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Florianópolis
2014
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Universidade Federal de Santa Catarina
Florianópolis (SC)
2014
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Folha de Aprovação
____________________________________
Orientadora da Monografia
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Coordenadora do Curso
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Coordenadora de Monografia
Florianópolis (SC)
2014
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Dedicatória
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Agradecimentos
As Profa. Dra. Daiana Kloh e Profa. Dra. Giovana Dorneles Callegaro Higashi pelo
encorajamento para finalização deste trabalho;
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“Trabalhar é criar e criar e o único prazer
sólido e eficiente que podemos desfrutar
sobre essa terra”
Giobert
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SUMÁRIO
Resumo......................................................................................................08
Introdução.................................................................................................09
Fundamentação Teórica.............................................................................12
Método......................................................................................................22
Resultado e Análise................................................................................. 23
Considerações Finais................................................................................ 24
Referências................................................................................................24
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RESUMO
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INTRODUÇÃO
O interesse em desenvolver esse estudo surgiu a partir do aumento de
incidência nos transtornos da conduta em crianças e adolescentes gerando um fator de
preocupação para os profissionais que atuam nos serviços de saúde mental.
A infância é o período que vai desde o nascimento até o décimo segundo ano
de vida - Estatuto da Criança e Adolescente (ECA – 1990). É caracterizado pelo período
de significativo desenvolvimento físico atrelado ao momento em que o ser humano se
desenvolve na dimensão psicológica, abrangendo diversas e graduais mudanças no
comportamento do indivíduo, sobretudo na formação das bases de sua personalidade.
É a partir do décimo segundo ano de vida até o décimo oitavo ano de vida
incompleto que é considerado adolescente, pois no momento que completa 18 anos o
individuo passa a responder civil e criminalmente como maior de idade, ou seja, como
pessoa imputável.
No cerne da psiquiatria da infância, um dos quadros mais problemáticos tem
sido o chamado transtorno da conduta, anteriormente chamado de delinquência, o qual
se caracterizava por um padrão repetitivo e persistente de conduta antissocial, agressiva
e desafiadora.
Na base do transtorno de conduta está a tendência permanente para apresentar
comportamentos que incomodam e perturbam, além do envolvimento em atividades
perigosas e até mesmo ilegais. Não apresentam sofrimento psíquico ou constrangimento
com as próprias atitudes e não se importam e ferir os sentimentos das pessoas ou
desrespeitar seus direitos. Portanto, seu comportamento apresenta maior impacto nos
outros do que em si mesmo.
Os comportamentos anti-sociais tendem a persistir, parecendo faltar a
capacidade de aprender com as conseqüências negativas de seus atos. Outra
característica importante é que tais comportamentos prejudicam de forma significativa a
vida da criança e do adolescente, seja na escola, em casa, ou na vida social.
O Transtorno de conduta é considerado difícil de diagnosticar e tratar, uma vez
que as crianças e adolescentes, em seu ciclo normal de desenvolvimento apresentam
uma série de comportamentos, incluindo os desafiadores. Isso significa dizer que nem
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todos os comportamentos apresentados por eles são aqueles desejados socialmente,
como os comportamentos de educação e civilidade.
Comportamentos como mentir e matar aulas fazendo parte do desenvolvimento
da criança e adolescente, especialmente quando ocorrem de forma isolada ou
esporádica. Porém, se esse tipo de comportamento se torna uma constante, uma padrão,
pode ser caracterizado como um transtorno.
Lembramos que o transtorno de conduta não deve ser confundido com o termo
“distúrbio na conduta”, utilizado no Brasil de forma muito abrangente e inespecífica
para nomear problemas de saúde mental que causam incômodo no ambiente familiar e
ou escolar. Por exemplo, crianças e adolescentes desobedientes, com dificuldade para
aceitar regras e limites e que desafiam a autoridade de pais ou professores, costumam
ser encaminhados aos serviços de saúde mental devido a “distúrbio da conduta”.
No entanto, tais distúrbios nem sempre preenchem critérios para a categoria
diagnóstica “transtorno da conduta”. Portanto, o termo “distúrbio da conduta” não é
apropriado para representar diagnósticos psiquiátricos.
Neste contexto, pode-se verificar que quanto mais precoce o início do
surgimento, maior a gravidade e forte tendência de durar ao longo da vida. Os sintomas
permeiam desde os mais leves como mentiras, falta as aulas até a inclusão dos mais
graves, como agressões físicas ou uso de drogas. O desinteresse e déficit de participação
escolar e o próprio comportamento desviante levam ao fracasso acadêmico tornando o
futuro da criança ou adolescente mais limitado. Ainda, o encontro com outras pessoas
com o mesmo perfil pode ocasionar a formação de gangues, o que significa em primeiro
passo na direção de atividades ilegais em grupo.
Sendo assim, o objetivo desse estudo é identificar as características do
transtorno de conduta, analisar suas implicações na criança e no adolescente, as
causas, seu diagnóstico e tratamento, destacando, também, como a escola e
principalmente família pode ajudar neste processo.
A partir da realização deste estudo, contribui-se para ampliar os conhecimentos
em torno de uma doença a qual repercute no desenvolvimento social, psicológico e de
aprendizado da criança e adolescente.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Transtorno de Conduta
Classificação
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parece essencial investigar de maneira exaustiva outros transtornos psiquiátricos ou
comormidades. Muitos jovens traumatizados com transtorno do humor (deprimidos ou
bipolares), psicóticos ou com desenvolvimento perturbado se engajam em
comportamentos negativos. O TDO e o TC não devem ser diagnosticado em separado se
os sintomas ocorrem exclusivamente durante o curso desses outros transtornos.
Inicialmente, em qualquer transtorno e para qualquer paciente, o primeiro passo
é a realização de uma avaliação minuciosa que possa trazer dados consistentes a fim de
se traçar uma linha de bases. Isto é, conhecer quem é a pessoa, qual sua demanda, como
foi sua história de aprendizagem e quais são as relações estabelecidas com o contexto. A
avaliação permite trazer um diagnóstico topográfico e funcional, apontar diagnósticos
diferenciais e escolher as técnicas mais pertinentes e eficazes para serem utilizadas no
processo terapêutico. Além disso, a avaliação não ocorre apenas no início do
acompanhamento psicoterápico, mas durante todo o processo.
Uma vez que a criança e os pais vão se transformando ao longo do processo, vão
aprendendo e desenvolvendo novas formas de relacionamento e adquirindo maior poder
de discriminação de situações consideradas aversivas. Desta forma, diferentes maneiras
de interpretação das situações vão sendo favorecidas e, conseqüentemente, novas
habilidades de enfrentamento podem ser emitidas. Nesse sentido, o processo avaliativo
deve estar presente durante todo o processo psicoterápico, a fim de focar metas,
verificar possíveis resultados, restabelecer intervenções e objetivos terapêuticos.
Para TDO, o indivíduo deve exibir pelo menos quatro de oito sintomas dentro
dos últimos seis meses. Estes são sintomas característicos do portador desse transtorno:
- Demonstrar ressentimento;
- Descontrola-se;
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- Culpa os outros por se mau comportamento;
- Revela Rancor.
MÉTODO
RESULTADOS E ANÁLISE
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O trabalho buscou analisar como o profissionalmente de saúde pode atuar no
cuidado de saúde aos portadores de transtorno da conduta revendo um conhecimento
atualizado do tema em questão.
Transtorno da Conduta
No Transtorno de conduta deve exibir três dos quinze sintomas no ano anterior e
nos últimos seis meses. Estes são sintomas característicos do portador desse transtorno:
- Brigas;
- Fuga de casa;
- Uso de armas;
- Provocação de incêndios;
- Ausência da escola;
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O TDAH deve ocorrer na infância inicial, no mínimo antes dos sete anos de
idade, mesmo não sendo diagnosticado mais tarde. Se uma criança apresentar, por seis
meses ou mais, dos sintomas de desatenção, o transtorno é identificado como TDHA do
tipo que predomina a desatenção. Se houver, por mais de seis meses ou mais, sintomas
hiperativos impulsivos são satisfeitos os critérios para o tipo predominantemente
hiperativo impulsivo. Se houver os dois, o TDHA é do tipo combinado.
Sintomas de Desatenção
- Dificuldade de atenção;
- Problemas de ouvir;
- Distração fácil.
- Corre ou é inquieto;
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- Responde com precipitação;
- Falo de mais;
- Tende a interromper.
Epidemiologia
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crianças. Em geral, os adultos que foram crianças com TC exibem taxas mais altas de
criminalidade, de transtornos psiquiátricos e de abuso de substâncias, menos conquistas
acadêmicas e ocupacionais, relacionamentos conjugais ruins e pior saúde física que os
demais.
Etiologia
Fatores da Criança
Disfunção serotonérgica.
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Fatores dos Pais de Família
Fatores Protetores
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Tratamento
1- Treinamento de Manejo pelos pais (TMP): treina os pais para interagir com a
criança de maneira que promovam o comportamento pró-social.
2- Treinamento de Habilidades Cognitivas em Solução de Problemas: desenvolve
habilidades para enfrentar conflitos interpessoais, reordenando as expectativas
cognitivas e treinando soluções adaptativas.
3- Terapia Multissistêmica: enfoca o funcionamento do sistema da família e o
comportamento da criançano contexto de sistemas múltiplos (família, escola,
grupo de colegas, etc.).
4- Treinamento de Manejo com a Raiva: auxilia a criança a desenvolver métodos
mais adaptativos para lidar com sentimento de raiva.
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5- Terapia Familiar Funcional: enfoca o auxílio a família para melhorar o estilo de
interações e os comportamentos funcionais.
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Prognóstico
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFÊNCIAS
Corito, Maria Cristina Ventura; Duarte, Cristiane S.; Delgado, Pedro Gabriel Godinho.
A Saúde Mental Infatil na Saúde Pública brasileira: situação atual e desafios. Rev.
Bras. Psiquiatr. Rio de Janeiro ago. 2008.
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Maia, Joviane Marcondelli Dias; Willians, Lucia Cavat Canti de Albuquerque. Fatores
de Risco e fatores de proteção ao desenvolvimento infatil: uma revisão da área.
Termas psicol. V. 13 n°. 2 Ribeirão Preto dez. 2005.
Marconi, Marina de Andrade. Lalhatos, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. São Paulo:
artmed, 1999.
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