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1 O Simulado Trainee será disponibilizado toda sexta-feira, das 14h às 19h, nas salas Certeza (Pré-Vestibular) (na unidade Asa Sul) e Inspiração
(na unidade Taguatinga). No mesmo dia, pela manhã, uma lista de interesse em comparecer à aplicação do simulado será passada em sala de aula.
O exercício desta atividade não será obrigatório. Por isso, a ele não será atribuído valor. Contudo, as redações serão corrigidas e o gabarito será divul-
gado na quarta-feira seguinte à aplicação. Acreditamos que a prática é de suma importância para agregar conhecimento.
2 Não serão disponibilizados Cartão de Respostas e Folha de Respostas Tipo D, uma vez que só haverá a correção da Folha de Redação Definitiva.
Nas questões discursivas ou questões que exigem cálculos, há espaço disponível para rascunho.
3 Ao receber este caderno de provas, confira atentamente se o tipo de caderno coincide com o que está registrado no cabeçalho e no rodapé de cada
página numerada deste caderno.
4 Verifique se este caderno contém o Simulado Trainee da Terceira Etapa do PAS, com todas as opções de Língua Estrangeira (itens de 1 a 10), a prova
de Redação em Língua Portuguesa, acompanhada de espaço para rascunho, de uso opcional, e, ao final do caderno, uma Classificação Periódica
dos Elementos. Verifique, ainda, se este caderno contém a quantidade de itens da Terceira Etapa, que é de 120 itens. Caso o caderno esteja incom-
pleto ou tenha qualquer defeito, solicite ao inspetor mais próximo que tome as providências cabíveis.
5 Não utilize qualquer material de consulta que não seja fornecido pelo Único Educacional.
7 Fique atento à duração das provas, que é de cinco horas, já incluído o tempo destinado à identificação - feita no decorrer das provas - e à transcrição,
para os locais apropriados, do texto definitivo da Redação em Língua Portuguesa.
INFORMAÇÕES:
editoraunico@gmail.com
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(61) 3244.0910 - 3244.2124
CESPE | CEBRASPE - PAS 3.ª ETAPA
social y la protección del medio ambiente. Así pues, necesitamos D Un mundo nuevo que va a llegar.
PARTE II
16 As expressões “senhores e produtores da natureza” (l.4-5)
É somente nos tempos modernos que se passa a
pensar vida e morte como nitidamente opostas. E isso e “o nascimento, a puberdade, a maturidade e a velhice”
não causa surpresa. Com a modernidade, aprofundam- (l.12-13) exercem a mesma função sintática.
-se velhos dualismos e novos se instauram. Nós, “senho- 17 A forma verbal “tem” (l.19) está no singular para concordar
res e possuidores da natureza”, como dizia René Des- com seu sujeito, a expressão “fenômeno letal” (l.19).
cartes (1596-1650), nos afastamos do mundo e dele nos
diferenciamos.
A meu ver, hoje nos encontramos numa situação Os ideólogos do Estado Novo partiram do princípio de que
paradoxal. De um lado, testemunhamos a banalização o dever precede o direito, pois a nação é anterior e entidade su-
da morte. Em nossa vida cotidiana, dela ouvimos falar perior aos indivíduos. Nessa perspectiva, os deveres fundavam
e nela falamos o tempo todo. A morte aparece como fe- os direitos na sociedade política [...] a cidadania foi concebida
nômeno biológico, ao lado das outras fases da vida: o com base nessas premissas, mas a originalidade do caso brasilei-
nascimento, a puberdade, a maturidade e a velhice. Ela ro residia na relação cidadania/trabalho.
surge como fenômeno social, quando nos referimos a ta- CAPELATO, Maria Helena. Multidões em cena. Propaganda política no
varguismo e no peronismo. São Paulo: UNESP, 2009.
xas de natalidade e de mortalidade. Apresenta-se como
fenômeno determinante para a demografia, na medida
em que discutimos o decréscimo ou o aumento da po- Sobre o contexto, julgue os itens 18 a 21.
pulação em diferentes regiões do planeta. Para a medici-
18 O Estado Novo (1937/1945) estruturou-se a partir do au-
na, a morte se mostra como fenômeno letal, que tem de
ser previsto e explicado; para o direito, ela se enquadra toritarismo e da centralização política, mas não pode ser
como fenômeno natural, que deve produzir documen- confundido com um regime fascista clássico, devido à ine-
tos, como as certidões de óbito. xistência de unipartidarismo e a ausência de mobilização
Então, por que a morte é sempre vista como uma permanente das massas, dentre outros fatores.
espécie de escândalo? Por que ela enseja ao mesmo tem- 19 A hipertrofia do poder executivo, em detrimento do legis-
po horror e curiosidade? É certo que a morte, esse acon- lativo e judiciário marcou politicamente a Constituição de
tecimento banal, aparece como um fato dentre outros; 1937, pois era facultado ao presidente o ato de legislar, no-
um fato que o jornalista relata, o médico legista constata, mear interventores para os estados e aposentar juízes.
o biólogo analisa, o policial investiga. Mas, por outro
20 O fechamento da Ação Integralista Brasileira (AIB) e de to-
lado, um fato ímpar, desmedido e incomensurável. Não
das as associações e partidos políticos, na prática, tornou
podemos deixar de constatar que a morte é um mistério;
inexistente o Congresso, embora se mantivessem as elei-
não temos como nos proteger de seu caráter vertigino-
ções para cargos legislativos.
so e desconcertante. É por isso, aliás, que tanto falamos
nela e dela tanto ouvimos falar. 21 Cabia ao Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP)
Cespe: Scarlett Marton. Morte como instante de vida. Inter-
net: (com adaptações). promover as ações do governo, bem como estabelecer a
censura no país, utilizando para isso o rádio como principal
11 A preocupação com a morte é recorrente nas obras de Ál- veículo de comunicação com as massas populares.
vares de Azevedo, Manuel Bandeira e Cecília Meireles, e o
que distingue, uns dos outros, os trabalhos poéticos desses
autores é a maneira como a morte é encarada bem como,
em especial, o comprometimento do eu-lírico com a irre-
versibilidade da morte.
12 Considerando o texto de Marton bem como a tendência, na
literatura brasileira pós-Semana de Arte Moderna, de aliar
processos de narrativa sintética a trabalho poético, com o
objetivo de renovação de conceito tradicional da poesia, é
correto afirmar que Manuel Bandeira e Carlos Drummond
de Andrade expandiram a perspectiva de relato de morte
referenciada no texto nas linhas 25 a 28.
13 Quanto à estrutura “Então, por que a morte é sempre vista
como uma espécie de escândalo?” (l.23-24), seria preserva-
da a interpretação semântica bem como a correção grama-
tical se o elemento interrogativo estivesse colocado após a
estrutura verbal na passiva.
14 Preservar-se-iam a correção gramatical e a interpretação se-
mântica do período se a forma verbal vê-se substituísse a
locução verbal “é [sempre] vista” (l.23).
15 No primeiro período do texto, foi empregada uma expres-
são expletiva.
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69 Em relação ao texto e à obra Vidas Secas, de Graciliano Ra- 70 O rap é um estilo musical que está associado aos grupos
mos, assinale a opção correta. estudantis da zona sul carioca e paulista.
A Segundo o autor do texto, na visão do retirante Fabiano, 71 Em Monólogo ao pé do ouvido, Chico Science faz referência à
não há desemprego em qualquer cidade do Sul do Brasil, modernização da música brasileira a partir da inserção do
mesmo que, como o próprio reconhece, o trabalho seja rap na cultura popular e na MPB.
mal remunerado.
B No segmento “sob cujo limiar se exprimem Fabiano e os 72 A letra de Monólogo ao pé do ouvido representa o argumento
seus” (1º parágrafo), é apresentada uma das causas da do texto sobre o rap.
angústia do personagem Fabiano diante das relações de 73 Assim como o movimento mangue beat, Lenine insere ele-
trabalho.
mentos do rap na MPB por meio da participação de GOG
C Para reforçar a ideia de “enfezamento” (1º parágrafo),
na canção A ponte.
o narrador alude, no segundo parágrafo, à crítica de
personagens de outras narrativas à linguagem erudita 74 Em Monólogo ao pé do ouvido, Chico Science evoca líderes
e às estreias literárias em geral, ambas comparadas a populares brasileiros e latino americanos.
prostitutas.
D No último parágrafo do texto, o autor dá voz ao narrador 75 O movimento mangue beat trouxe práticas da cultura po-
onisciente do romance Vidas Secas, que faz referência à pular pernambucana para a nova MPB, misturando com a
vida futura dos personagens que acompanham Fabiano influência do rock e do rap. Dentre as práticas de cultura
ao seu Eldorado do Sul, como evidencia o emprego das popular que influenciam Banditismo por questão de classe, de
formas verbais “chegariam” e “ficariam”, flexionadas Chico Science e Nação Zumbi, estão
no futuro do pretérito do indicativo.
A samba e choro.
B coco e maracatu.
C boi bumbá e congada.
D frevo e jongo.
TEXTO II
TEXTO III
No Ano Passado
Já repararam como é bom dizer "o ano passado"? É como quem já tivesse atravessado um rio, deixando tudo na outra margem...
Tudo sim, tudo mesmo! Porque, embora nesse "tudo" se incluam algumas ilusões, a alma está leve, livre, numa extraordinária sensa-
ção de alívio, como só se poderiam sentir as almas desencarnadas. Mas no ano passado, como eu ia dizendo, ou mais precisamente,
no último dia do ano passado deparei com um despacho da Associeted Press em que, depois de anunciado como se comemoraria nos
diversos países da Europa a chegada do Ano Novo, informava-se o seguinte, que bem merece um parágrafo à parte:
"Na Itália, quando soarem os sinos à meia-noite, todo mundo atirará pelas janelas as panelas velhas e os vasos rachados".
Ótimo! O meu ímpeto, modesto, mas sincero, foi atirar-me eu próprio pela janela, tendo apenas no bolso, à guisa de explica-
ção para as autoridades, um recorte do referido despacho. Mas seria levar muito longe uma simples metáfora, aliás praticamente
irrealizável, porque resido num andar térreo. E, por outro lado, metáforas a gente não faz para a Polícia, que só quer saber de coisas
concretas. Metáforas são para aproveitar em versos...
Atirei-me, pois, metaforicamente, pela janela do tricentésimo-sexagésimo-quinto andar do ano passado.
Morri? Não. Ressuscitei. Que isto da passagem de um ano para outro é um corriqueiro fenômeno de morte e ressurreição - morte
do ano velho e sua ressurreição como ano novo, morte da nossa vida velha para uma vida nova.
(Mário Quintana)
TEXTO IV
“Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.”
(Arthur Schopenhauer)
TEXTO V
"Tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o galope do sonho. É com isso que
enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver."
(Ariano Suassuna)
TEXTO VI
“Peter Singer é um exemplo de intelectual engajado, pois mantém uma sólida produção acadêmica e um intenso ativismo social.
Isto tem lhe rendido inúmeros reconhecimentos e problemas. Mas uma de suas maiores polêmicas, talvez, tenha sido a reflexão sobre
a morte, que inicia na possibilidade da adequação da prática de infanticídio. No livro Ética Prática, Singer analisa o tema ao refletir
sobre o desenvolvimento do embrião, do feto e do recém-nascido, defendendo que a questão não está em ter nascido ou não, mas
sim em ter ou não consciência de si.
Questionando fortemente a santidade da vida humana como base do seu raciocínio, Singer afirma, também, que a aceitação do
critério de morte encefálica é uma ruptura com a perspectiva de santidade da vida humana, pois neste caso um ser humano deixa
de ser reconhecido como uma pessoa.
Já sobre o tema da eutanásia, Singer diferencia o procedimento voluntário, do involuntário e do não voluntário, defendendo a
eutanásia voluntária como exercício da autonomia pessoal, que visa a reduzir um sofrimento intolerável.
Para introduzir a reflexão, talvez seja interessante resgatar uma importante questão linguística apontada por Giorgio Agamben,
que permaneceu esquecida por muito tempo. O conceito de Vida, do grego, pode ser associado a duas palavras: Zoé e Bios. Zoé era
utilizada para caracterizar a vida biológica em si, o estar vivo. Bios, por outro lado, caracterizava a vida política, a relação entre as
pessoas, o estar no mundo. Sendo assim, no caso do critério encefálico, o estabelecimento da morte de uma pessoa se associa a Bios
e não a Zoé.
A necessidade de ter o adequado entendimento sobre esta diferença entre a vida e o viver, na perspectiva da ética e da bioética,
surgiu com a realização de procedimentos como a reanimação cardiorrespiratória, a fecundação in vitro e os novos métodos diag-
nósticos.
A pergunta que surgiu quando dos primeiros procedimentos de reanimação era sobre o status do paciente antes e depois da sua
realização. O paciente era reanimado porque tinha sofrido uma parada cardiorrespiratória, considerada morte, mas era reanimado
justamente por este mesmo motivo. O papa Pio XII chegou a se manifestar a este respeito, afirmando que "a caracterização da morte
é um ato médico". Não é a vida que cessa, mas sim o viver.”
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/noticia/2013/08/filosofo-peter-singer-polemiza-questoes-como-aborto-infanticidio-e-eutanasia-4245791.html
Redija uma dissertação, na qual você se posicione sobre os motivos que possam explicar a dificuldade e mesmo a fobia tão co-
mum na sociedade ocidental em relação à morte, em especial, na brasileira.
RASCUNHO DA REDAÇÃO
Transcreva a sua Redação para a Folha de Redação.