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A ação empreendedora não está necessariamente ligada a criar um negócio.

A forma de pensar e de planejar é que faz um empreendedor, independentemente


de seu segmento de trabalho, onde este, através das mudanças, inovações ou
criações, são capazes de criar ou modernizar modelos de negócios, gerar demanda,
dar origem ou ampliar postos de trabalho, movimentar a economia.
As evoluções tecnológicas, as crises econômicas, a expansão do
conhecimento formal sobre esta área, as mudanças de visão sobre o mercado e
relações patrão e empregado, além dos sonhos, projetos pessoais e criatividade de
muitos empreendedores, são fatores que fomentaram o desenvolvimento crescente
do empreendedorismo no Brasil e no mundo. No entanto, a forma com que este
novo ou renovado empreendimento se organiza e se estrutura, podem determinar
seu sucesso ou seu fracasso.
Compreender a importância do conhecimento (não só sobre do produto que
se pretende ofertar, mas de mercado, dos insumos envolvidos, da concorrência
etc.); investimento e gerenciamento corretos do tempo e dos recursos
financeiros, além de planejamento e objetivos claros e realizáveis, trazem ao
empreendedor melhores condições de se estabelecer comercialmente e contribuir
com o desenvolvimento econômico e social em que está inserido. O
empreendedorismo de Oportunidades, seria o modelo no qual consegue se
estabelecer sobre estas bases, porém, infelizmente, nem todos os empreendimentos
têm esta oportunidade ou condição, sendo criados muito mais como um efeito de
ação e reação diante de uma crise, o que aumentam substancialmente as chances
deste fracassar.
O universo do empreendedorismo é complexo e os esforços da empresa e
seus agentes não são os únicos vetores neste senário. Fatores políticos e
econômicos, históricos e sociais, hábitos e costumes influenciam os rumos que este
negócio pode ter. Em um país cujas políticas públicas estejam engajadas nesta
cultura empreendedora, torna-se muito mais fácil este processo, visto que, o ensino
e a educação já em suas bases até conhecimentos mais específicos, delineiam o
espírito empreendedor; as leis, regras, impostos, incentivos, buscam agregar e não
barrar o desenvolvimento das empresas. Neste sentido, o Brasil embora seja visto
com um grande potencial para o desenvolvimento empreendedor, ainda apresenta
fortes barreiras, comumente sintetizada como Custo Brasil, onde somam-se desde
altas taxas e impostos, burocracia, falta de estruturas, instabilidade econômica, leis,
falta de incentivos, entre outros.
Através de estudo realizado pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor;
Empreendedorismo no Brasil: 2016), foram apresentados no conteúdo desta
disciplina cinco fatores que favorecem o empreendedorismo (a abertura do
mercado, a capacidade empreendedora, os programas governamentais, as normas
culturais e sociais e a pesquisa e o desenvolvimento) e cinco que limitam o
empreendedorismo no Brasil ( as políticas governamentais, o apoio financeiro, a
educação e capacitação, as características da força de trabalho e as normas
culturais e sociais), onde chama a atenção certa ambiguidade nos resultados, onde
um fator pode ser considerado ao mesmo tempo favorável ou não, como nos
programas governamentais e normas culturais e sociais, mas no geral elas
representam bem os elementos destacados em nosso texto.
Empreender com sucesso necessita bom desenvolvimento das relações
humanas, controle financeiro e estimulo social, para que o empreendimento se
desenvolva de forma tranquila e facilitada e que o empreendedor tenha espaço para
produzir e efetivamente gerar riquezas, movimentando o senário econômico e social
do país.

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