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Obsessões Espirituais

A obsessão é comum na nossa Humanidade, condição existente devido a imperfeição


espiritual que caracteriza a maioria dos habitantes do mundo em que vivemos. É
conceituada pelo Espiritismo como “[…] o domínio que alguns Espíritos exercem sobre
certas pessoas. É praticada unicamente pelos Espíritos inferiores, que procuram
dominar, pois os Espíritos bons não impõem nenhum constrangimento. […].”1
A propósito, Allan Kardec afirma, em A Gênese:
Os Espíritos maus pululam em torno da Terra, em consequência da inferioridade moral
de seus habitantes. A ação maléfica desses Espíritos faz parte dos flagelos que a
Humanidade se debate neste mundo. A obsessão, que é um efeito dessa ação, como as
doenças e todas as atribulações da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou
expiação e aceita como tal.2
Ainda que no momento estejamos passando por um período de transição planetária, no
qual já se percebe fortes sinais indicativos de mudanças evolutivas na humanidade
terráquea, cujo planeta caminha para o estado de regeneração, a Terra ainda é
categorizada como mundo de expiação e provas, visto que o mal predomina.
Neste sentido, a obsessão está caracterizada como epidemia antiga, ocorrendo desde
os tempos imemoriais, que alcança milhares e milhares de pessoas em todas as partes
da Terra. É uma enfermidade que, para ser erradicada, necessita da melhoria humana,
especialmente a de cunho moral. O ser humano moralizado ou que se empenha em se
transformar em pessoa de bem, neutraliza naturalmente as investidas dos Espíritos
maus.
Simples influências espirituais podem conduzir a processos obsessivos graves,
transformando-se em enfermidades de longo curso, e, conforme a intensidade em que
se manifestam, podem ser de difícil resolução dentro dos espaço-tempo de uma
reencarnação. Conforme o caso, pode extrapolar mais de uma reencarnação.

No painel das obsessões, à medida que se agrava o quadro da interferência, a vontade


do hospedeiro perde os contatos de comando pessoal, na razão direta em que o invasor
assume a governança. A […] subjugação pode ser física, psíquica e simultaneamente
fisiopsíquica. A primeira, não implica na perda da lucidez intelectual, porquanto a ação
dá-se diretamente sobre os centros motores, obrigando o indivíduo, não obstante se
negue à obediência, a ceder à violência que o oprime. […] No segundo caso, o paciente
vai [sendo] dominado mentalmente, tombando em estado de passividade, não raro sob
tortura emocional, chegando a perder por completo a lucidez […]. Por fim, assenhoreia-
se, simultaneamente, dos centros do comando motor e domina fisicamente a vítima,
que lhe fica inerte, subjugada, cometendo atrocidades sem nome.3
Por outro lado, é importante considerar que, além das obsessões provocadas por
obsessores, propriamente ditos, existem as manifestações da auto obsessão. Silas, o
orientador espiritual, em colóquio com o Espírito André Luiz pontua: “Todos os crimes
e todas as falhas da criatura humana se revelariam algum dia, em algum lugar.”4
Acrescentando, à guisa de explicação: “[…] A criação de Deus é gloriosa luz. Qualquer
sombra de nossa consciência jaz impressa em nossa vida até que a mácula seja lavada
por nós mesmos, com o suor do trabalho ou com o pranto da expiação.” 5
Os relatos de obsessões severas (vulgarmente denominadas de ”loucuras”),
representam casos do domínio intenso e permanente de um ou mais Espíritos, os quais
se empenham em conduzir o indivíduo a um estado ruptura mental. Os remorsos
provocados por atos cometidos no passado, em outras reencarnações, podem até estar
amortizados pelo esquecimento, mas jamais serão deletados da memória integral do
Espírito. Nestas condições, é suficiente, às vezes, que um acontecimento comum ─
perda afetiva ou material, por exemplo ─ libere lembranças dolorosas que podem
conduzir a pessoa a um estado de desestruturação mental, considerado repentino por
que, entre outros fatores, não está subordinado a doenças pré-existentes, enfermidades
infecciosas ou traumatismos crânio-encefálicos.

Cientes desses fatos, Bezerra de Menezes aconselha sermos mais cuidadosos na forma
de como conduzimos a nossa existência, procurando agir sempre no bem, por maiores
sejam os desafios:
O fato, pois, da influência dos Espíritos sobre os viventes, é o mesmo da que estes
exercem, uns sobre os outros. Tal influência apresenta diversos graus: vai de simples
insinuação à dominação completa da vontade. O uso que fazemos do nosso livre
arbítrio, na repulsão daquela causa perturbadora, pode ser eficaz ou inútil, conforme a
natureza dos nossos sentimentos. Se forem bons, a nossa resistência rechaçará todos
os ataques do inimigo. Se forem maus, serão ventos a auxiliarem as correntes do
inimigo. Cada um de nós forma sua atmosfera moral, dentro da qual somente podem
penetrar Espíritos da nossa natureza, que são os únicos que a podem respirar, se nos
permitem a expressão. Assim, os que modela suas ações, seus pensamentos e seus
sentimentos, pelas normas do dever e do bem, não podem chegar senão Espíritos
adiantados, jamais maléficos

O espiritismo nos ensina também que o tipo mais comum da obsessão é de


desencarnado para encarnado e que ela é uma via de mão dupla, por isso, ninguém
está livre do chamado ataque espiritual.

Como perceber se estamos sofrendo ataques espirituais?

Primeiramente vamos lembrar, que o assédio obsessivo está relacionado a várias


questões, por exemplo, quando um amigo consegue um bom emprego, o outro pode
sentir inveja, rancor, raiva, por não conseguir o mesmo feito.
No programa Presença Espírita na Bíblia, José Reis Chaves, falou do ataque espiritual.

Confira:
“O ataque espiritual acontece quando temos uma ideia fixa a respeito de uma questão
e acabamos sendo influenciado por ela. Um espírito gosta muito de uma determinada
ideia e quer que pratiquemos algo relacionado a ela. Essa ação pode ser maldosa”, José
Reis Chaves.

Entretanto, os ataques espirituais não estão ligados somente as ideias fixas. Aquele que
está sendo obsediado, sofrendo algum ataque, pode apresentar:

• pensamentos negativos;
• falta de prazer pela vida;
• choro compulsivo e uma maior sensibilidade;
• agressividade;
• desequilíbrio emocional, etc.

É possível termos conhecimento desses ataques espirituais e combatê-los?
Segundo José Reis Chaves, sim!
“Tomamos conhecimento quando há perseguição perturbação, quando alguma coisa |
ideia fixa não nos deixa. Não abrimos mão dela”.

Já em relação ao combate a esses ataques, a partir do momento em que pensarmos


positivo, vibrarmos coisas boas, tudo irá melhorar. Afinal, os nossos pensamentos tem
poder.

Vibre, pense, emane sempre coisas positivas! Não se maltrate ou julgue ninguém!!

UMA BATALHA DE LUZ E TREVAS

Existe uma intensa atividade permeando o universo físico e o espiritual. Forças e


energias espirituais influenciam a vida dos encarnados, muitas vezes de forma negativa,
provocando comportamentos e atitudes negativas, criando uma atmosfera densa de
ódio e desespero. Esses espíritos ligados aos vivos e distantes da grande Luz Divina,
vivem só para isso. Estamos falando dos obsessores.

- Alex Alprim -
Obsessão: substantivo feminino. 1 - Diacronismo: antigo. 2 - Suposta apresentação
repetida do demônio ao espirito. 3 - Apego exagerado a um sentimento ou a uma idéia
desarrazoada. 4 - Ação de molestar com pedidos insistentes; impertinência,
perseguição, vexação.

Se pudéssemos enxergar o mundo espiritual como vemos o universo físico,


perceberíamos um grande número de espíritos passando por nós a todo instante: em
nossas casas, no trabalho e nas mais diversas atividades, tanto interagindo como
atuando junto ao mundo dos encarnados.

Na Terra, existe um sem número de forças espirituais, e nem todas com "boas
intenções". Na verdade - segundo a literatura espírita obtida até os dias atuais por meio
de psicografias, mensagens e contatos mediúnicos - o plano de evolução espiritual em
que se encontra nosso planeta o leva a ser um local de expiação, no qual se concentra
um grande número de espíritos vibrando nas baixas freqüências.

Esses espíritos vivem imersos em correntes energéticas e emocionais de ódio, raiva,


egoísmo, amor não-correspondido, entre outras emoções, e estão de tal forma presos
ao plano físico que muitos acreditam ainda estar em seus corpos carnais. Assim, vivem
próximos das pessoas com as quais um dia conviveram, afastando-se dos planos
espirituais mais elevados e atrasando sua reencarnação.

Entre esses espíritos, ainda existem aqueles que têm a consciência de que estão mortos
e que não habitam mais um corpo físico; mas como ainda estão presos às vibrações
mais baixas do mundo espiritual, realizam ações que visam prejudicar os vivos e
atrapalhar ao máximo a vida e a evolução espiritual de suas vítimas encarnadas. Esses
espíritos são os que chamamos de obsessores.

A Obsessão Nasce

Eles nascem de diversas formas. Sua sensibilidade à Luz Divina foi embrutecida pelo
tempo e por sua natureza moral. Eles ficam estagnados num círculo vicioso e numa
obstinação tão intensa que não é raro se esquecerem quando e por que tudo começou.
Na maioria das vezes, estão tão cansados e vivem há tanto tempo nessa condição que
não sabem mais como caminhar em direção ao esclarecimento e à Luz de Deus,
necessitando assim de toda ajuda que lhes possa ser fornecida.

É fácil para nós imaginarmos o surgimento de tais obsessões pelo caminho do ódio.
Afinal, sabemos do que os homens são capazes quando tomados pela raiva
descontrolada; mas também surgem obsessões, até mais graves, em virtude do amor.
O amor gera correntes que, unidas a outros sentimentos (egoísmo, apego, carência
afetiva intensa, falta de auto-estima), podem produzir obsessões.

A revolta, a dor, a raiva, podem mudar a energia do amor; basta que exista um grande
apego alimentado por um forte egoísmo, gerado num coração que viva uma grande
carência, e teremos um espírito que sentirá uma grande dificuldade de se separar dos
entes queridos.

Como o amor e o ódio estão separados por uma barreira quase imperceptível, em
algumas oportunidades, imaginamos que um espírito está com ódio, quando, na
verdade, ele pode estar escondendo a dor de um amor não correspondido; ou até
mesmo pode ser uma entidade que ainda quer manter o apego que tinha em vida,
agindo de forma a manter a outra pessoa presa ao círculo de sentimentos que
demonstrava quando o espírito estava encarnado.

De todas as formas de obsessão, a gerada pelo amor é a pior de todas, pois aquele que
ama sequer pode imaginar ou aceitar que, na verdade, está atrapalhando seus entes
queridos. Ele acredita estar ajudando-os, supondo que não poderiam viver sem sua
presença e auxílio.

A relação entre o obsessor e suas vítimas é variada e segue por caminhos tortuosos,
mas que inevitavelmente levam à degradação física e moral do obsedado, o que, por
fim, pode levar à "vitória" do espírito obsessor. Entre as formas conhecidas de obsessão,
vamos a seguir analisar as maneiras de ataque.

O Ataque das Trevas

Partindo do que observamos até o momento, percebemos que as obsessões são as


ações que influenciam os vivos, estimulando reações e semeando a discórdia e o ódio,
nascido da força exercida pelos espíritos inferiores. Eles influenciam maleficamente,
como os demônios das histórias bíblicas, e assim como ocorre nessas histórias, as
formas do obsessor atuar também são sutis e intangíveis, e só após muito tempo é que
se tomam evidentes. Mas podemos dividi-Ias da seguinte forma:

Obsessão Simples

O espírito obsesso por meio da sua vontade, motivado pelos mais diversos sentimentos,
exerce uma persistência férrea, tenaz, influenciando em todas as áreas da vida de sua
vítima, provocando a ira de pessoas próximas, atrapalhando seus relacionamentos,
atuando por meio de sugestões de pensamento que vão contra a forma habitual da
vítima agir.

Na maior parte das vezes, com o auxílio da auto-análise e do bom-senso, a vítima afasta
esses pensamentos "ruins" e retoma o controle da sua vida. E quando esse tipo de
ataque é detectado, cabe ao obsedado confiar no caminho espiritual e fazer sua vida
um exemplo de luz e de dedicação pessoal, pois dessa forma afasta a chance de novos
ataques. Procurando praticar o bem, ele estará pautando sua vida de acordo com os
ditames dos grandes mestres e livrando-se da ação do obsessor.

Fascinação

Esse tipo de obsessão é das mais difíceis de quebrar, isso porque a vítima não acredita
que está sob efeito de qualquer força negativa. Na verdade, algumas vezes, ela julga
que é a única que não está obsedada, enquanto todos à sua volta estariam.

Nesse caso, o espírito obsessor vai se inserindo discretamente e ganhando espaço na


vida do obsedado; como uma planta daninha, vai se enraizando, plantando
desconfianças e medos, manias e desejos, até o ponto em que se instala
definitivamente. A pessoa estará de tal forma envolvida que quase se forma uma
simbiose psíquica que, caso se concretize, tomará ainda mais complexa a situação.

Nesse caso, o bom senso e a autocrítica se esvaem e a pessoa precisa de uma intensa
ajuda espiritual, do mais alto nível, para superar o assédio dessa força maligna. Às
vezes, a obsessão leva a delírios nos quais o obsedado acredita ser uma pessoa com
uma "missão divina", e pode até perder a razão, tornando-se um esquizofrênico,
afastando-se do convívio social e, com o tempo, precisando de ajuda psiquiátrica.

Subjugação

É uma forma de obsessão na qual a vítima encarnada está sob domínio completo de
uma força desencarnada. Quando esse tipo de obsessão ocorre, vemos a pessoa apática
como se estivesse sonâmbula, tendo vontades que estão em desacordo com sua
personalidade, e até afastando pessoas próximas que a critiquem ou que questionem
suas "novas" atitudes.

O espírito obsessor não toma o lugar do espírito encarnado no corpo do obsedado. O


que ocorre é uma supressão da vontade da vítima, por meio da supremacia da vontade
do obsessor. Embora seja facilmente detectável, a sua cura exige uma mudança
vibracional no obsedado, o que envolve uma grande disciplina moral e a aproximação
aos ensinamentos e dogmas da Doutrina Espírita, de forma que leve o espírito obsessor
a compreender sua falta e buscar o caminho da Luz Divina.

Auto-Obsessão

Mas ainda existem aqueles que, mesmo desencarnados, estão obsedados; e o pior, por
eles mesmos. Tais espíritos acreditam serem pessoas sem valor e não se perdoam
pelos" erros" que acreditam terem cometido em vida.

Eles acham que jamais poderão receber a Luz Divina e reingressar na via
reencarnatória, pois estão presos a uma neurose espiritual tão intensa que os cega a
tudo à sua volta. Em grande parte das vezes, infligem a si mesmos os mais diversos
castigos e, mesmo quando recebem a ajuda de outros espíritos e das almas iluminadas,
eles argumentam que seus crimes são imperdoáveis e anseiam por "castigos" que
possam "purificá-los". Vivem acreditando que são indignos de qualquer perdão.

Mas a Luz Cura

Não existe como tratar a obsessão sem o apoio e o interesse de todas as pessoas
envolvidas no caso. É necessário o envolvimento espiritual e pessoal para que tanto o
obsessor quanto o obsedado se vejam livres das amarras que os prendem, de forma a
alcançarem a luz e a liberdade.

Como a obsessão é um processo com profundas raízes espirituais, é preciso tomar


cuidado e não agir solitariamente para debelar o problema. É sempre necessária a
presença de um grupo considerável de médiuns, e o tratamento deve ser feito de
preferência em um centro espírita ou outro local especializado nas práticas de curas
espirituais.

A reunião para tratar tais casos tem características específicas, pois todos os esforços
devem ser coordenados e deve-se agir com um grande senso de solidariedade e
compaixão. Antes de começar o trabalho, é necessário definir o foco que será seguido,
e todos deverão exercitar sua força de vontade de forma a que formem um só feixe de
energia e de Luz Divina. O obsedado deverá ser assistido com práticas espirituais
diárias, que sejam instrutivas e que lhe dêem um forte alicerce. Além disso, deverá
praticar atos sadios e desenvolver novamente a sua força de vontade, quebrando as
amarras e correntes que foram forjadas no universo espiritual.

A prece, mesmo que seja uma oração pessoal e singela, é de grande valor na prática
da cura da obsessão. Ela deve ser acompanhada por meditações e pelo aprofundamento
da vítima nos assuntos espirituais, pois isso lhe dará os recursos necessários para ir
além e renascer para uma vida plena e livre das vontades obsessoras.

Deve ser dada igualmente uma especial atenção ao ambiente e ao lar do obsedado, o
qual deve ser limpo das manifestações dos espíritos baixos, pois eles se manifestam
com mais facilidade em ambientes sujos, malcuidados e com grande quantidade de
energia negativa estagnada. Para melhorar esses ambientes é preciso livrar-se de
plantas velhas e doentes, de coisas quebradas, e deixar o ar ventilar em todos os
cômodos, além de sempre fazer orações e preces em todos os locais da casa onde se
sinta a presença de forças obsessoras.

A família é uma grande chave para a cura da obsessão. É ela que toma possível a
recuperação do obsedado, que fortalece a vítima por meio da infinita energia do amor
e lhe dá a chance de recuperar o controle sobre sua vida. Recomenda-se a todos
seguirem a prática espiritual da prece e a leitura de material espiritual inspira dor. Dessa
forma, cria-se uma corrente fluí dica positiva em torno de todos, gerando a elevação
da freqüência vibracional dos espíritos em volta das pessoas que estão imersas na
situação; assim, elas recebem cada vez mais força e energia desses espíritos
iluminados, gerando um círculo virtuoso e próspero de amor e luz.

O processo obsessivo possui sempre raízes profundas, e a melhora do estado obsessivo


varia em cada caso. Algumas vezes, não notamos sinais de melhora, pois cremos que
tudo deve ser instantâneo, como se fosse um remédio engolido às pressas para uma
dor de cabeça. Depois, quando se vê que a cura demandará semanas, e não dias,
abandonam-se as práticas e surge a descrença quanto à eficácia da cura, buscando
outros recursos para se ver livre do obsessor. Mas, não raro, tais caminhos apenas
levam a mais dor e problemas.

A perseverança é a ferramenta principal para a libertação do obsedado, e ela é


necessária para seguir o tratamento e atingir os objetivos e metas da plenitude, da paz
e da liberdade. A Bondade Divina atende a todos mediante o empenho de cada pessoa,
que ela comunica ao universo, por meio de suas ações e dedicação, os caminhos e
"atalhos" que lhe surgem à frente.
Além do que vimos anteriormente, existe uma ferramenta que é um dos recursos
heróicos no combate à obsessão: é a chamada sessão de desobsessão. Essa sessão
deve ser usada em casos extremos, quando tudo já foi tentado sem resultado e, pelos
caminhos da humildade e da fé, mostra-se necessário ajudar alguém que sofre de tal
mal.

Para tal é necessária a presença de um grupo de médiuns seguros, que exercitem a


doutrina em todos os instantes de sua vida. Para o sucesso da sessão é preciso a tutela
de um orientador que possua grande autoridade e uma intensa força de vontade,
inabalável crença na Força Divina, a fim de se dirigir aos espíritos obsessores. Ele deve
ser conhecedor do assunto, com prática e facilidade para expor a doutrina, e suas ações
devem sempre ser o reflexo de suas palavras, não agindo com hipocrisia e tampouco
se deixando levar pelo orgulho, pois ambas se tornam fissuras que prejudicam o
trabalho espiritual da desobsessão.

Durante a sessão, ele deve agir procurando orientar, ensinar e esclarecer o obsessor
quanto aos males que está praticando. Enquanto isso, todos os médiuns deverão se
unir em um só coro espiritual de luz e oração.

Nessas reuniões - que devem ser feitas com um extremo cuidado e com preparo
consciente por parte de todos - o obsedado não deverá estar presente, ficando em sua
casa em meio a preces, leituras ou meditação, para auxiliar o trabalho. E a sessão
deverá ser repetida ou retomada enquanto for necessário.

Concluída a conversão do obsessor, o ex-obsedado deve ser esclarecido quanto à


necessidade de modificar os padrões de vida que o levaram àquela situação. Deve ser
dito a ele tudo o que fez e que provocou tamanho caos. Não devemos poupar a pessoa,
seja por sua sensibilidade ou por questões pessoais, pois assim estaríamos impedindo-
a de crescer e evoluir espiritualmente.

Para evitar uma recaída, ele também deverá manter a disciplina desenvolvida durante
a desobsessão, reforçando as suas defesas morais e espirituais, não deixando de tomar
cuidado com suas ações e palavras, a fim de enriquecer sua vida espiritual e deixar as
baixas vibrações para trás

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