Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ORIENTADOR
Msc. Rogério Pohl
RESUMO
Este artigo tem como temática principal demonstrar que o Marketing Pessoal é uma
ferramenta necessária para todo e qualquer tipo de profissional atuante ou não no
mercado de trabalho. Por esta razão, o desenvolvimento da imagem profissional,
juntamente com o próprio desenvolvimento pessoal, representa o diferencial
competitivo entre uma marca pessoal forte e interessante, ao invés de permanecer
apenas como mais um profissional, neste mar de commodities, que o atual mercado
de trabalho se transformou. A abordagem de pesquisa empregada neste artigo foi a
exploratória com o uso da técnica de pesquisa bibliográfica, através do levantamento
teórico de obras de diversos autores que são autoridades no assunto,
proporcionando suporte técnico-conceitual sobre o tema, em conjunto com fontes
complementares de outros artigos científicos e estudos de caso. A pesquisa teve
como objetivo conceituar o Marketing Pessoal, enumerar as etapas para o
desenvolvimento da imagem pessoal/profissional e mostrar como empregar a
análise SWOT como ferramenta estratégica de vantagem competitiva.
1. INTRODUÇÃO
O mercado de trabalho virou um campo de batalha que a cada dia torna-se mais
feroz e competitivo. Consequentemente, seguindo este fluxo frenético, os
profissionais das mais diversas áreas lutam com todas as armas possíveis para
obter o seu lugar ao Sol.
2
A escolha desta temática foi motivada pelas profundas transformações que vem
acontecendo na sociedade e, principalmente, no mercado de trabalho, partindo do
pressuposto que o profissional que deseja ser competitivo precisa praticar o
autoconhecimento, para entender seus pontos fortes e fracos, além de conhecer o
mercado e saber aonde pretende chegar profissionalmente.
2. O CONCEITO DE MARKETING
Da mesma forma que cada pessoa tem sua percepção do mundo ao seu redor, o
conceito de marketing tem definições diferentes, variando de autor para autor, e
adaptando-se com as mudanças sociais e mercadológicas, mas, de forma simplista,
podemos afirmar que marketing é: entender e atender o mercado (RICHERS,
1996/2004).
Também pode ser definido como um “conjunto de estratégias e ações que proveem
o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no
mercado consumidor” (FERREIRA, 1999).
Segundo Kotler (2003, pag. 11) marketing é uma função empresarial que identifica
necessidades e desejos insatisfeitos, define e mede sua magnitude e potencial
rentável, especificando que mercados-alvo serão mais bem atendidos pela empresa,
4
decide sobre produtos, serviços e programas que serão mais bem adequados para
atender a esses nichos, convocando todos da organização para focar em pensar e
atender o cliente.
Kotler (2017, pag. 33) também nos afirma que “o marketing consiste em lidar com
um mercado em constante mudança e que, para entender o marketing de ponta,
deveríamos entender como o mercado vem evoluindo nos últimos anos”.
Segundo Paixão (2009, pag. 37) dando sequência à última citação de Kotler, os
conceitos de marketing buscam adequar-se às nuances peculiares do ambiente
socioeconômico e ambiental em que se encontram, em constantes e rápidas
modificações, “posicionando-se como principal força na criação de mercados e
oportunidades”.
mercado. Como o mercado é global, multicultural e cada dia mais diverso, as tarefas
de entendê-lo e satisfazê-lo são desafiadores.
3. MARKETING PESSOAL
O Marketing Pessoal, assim como o próprio marketing, é algo que sempre existiu em
nossa sociedade (Persona, 2009). Mas ao observarmos a evolução do mercado nos
últimos anos, a partir da década de oitenta foi quando o Marketing Pessoal ganhou
força. Nesta época as empresas começaram a enxugar os seus quadros de
funcionários. Novas filosofias de administração surgiram em conjunto com o
florescimento de novas tecnologias e terceirizações. O mercado competitivo obrigou
os profissionais a entrarem em um embate mais acirrado para venderem as suas
habilidades (PERSONA,2009).
O Marketing Pessoal é conceituado por Oliveira Neto (1999, pag.23) como sendo:
“o processo encetado por um indivíduo, envolvendo a concepção, planejamento, e
execução de ação que contribuiriam para a: formação profissional e pessoal do
indivíduo (produto), a atribuição de um valor justo e compatível com o
posicionamento de mercado que se queira adquirir (preço), a execução de ações
promocionais de valorização pessoal (promoção), que o colocam no lugar certo na
hora certa (distribuição)”.
Kotler (2003, pag. 91) afirma que o Marketing Pessoal é uma nova disciplina que
utiliza conceitos e ferramentas do marketing “em beneficio da carreira e das
vivências pessoais dos indivíduos, valorizando o ser humano em todos os seus
atributos, características e complexa estrutura”.
Seguindo ainda com Rizzo (2011), o autor destaca que o marketing pessoal nos
remete a ideia de um lançamento de marca pessoa, significando a criação de sua
identidade e, desta forma, destacando-o dos demais profissionais.
Consequentemente, o valor pago pelas empresas será proporcional ao valor que a
sua marca representa, tendo a necessidade de constantes melhorias, para que
possam adquirir-se novos conhecimentos e habilidades, mantendo-se sempre
atualizado.
4.1. AUTOCONHECIMENTO
Bender (2009, pag.155) afirma que “precisa conhecer profundamente sua própria
marca para ter domínio sobre ela”.
Ciletti (2013) mostra que ter autoconhecimento significa entender os diversos fatores
que modelam a nossa personalidade. O autor também afirma que a busca pelo
autoconhecimento faz parte do amadurecimento do ser humano.
Sem o autoconhecimento ficamos à mercê da maré que o mercado nos leva, somos
levados de um lado ao outro em uma correnteza de incertezas, prejudicando muitas
vezes, neste processo, a imagem profissional. É exatamente contra esse tipo de
situação que o autoconhecimento é primordial. Através dele o profissional assume
as rédeas de sua vida e sabe, com convicção, para onde se deve caminhar.
Continuando o pensamento de Bender (2009, pag. 198), o autor mostra que: “pensar
estrategicamente na sua marca pessoal e na sua carreira é cercar-se de informação
para determinar a rota certa, o movimento certo. Isso implica uma dose alta de
autocrítica e análise e muito poucas divagações e sonhos”.
Segundo Bender (2009, pag. 58) “Os sinais mais fortes da nossa imagem de marca
vem da aparência”. Segundo o mesmo autor, o importante é nos sentirmos bem e
adequarmos isso à imagem que queremos transmitir. Bender (2009) ainda frisa que
“o importante é saber que sinais você quer passar e ser coerente”.
Bordin (2013) salienta que o primeiro julgamento que fazemos de uma pessoa no
momento que a conhecemos, é exatamente elaborado a partir da análise de sua
embalagem, ou seja, sua aparência.
Bender (2009, pag.61) destaca que: “durante todo o tempo, emitimos sinais de quem
somos por meio do comportamento, dos símbolos pessoais, da aparência, das
interações pessoais. Interagimos de 15 a 20 horas por dia com colegas de empresa,
os amigos, os familiares, os vizinhos. Isso é poderoso quando se trata de trabalhar a
imagem”.
Bender (2009) afirma que o grande desafio da vida profissional é “ser diferente e ter
valor, representar um conceito, uma palavra na mente dos que estão à sua volta”.
Continuando com Blanco (2010), o autor comenta que o grande desafio é a criação
de uma identidade clara e distinta. Ela precisa ser adequada, diferenciada das
demais, causando impacto nos clientes e construindo uma vantagem competitiva e
um valioso ativo estratégico.
O diferencial competitivo não está atrelado a diplomas, como Bender (2009, pag.91)
ilustra, “um certificado a mais no currículo não fará diferença alguma se não souber
para onde está indo, como tirar lucro desse diferencial ou se não tiver controle sobre
sua gestão de marca pessoal”.
Agregar valor para o mercado. O que eu posso oferecer, da melhor forma possível,
para tornar-me indispensável e destacar-me dos milhares de profissionais invisíveis
que estão nadando para sobreviver. Desenvolver o diferencial competitivo é um
trabalho árduo e contínuo de aprimoramento e especialização. Usar o que tenho de
diferente e torna-lo especial é a chave para o caminho do sucesso.
Como bem destacado por Bender (2009, pag. 99): “Nenhuma marca bem-sucedida
atingiu sucesso por ser normal. O sucesso está ligado à criação de algo novo,
diferente. Ninguém está disposto a pagar nem um centavo a mais pelo normal. O
normal tem preço médio no mercado, é commodity. O valor está na diferença. Isso
vale para marcas corporativas e marcas pessoais. A normalidade só leva à guerra
de preços de mercado, e aí, para manter, você terá de dar muito desconto e fazer
promoção com a sua marca. E esse é o primeiro passo para a perda de valor e para
a invisibilidade no mercado”.
De acordo com Bender (2009 pag. 169), “o seu mercado terá o tamanho do alcance
da visibilidade de sua marca na sua rede de relações. Essa rede é sua audiência”.
Quem não é visto não é lembrado. A visibilidade perante o seu networking, pessoal
e virtual, é necessária para a divulgação da sua marca pessoal além de ser uma
parte importante, porém delicada, dentro do marketing pessoal.
Segundo McCaffrey (1983, p.14), o modo que a pessoa utiliza seu tempo, praticando
atividades civis, sociais e políticas, cria uma imagem da pessoa como indivíduo.
Estes eventos tornam-se fontes de construção de imagem, sendo uma boa
oportunidade para que outros possam conhecer mais o seu desempenho. O
envolvimento social e o ativismo trazem qualidades de liderança que são percebidos
pela comunidade, reconhecendo-o então, como apto para assumir funções de
maiores responsabilidades.
O estrategista de marcas Arthur Bender (2009) alerta que a alta visibilidade pode
gerar ganhos imediatos, mas também comprometer seus planos no futuro caso não
sejam bem calculadas. Bender (2009 pag. 213) também frisa que “a visibilidade ideal
é a que produz sinergia entre seus valores de marca, que reforça seu DNA de marca
pessoal”. O autor nos pede para avaliarmos estrategicamente nossos movimentos,
13
procurando descartar qualquer visibilidade que não vá agregar valor para a sua
marca pessoal.
5. ANÁLISE SWOT
A matriz SWOT é uma ferramenta de análise de cenário. Sua sigla baseia-se nas
iniciais em inglês das palavras forças (S), fraquezas (W), oportunidades (O) e
ameaças (T). Em qualquer tipo de planejamento de marketing precisam-se levar em
conta quais os pontos fortes e fracos de um produto, e com o profissional isso não é
diferente (Persona, 2010).
5.1. FORÇAS
Devemos lembrar que a sua força pode ser qualquer qualificação que possa torna-lo
exclusivo para um determinado trabalho.
5.2. FRAQUEZAS
Persona (2010) pede que o profissional seja franco ao analisar suas fraquezas,
perguntando se suas competências são fracas em relação ao mercado.
Alguns dos seus pontos considerados mais fracos ou que não suportam à sua
missão pessoal podem ser modificados, com especializações, cursos,
desenvolvimento pessoal ou o aceitamento e mudança de missão para adaptá-las.
O importante é que estes pontos sejam trabalhados para não passarem à sua marca
pessoal a imagem de incompetência.
5.3. OPORTUNIDADES
De acordo com Bender (2009, pag. 191), para encontrar oportunidades o profissional
deve partir de uma ‘macro visão’: “pense no mercado como um todo; feche um
pouco o ângulo de visão e pense em segmentos de negócios; em seguida, busque
atividades que precisem dessas competências/capacidades/habilidades”.
16
5.4. AMEAÇAS
O último ponto da análise SWOT são as ameaças externas. As ameaças são fatores
no ambiente de negócios que podem dificultar o desemprenho.
As ameaças são relacionadas a fatores externos, fatores estes que não temos
controle. Por esta razão, Persona (2010) ressalta que precisamos manter os olhos
nos concorrentes diretos e indiretos.
6. METODOLOGIA
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, Nelsio R.de; BALDANZA, Renata F. Marketing Pessoal: ser e querer, per-
cepção e visibilidade. Revista Cientifica Symposium, Minas Gerais, v.1, n.2, p.102-
106. Jul./Dez.2003.
BENDER, Arthur. Personal Branding: construindo sua marca pessoal. São Paulo,
Integrare Editora, 2009.
BLANCO, Roberto A. Del. Você marca pessoal. São Paulo: Saraiva, 2010.
FIGUEIREDO, Antônio Macena de; SOUZA, Soraia Riva Goudinho de. Como elabo-
rar projetos, monografias, dissertações e teses: da redação científica à apresentação
do texto final. 4. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5. Ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
HARREL, Keith. Atitude é tudo. 10 passos para o sucesso. São Paulo. Futura, 2001.
<http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/marketing-pessoal-voce-e-o-
seu-melhor-produto/70471/>. Acesso em 29/08/2018.
http://www.mariopersona.com.br/entrevista-consumidor-moderno-marketing-
pessoal.html Acesso em 24/08/2018.
RAMALHO, Rogério J. Você é sua melhor marca: como o marketing pessoal pode
ser utilizado para fazer a diferença em sua carreira. Rio de Janeiro. Elsevier, 2008.