ... ... --
% 79.3 -
15.5 5.2 -
-
- - -
28.9
-- --
:\ I
Totals
I 1l.3\-U-I
... ... ...
F r-r- Fed. U -
Unfed. G -
Gravid.
No evidence of other SOUTees for the blood other parts of its range after anti-malaria meas
.
meals of azerveddi could be obtained and the UTes have been carried oult against A. gambiae
microscopic examinations of the midgut content and A. fU"YIJeStW3.
of freshly fed wild-caught females were compat On the other hand, if circumstances are fa
ible with its human origin. in the where these vectors
vourable, even areas
Though much more remains to be learnt about led to a close association with semi-arid biomes.
the resting and feeding habits of A. aeeoeù»,
In map 2, mainly adapted from Gillies .& De
according to the now available evidence it seems
Meillon (6), the probable limits of distribution
that this Anopheline is mainly an exophilic and
for all members of this series are indicated. As
exophagic species, exhibiting an appreciable de be seen, A. A.
it can azevedloi, listen and A.
gree of anthropophiíy, When considered as a
cinerous Ethiopian species while the other
are
whole, this species seems to be, in fact, mar
four members are mainly or exclusively Mediter
kedJIy man-dependant not only in the larval
ranean. A. aeeoeâo; is believed to occupy a
stages but also in that concernes the adults'.
narrow coastal belt along the South West Arid
Figs. í and 2 of the plate IX show the typical district of
zoogeographic Chapin (7) though,
landscape associated with A. a'Z6Vedoi, where at present, it was OI1ly found in the Angolan
the seaboard, halophilic communities, man and
part of this biome. A. CIÍJn'6ll'ffUS was never re
salt-works are characteristically involved. corded from Angola.
While being a member of the series Param,y
zamyia, A. aeeoeâo; is more closely related, both
RELATIO'N TO MALARIA
from ,the morphological as well as from the
Neverthless, considering the appreciable an marked tolerance to salt-water breeding, their
thropophily 'Of A. azeoedoi, its possible role in association with haloplankton and halophilic
malaria transmission cannot be disregarded. filamentous algae, their occurrence in dry bio
On one hand, in some localized areas of the mes and their relative anthropo exophily and
driest part of its range, where azervedoi is the phily. Within the group, A. oseæâo; appears as
main man-biting Anopheline, it may probably an interesting specialized species closely asso
become, under favourable eircunstances of breed ..... ciated with the seaboard halophilic biome where,
ing and climate, the local vector of (unstable) possibly, it is becoming more and more man
malaria. This seems also liable to 'Occur in the dependant in the course of the last millenia.
.Garcia de Orta Sér. ZOIOil., Lisboa, 3 (2), 1974, 31 38
...
35
Research the mooqwiJtoes of Angola V
RIBEIRO, H. on -
-
MAP 2
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I: .'
I
I
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I
'
...
•• azevedoi
.
AA omer-eus
CD hettenicus
hispaniola
)Ic>< list(ri
++ multicolor
00 turkhudi
REFERENCES
1 RmEIRO, H. «Research on the
mosquitoes of 2 A. &
SENEVET, ANDARELLI, L., DUZER,
-
G.,
- -
Angola. IV -
Description of
Anopheles (Cellia) LIEUTAUD, A. -
3 -
RIBEIRO, H. &
RAMOS, HELENA C. -
«Re J. A. L. P. -
CHAPIN, J. P. -
RIBEIRO, H.; CASACA, V. M. R. & COCHOFEL, Bull. Amer. Mus. NOJt. tue«, 65, 1932.
V PLATE I
Fig. 1 -
Fig. 2 -
Fig. 1 -
..
�'''-
."
Fig. 2 -
Prolific breed
ing-place of A. azevedoi
in salt-works, at Rocha
algae
on moequâtoee of Angola -
Fig. 2 -
by salt-water, at Moçâmedes
on
PLATE IV
-
Fig. 1 -
-
......
_""""""", .
Fig. 2 -
Well infil
trated by sea-water, at
Moçâmedes, another
breeding-place of
A. azevedoi
V PLATE V
Fig. 1 -
Fig. 2 -
biotope of A. aeeoedoi
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10
I
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A. ozevedoí
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Fig. 2 _
Cap tu ring
adults of A. azevedui
in earth-holes near
salt-works, at Mucuio
V PLATE VII
Fig. 1 -
escarpment, at Mucuio
Fig. 2 -
In M.l.: 1-$.2
C
�
N::: S8
E
O
w
a.
In
V PLATE IX
was
we found. Note the sea at the far left, the salt-works at the far right, adjoining
the coastal escarpment, and the arid country
Fig. 2 �
The typical landscape associated with A. aeeoedoi is also illustrated
(Recebido em 6-VII-1974)
Durante o período de permanência em Mo neo, etc.), muito há ainda para rever e muitas
pelos Drs. M. C. Ferreira e G. Ferreira, em di Faune Malgache (1946-1949) estabelece final
versas campanhas efectuadas a sul do Save. mente uma sistemática mais racional de acordo
Das regiões do Centro e Norte os exemplares com a
filogenia da família.
são em menor número. O mapa anexo dará uma. Contudo, no nosso adoptámos o cri
trabalho
ideia dos locais de colheita do material estudado. tério do Ooteopterorum: Cataw[jU8J Yunk, ex
Da família Oarobuiae, sem dúvida uma das cepto nos grupos dos harpalídeos e chlaeniídeos,
mais extensas dos coleópteros, conhecem-se cerca em que seguimos as publicações de Basilewsky
(O. sycaphœnta importado foi dos Estados Uni cha (Ponduine), 12-2-1968 (001. Brochado).
dos como predador de Porthetria d'Ïi8par), e
outras espécies alimentam-se de xilófagos, pene OBSERVAÇÕES: Corpo negro-bronzeado, alon
trando nas suas galerias. Os Canistinœe e Orto gado; escultura dos élítros triplóide homodínâ
goniinae são muitas vezes termitófilos -
Locais de colheitas Bull. Soc. Nat. Mose., XXXVIII (IV), 1865, p. 306
l-Beira. 21-Matola.
2-Bilene. 22 -Marracuene Ctenosta planicolle Chaud. ( = C. proceruo» Ha
(Vila
3-Boane. Luísa). rold)
4-Carinde. 39-Maxixe.
5 40
Ann. Soc. enl. Fr., (4), IX, 1869, p. 369.
-
Changalane. -
Mucheve.
35 �
Chicungo. 41 -
Mung-ani (Beira).
6-Chigubo. 23 -Namaacha MATERIAL EXAMiINADO: Moçambique: Jangamo,
(pon-
36 -IChimela. duíne), 5/9,.1-1969 (cf e �); Vila Luísa, 6-11-1951;
7 Chitengo.
-
24 -
8-Coguno. 25-Panda.
8-12-1964
2/5-1-1969 (col. Ferreira); Nampula,
9-Guijã. 26 -
Pessene.
lO-Inhaca. 27 -
Ponta do Ouro.
(cf e �) (cal. Quadros); Chitengo (�), 25-11-
11- Inhaminga. 28 -
Porto Henrique. -1965 ( col. Tello).
12-João Belo (Chai- 29 ___, Quelimane.
-Chai). 30,_...Rtbaué. OBSERVAÇÕES: Cor negra; escultura dos éli
13 _
Lindela. 43 -
sem e
15 -
Macovane. '42 - Rio Save (lagoa Zi
protórax de forma mais hexagona'l.
16_Macuze. nave).
36 -
17 -
�
18 Manhoca. 33 -
20 -
Massangena. 1927 segundo Gestro).
ESTADO DE MOÇAMBIQUE
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OarabúZe08 de Moça1nbique
Subtribo Scaritina
Distichus bisquadripunctatus !Klug (=? Ta:ernio
Trams. Bouth. Afr. Phil. Soc., Vl, 1896, luzi, 3-1968 (col. Ferreira).
p. 387.
Mucufe, Gorongosa, Matola, Lindela, Jangamo, Mucheve, 9/10-11-1964 (col. Carvalho); 1 .�,
Chitengo, etc.
Z. C. Rio Save, 8-1963 (col. R. Quadros),
OBSERVAÇÕES: Genas pOUcO salientes; parage OBSERVAÇÕES: Espécie bem caracterizada pelo
nas angulosas anteriormente na margem interna aspecto ovóide dos élitros; dente do ângulo
(fig. 1, b); ângulo anterior do pronoto arredon do pronoto pouco saliente e arredon
posterior
dado; ângulo posterior com um dentículo; pro dado; tíbias anteriores com um pequeno dentí
tíbias com três a quatro dentículos anteriores à
culo antes da digitação (este carácter é bastante
digitação; élitros estriadas corn uma fiada de variável, chegando, haver
diferença
a
por vezes,
grânulos de um e de outro lado de cada estria; entre as duas
patas doexemplar); mete
mesmo
metepísternas alongadas não muito granulosas písternas curtas e lisas (fig. 1, f); estrias dos
(fig. 1, c), genítâlia do cf (fig. 1, a). élitros profundas e ínterstrías sem granulação.
Oomp.: 24-35 mm. Paragena (fig. 1, e); genítâlia do cf (fig. 1, d).
Comp.: cf, 33 mm (sem mandíbulas); 36 mm
DISTRmUIçÃO GEOGRÁFICA: Moçambique: Tete (com mandíbulas); �,30 mm (sem mandíbulas) ;
(Klug, 1862) ; Mufo, Manhiça, Limpopo (Ferreira, 32 mm (com mandíbulas).
1963); Mashonalândía (Umtali); Tanganhica;
África Oriental Inglesa, Abíseínia (Bãnninger, DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Moçambique: Tete
1938).
(:Klug, 1862) ; Delagoa, Zitungo (Ferreira, 1963) ;
Nota. -
Muito semelhante a Se. senega Mutuali (Alves, 1963). África Central e Orien
lerz:si8 citado no mesmo trabalho de tal: Taborn e Zarubézia (Bulavaio) (Péringuey,
Bãnninger, do Senegal, Níger, Benué, 1896); Ngamilândia, Mashonalândia, Niassalân
Uele, Léopoldville, !Kasai e Katanga. dia; !Katanga, Sudoeste do Tanganhica (Bãnnín
ger, 1938); Kasenga, Meru a Bangwelo (Burgeon,
Scarites linearis Boh. ( = Sc. 8lfftegalensis ssp. 1935).
linearis Boh.)
Subgen. Scalophorites Motsch.
MATERIAL EXAMlINADO: Moçambique: 1 �,Chi Scarites (Scallophorites) nigrita Boh. (= Sc. ni
gulo (Saúte), 11/19-2-1964 (col. R. Campos); gritus Boh.)
1 �, Umbeluz], 3-1968 (col. Ferreira).
Boheman, Ins. Caffr., I, 1, 1848, p. 118.
metepísterna, SCClIrites
genitál1a doô; b paragena; c
-
Fig.
-
molossU8 Klug: Il -
genitâl1a do ô; B -
niJgrita Boh.: 9 e h -
genítãlías de ô ô; i -
par agena: j -
petepisterna
"�
OBSERVAÇÕES: Genas muito salientes, com DrSTRllBU1ÇÃO GEOGRÁFICA: Natal (Péringuey,
SUICDS longitudinais; paragenas, fracamente den 1896); Moçambique: Mafambice (Alves, 1963).
teadas na margem interna (fig. 1, i) ; pronoto sem
contudo, um exemplar em que 'O terceiro dente Acta Soc. eni. Ceskoslov., XLIX, 1947, p. 30-43
da digitação é bífído: d'Ois dentículos posterio
res arredondados em vez de um, corno é mais Gênero separado por lKult de OZivina devido
vulgar; terceira estria d'Os élitros com d'Ois a às metatíbias densamente pílosas, no lado in
cineo pontos setígeros. Oenítália do macho com à presença de área
terno, e uma longitudinal
a extremidade anterior d'Os estilos bastante afi
plana e p'OUC'O pubescente de um e de 'Outro lado
lada e comprida, mas de aspecto um POUC'O variá dos artículos 4-10 das antenas.
vel (fig. 1, g e h).
Comp.: 21-30 mm.
Pseudoelívina grandis Dej. ( = Olivina graJndis
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Natal (Maritz Dej.)
burg); Delagoa Bay (Lourenço Marques, Ri
catla) (Pérínguey, 1896); Moçambique: Zitundc Spec. gen. 0'01.) 2, 1826, p. 478.
Scolyptus Putz.
Tefflus (Stictotefflus) carinatus Klug
Mém. Soc. Liège, XVIII, 1863, p. 421
Monatsberg Akad. Wi8s. Berrlin) 1853,
Scolyptus meridionalís Pér.
p. 247.
Trans. Sooth Afr. Phil. Boc., VI, 1896,
p.404. MATEIUAL EXAMINADO: Moçarnbí que : Mu
MATERIAL EXAMlINADO: Moçambique: Macuze, cheve, 7/12-1963 (CDI. Carvalho) : Manhiça,
7-1957, e Quelimane, 22-2-1952 (001. Rocha). 6-2-1953 (col. Cabral); Lourenço Marques,
Comp.: 13-14mm. 6-2-1950 (col. Valério); Umbeluzi, 2-11-1963,
GarGÎa'àe Orta, Sér. Zool., Ldsboa, 3 (2), 1974, 39-74 45
ALVES, M.' Luísa Gomes -
Oarabídeo8 de Moçambique
Namaacha (Ponduine), 20-11-1966, Espungabera, com duas fiadas de pontos subtuberculados nas
MOIYlatsber. Akad. Wi.s8. Berlin, 1853, Col. Man., II, 1838, p. 165
p. 247.
Craspedophorns bonvouloiri Chaud. [=Eudema
MATERrAL Luam (Epic08mUS) bonvouloiri Chaud.]
EXAMINADO: Moçambique:
bala (Nova Guarda), 20-1/10-2-1966 (col. Bor BUll. Mooc., II, 1861, p. 366.
ralho).
MATERIAL EXAMINAW: Moçambique: Ponta
OSERVAÇÕES: Cor preta com reflexos violá do Ouro, 25-1-1969, e Porto Henrique, 3-4-1969
ceos: grossapontuação no vértice e lados da ( col. Ferreira).
ca:beça; pronoto hexagonal muito rugoso; éli
tros str. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Moçambique (An
menos convexos que na espécie s.
tíoca, Tembe) (Pérínguey, 1896); Natal, Trans- .
Comp.: 32 mm,
val e Moçambique (Csíki, 1929).
MATERiAL
(Pêrínguey, 1896); Moçambique: Búzi e Beira;
Moçambique: Lourenço
EXAMlINADO:
Natal (Durban), Transval (Lydenburg); Rodé
Marques, 30-5-1950
11-12-1952, Ricatla (001.
e
sia do Sul (Salísbúria, Umtali) (Péringuey,
Junod); Namaacha (Ponduine) 20-11-1966, ,
1926); Zanzibar (Csiki, 1929).
7-1-1967; 16-1-1967, 20-12-1966, 12-2-1968 e
gonal (um pouco mais longo que largo); sem MATERIAL EXAMINADO: Moçambique: Inha
Comp.: 22 mm.
Epigraphus Chaud.
D.rsTRmUIÇÃO GEOGRÁFICA: Própria de Moçam
bique (vale do Punguè, Guenguère e Chinde) e Rev. Mag. Zool., 21 (2), 1869, p. 116
da parte sul da Africa Oriental Alemã (Lindi,
Lueulidi e Icuda) (Alluaud, 1911); Abissínia Epigraphus amplicollis Schaum.
OBSERVAÇÕES: Cor
castanho-ferrugínea: ca Comp.: 12,5 mm.
beça pronoto
e com pontuação grossa; élitros com
duas manchas negras: a primeira mais ou menos DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Natal (Péringuey,
1896); Moçambique (Beira) (Pérínguey, 1926).
a meio,
ocupando as lnterstrias 3-8; a segunda,
cobrindo todo 'O ápice, desde a sutura à margem
lateral; patas e antenas ferrugíneae: estrias Tribo Anthiini
dos élitros profundas e fortemente pontuadas.
Termophilum Bas. (= Thermophila Hope)
Comp.: 7,5mm.
Bull. Soc. ent. Fr., 1950, p. 80
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Moçambique: Chi
navane (Basílewsky, 1949).
Microcosmodes laetiusculus Chaud. (=Micro Trans. E'nit. Soc. Landon) 1878, p. 190.
cosmus Iæetiusouùu« Ohaud.=M. aurantiacus
Chaud.) MATERIAL EXAM!INADO: Moçambique: Chi
Ann. 800. eni, Belg.) 21, 1878, p. 143. tengo, 10/14-12-1965 (col. Tello).
(C. de Elefante), 1/2-12-1967, Matola, 4-3-1968 e a margem externa elitral revestida por pubes
( col. Ferreira). cência amarela.
Comp.: 42 mm.
tuali 1963),
(Alves, Mugugode e Massingire
Oomp.: 8-9 mm, (Ferreira, 1963).
Gœrcia de Orta, Sér. ZOiO�., Lísooa, 3 ('2), 1974, 39-74 47
ALVES, M.' Luísa Gomes -
Caraibfde0'8 de Moçœmbique
Gabriel) .
(corn mandíbulas).
Sebastião) .
Namaacha, Vilanculos, Mugugode, Lourenço Mar
ques e Chígute (col. Ferreira).
OBSERVAçõES: Semelhante a burchetli, sendo
a única diferença a falta dos pêlos 'amarelos nas OBSERVAÇÕES: Estriação dos élitros quase im
interstrias perceptível; faixa marginal de pêlos brancos do
e na margem lateral.
Casos há, contudo, em que a pilosidade caiu ápice até meio do élitro. Forma de transição
completamente, tornando Impcssível a separação entre hamopéatum: (s, str.) e m.ellyi Brême.
das duas formas. 35-40
Comp.: mm.
[A. fornasi'nii: Moçambique (Delagoa (Maputo), Porto Henrique, rio Futi (Maputo) ,
Bay), Transval, Natal e Niassa (Csiki, Macovane, Govuro, Salamanga, Manhoca, Lou
1929) ] renço Marques, S. Martinho dio Bilene,
OBSERVAÇÕES: Sem banda marginal de pêlos Bull. Soc. Nat. Mose., I, 1850, p. 43
brancos nos élitros.
40-43 ? Cypholoba cailliaudi aIgoensis Pér.
Comp.: mm.
Carínde, 8-1966 (d) (col. Carvalho). são semelhantes nas duas formas,
Comp.: 41-48 mm (com mandíbulas). Bull. Soc. Nat. Mosc.) 34 (3), 1861, p. 569.
ÜBSERVAÇÕES: iÊlitros com seis costelas contí (col. Ferreira); rio Save, 16-11-1965 (col. Qua
nuas da base até quatro quintos do comprimento; dros).
intervalos alveolados com pubescência fulva;
banda sutural curta de pubescência acinzentada OBSERVAÇÕES: Muito semelhante a C. gracilis
e outra apical, urn pouco mais larga. laurentina; mas as fóveas das interstrias dos
32-35 élitros são mais profundas e alongadas, dando
Comp.: mm.
um aspecto mais rugoso.
Nov. OO'YYllm. Ac. Bon., x, 1849, p. 386, pl. 8., Cypholoba graphípteroídes Guér. (=P. suturata
fig. 2. Perro segundo Dohrn, SteU. Ent. Zeit.)
-
1887, p. 172)
MATERIAL EXAMINADO: Moçambique: rio Futi Rev. zoa; 1845, p. 285.
(Maputo), 16-12-1964, Massuane, 1/25-1-1965, e
Salamanga, 8-1-1965 (col. Tello); Manhoca (Ma MATERlIAL EXAMINADO: Moçambique: Chauga
puto), 24-7-1965 (col. Ferreira). lane, 6-11-1965, Boane, 25-11-1965, e Umbeluzi,
24-12-1965 (col. Ferreira); Mucheve, 9/10-11-
OBSERVAÇÕES: 1Ê1itros com sete costelas, atin -1964 (col. Carvalho); Namaacha, 2-1-1950 (col.
gindo quatro quintos do comprimento, à excep J. Valente).
ção da sexta, que é muito pequena (a quarta é
completa) ; uma pequena mancha sutural de pilo OBSERVAÇÕES: Pronoto com uma faixa
longi
sidade acinzentada; pilosidade esparsa, posterior ·tudinal mediana de pêlos brancos, que prolonga
se
mente, e urna faixa marginal de pêlos acinzen pela sutura dos élitros até urn terço do compri
tados. mancha transversal
mento; posteriormente uma
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Zambézia (Manica) damente separados uns dos outros, formando
MATERrAL EXAMINADO: Moçambique: Lindela, uma faixa sutural de pêlos brancos da base até
2/10-5-1969; Nacala, 8-1-1971; Ambuca, 4-1-1971 menos de metade do comprimento (na forma
s. str. esta faixa é mais longa); no ápice urna OBSERVAÇÕES: Cabeça e tórax de um aver
pequena mancha arredondada de pêlos brancos, melhado-metálico; élitros negros com uma faixa
situada entre a quarta e a sexta costelas; inters transversal de pêlos branco-amarelados, mais ou
Trans. South Afr. PhU. Boo., 1892, p. 101. Arch. f. Naturç., xxxm, I, 1866, p. 13
(Polyhi'f"YnO.,) .
Rev. Mag. Zool., (3), VI, 1878, p. 190. DISTRffiUIÇÃO GEOGRÁFICA: Moçambique: De
lagoa Bay (Lourenço Marques, Ricatla) (Pé
MATERIAL EXAMINADO: Moçambique: Mucheve, rínguey, 1896); Inhambane, Manhiça (Ferreira,
11/12-1969 (col. Carvalho). 1963).
Garda; de Orta, Sér. Zooz., Lisboa, 3 (2), 1974, 39-74 51
ALVES, M.
a
Luísa Gomes �
OœraJbideœ de Moçœmb1iq'IW
Henrique, 9-10-1965 (col. Ferreira) ; Savara (Mo DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Moçambique (Li
rna), 12-10-1967 (col. Madureira). bombos) (Pêrínguey, 1896).
Bull. Ann. Soc. eni. Belg.) 69, 1929, p. 297. OBSERVAÇÕES: Forma estreita e alongada
(lembrando P. spi1uilae, Bert.), cujo pronoto é
mais estreito que nas outras subespécies; banda
MATERIAL EXA.l\fiNADO: Moçambique: Goba,
sutural divergente (sobre a segunda costela);
27-3-1965, e Changalane, 6-11-1965 (col. Fer
faixa discal transversal e outra apical alongada,
reira) .
ÜBSERV AÇÕES: Difere de axillaris s. str. pela OBSERVAÇÕES: Cor preta; último artículo dos
presença de uma mancha de pilosidade apical palpos subcilindrico e truncado na extremidade;
curta e larga. protórax transverse: élítros largos, deprimidos,
Comp.: 21 mm. paralelos e levemente sínuados posteriormente;
nos élitros, pequena estria basal, situada entre a
Dela
primeira e a segunda estrias; unhas simples;
DIsTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Fazoglou e
antenas, palpos e patas testáceos.
goa Bay (Burgeon, 1929).
Comp.: 15 mm.
Macrochlaenites Burgeon
DrSTRIBUlÇÃO GEOGRÁF.rCA : M o ç a m b i que: Bull. Ann. Soc. ent. 54
et Belg., LXXV, 1935, p.
Tembe (Pérínguey, 1896); Porto Henrique (Al
ves, 1954); Natal (Csiki, 1929); Sandacca e Si Macrochlaenites lugens ssp. lugens Chaud.
kumba (Burgeon, 1929). Ann. Mus. Bto«. Nat. Genava, vm, 1876,
p.185.
Piezia spinolae Bertol (=aJgoensVs Per.)
MATERIAL EXAMINADO: Moçambique: Matola,
Diar. 8 Oongr. So. tua; 1847, p. 90.
24 e 26-12-1967 (col. Amorim) ; rio Muar, 15-11-
-1964 (col. Quadros).
MATERIAL EXAMINADO: Moçambique: Lindela,
2/10-1-1963, e Ambuca (Panda), 4-1-1971 (col. OBSERVAÇÕES: Corpo negro, finamente orlado
Ferreira). de azul no pronoto e élitros; estes com interstrias
convexas e lisas; estrias
profundas, finamente
OBSERVAÇÕES: Distingue-se geralmente pelo pontuadas ..
anastomosado das costelas elitrais.
Comp.: 19-25 mm.
Subtribo Pterostichina
Tribo Chlaenionini
Chlaenionus Kuntzen
Rhathymus Gemm. et Harold
OBSERVAÇÕES: Preto
os Iados do protó
com OBSERVAÇÕES: Muito semelhante a St. ienes
rax e as margens dos élitros
azul-violáceos; pro tratos, mas 'O corpo não brilhante e escuro, em
tórax com pontuação grosseira; extremidade vez de verde-metálico, e o pronoto um pouco
apical dos palpos maxilares testâcea: labro com mais largo; os dois primeiros artículos das ante
uma larga impressão mediana arredondada. nas são testâceos, os restantes e os palpos, pre
33 34 tos; maneha dos élitros de forma variável- oval
Comp.: mm e mm.
e sinuada.
Comp.: 13 mm.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Zambézia (Victo
ria Falls) e Zanzibar (Bagamoyo) (Péringuey,
1896); Moçambique: Beira (Péringuey, 1926); D1STRmUlçÃO GEOGRÁFICA: Lago Ngami e
Salisbúria, Delagoa Bay, Lourenço Marques, Transval (Péringuey, 1926); Rodésia (Csiki,
Sudoeste Africano e Ovampolândia (Basilewsky, 1931) .
Porto Henrique, 9-2-1968 (col. Ferreira) ; Matola parte inferior, negra iridiscente.
Mem. Mus. Hi!s1t. t. xxvm, f. 3, 1949, do Ouro, 5-11-1967; Maputo (C. de Elefantes),
Na;t.�
p.136. 8-10-1967 (col. Ferreira).
DrSTRŒmçÃO GEOGRÁFWA: Eri.treia, Abissí Bull. et Ann. Soc. eni. Belg., 8S, I-II, 1950, p. 47
Comp.: 12mm.
OBSERVAÇÕES: Negro-esverdeado, sem brilho;
os três primeiros artículos das antenas, testá
DISTRIBmçÃO GEOGRÁFICA: Cabo e Natal (Pé
ceos: élitros paralelos, estríados com uma man
rínguey, 1896).
cha oval situada no terço posterior, ocupando
a quarta, quinta, sexta e sétima interstrias; parte Chlaenites Motschulzslky
inferior negra; patas testáceas com o ápice dos Bull. Acad, Sc. St. Petersb., II, 1860, p. 515
fémures e tíbias, bem como os tarsos, escuros.
OBSERVAÇÕES: Corpo verde-metálico, com os mancha prolongada até à segunda estria e que
élitros maís escuros que a cabeça e pronoto;
o na extremidade atinge a sutura. Inferiormente,
esta apresenta, por vezes, ao centro, reflexos negro, com o abdome estreitamente marginado
avermeihados: no exemplar observado não se de amarelo-pálido.
nota pubescência; élítros COIn orla testâcea uni
Comp.: 13,5 mm.
forme em toda extensão da margem lateral,
a
Mitt. ZOQIZ. Mus. 149 Fatun'6 ite l'ennpire [ramç., XI, .001. Carab., Reg.
Berrlin, IX, 1919, p.
Malgache, III, 1949, p, 802
(Lutsihnik autor da primeira descrição)
(Ferreira, 1963).
DrSTRffiUIÇÃO GEOGRÁFICA: Bechuanalândia,
Ohlaenítes (Chlaeniostenus) sulcipennis Dej. ssp. Alto Limpopo, Norte do .Transval (Pérínguey,
sulcatulus Boh. 1896); antigo Congo Francês até ao Tanganhica,
África do Sul; Moçambique: Ribaué e Limpopo
I'M. Caffr'7 l, 1848, p. 146.
(Ferreira, 1963).
MATERIAL EXAMlINADO: Moçambique: Lourenço
Marques (Costa do SOl)., 10-12-1966 (col. Madu Trachychlaenites Kuntzen
reíra). Mitt. Zool. Mus. Berlin, IX, 1919, p. 151
Bull. et Ann. Soc. ent. Belg., 75, 1935, p. 48 (Burgeon,
OBSERVAÇÕES: Cabeça pronoto, verde-bri
e
autor da primeira descrição)
lhante-acobreados: labro, antenas, palpos e patas,
amarelo-claros; cabeça e pronom quase lisos;
pronoto cordiforme, bastante estreitado poste Trachychlaenitis signatus Boh. (= Chlaenius
ríormente: élitros paralelos, mais largos que o signatus Boh. Ohl. apiatus !Klug)
=
Comp.: 11-12,5 mm. Trans. South. Afr. Phu. Soc., 1896, p. 503.
gache, p, 809), coneídera três subgén. dentro do têm-na ligada na quinta ínterstría e um faz a
gén. ChlœeniU8 Bonelli: Spiloohlaernirus n., Ocuba transição entre as duas formas. De resto, tudo
toidee n. e Plœtyc1ùa.ieniws. é semelhante quanto à cor, escuLtura e desenho
ÜBSERVAÇÕES: Afaeta-se <hl. espé diagnose da Trone. Sawth Afr. Philos. Boo., ViI, 1892,
cie no que se refere à extensão da orla marginal p.20.
testâcea, que no exemplar observado não atinge
a. quinta ínterstria, mas apenas a oitava. Burgeon MATERIAL EXAMINADO: Moçambique: Porto
�1935) designa como var. um exemplar colhido Henrique, 15/16-3-1969 (col. Ferreira).
em Kabalo, cuja orla marginal amarela se limita
à nona interstria, tal como no exemplar de Porto OBSERVAÇÕES: Cabeça test âcea com uma
epigrarphiiJius Pér.)
Speo. Gen. Col.� v, 1831, p. 620. Tribo Rhopalomelini (Jeannel)
Rhopalomelus Boh.
MATERIAL EXAMINADo: Moçambique: Jan
Boh. Ins. Catfr., J, 1848, p. 165
gamo, 4/9-1-1961 (col. Ferreira).
Tribo Anisodactylini
I -
Comp.: 15 mm.
Spec. Ool., IV, 1829, p. 168 (Hypalitkus).
melhada. moestus
Hyparpalus Putzeys
Comp.: 12-17 mm.
Roo. Mag. zoa; 3, VI, 1878, p. 77 (Hypo
l�thus).
DIsTRmUIçÃO GEOGRÁFICA: Espécie largamente
espalhada em todo o contínente africano desde MATERIAL EXAlVIlNADO: Moçambique: Jan
a Mauritânia, Senegal e Guiné Portuguesa até
gamo, 5-1-1969 (col. Ferreira).
ao Cabo, Transval, Natal, Angola, Moçambique
nalândia, Transval, Sudoeste Africano (Basi car, ilha Faquhar (Basilewsky, 1950).
lewsky, 1950).
Xenodochus Andrews (n. nov. pro Xenodus)
Aulacoryssus Alluaud Ann. Mag. Nat. Hist., (11), VII, 1941, p. 317
Ann. Soc. ent. Fr., LXXXV, 1916, p. 63, 65
Xenodochus melanarius melanarius Boh.
Aulacoryssus (s. str.) vermiculatus Putz. (=aci Ins. Caffr.) r, 1848, p. 192 (AnÏ8odaotylus).
UUlatU8 Coq.=seohellarum Kolbe)
MATERiAL EXAMINADO: Moçambique: Umbe
Rev. Mag. zo»; 3, VI, 1878, p. 80.
luzi, 3-1968 23-12-1964,
e Henrique, 30-11-
Porto
-1967 (col. Ferreira), Matola Rio, 14-1-1968 (col.
MATERIAL EXAMINADO: Moçambique: Pessane,
Amorim), e Namaacha (Ponduine), 4-12-1966
2-2-1967 (col. Cabral), Malongotiva, 18-3-1967,
e Porto Henrique (à luz), 25/16-3-1969 (cal. Fer
(col. Brochado).
reira) .
Subtribo Bradybaenina
Chupanga, Ohemba, Inhacoro, Vila Pery e Beira) ,
Natal, ilhas Mauricias, ilha Coëtivy e ilhas Sey Bradybaenus Dejean (= Calodromus Nietner)
chell€S (Basilewsky, 1950).
Spec. Col., IV, 1829, p. 4, 160
Stenolophina
Ouro, 18/19-1-1969 (col. Campos); Mucheve,
9-2-1964 (col. Carvalho).
Egadroma Motschulzs'ky (= Stenolophus auct. =
=Acupalpus' aucç.)
ÜBSERV AÇÕES: Todo o corpo testâceo, salvo
Étud. Entom., IV, 1855, p. 43
urna faixa sutural castanha (mais' ou menos
Nota. -
Trans. South
(Ferreira, 1963).
Afr. Phil. Soc., VI, 1896; p. 253
v -
Tribo Amblystomini
Boeomhnetes ephippium Bah. (= Harpalus ephip
pium Boh.)
Amblystomus Erlchscn
Oejvers. Yeteresk. Açad. Forhdl.) Stockh.,
Kiif. Mark. Brandbg., I, 1, 1837, p. 59
1860, p. 12 (Harpalus).
Amblystomus blandus Pé!'.
MATERIAL EXAMINADO: Moçambique: Lou
renço Marques, 7-3-1964 (col. Chitimela); Ma Trans. South. Afr. Phil. Boc., VIT, 1896,
tola, 25-12-1969 (cal. Amorim); Umbeluzi, 3-1968, p. 461 468. r-
Carabíàeos d8 Moçambique
(Lebia).
Oomp.: 7 mm.
Thyreopterus Dej.
DrSTRIBU[çÃO GEOGRÁFICA: Angola (Csiki,
Spec. Gen. Col., v, 1831, p. 445
1933); Congo ex-Belga (Burgeon, 1937!); Mo
çambique: Mugogode (Ferreira, 1963) e S. Mar
tinho do Bilene (Alves, 1963). Thyreopterus maculatus Chaud. (= T. fla!oosigna
tus Boh.)
p.336.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Cabo, Natal,
MATERIAL EXAMINADO: Moçambique: Moamba,
12-3-1964 (cal. R.
Transval e Ovampolândia (Péringuey, 1896).
Campos).
Comp.: 9,5 mm. Lobodontus Chaud.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Natal (Malvern) Bull. Soc. Nat. Mose., xv, IV, 1842, p. 841
(Péringuey, 1898).
Lobodontus trisignatus Chaud.
Subtribo Physoderina
Bull. Soo. Nat. Mosc., xv, IV, 1842, p. 843.
Phloeozeteus Peyron
MATERIAL EXAMlINADO: Moçambique: Namaa
Ann. Soc. ent. Fr., 3, IV, 1856, p. 715
cha (Ponduine), 20-11-i966 (col. Ferreira).
? Phloeozeteus umbraeulata Bah. (=Ph. umbra ...
(coalescendo na sutura). Ângulos posteriores do Angola: Benguela (Csiki, 1932). Sudoeste Afri
pronoto agudos e recurvados. cano e lago N'Garni (Bechuanalândia e lKala
7mm. hari, segundo Kuntzen) (Basilewsky, 1958).
Comp.:
élitros paralelos, planos, estriados e interstrias Faune Emp. Franç., XI, col. Carab. rég. malg., 3,
.pontuadas: margem posterior obliquamente trun 1949, pp. 947-948
cada; quarto artículo dos tarses bilobado; unhas
Tribo Hexagoniini
Subtribo Cymindina Hexagonia Kirby
Comp.: 12 mm.
DrSTRmUIÇÃO GEOGRÁFICA: Moçambique (Ri
catla) e Senegal (Péringuey, 1896) ; Natal (Csiki,
DrSTRmUIçÃO GEOGRÁFICA: Zambézia (Salisbú
1932); Guiné, Daomé, Obangui-Chari, Congo
ria) (Péringuey, 1898); Africa do Sul (Csiky,
Francês, Sudão Egípcio, Quénia e Congo ex-Belga
1932); Congo ex-Belga (Basilewsky, 1953); Mo
(Basilewsky, 1948).
çambique: Mutuali (Alves, 1963).
Tribo Colliurini
Subtribo Anomotarina Habn.
Colliurís' Degeer
Fauna Japonieæ Carabidae Truncatip. Gr. Mem. Inst., IV, 1774, p. 79
Biogeogr. Soc. of [æpan, 1967, p. 338 Subg. Lasiocolliuris Liebke
Anomotarus maculipennis Mateu (= Oephaiota Rev. ZO'Ol. Bot. Afr., XX, 3, 1931, p. 284
Stenidía ,Brullé ,
a) dJilutipes Motseh. -
do Cabo à Niassa
lândia e à Rodésia do Norte, atín
Hist. Nat. Im. c«, IV; 4, 1834, p. 151
gindo O' Quénia, onde se encontra
sobre O' Elgon; no Congo só no
só em Moçam
bique: Luabo e Lucitania (rio
p. 154-155.
Búzi) -
«forma
caracterízada, so
bretudo, pela coloração das patas»;
MATERIIAL EXAMlINADO: Moçambique: Umbe
fémures mais extensamente eseure
luzi, 3-1969 (CDl. Ferreira).
eidos dístalmente: tíbias e tarsos
negros.
OBSERVAÇÕES: TDdD O' COrpO' testâceo-ferrugí O observado não tem
exemplar nem
-neo CDm brilho metálico; 'parte posterior da tíbias tarses negros,
nem mas sim
cabeça bastante estreitada; êlítros alongados, testâceos escuros, e é de CDr azu
Comp.: 11 mm.
OBSERVAÇÕES: CDrpO 'tO'talmente 'testâceo:
cabeça de forma mais qúadranguíar que em
St. unicalar}
com pontuação forte e dispersa. DISTRIBUIÇÃOGEOGRÁFICA: Natal, Moçambique
e Zambézia (Péringuey, 1896); Senegal, Usam
Comp.: 7mm. bara e Quilímanjaro (Csiki, 1932); espécie' de
vasta distribuição em toda a África intertropical,
DrSTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: N'Gamilândia (Pé do Senegal à Eritreia e do Chade ao Cabo; Congo
ringuey, 1896). ex-Belga e Tanganhica (Basilewsky, 1960).
68 Gl111'cÏai de Orta, Sér. Zool., Lisboa, 3 (2), 1974, 39-74
ALVES, M.a Luísa Gomes -
Oaraõiãeoe d8 Moçambique
grarulJis Boh.)
Tribo Zuphiini
se«. Ent. zee; 1863, p. 79.
Zuphium Latr.
Ann. B'Oe. eni. Betq., 187'6, XIX, p. 39. cha supra-humeral ligada à base.
Comp.: 14 mm.
MATERIAL EXAMlINADO: Moçambique, 3-1968 e
MATERIAL Moçambique:
EXAMINADO: Porto BWll. Soc. ent. Belg.� 83, 1947, p. 74-76.
Henrique, 24/25-5-1969 (col. Muianga).
MATERIAL EXAMINADO: Moçambique: a 80 km
OBSERVAÇÕES: A mancha longitudinal sutu norte do rio Save (rio Muar), 22-5-1963 (cal.
ral dos élitros
liga-se à mancha lateral situada Quadros).
abaixo do meio.
OBSERVAÇÕES: Cor testâcea, élitros com urna
Comp.: 5,5 mm.
mancha central castanha, sinuosa na margem
e prolongada da base ao ápice. Abdome testâceo
DrSTRiIBUIçÃO GEOGRÁFICA : Noroeste da Ro
-escuro,
désia, Kamballa, África Oriental Alemã e África
Oriental Portuguesa (Liebke, 1934); Moçambi Comp.: 9mm.
que (Alves, 1963).
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: iÃfrica Oriental
Metabrachinus Jeannel
(Burgeon, 1947).
Faune Emp. Franç., XI, Col. Carab. rég. malg.,
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73
CRUZt}E SI.L\MljsJ. (lÍ\!lllCS EStudWtlf'lle Vãrdifuldgia cttU'ZEÊ �"A\i"lJ. (�. '!eS
P!lrlisitOlógy"> réSêa;cb'·l1'ri'
el'fileM�mbique (1971) MÓz!itnbique (1971)
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CRUZ E SILVA, {.A. E.studos de parasítologfa CRUZ E SILVA, J. A. Parasitology research in
em
Mj'çambique (1972) Mozambique (1972)
ni L' J l·T
Garcia de
O�tq:,. S!rso�O?'l, lt�sboa" 3 (2), 1974,p. 15-30 Garcuu ille Orta, Sér. Zool., Lisboa, 3 (2), 1974, p. 15-30
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Garcia de Orta, Sér, eo«; Lisboa, 3 (2), 1974, p. 31-38 Garoia de Orta, Sér. zs«, Lisboa, 3 (2), 1974, p. 31-38
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A. membro da secção listeri da série A. aeeoeâoi member of the section listetri, series
azooeãqii'"-'um a
-
ParamyzomyiJa -
dos biótopos larvares de A. azevedoi é sempre alto ou of the larval biotopes of A. azevedoi is always high or
muito alto (13.5-137.5 gil CINa), ainda que a satínídade very high (13.5-137.5 gil NœCl), though the optimum of
óptima pareça ser da ordem da da água do mar. Poças sælíníty seem to be about that of the sea-water. Natural
naturais de água do mar, mas príncípalmente (81Y %) sea-water pools but mainly (85 %) artificial salt-water
criadouros salinos artificiais, geralmente em salinas, breeding-places, usually in salt-works, constitute the
constituem a área de criação deste anofelíneo aprecia breeding-area of this appreciably man-associated anophe
velmente associado ao homem. Os adultos de A. aeeoedoi line. Adults are mainly exophilíc and bite man readly
são principalmente exófilos, picando homem faci
o com
and, though dissections of salivary glands for malaria
lidade e, ainda que a ,pesquisa de -esporozoítos nas glân parasites were negative in 109 f.emales examined, A. aze
dulas salivares. de 109 fêmeas examinadas tenha sido vedoi probably plays a secondary role in malaria trans
negatíva,é provável que A. azevedoi desempenhe um mission.
papel secundário na transmíssão do, paludismo.
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. .aoi:aai:m mll srlasqmsaso s�n .À sup Isvsvo'Iq' 9 ,s.vU.s'gs.a
.0maibuIsq ob oilaaima.as'Ii .s.a ohsb.auosa Isqsq
CDU 595.762.12(679) CDU 595.762.12(679)
ALVES, M.o Luisa Gomes Carabídeos de Moçambi ALVES, M.a Luisa Gomes «Charabídae» of l\lozam
que bique
Garcia de Orta, Sér, zoot; Lisboa, 3 (2), 1974, p. 39-74 Garcia die Orta, Sér. Zaol., Lisboa, 3 (2), 1974, p. 39-74
Estudo de
iNSTRUÇÕES
carabídeos
S AUTORES
of
uma colecção de existentes no Study a colectíon of «Charabidae» existing in the
Museu Alvaro de Castro. Museum Alvaro de Castro.
A Série de Zoulogia de Garda de Orta p blica artigos de Zoologia no sentido lato (Ma
malogía, Ornitologia, Herpectologta, Ictiologia, E tomologia, Planctonología, Helmintologia, etc.)
sobre os territórios ultramarínos ou outras áreas com eles relacionadas, e ainda artigos de Zoolo
gia fundamental ou anlícadc ("'rnO Apicultura, L ta Biológica, etc. Poderá também incluir peque
nas notas zoológicas. nottclártc cíentifíco, recens es ou críticas bibliográficas.
Os artigos podem ser escrttvs cm portugu ,inglês, francês, espanhol, italiano ou alemão,
e compreenderão os seguíntc.s resumos: a) U na língua em que foram escritos os textos;
b) Outro em português; c} E: ainda outro em il glês (de preferência) ou francês no caso dos
arbgos escntos em lmgua duerente destas.
Os originais devem ser submetidos ao membro do Corpo Editorial: Emerita Marques
Centro de Zoologia -
um só lado, em formato A4. (210 primeira página deve ter o titulo do artigo, os
mm x 297 mm); a
nomes dos autores (sendo desejável no máximo dols apelidos ) e respectívos organismos e mora
texto,
'das; a segunda página deve repetir o títuto e os autores, seguindo-se-lhes
os resumos,
etc.; devem ainda indicar a qual dos autores (sua morada completa e telefone) deverão ser
enviadas as provas para revisão e quantas separatas extra pretendem adquírtr (ver o último
mente em tamanho maior, para permitir uma melhor repi leg�mdas das tabelas e das
oduçáo, As
figuras devem ser indicadas numa folha li P'Mt!) e claramente referenciadas. As tabelas e grá
ficos devem preto sobre fundo branco (por exemplo a tinta-da-china negra sobre
ser traçados a
papel vegetal), suficientemente contrastados para pernuttr <H11" boa reprodução, e as fotografias
brtlhantc. Os quadros tabelas deverão ser ela
devem ser também 'a preto e branco, sobre pétrel e
não
desejável que
l!: páginas de cada artigo, íucluíndo as gravuras e tabelas,
o número de
As referências devem ser indicadas no texto po meio do nome do autor (sem iniciais dos
a menos estritamente necessárío pal':l di, ting IiI' dois autores com o mesmo
prenomes, que
sendo llc.:f,l d,.s referências no fim do traba
apelido) e pelo ano de publicação, apresentada uma
portugues cm vigor (NP-405 e NP-139). Exem
lho, por ordem alfabética e conforme as normas "
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No c so de um só autor, este tera direito gratuitas, e ne so il. 50 sep latas
terão em conjunto dírelto a 100 separatas gratuttas. Em qualqu r do
autores estes
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autores, ou os organismos da Junta fi q te estes pertençam, poderão encomendar qualqu
de separatas extra.
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to íJotj.sslIUu srU bsiæ'g'gu8 'gnÍsd .beaaucatb 81 snu,SÏ -ansvorqa o ea-ohnoqo'rq ,ms'gsvlsa snusl sb si-golo:lsq
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lIS :>iHrlqox9 xInl.sm S'IS �:llubA ,sail ohacro-sn À 'lb aotlubs aO .ffl9morl os obs!ooeas s:lasmlsv
'CLBvlIsa '1:0 aaoU0geelb rl�lJoI(j ,bns -iosl mo, fnsmorl' o obru;oÍq ,aoUlôxs sjIIsmIsqlonl"Iq olie
m 'I: eor ni svüs-gsn S'T9W es:liM"t.sq -nsl'g llJ.in 8O!
'o'Ioqes sb .selupæq J3 sup .sb.rù..s ,s sb..sblI
Io'! '(UlDrro:.Jsa s e'{.sIq '(:ldsdO'Iq ioiloo oble ..snns! asb.8alm.&X9 assmM: eor sb 89'!sviIsa aslub
.lIo!a8im mu 9rlm�qmsa9b t��l\ .1>.. sup IsvAvo'Iq s ,svi:ls'gSíJ
.0mailiuI..sq ob o.saalma!Is'Ij :an ohAoolJosl.l lsqsq
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
A Série de Zoologia de Garcia de Orta publica artigos de Zoologia no sentido lato (Ma
gia fundamental ou aplicada, cc·mo Apicultura, Luta Biológica, etc. Poderá também incluir peque
nas notas zoológicas, noticiário científico, recensões ou críticas bibliográficas.
Os
artigos podem ser escritos em português, inglês, francês, espanhol, italiano ou alemão,
e compreenderão os seguintes resumos: a) Um na língua em que foram escritos os textos;
b) Outro em português; c) E ainda outro em inglês (de preferência) ou francês no caso dos
artigos escritos em língua diferente destas.
Os originais devem ser submetidos ao membro do Corpo Editorial: Emerita Marques
Centro de Zoologia -
Rua da Junqueira, 14 -
Lisboa-3.
Os autores devem enviar os originais em duplicado, dactilografados a dois espaços e de
um só lado, em formato A4 (210 mm x 297 mm); a primeira página deve ter o titulo do artigo, os
nomes dos autores (sendo desejável no máximo dois apelidos) e respectívos organismos e mora
das; a segunda página deve repetir o título e os autores, seguindo-se-lhes os resumos, texto,
etc.; devem ainda indicar a qual dos autores (sua morada completa e telefone) deverão ser
enviadas as provas para revisão e quantas separatas extra pretendem adquirir (ver o último
parágrafo destas instruções).
As tabelas e figuras devem ser reduzidas a um número mínimo e apresentadas separada
mente em tamanho maior, para permitir uma melhor reprodução. As legendas das tabelas e das
figuras devem ser indicadas numa folha à parte e claramente referenciadas. As tabelas e grá
ficos devem ser traçados a preto sobre fundo branco (por exemplo a tinta-da-china negra sobre
papel vegetal), suficientemente contrastados para permitir reprodução, fotografias uma boa e as
devem ser também ·a preto e branco, sobre papel brilhante. Os quadros e tabelas deverão ser ela
borados, sempre que possível, de molde a permitirem a publicação na mancha normal da revista.
Só em casos muito especiais poderão ser consideradas reproduções a cores.
li: desejável que o número de páginas de cada artigo, incluindo as gravuras e tabelas, não
exceda, em princípio, 20 páginas dactilografadas (o correspondente a cerca de 10 páginas impres
sas). No caso de o trabalho não poder ser reduzido a este tamanho, poderá: a) Considerar-se a
sua divisão em duas ou mais partes, a publicar como se fossem artigos independentes; b) Ser
remetido para publicação noutra seriada mais adequada da Junta de Investigações Científicas
do Ultramar; c) Ou, excepcionalmente, ser decidida pelo Corpo Editorial a sua publicação como
As referências devem ser indicadas no texto por meio do nome do autor (sem iniciais dos
prenomes, a menos que estritamente necessário para distinguir dois autores com o mesmo
apelido) e pelo ano de publicação, sendo apresentada uma lista das referências no fim do traba
lho, por ordem alfabética e conforme as normas portuguesas em vigor (NP-405 e NP-139). Exem
plos: a) No texto: (Vale & Cunha, 1969) ou Vale & Cunha (1969); b) Na lista bibliográfica:
mais rapidamente possível. Para facilitar a correcção das provas, será enviado aos autores um
autores, ou os organismos da Junta a que estes pertençam, poderão encomendar qualquer número
de separatas extra.
SUMÁRIO
Research on the
mosquitoes of Angola V On the bioecology -
-
... . .. ... ... ... ... ... ... ... ... . .. ...
... 31
Oarabideo« de Moçambique -
M.a Luísa Gomes Alves 39