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Fases da Operação Lava Jato

2014
1.ª fase (Lava Jato) — Em 17 de março de 2014, a Polícia Federal
(PF) deflagrou a Operação Lava Jato com prisões temporárias e
preventivas de dezessete pessoas em sete estados, entre elas o
doleiro Alberto Youssef. Apreenderam-se cinco milhões de reais
em dinheiro, 25 carros de luxo, joias, quadros e armas.[1][2]

2.ª fase (Bidone) — Em 20 de março de 2014, a Polícia Federal


deflagrou a Operação Bidone, cumprindo seis mandados de
busca e um de prisão temporária, a do ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.[3]

3.ª fase (Dolce Vita) — Em 11 de abril de 2014, a PF cumpriu


dezesseis mandados de busca e apreensão, três de prisão
temporária e seis de condução coercitiva. Batizada ‘Dolce Vita’, a
ação buscou reunir provas sobre a ligação de Paulo Roberto
Costa com o doleiro Alberto Youssef, na empresa Ecoglobal
Ambiental.[4][5] A empresa mantinha ao menos um contrato de
443 milhões de reais com a Petrobras.[6] Suspeita-se de propina
de 110 mil reais de Youssef para o deputado Luiz Argolo,
depositando o dinheiro nas contas de um comerciante de gado
(Júlio Gonçalves de Lima Filho) e de uma empresa de transporte
(União Brasil Transporte e Serviços) a mando do deputado.[7][8]
Instalaram-se a CPI da Petrobras[9][nota 1] e a Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras no Senado.
[7][10]

4.ª fase (Casablanca) — Em 11 de junho de 2014, a PF deflagrou


a Operação Casablanca, com um mandado de busca e um
mandado de prisão preventiva contra Paulo Roberto Costa, preso
novamente.[11]

5.ª fase (Bidone II) — No dia 1º de julho de 2014, a operação


batizada de "Bidone II", cumpriram-se sete mandados de busca,
um mandado de prisão temporária e um de condução coercitiva.
O executivo João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado
foi preso em São Paulo, por gerenciar na Suíça contas do doleiro
Youssef. Bloquearam-se 5 milhões de reais em contas na Suíça.
[12]

6.ª fase (Bidone III) — Em 22 de agosto de 2014, a PF deflagrou a


fase "Bidone III", cumprindo no Rio de Janeiro 15 mandados de
busca e apreensão e um de condução coercitiva.[13]

7.ª fase (Juízo Final) — Em 14 de novembro de 2014, a PF


deflagrou a Operação Juízo Final, mobilizando 300 policiais
federais para cumprir 49 mandados de busca, seis de prisão
preventiva, 21 de prisão temporária e nove de condução
coercitiva, prendendo presidentes e diretores de grandes
empresas do Brasil, como Construtora OAS, Iesa Óleo & Gás,
Camargo Corrêa Construções, UTC Engenharia, Engevix e
Construtora Queiroz e Galvão.[14]
2015

8.ª fase — Em 14 de janeiro de 2015 a Polícia Federal (PF)


cumpriu um mandado de prisão preventiva contra Nestor
Cerveró, acusado de estar se desfazendo de patrimônio que
poderia ter sido auferido ilicitamente. Cerveró foi detido ao
desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na capital
fluminense.[15]

9.ª fase (My Way) — Em 5 de fevereiro de 2015 a PF


desencadeou a nona fase ostensiva da Operação Lava-Jato,
batizada de "My Way". Cumpriu 62 mandados de busca e
apreensão, prisões temporárias e preventivas e conduções
coercitivas, em quatro estados do Brasil, para colher elementos
de investigação acerca de operadores que atuaram na
intermediação no pagamento de vantagens ilícitas no âmbito da
Petrobras. Colheram-se ainda indícios sobre o pagamento de
vantagens ilícitas no âmbito da BR Distribuidora, subsidiária da
Petrobras. Durante essa fase foram apreendidas na casa de Zwi
Skornicki quarenta e oito obras de arte que foram levadas para o
Museu Oscar Niemeyer. Apontou-se Zwi Skornicki como um dos
operadores do esquema de corrupção.[16]

10.ª fase (Que País é esse?) — Em 16 de março de 2015, cerca de


40 policiais federais cumpriram 18 mandados no Rio de Janeiro e
em São Paulo. Denominou-se "Que país é esse?", em razão da
frase que Renato Duque dirigiu a seu advogado ao ser preso pela
Polícia Federal em novembro de 2014.[17] O ex-diretor da
Petrobras, Renato Duque, foi preso em casa no Rio de Janeiro, o
empresário, Adir Assad, foi preso em São Paulo. Os presos foram
levados para Curitiba. Em 27 de março de 2015, a Polícia Federal
prendeu, em São Paulo, o empresário Dário Queiroz Galvão,
sócio da Galvão Engenharia. No Rio de Janeiro foi preso o
operador Guilherme Esteves de Jesus, um dos operadores
investigados na My Way (9ª fase da Lava Jato), por pagar propina
a mando do estaleiro Jurong. Os dois foram alvos de mandados
de prisão preventiva sem prazo para expirar e foram levados
para a sede da Policia Federal em Curitiba.[18] Em 8 de abril de
2015, a justiça sequestrou 163,5 milhões de reais da empresa
Queiroz Galvão, valor referente ao crédito de precatórios da
empreiteira junto ao estado de Alagoas.[19]

11.ª fase (A Origem) — Em 10 de abril de 2015, a PF deu início à


fase denominada de "A Origem", cumprindo 32 mandados,
sendo sete de prisão, 16 de busca e apreensão e 9 de condução
coercitiva. Esta fase teve operações em seis estados: Paraná,
Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Foram
presos nesta fase o ex-deputado federal André Vargas, Leon
Vargas (irmão de André Vargas), o ex-deputado Luiz Argolo, Élia
Santos da Hora (secretária de Argôlo), o ex-deputado federal
Pedro Corrêa, Ivan Mernon da Silva Torres e Ricardo Hoffmann.
[20]

12.ª fase — Em 15 de abril de 2015, a PF cumpriu dois mandados


de prisão, um de condução coercitiva e um de busca e apreensão
em São Paulo. João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, foi preso. A
cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima ficou foragida até 17
de abril de 2015,[21] e se entregou à policia.[22] A esposa de
Vaccari, Gisela Lima, teve mandado de condução coercitiva,
sendo liberada após depoimento.[23] A Polícia Federal
encaminhou em 11 de maio de 2015, ao Ministério Público
Federal (MPF), trinta indiciamentos contra 22 pessoas,
investigadas na 11º fase, para apurar crimes de corrupção,
fraude a licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa,
entre outros.[24]
13.ª fase — Em 21 de maio de 2015, a PF cumpriu a 13.ª fase da
Operação Lava Jato nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro
e São Paulo. Cumpriram-se um mandado de prisão (Milton
Pascowitch), um de condução coercitiva e quatro de busca e
apreensão. Os mandados de busca e apreensão em São Paulo
foram feitos na casa de José Adolfo Pascowitch, irmão de Milton
Pascowitch. Os outros dois foram feitos um no Rio de Janeiro e
outro em Minas Gerais. De acordo com o MPF, a empresa JD
Consultoria, de José Dirceu, recebeu mais de 1,4 milhões de reais
em pagamento da Jamp Engenheiros Associados Ltda, empresa
que pertence a Milton Pascowitch.[25]

14.ª fase (Erga Omnes) — Em 19 de junho de 2015, a PF


deflagrou a fase da operação, com nome de "Erga Omnes",
expressão em latim que significa "vale para todos". Os alvos
foram as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez.
Prenderam-se na operação os presidentes da Odebrecht,
Marcelo Odebrecht e da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo.
Também prenderam-se os diretores da Odebrecht Marcio Faria,
Rogério Araújo e Alexandrino Alencar. Cumpriram-se 38
mandados de busca, oito de prisão preventiva, quatro de prisão
temporária e nove de condução coercitiva. Cumpriram-se os
mandados judiciais em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Rio Grande do Sul.[26
15.ª fase (Conexão Mônaco) — Em 2 de julho de 2015, a PF
deflagrou a fase operação, batizada de "Conexão Mônaco",
cumprindo ao todo cinco mandados judiciais, sendo quatro de
busca e apreensão e um de prisão preventiva. Foi detido na
cidade do Rio de Janeiro e encaminhado à carceragem em
Curitiba, o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Jorge
Luiz Zelada, em razão da movimentação, no Principado de
Mônaco, de mais de 10 milhões de euros (34,5 milhões de reais,
na cotação do dia da prisão) em recursos ilícitos obtidos em
propinas nos negócios da empresa. Zelada fora citado
anteriormente por dois delatores, Paulo Roberto Costa e Pedro
Barusco, como beneficiário do esquema de corrupção. Foi o
sucessor de Nestor Cerveró, atuando na área internacional da
Petrobras entre 2008 e 2012.[27]
16.ª fase (Radioatividade) — A Polícia Federal deflagrou em 28
de julho de 2015 a fase da operação batizada de
"Radioatividade", com a prisão de Othon Luiz Pinheiro da Silva,
ex-diretor presidente da Eletronuclear e Flávio David Barra,
presidente da global AG Energia. Os dois foram presos no Rio de
Janeiro e levados para a Superintendência da PF em Curitiba.
Além do pagamento de propina, a 16ª fase investiga a formação
de cartel e o prévio ajustamento de licitações nas obras de Angra
3.[28]

17.ª fase (Pixuleco) — A PF deflagrou em 3 de agosto de 2015 a


fase da operação batizada de "Operação Pixuleco", batizada em
referência ao termo que o ex-tesoureiro do Partido dos
Trabalhadores, João Vaccari Neto, havia usado para se referir à
propina. Cumpriram-se 40 mandados judiciais, sendo três de
prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 26 de busca e
apreensão e seis de condução coercitiva. José Dirceu e seu irmão
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva foram presos na operação, por
crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de
quadrilha. Cerca de duzentos policiais federais participam da
ação.[29]

18.ª fase (Pixuleco II) — A PF deflagrou em 13 de agosto de 2015


a fase batizada de "Operação Pixuleco II". Na operação, 70
policiais federais cumpriram mandados de prisão e busca e
apreensão em Brasília, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba. Os
mandados são um desdobramento da fase anterior da operação,
que prendeu José Dirceu. Foi preso na operação o ex-vereador
do PT, Alexandre Romano, que foi detido no aeroporto de
Congonhas. Romano é suspeito de arrecadar vantagens
indevidas superiores a 50 milhões de reais. Os pagamentos
corriam por meio de empresas de fachada.[30]

19.ª fase (Nessum Dorma) — A PF deflagrou em 21 de setembro


de 2015 a fase batizada de "Operação Nessum Dorma" (em
português, "Ninguém dorme") com onze mandados expedidos. O
executivo da Engevix, José Antunes Sobrinho, teve a prisão
preventiva decretada e foi preso em Florianópolis. De acordo
com as investigações, foi verificado que uma empresa recebeu
cerca de 20 milhões de reais, entre 2007 e 2013, de empreiteiras
já investigadas na operação. O dinheiro seria propina obtida a
partir de contratos com a Petrobras. Além disso, Sobrinho
realizou pagamentos de propina já com a operação em curso,
sendo Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-diretor-presidente da
Eletronuclear, que está preso em Curitiba, o destinatário dos
recursos. "Ele fez movimentações em janeiro de 2015, inclusive,
quando outro diretor da Engevix estava preso. Isso demonstra o
quanto eles não têm limites nas suas operações", disse o
Procurador da força-tarefa Carlos Fernandes Santos Lima.[31]
20.ª fase (Corrosão) — A PF deflagrou em 16 de novembro de
2015 a fase, batizada de "Corrosão", que faz menção à luta diária
da Petrobras para combater os desgastes nas plataformas. Esta
nova fase tem como objetivo buscar provas documentais sobre
os crimes cometidos dentro da estatal e desvendados pela
Operação Lava Jato. Prenderam-se na operação Roberto
Gonçalves (ex-gerente executivo da Petrobras) e Nelson Martins
Ribeiro, apontado como operador financeiro.[32]

21.ª fase (Passe Livre) — A Polícia Federal deflagrou em 24 de


novembro de 2015 a fase, batizada de "Passe Livre". As
investigações partiram da apuração das circunstâncias de
contratação de um navio-sonda pela Petrobras com indícios
concretos de fraude no procedimento licitatório. Ao todo, foram
expedidos 32 mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva
ao pecuarista José Carlos Bumlai, além de 25 mandados de busca
e apreensão e seis de condução coercitiva. A ação foi realizada
em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Distrito
Federal. Entre os crimes investigados estavam fraudes
relacionadas a licitação, falsidade ideológica, falsificação de
documentos, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência,
lavagem de dinheiro, dentre outros.[33]

Em 21 de março de 2016, o pecuarista José Carlos Bumlai deixou


a cadeia na região metropolitana de Curitiba. A prisão de Bumlai
foi convertida de preventiva para domiciliar em virtude de um
câncer diagnosticado na bexiga. Os advogados de Bumlai
alegaram que o cliente tem 71 anos e outras doenças crônicas.
[34]
2016

22.ª fase (Triplo X) — A Polícia Federal deflagrou, em 27 de


janeiro de 2016, a operação Triplo X, em São Paulo e Santa
Catarina. Oitenta policiais cumpriram seis mandados judiciais de
prisão temporária, quinze de busca e apreensão e dois de
condução coercitiva. A operação ocorreu em três cidades
paulistas (São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo) e
em Joaçaba, Santa Catarina, apurando estrutura criminosa
destinada a abrir offshores e contas no exterior para ocultar e
dissimular o produto dos crimes de corrupção, notadamente
recursos oriundos de crimes praticados na Petrobras. Também se
apura ocultação de patrimônio através de empreendimento
imobiliário. Segundo a PF, suspeita-se que uma das empreiteiras
investigadas na Operação Lava Jato teria utilizado o negócio para
repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema
criminoso da Petrobras. Entre os crimes investigados estão
corrupção, fraude, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.[35]

23.ª fase (Acarajé) — A PF deflagrou, em 22 de fevereiro de


2016,[36] a operação Acarajé,[37] em São Paulo, Rio de Janeiro e
Salvador.[36] Trezentos policiais federais participaram da ação.
[38] A PF expediu um mandado de prisão contra o publicitário
João Santana, mas ele não foi detido por estar no exterior, na
República Dominicana. Também foram alvos da operação a
empreiteira Odebrecht e o lobista e engenheiro representante
no Brasil do estaleiro Keppel Fels, de Singapura, Zwi Skornicki,
que também já havia sido alvo das investigações do Petrolão por
suspeitas de atuar como operador de propinas.[36] Ao todo,
houve 38 mandados de busca e apreensão, dois de prisão
preventiva, seis de prisão temporária e cinco de condução
coercitiva. A investigação identificou pelo menos 7 milhões de
dólares enviados ao exterior e com relação direta com João
Santana. Segundo nota da PF, o termo Acarajé se refere ao nome
que alguns investigados usavam para designar dinheiro em
espécie.[36][38]

Os documentos da investigação ainda colocaram sob suspeita o


financiamento de obras do Instituto Lula feita pela Odebrecht,
no montante de cerca de 12,4 milhões de reais. Analisando
documentos apreendidos na empreiteira, a polícia identificou a
sigla IL como sendo do Instituto. A empreiteira também teria
arcado com custos de outras propriedades pertencentes ao ex-
presidente.[39]
24.ª fase (Aletheia) — A PF deflagrou, em 4 de março de 2016, a
operação Aletheia, com onze conduções coercitivas e 33
mandados de busca e apreensão. Entre os alvos, o ex-presidente
da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seus dois filhos e Paulo
Okamotto, amigo do ex-presidente. A Polícia Federal também
cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços
relacionados a alguns dos familiares e a Instituto Lula, presidida
por Okamotto e em direções relacionadas com Lula, e imóveis
em São Bernardo do Campo, cidade onde mora o ex-presidente,
Atibaia e Guarujá, ambas localizadas no estado de São Paulo,
onde em ele e a mulher tiveram um apartamento tríplex
remodelado pela empreiteira OAS. A PF informou que
investigava crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Também
houve mandados judiciais em Salvador, Rio de Janeiro e nos
municípios paulistas de Diadema, Santo André e Manduri.[40] A
intimação do ex-presidente Lula a depor na sede da PF
repercutiu na imprensa internacional.[41] Conduziu-se
coercitivamente o ex-presidente ao aeroporto de Congonhas
para prestar depoimento.[42] O nome da operação é uma
palavra grega significando busca da verdade.[43]

25.ª fase (Polimento) — A polícia judiciária portuguesa cumpriu,


em 21 de março de 2016 em Lisboa, a fase batizada de
"Polimento". O operador financeiro Raul Schmidt Felippe Junior,
foragido desde julho de 2015, foi preso preventivamente. Foi a
primeira operação internacional realizada pela Lava Jato.
Schmidt é alvo da 10ª fase da operação, e tido como sócio de
Jorge Luiz Zelada, que está preso no Complexo Médico-Penal em
Pinhais, no Paraná. As investigações apontam que Raul é
suspeito de envolvimento em pagamentos de propinas à Zelada,
Renato de Souza Duque e Nestor Cerveró.[44] Segundo o
Ministério Público Federal, além do Schmidt atuar como
operador, também aparece como preposto de empresas
internacionais na obtenção de contratos de exploração de
plataformas da Petrobras. Raul Schmidt tinha dupla
nacionalidade, brasileira e portuguesa, e se mudou para Portugal
após a deflagração da Operação Lava Jato.[45]

26.ª fase (Xepa) — A PF deflagrou, em 22 de março de 2016, a


fase batizada de Xepa, um desdobramento da Operação Acarajé,
baseada em informações que teriam sido prestadas por Mônica
Moura, esposa do publicitário João Santana. A operação contou
com 380 policiais federais. Cumpriram-se 110 mandados no
Distrito Federal, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia,
São Paulo e Santa Catarina, sendo 67 mandados de busca e
apreensão, 28 mandados de condução coercitiva, 11 mandados
de prisão temporária e 4 mandados de prisão preventiva.[46][47]
[48] Investiga-se um esquema bilionário de desvio e lavagem de
dinheiro envolvendo a Petrobras e empreiteiras. Há suspeitas de
irregularidades na obra da Arena Corinthians, feita pela
construtora Odebrecht, com indícios de propina ao vice-
presidente.[49]

27.ª fase (Carbono 14) — Em 1º de abril de 2016 PF deflagrou a


fase batizada de Carbono 14, com doze mandados judiciais,
sendo de dois de prisão temporária, oito de busca e apreensão e
dois de condução coercitiva. Expediram-se mandados de prisão
contra Ronan Maria Pinto e Silvio Pereira e mandados de busca e
apreensão nas empresas DNP Eventos, Expresso Santo André e
no Diário do Grande ABC. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e
Breno Altman foram alvos de condução coercitiva.[50] A
operação investiga crimes de extorsão, falsidade ideológica,
fraude, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.[51]
28.ª fase (Vitória de Pirro) — Em 12 de abril de 2016, a PF
deflagrou a Vitória de Pirro, com a prisão do ex-senador Gim
Argello, suspeito de evitar depoimentos decisivos na CPI Mista
da Petrobras (CPMI) em 2014.[52]

29.ª fase (Repescagem) — Em 23 de maio de 2016, a Polícia


Federal realizou a Operação Repescagem, que investigou crimes
de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção
passiva e ativa envolvendo verbas desviadas ligadas ao Partido
Progressista (PP). O ex-tesoureiro do partido, João Cláudio Genu,
foi preso na operação. Expediram-se seis mandados de busca e
apreensão, um de prisão preventiva e dois mandados de prisão
temporária em Pernambuco, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
[53][54]

30.ª fase (Vício) — Em 24 de maio, a PF deflagrou a Operação


Vício, com 39 mandados judiciais, sendo duas prisões, vinte e
oito de busca e apreensão e nove mandados de condução
coercitiva nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.[55] O nome
da operação está relacionado à sistemática, repetida e
aparentemente dependente prática de corrupção por
determinados funcionários da estatal e agentes políticos que
aparentam não atuar de outra forma senão por meio de atos
lesivos ao Estado.[56] Os alvos da operação foram José Dirceu e
Renato Duque.[57][58] Os crimes apurados são de corrupção,
organização criminosa e lavagem de ativos.[59]

31.ª fase (Abismo) — Em 4 de julho de 2016, a PF deflagrou a


Operação Abismo em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito
Federal. Um dos alvos é o ex-tesoureiro do PT Paulo Adalberto
Alves Ferreira, detido em 24 de junho, quando foi alvo da
Operação Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato que
investiga fraudes no crédito consignado de servidores públicos.
Ferreira foi alvo de mandado prisão preventiva. Foram expedidas
ainda outros 35 mandados judiciais, sendo quatro de prisão
temporária, 24 de busca e apreensão, além de sete conduções
coercitivas.[60]

32.ª fase (Caça-Fantasmas) — Em 7 de julho de 2016, a PF


deflagrou a Operação Caça-Fantasmas, que investiga crimes
contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e
organização criminosa internacional. Cerca de 60 policiais
cumpriram 10 mandados de busca e apreensão e sete de
condução coercitiva nas cidades paulistas de São Paulo, São
Bernardo do Campo e Santos. Os alvos foram o banco
panamenho FPB Bank, que atuava no Brasil clandestinamente,
sem autorização do Banco Central, e o escritório Mossack
Fonseca, especializado em abertura e administração de
offshores. Paulo Fanton, o representante do banco no Brasil, foi
um dos alvos de mandados de condução coercitiva e busca e
apreensão. Segundo a Polícia Federal, utilizando-se dos serviços
da Mossack Fonseca, o banco investigado abria e movimentava
contas em território nacional para viabilizar o fluxo de valores de
origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema financeiro
nacional.[61]
33.ª fase (Resta Um) — Em 2 de agosto de 2016, a PF deflagrou a
Operação Resta Um, que investiga a atuação da construtora
Queiroz Galvão e de seus ex-executivos Idelfonso Collares e
Othon Zanoide Filho em corrupção e fraude nas obras do
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, na Refinaria Abreu e
Lima e em diversas refinarias, como a do Vale do Paraíba,
Landulpho Alves e Duque de Caxias. As investigações apontaram
que a empreiteira pagava propina às diretorias de Serviços e de
Abastecimento, comandadas à época por Renato Duque e Paulo
Roberto Costa, e cujos repasses de dinheiro sujo se aproximaram
dos 10 milhões de reais. Na transação para liberar dinheiro e
subornar funcionários da Petrobras, a Queiroz Galvão e o
consórcio repassaram milhões de dólares em propina para
contas secretas no exterior. Além disso, há evidências de atuação
da empresa para atrapalhar as investigações da CPI da Petrobras
instalada no Senado. Houve 23 mandados de busca, dois de
prisão preventiva, um de prisão temporária e seis de condução
coercitiva.[62] Foram presos na operação Ildefonso Collares e
Othon Zanoide, que já haviam sido presos provisoriamente na
sexta fase da Lava Jato.[63]

34.ª fase (Arquivo X) — Em 22 de setembro de 2016, a PF


deflagrou a Operação Arquivo X em Minas Gerais, Bahia, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal,[64]
apurando, entre outros crimes, corrupção de agentes públicos,
fraude licitatória, associação criminosa, lavagem de dinheiro[65]
e repasses de recursos a agentes e partidos políticos
responsáveis pelas indicações de cargos importantes da
Petrobrás.[66] Ao todo 180 policiais federais e 30 auditores
fiscais cumpriam 33 mandados de busca e apreensão,[67] oito de
prisão temporária e oito de condução coercitiva,[68] incluindo a
prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega,[65] que teria
arrecadado cinco milhões de reais em propina para pagamento
de dívidas de mercadologia e propaganda de campanhas
políticas[66] do PT em 2012[65] nas obras das plataformas
petrolíferas FSPO P67 e P70,[69] do comando de empresas que
não possuíam experiência, estrutura ou preparo para tanto,[65]
incluindo a Mendes Júnior, a OSX Construção Naval,[70] de Eike
Batista, e outras empresas por elas utilizadas para repasses de
vantagens indevidas.[66] Entre essas, constam Integra offshore
(consórcio de Mendes Jr. e OSX),[71] com contratos falsos com
Tecna/Isolux para passar dez milhões de reais a partidos políticos
por meio da Credencial construtora, que teria repassado seis
milhões a José Dirceu e associados.[72] O suborno teria somado
34 milhões de reais em diversos contratos.[71]

35.ª fase (Omertà) — Em 26 de setembro de 2016, a PF


deflagrou a Operação Omertà, que resultou na prisão do ex-
ministro da Fazenda e da Chefia da Casa Civil Antonio Palocci, na
capital paulista. Também foram presos o ex-chefe de seu
gabinete Juscelino Dourado e o ex-assessor Branislav Kontic. A PF
recolheu evidências de que Palocci atuou para garantir que o
Grupo Odebrecht conseguisse contratos com o poder público.
Em troca, o ex-ministro e seu grupo eram agraciados com
suborno. A atuação de Palocci foi monitorada, por exemplo, na
negociação de uma medida provisória que proporcionaria
benefícios fiscais, no aumento da linha de crédito junto ao
BNDES para a Odebrecht fechar negócios na África e em
interferência na licitação para compra de 21 navios sonda para
exploração da camada pré-sal.[73]
36.ª fase (Dragão) — Em 10 de novembro de 2016, a PF
deflagrou a Operação Dragão, com a prisão preventiva de Adir
Assad e do operador Rodrigo Tacla Duran. Adir já estava preso
em outra fase da Operação Lava Jato. Ao total cumpriram-se 18
mandados judiciais, sendo 16 de busca e apreensão e dois de
prisão preventiva em cidades do Paraná, São Paulo e Ceará.
Segundo o MPF, as investigações apontaram diversas evidências
de que os operadores utilizaram-se de mecanismos sofisticados
de lavagem de dinheiro, entre eles o uso de contas bancárias em
nome de offshores no exterior, a interposição de empresas de
fachada e a celebração de contratos falsos. Diversos envolvidos
valeram-se dessas empresas a fim de gerar recursos para realizar
pagamentos de propina, como a UTC Engenharia e a Mendes
Júnior que repassaram ao operador financeiro.[74]

37.ª fase (Calicute) — Em 17 de novembro de 2016, a PF


deflagrou a Operação Calicute, que prendeu o ex-governador do
Rio de Janeiro Sérgio Cabral sob a acusação de cobrança de
suborno em contratos com o poder público. A ação visou
investigar o desvio de recursos públicos federais em obras
realizadas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, com
prejuízo estimado superior a R$ 224 milhões. A investigação
partiu das delações do dono da Delta Engenharia, o empreiteiro
Fernando Cavendish, e de executivos da Carioca Engenharia e
Andrade Gutierrez, no âmbito do inquérito do caso
Eletronuclear. Revelou-se à força-tarefa que os executivos das
empreiteiras se reuniram no Palácio Guanabara, sede do
governo fluminense, para tratar do dinheiro ilícito, e que houve
cobrança nos contratos de grandes obras. Só a Carioca
Engenharia comprovou o pagamento de mais de R$ 176 milhões
em propina para o grupo. Ao todo, a Polícia Federal visou
cumprir 38 mandados de busca e apreensão, 8 de prisão
preventiva, 2 de prisão temporária e 14 conduções coercitivas.
[75]

2017

38.ª fase (Blackout) — Em 23 de fevereiro de 2017, a PF


deflagrou a Operação Blackout, em referência ao sobrenome de
dois dos operadores financeiros do esquema: Jorge Luz e Bruno
Luz, pai e filho. Os dois eram ligados ao PMDB e efetuaram o
pagamento de 40 milhões de dólares de propinas durante dez
anos. Segundo as investigações, entre os beneficiários há
senadores e políticos, além de diretores e gerentes da Petrobras.
De acordo como o MPF, os dois intermediavam subornadores e
subornados envolvendo contratos com a estatal. Para tanto,
utilizavam contas na Suíça e nas Bahamas. Atuavam
principalmente na Área Internacional da Petrobras, mas também
passaram a solicitar propina para o PMDB na diretoria de
Abastecimento, setor de atuação do Partido Progressista (PP), e
na diretoria de Serviços, então área de atuação do Partido dos
Trabalhadores (PT). Os mandados protocolados pela força-tarefa
tiveram como base principal os depoimentos de colaborações
premiadas reforçados pela apresentação de informações
documentais, além de provas levantadas por intermédio de
cooperação jurídica internacional.[76] Expediram-se 15
mandados de busca e apreensão.[77][78]

39.ª fase (Paralelo) — Em 28 de março de 2017, a PF deflagrou a


Operação Paralelo, cumprido mandados na cidade do Rio de
Janeiro: um de prisão preventiva e outros cinco, de busca e
apreensão.[79] Um dos investigados, preso em Boa Vista, RR, foi
Roberto Gonçalves, ex-gerente executivo Diretoria de
Engenharia e Serviços da Petrobras que sucedeu o também
preso Pedro Barusco. Segundo a PF, a investigação apurava a
atuação de operadores no mercado financeiro em benefício de
vários investigados, por uma corretora de valores, suspeita de
movimentar recursos de origem ilícita para pagar indevidamente
funcionários e executivos da Petrobras. Também apurava a
responsabilidade criminal do ex-executivo da Petrobras,
apontado como beneficiário de diversos pagamentos em contas
clandestinas no exterior, por empreiteiras que contrataram a
empresa. O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba Sérgio Moro
expediu as ordens judiciais.[80] Determinou-se a prisão a partir
das delações de um dos executivos da Oderebcht.[81] A PF
identificou remessa de dinheiro ilícito de contas na Suíça para
contas na China e Bahamas a partir de abril de 2014, após a
deflagração da operação Lava Jato.[82][83]

40.ª fase (Asfixia) — Em 4 de maio de 2017, a Polícia Federal


deflagrou a Operação Asfixia, cumprindo 16 mandados de busca
e apreensão, dois de prisão preventiva, dois de prisão
temporária e cinco de condução coercitiva. Prendeu quatro
suspeitos e cumpriu mandados em Minas Gerais, Rio de Janeiro e
São Paulo. Os presos ligados à Petrobras são Marcio de Almeida
Ferreira e Maurício de Oliveira Guedes, da área de Gás e Energia,
suspeitos de receberem mais de 100 milhões de reais em
subornos de empreiteiras contratadas pela estatal, além de
serem os operadores financeiros que utilizaram empresas de
fachada para intermediar a propina.[84] A ação teve como alvo
empresas e seus respectivos sócios suspeitos de envolvimento
em um esquema de repasses ilegais de empreiteiras para
funcionários da Petrobras na obtenção de contratos. O nome da
fase refere-se à tentativa de cessar as fraudes e o desvio de
recursos públicos em áreas da estatal destinadas à produção,
distribuição e comercialização de gás combustível.[85] Segundo o
MPF, o ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira tinha
48 milhões de reais em contas nas Bahamas e, no final de 2016,
usou a lei de repatriação de recursos para legalizar valores
obtidos por corrupção.[86]

41.ª fase (Poço Seco) — Em 26 de maio de 2017, a PF deflagrou a


Operação Poço Seco, mirando as complexas operações
financeiras negociadas durante a aquisição pela Petrobras de
direitos de exploração de petróleo no Benim. Cumpriram-se, em
São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, 13 mandados
judiciais: oito de busca e apreensão, um de prisão preventiva, um
de prisão temporária e três mandados de condução coercitiva. A
ação envolveu os lobistas ligados ao PMDB Jorge Luz e Bruno
Luz, pai e filho, que operavam para o partido dentro da
Petrobras e foram presos na 38ª fase da Lava Jato.[87]
42.ª fase (Cobra) — Em 27 de julho de 2017, a PF deflagrou a
Operação Cobra, prendendo o ex-presidente do Banco do Brasil
e da Petrobras Aldemir Bendine. Cumpriram-se três mandados
de prisão temporária e 11 de busca e apreensão no Distrito
Federal e nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e São
Paulo. Segundo depoimento de delação por Marcelo Odebrecht
e Fernando Reis, Bendine solicitou e recebeu R$ 3 milhões para
auxiliar a empreiteira em negócios com a Petrobras. Conforme
os delatores, o dinheiro foi pago em espécie através de um
intermediário. A operação também mirou os operadores
financeiros suspeitos de operacionalizarem o recebimento do
dinheiro. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há
evidências de que, numa primeira oportunidade, Bedine pediu
suborno de R$ 17 milhões à época em que era presidente do
Banco do Brasil, para viabilizar a rolagem de dívida de um
financiamento da Odebrecht AgroIndustrial.[88]
43.ª fase (Sem Fronteiras) — Em 18 de agosto de 2017, a PF
deflagrou duas novas fases da operação no Rio de Janeiro e em
São Paulo, cumprindo 46 mandados judiciais, inclusive com a
prisão do ex-líder dos governos Lula e Dilma e ex-deputado
federal Cândido Vaccarezza. Foi a primeira vez que a Polícia
Federal realizou duas fases da Lava Jato ao mesmo tempo.
Foram seis mandados de prisão de temporária, 29 de busca e
apreensão e 11 de condução coercitiva, referentes aos crimes de
corrupção, desvio de verbas públicas e lavagens de ativos
identificados em contratação de grandes empresas com a
Petrobras. A Operação Sem Fronteiras investigou a relação
espúria entre executivos da Petrobras e grupo de armadores
estrangeiros para obter informações privilegiadas e favorecê-los
na obtenção de grandes contratos.[89]

44.ª fase (Abate) — A Operação Abate mirou um grupo


criminoso apadrinhado por um ex-deputado federal, que usava
sua influência para obter contratos da Petrobras com empresa
estrangeira. Nessa relação criminosa, direcionaram-se recursos
para pagamentos indevidos a executivos da estatal e agentes
públicos e políticos, além do próprio ex-parlamentar, segundo a
PF.[89]

45.ª fase (Abate II) — Em 23 de agosto de 2017, a Polícia Federal


deflagrou uma nova fase chamada Operação Abate II. Foram
cumpridos mandados judiciais no Distrito Federal, Bahia e São
Paulo sendo que, ao todo, quatro mandados de busca e
apreensão foram cumpridos. O advogado Tiago Cedraz, filho do
ministro do TCU Aroldo Cedraz, foi um dos alvos de busca.
Segundo as investigações, o lobista Jorge Luz, preso em Curitiba,
disse em depoimento que o advogado Tiago Cedraz intermediou
conversas entre a empresa norte-americana Sargeant Marine e a
Petrobras, recebendo US$ 20 mil em propina por isso em contas
mantidas na Suíça em nome de offshores.[90]

46.ª fase — Em 20 de outubro de 2017 deflagrou-se nova fase,


sem nome[91], prendendo-se Luís Carlos Moreira da Silva, ex-
gerente da Petrobras.[92] As investigações apontam pagamentos
ilícitos de 95 milhões de reais.[93] A fase tem duas frentes de
investigação: projetos da Petroquisa, braço petroquímico da
estatal, e contratos envolvendo o navio-sonda Vitória 10 000.
[92]

47.ª fase (Sothis) — Em 21 de novembro de 2017 deflagrou-se


nova fase, prendendo-se um ex-gerente da Transpetro,
subsidiária da Petrobras. Expediram-se 14 mandados judiciais em
Bahia, Sergipe, Santa Catarina e São Paulo. Segundo o Ministério
Público Federal, o ex-gerente, seus familiares e intermediários
são suspeitos de efetuarem o recebimento de 7 milhões de reais
de propinas pagas por empresa de engenharia, entre setembro
de 2009 e março de 2014. O valor, de acordo com os
procuradores, foi pago mensalmente em benefício do Partido
dos Trabalhadores. Também cumpriram-se oito mandados de
busca e apreensão e cinco de condução coercitiva.[94]

2018

48.ª fase (Integração) — Em 22 de fevereiro de 2018, deflagrou-


se nova fase, apurando corrupção na concessão de rodovias
federais no estado do Paraná, de crimes relacionados a fraude de
licitações e lavagens de ativos. A secretaria Casa Civil do estado
foi alvo do mandado de busca e apreensão. Mandados de busca
e apreensão também cumpriram-se na presidência do
Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná (DER/PR) e na
Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do
Paraná (Celepar). Entre as empresas que foram alvo de
mandados de busca e apreensão na ocasião estava a Econorte,
responsável pela concessão de rodovias federais no norte do
Estado do Paraná. A investigação comprovou que pagaram-se os
valores sem prestação de serviço. O MPF ainda mencionou que
outras empresas relacionadas ao Grupo Triunfo depositaram
mais 31 milhões de reais para empresas de fachada dos
operadores financeiros Rodrigo Tacla Duran e Adir Assad,
respectivamente.[95] Ao todo, cumpriram-se 50 mandados de
busca e apreensão no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de
Janeiro.[96]
49.ª fase (Buona Fortuna) — Em 9 de março de 2018, nova fase
cumpriu dez mandados de busca e apreensão, em Curitiba, São
Paulo, Guarujá e Jundiaí. Apurou-se propina para favorecer o
consórcio vencedor da licitação para construção da Usina de Belo
Monte, no Pará. Um dos alvos de busca e apreensão da Polícia
Federal foi a casa de Antônio Delfim Netto, ex-ministro da
Fazenda, da Agricultura e do Planejamento e ex-deputado
federal. Não houve pedido de prisão por, segundo o Ministério
Público Federal, falta de elementos. Delfim Netto é suspeito de
receber 10% dos valores que as empresas teriam pago para
serem beneficiados pelo contrato de construção da Usina de
Belo Monte. Os outros 90% seriam divididos entre MDB e PT. O
nome do ex-ministro apareceu na delação premiada de Flávio
Barra, ex-executivo da Andrade Gutierrez. O delator afirmou ter
pago R$ 15 milhões ao político, dos quais R$ 4 milhões já
rastreados pelo MPF. O dinheiro pago foi uma gratificação por
sua atuação na montagem do consórcio de empresas, segundo a
colaboração de Barra. Depositou-se o valor por meio de
contratos fictícios de empresas de um sobrinho de Delfim.[97]

50.ª fase (Sothis II) — Em 23 de março de 2018, nova operação


cumpriu três mandados de busca e apreensão em Salvador, na
Bahia, e em Campinas e Paulínia, no interior de São Paulo. A
nova etapa complementou a 47ª fase da operação, que
investigou corrupção e lavagem de dinheiro a partir de contratos
da Transpetro. Um dos focos da investigação foi a empresa de
engenharia Meta Manutenção e Instalações Industriais Ltda.,
suspeita de pagar mais de R$ 2 325 000,00 em propina para o ex-
gerente da estatal. As buscas visaram, conforme o MPF, colher
material probatório para auxiliar a conclusão das investigações.
[98]
51.ª fase (Déjà vu) — Em 8 de maio de 2018, a Polícia federal (PF)
cumpriu mandados judiciais nos estados do Rio de Janeiro,
Espirito Santo e São Paulo, sendo quatro de prisão preventiva,
dois de prisão temporária e 17 de busca e apreensão. A operação
visou reunir elementos que provem a prática de corrupção,
associação criminosa, fraudes em contratações públicas, crimes
contra o Sistema Financeiro Nacional e de lavagem de dinheiro,
dentre outros delitos. Levaram-se os presos à Superintendência
da PF em Curitiba.[99] [100]

52.ª fase (Greenwich) — Em 21 de junho de 2018, a PF deflagrou


nova operação apurando crimes praticados contra subsidiárias
da Petrobras, como a Petrobras Química S/A (Petroquisa). O
esquema criminoso identificado em várias contratações da
Petrobras repetiu-se em suas subsidiárias. Cerca de 40 policiais
federais cumpriram 11 ordens judiciais – um mandado de prisão
preventiva, um de prisão temporária e nove de busca e
apreensão –, cumpridas nas cidades do Rio de Janeiro, Recife e
Timbaúba, as duas últimas no Estado de Pernambuco. As
informações e provas demonstram que favoreceu-se o grupo
Odebrecht na obtenção de contratos em troca de repasses de
recursos a funcionários da empresa, em valores em espécie ou
remessas para contas bancárias estabelecidas no exterior.
Direcionavam-se as contratações estabelecendo-se parâmetros
que só empresas do grupo investigado atenderiam.[101]
53.ª fase (Piloto) — Em 11 de setembro de 2018, a Polícia
Federal deflagou uma nova fase da operação, tendo Beto Richa
como alvo de busca e apreensão.[102]

54.ª fase — Em 25 de setembro de 2018, deflagrou-se nova fase


da operação em Portugal, com uma cooperação internacional
com o MP brasileiro. Foi a segunda fase da Lava-jato no âmbito
internacional.[103]

55.ª fase (Integração II) — Em 26 de setembro de 2018, a PF


deflagrou nova operação em quatro estados. Cerca de 400
servidores públicos, entre os quais policiais federais, auditores e
membros do MPF, participaram das ações realizadas
simultaneamente nos estados.[104]

56ª fase (Sem Fundos) — A nova fase apurou superfaturamento


na construção da sede da Petrobras em Salvador (BA), de acordo
com a Polícia Federal (PF). Policiais federais cumpriram 68
mandados de busca e apreensão, 14 de prisão temporária e oito
de prisão preventiva. Cumpriram-se ordens judiciais em São
Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Foi a primeira etapa
autorizada pela juíza substituta de Sérgio Moro, Gabriela Hardt.
Os crimes envolvem corrupção ativa e passiva, gestão
fraudulenta de fundo de pensão, lavagem de dinheiro e
organização criminosa. OAS e Odebrech construíram a sede da
Petrobras em Salvador, a Torre Pituba, e distribuíram vantagens
indevidas de ao menos R$ 68 295 866, quase 10% do valor da
obra, segundo o MPF. Os valores eram posteriormente
direcionados para pagamento de vantagens indevidas para
agentes públicos da Petrobras, do PT e dirigentes da Petros. O
esquema de contratações fraudulentas e pagamentos de
vantagens indevidas ocorreu entre 2009 a 2016.[105]

57ª fase (Sem Limites) — A PF deflagrou nova etapa que


investigou negócios da área de trading da Petrobras.[106]
2019

58.ª fase — Em 25 de janeiro o Ministério público federal


solicitou, a 23ª Vara federal de Curitiba expediu e a Polícia
federal cumpriu mandado de prisão preventiva, busca e
apreensão contra o ex-governador paranaense Beto Richa e seu
contador Dirceu Pupo Ferreira. Concessionárias de pedágio e
outras empresas teriam subornado o ex-governador em ao
menos 2,7 milhões de reais, lavados por empresa em nome de
sua esposa e filhos, mas que ele controlava, parte diretamente e
parte pelo contador. Tentativa de obstrução das investigações
motivou o pedido de prisão.[107]

59.ª fase (Quinto ano) — Em 31 de janeiro, apurou-se suborno


na Transpetro, com sessenta policiais federais e dezesseis
auditores fiscais federais cumprindo quinze mandados de busca
e apreensão, três de prisão temporária em São Paulo e
Araçatuba. O STF homologou colaboração premiada indicando
que empresas sistematicamente pagaram, de 2008 a 14,
percentual de até 3% de 36 contratos com a estatal somando
682 milhões de reais, por meio dum escritório de advocacia, a
políticos e ao delator, configurando corrupção passiva e ativa,
lavagem de dinheiro e associação criminosa.[108]

60.ª fase (Ad infinitum) — Em 19 de fevereiro, cumpriram-se 12


mandados de busca e apreensão e uma ordem de prisão
preventiva nas cidades de São Paulo, São José do Rio Preto,
Guarujá e Ubatuba. A prisão de Paulo Vieira de Souza, conhecido
como Paulo Preto, apurava lavagem de dinheiro, investigando
pagamento de propina da Odebrecht ao ex-senador Aloysio
Nunes Ferreira Filho.[109] De acordo com a PF, a empresa usava
o dinheiro para irrigar campanhas eleitorais e efetuar o
pagamento de propina a agentes públicos e políticos aqui Brasil.
Entre os anos de 2010 e 2011, um dos investigados mantinha em
território brasileiro cerca de R$ 100 milhões em espécie e que,
ao longo desse período, conseguiu repassar ao Setor de
Operações Estruturadas da empreiteira. Com isso, foi possível
realizar caixa para financiamento de campanha eleitorais e
pagamento de propina a agentes públicos.[110]

61.ª fase (Disfarces de Mamom) — Em 8 de maio, cumpriram-se


‘três mandados de prisão preventiva (Paulo Cesar Haenel Pereira
Barreto, Tarcísio Rodrigues Joaquim e Gerson Luiz Mendes de
Brito, executivos do Banco Paulista) e 41 mandados de busca e
apreensão em sedes de empresas que transacionaram com o
Banco Paulista em operações de lavagem de dinheiro
relacionadas com integrantes do "Setor de Operações
Estruturadas" do Grupo Odebrecht. As investigações revelaram
que lavaram-se ao menos 48 milhões de reais repassados pela
empreiteira, no exterior, a seis executivos desse setor entre 2009
e 2015 por meio de contratos ideologicamente falsos com o
banco no Brasil. Outros repasses suspeitos a empresas
aparentemente sem estrutura, na ordem de 280 milhões de
reais, também são objeto da investigação.[111]

62.ª fase (Rock city) — Em 31 de julho, cumpriram-se cinco


mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão em 15
cidades de 5 estados[112], relacionados à operação pelo Grupo
Petrópolis de um sistema de subornos em prol da Odebrecht,
movimentando quase meio bilhão de reais.[113] As investigações
da Lava Jato envolvendo o Grupo Petrópolis remontam a 2016,
quando uma planilha com nomes de políticos e referência à
cerveja Itaipava foi achada na casa do executivo da construtora
Benedicto Junior. De acordo com os documentos, 255 doações
foram realizadas somente nas campanhas de 2010 e de 2012,
somando mais de R$ 68 milhões.[114]

63.ª fase (Carbonara Chimica) — Em 21 de agosto, cumpriram-se


dois mandatos de prisão em dois estados, relacionados a
suborno de dois ex-ministros por duas empresas.[115] Segundo
o MPF, operação realizada buscou identificar beneficiários finais
de 118 milhões de reais pagos pela empresa por meio de setor
de propinas da Odebrecht entre os anos de 2005 e 2013. A
operação também apurou o pagamento de propina aos ex-
ministro Antônio Palocci e Guido Mantega. Além disso, foram
apreendidas 4 chaves de criptografia que podem dar acesso a
pastas do sistema de propina da Odebrecht com conteúdo
desconhecido pela Polícia Federal (PF).[116] O nome da
operação é baseado nos apelidos da Odebrecht "italiano" e "pós-
italiano" para dois dos ex-ministros alvos da operação.[117]

64.ª fase (Pentiti) — Em 23 de agosto, cumpriram-se 12


mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo e Rio
de Janeiro, focando BTG Pactual e Petrobras. A investigação
baseou-se na delação premiada do ex-ministro Antônio Palocci.
Além da identificação de beneficiários da chamada planilha
"Programa Especial Italiano" e do modus operandi de entregas
de valores ilícitos a autoridades, a fase também esclareceu a
existência de corrupção envolvendo instituição financeira
nacional e estatal petrolífera na exploração do pré-sal e em
projeto de desinvestimento de ativos no continente
africano[118][119].
65.ª fase (Galeria) — Em 10 de setembro, cumpriram-se
mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. A
investigação visa corrupção e lavagem de dinheiro na Transpetro
e na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, com pagamento de
suborno de 50 milhões de reais do Grupo Estre e da Odebrecht a
Edison Lobão e Márcio Lobão e lavagem de dinheiro estendendo-
se a 2019. Estariam envolvidos benefícios em quarenta
contratos, de valor total de um bilhão de reais, com Estre,
Polidutos, NM dutos e Estaleiro Tietê. Márcio Lobão teria
ganhado mais de R$ 30 milhões, e envolvido galerias de arte,
offshores e agentes financeiros.[120]

66.ª fase (Alerta Mínimo) — Em 27 de setembro, apurou-se


lavagem de dinheiro praticada por doleiros e funcionários do
Banco do Brasil.[121]

67.ª fase (Tango & Cash) — Em 23 de outubro, a Polícia Federal


deflagrou uma nova fase Tango & Cash.[122]

68.ª fase (Appium) — Em 7 de novembro, apurava-se suborno


para enterrar a Operação Castelo de Areia.[123] Antônio Palocci
acusou um ex-presidente do Superior tribunal de justiça de
receber cinco milhões de reais da Camargo Correia[124].

69.ª fase (Mapa da mina) — Em 10 de dezembro, a Polícia


Federal (PF) e o Ministério Público fizeram nova operação que
investigaram pagamentos suspeitos de R$ 132 milhões da Oi
para empresas do filho do ex-presidente Lula, Fábio Luís ‘Lula’ da
Silva, o Lulinha. Segundo as apurações, parte desses recursos
pode ter sido usado para a compra do sítio de Atibaia, pivô de
uma das duas condenações já impostas ao ex-presidente na
Lava-Jato. A nova fase cumpriu 47 mandados de busca e
apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Federal.
Trata-se de desdobramento da 24ª fase, que levou o ex-
presidente Lula para depoimento. Os órgãos investigam os
crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa,
tráfico de influência internacional e lavagem de dinheiro. De
acordo com o Ministério Público Federal, tais pagamentos foram
realizados sem justificativa econômica plausível enquanto o
grupo Oi/Telemar foi beneficiado por diversos atos praticados
pelo Governo Federal[125].

70.ª fase (Óbolo) — Em 18 de dezembro, a Polícia Federal


deflagrou nova fase para cumprir 12 mandados de busca e
apreensão. A investigação apurou a suspeita de que três
empresas tenham conseguido informações privilegiadas e se
beneficiado em ao menos 200 contratos de afretamento de
navios celebrados pela Petrobras que somam mais de 6 bilhões
de reais. Expediram-se mandados para São Paulo, Rio de Janeiro
e Niterói. Segundo a PF, a nova etapa continua investigações que
remontam ao começo da Lava Jato, em 2014. Apuram-se crimes
de corrupção de agentes públicos, organização criminosa e
lavagem de dinheiro. As irregularidades são de responsabilidade
da Diretoria de Abastecimento.[126]

2020
71.ª fase (Operação Sem Limites II) — Em 18 de junho de 2020,
foi deflagrada a operação, que foi um desdobramento da 57ª
fase.[127][128]

72.ª fase (Navegar é Preciso) — Em 19 de agosto de 2020, foi


deflagrada nova operação, que resultou na prisão dos
empresários e irmãos Germán Efromovich e José Efromovich.
[129]

73.ª fase (Ombro a Ombro) — Em 25 de agosto de 2020, a PF,


em cooperação com o MPF, deflagrou uma nova fase.[130]

74.ª fase (Sovrapprezzo) — Em 10 de setembro de 2020, foi


lançada nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro a Operação
Sovrapprezzo (em italiano, "sobretaxa" ou "superfaturamento"),
que envolve fraudes por sobretaxas à Petrobras por funcionários
do Banco Paulista [pt] e propinas no valor de 100 milhões de
reais.[131] A PF cumpriu 25 mandados de busca para transações
de câmbio comercial na Petrobras entre 2008 e 2011. A
Petrobras disse que foi a vítima, e que eles estavam cooperando
ativamente e forneceram as informações para os promotores
que levaram à emissão dos mandados. Também estiveram
envolvidas as transações cambiais do Banco Paulista durante o
mesmo período. As autoridades de lá disseram que sua divisão
de câmbio estava "extinta" e que ninguém lá sabia agora o
objetivo da investigação atual. A investigação constatou que o
Banco Paulista havia movimentado 7,7 bilhões de reais de
transações durante o período 2008-2011.[132]
75.ª fase (BOEMAN) — Em 23 de setembro de 2020, a PF
deflagrou nova fase, apurando possíveis fraudes em processo
realizado pela estatal para contratação de fornecimento de
navios lançadores de linha. Foram cumpridos 25 mandados de
busca e apreensão, no Rio de Janeiro, São Paulo e em Sergipe, e
foram expedidas ordens para bloqueio de valores até o limite
dos prejuízos identificados até o momento. As medidas foram
decorrentes do acordo de colaboração premiada de lobistas que
atuavam junto a funcionários da Petrobras e agentes políticos
com influência na estatal, realizado junto ao MPF.[133]

76.ª fase (Sem Limites III) — Em 07 de outubro de 2020, a PF


deflagrou a 76ª fase da operação. Os agentes cumpriram quatro
mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro. As
ações, segundo a corporação, tiveram como objetivo aprofundar
as investigações sobre práticas criminosas cometidas na diretoria
de Abastecimento da Petrobras, especificamente na gerência
executiva de Marketing e Comercialização.[134]

77.ª fase (Sem Limites IV) — Em 20 de outubro de 2020, a PF


deflagrou a 77ª fase, tendo como alvos ex-funcionários e um
atual funcionário da Petrobras suspeitos de receber doze
milhões de reais em propina em operações estrangeiras de diesel
e querosene de aviação. Os alvos eram ligados à diretoria de
Abastecimento da Petrobras e as investigações são
desdobramentos de outras três fases da Lava Jato que apuraram
pagamento de propina na área de trading da empresa.[135]

78.ª fase (Sem Limites V) - A Polícia Federal deflagrou em 26 de


novembro de 2020, em ação conjunta com o Ministério Público
Federal, a Operação Sem Limites 5, que é a 78ª fase da Operação
Lava Jato. São cumpridos dois mandados de busca e apreensão
em Angra dos Reis e Araruama, ambas no Rio de Janeiro. As
ordens judiciais foram expedidas pela 13ª Vara Federal de
Curitiba. A operação busca aprofundar as investigações sobre
crimes cometidos na Diretoria de Abastecimento da Petrobras,
especificamente na Gerência Executiva de Marketing e
Comercialização. O investigado, ex-funcionário da empresa, já foi
alvo de medidas judiciais na 57ª fase da Lava Jato e é novamente
alvo de mandados de busca e apreensão. [136

2021

79.ª fase (Operação Vernissage) - Em 12 de janeiro de 2021,


agentes da PF cumpriram 11 mandados de busca e apreensão. A
operação investiga pagamentos de propina em contratos da
Transpetro e da Petrobras e lavagem de dinheiro por meio da
compra de imóveis e de obras de arte. Entre 2008 e 2014 foram
desviados mais de 12 milhões de reais, segundo as investigações.
Os mandados judiciais foram expedidos pela 13ª Vara Federal
em Curitiba.[137]

80.ª fase (Operação Pseudéia) - Em 11 de fevereiro de 2021, foi


deflagrada uma nova fase da operação tendo como alvo o
empresário Cláudio Mente. Mente foi alvo de mandados de
busca e apreensão. O empresário é investigado pelos crimes de
corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e associação
criminosa. Segundo os investigadores, ele recebeu pagamento
do engenheiro Zwi Skornicki, que representava o estaleiro
Keppel Fels, a pedido do então tesoureiro do PT, João Vaccari
Neto. As investigações apontam que 673 ligações telefônicas
entre Cláudio Mente e Vaccari entre outubro de 2010 e março de
2015. De acordo com o MPF, as ligações aconteceram nos dias
ou em dias próximos aos pagamentos feitos a Cláudio Mente.[1

Acordos de delação premiada na


Operação Lava Jato

Os acordos de delação premiada na Operação Lava Jato surgiram


em 2014 com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa,
seguido do doleiro Alberto Youssef. O ex-operador da doleira
Nelma Kodama, Luccas Pace Júnior, teve a primeira delação
homologada na operação,[1] por não envolver pessoas com foro
privilegiado. Em seguida foram homologadas as delações de
Paulo Roberto Costa e posteriormente Youssef. Os acusados que
assinaram o acordo de delação, colaboraram com os
investigadores do Ministério Público Federal (MPF), Polícia
Federal (PF) e Procuradoria-Geral da República (PGR), e
posteriormente quando comprovados, tiveram as delações
homologadas pela Justiça Federal do Paraná ou pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), a depender da condição do acusado.

Em 2015, a Operação Lava Jato ainda contou com outros


delatores, os operadores Fernando Soares[2] e Milton
Pascowitch,[3] o lobista Julio Faerman,[4] a doleira Nelma
Kodama,[5] o executivo da UTC, Ricardo Pessoa,[6] o ex-diretor
da Petrobras, Nestor Cerveró,[7] o ex-funcionário da doleira, o
operador Shinko Nakandakari, o presidente da Camargo Corrêa,
Dalton Avancini, o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo
Hermelino Leite, entre outros.[8]

No ano de 2016, Delcídio do Amaral,[9] Maria Lúcia Tavares (ex-


secretária da Odebrecht),[10] João Santana[11] e Zwi Skornicki,
[12] além de onze executivos da Andrade Gutierrez assinaram
acordo de delação premiada, posteriormente homologados pela
Justiça.[10] Em 2017, setenta e oito executivos da Odebrecht
fizeram acordo de delação em conjunto. Dentre os executivos
que delataram estavam os ex-presidentes Marcelo Odebrecht e
Emilio Odebrecht.[13] Em 2018, o ex-ministro do Governo Lula
Antonio Palocci fechou acordo de delação com a Polícia Federal.
[14][15] Ao final de 2019, o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral,
fechou acordo de delação com a PF, no âmbito da operação no
Rio de Janeiro.[16]

Segundo levantamento feito pelo jornal O Globo, a força-tarefa


da operação conseguiu por meio de acordos com delatores da
operação Lava Jato a devolução de 1,837 bilhão de reais aos
cofres públicos desde o início da investigação em 2014.[1

Delatores
Paulo Roberto Costa
O primeiro delator foi o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto
Costa, em 2014,[18] embora não tenha sido a primeira delação
homologada por ter citado pessoas com foro privilegiado, o que
teria de ser apreciado pelo Supremo Tribunal Federal.[1]
Homologou-se a delação de Paulo Roberto Costa em 30 de
setembro de 2014, obtendo o benefício de prisão domiciliar por
ordem judicial.[19]

Em sua delação, Paulo Roberto Costa disse que parte da propina


recebida na sua diretoria foi repassada para o PP, PT e PMDB.
[20] Costa disse que foi indicado para o cargo pelo ex-deputado
José Janene (PP-PR), em 2004, com a missão de montar um
esquema de pagamento de propinas para políticos. Costa
afirmou que a propina para os partidos era dividida na base de
um por cento para um e dois por cento para outro – sobre
valores superfaturados de contratos da Petrobrás com
empreiteiras e fornecedores.[21]

Alberto Youssef
O doleiro Alberto Youssef assinou o acordo em setembro de
2014[22] e teve a delação homologada em dezembro de 2014.
[23] A partir da colaboração de Paulo Roberto Costa e Alberto
Youssef, a força-tarefa da Operação Lava Jato conseguiu obter
informações dos políticos e das empreiteiras envolvidas no
escândalo da Petrobras. As empresas envolvidas tinham contrato
de 59 bilhões de reais com a estatal. Os executivos de algumas
destas empresas foram presos na sétima fase da operação, em
novembro de 2014.[24]
Youssef revelou ainda, em sua delação premiada, que os ex-
ministros José Dirceu e Antônio Palocci eram "as ligações" do
lobista e operador de propina na Petrobras Julio Camargo com o
PT.[25]

Luccas Pace Junior


Em setembro de 2014, Luccas Pace teve a delação homologada
pela Justiça. Foi o primeiro delator da Operação Lava Jato a ter a
delação homologada pela Justiça.[1] Em 13 de agosto de 2015,
Em depoimento à CPI da Petrobras, o operador de câmbio Luccas
Pace Júnior, que trabalhava para a doleira Nelma Kodama,
afirmou que sente "alívio" por ter sido preso na Operação Lava
Jato. Pace assinou acordo de delação premiada e responde em
liberdade. Luccas Pace foi condenado pela Justiça Federal do
Paraná. Ainda em depoimento na CPI, disse: "Para mim foi um
alívio. No dia que eu fui preso, eu fiquei livre do mundo que me
prendia", e relatou aos deputados maneiras usadas para burlar a
fiscalização das autoridades financeiras. Segundo o delator,
existem "brechas propositais" na legislação brasileira que trata
do controle desse tipo de movimentação.[26]

Executivos da Toyo Setal


Em outubro de 2014, o consultor da Toyo Setal Julio
Camargo[27] e o executivo Augusto Mendonça Neto assinaram a
delação premiada, e os depoimentos foram liberados em 3 de
dezembro de 2014. Julio Camargo e Augusto Mendonça Neto
afirmaram ter pago mais de 150 milhões de reais em propina.
Camargo afirmou ter pago 40 milhões de dólares ao lobista
Fernando Baiano para garantir que uma empresa sul-coreana
fornecesse à Petrobras sondas de perfuração para serem usadas
na África e no Golfo do México. Mendonça Neto relatou aos
investigadores que, no período de 2008 e 2011, pagou entre 50 e
60 milhões de reais em propina ao ex-diretor de Serviços da
Petrobras Renato Duque. Os valores teriam sido pagos em
espécie no Brasil e por meio de contas bancárias na Suíça e no
Uruguai. O delator disse ao Ministério Público que Renato Duque
exigia que se lhe pagasse o suborno do "clube".[28]

Augusto Mendonça, disse ainda, em depoimento à Polícia


Federal que o pagamento de propina no esquema de corrupção
envolvendo a Petrobras foi feito por meio de doações oficiais.
Mendonça, que depôs na PF depois de fechar um acordo de
delação com o MPF, disse ainda que o pagamento de propina
cobrado pelo ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque
era feito de outras duas formas, por meio de remessas ao
exterior e parcelas em dinheiro vivo.[29]

Pedro Barusco
Ainda no final de 2014, a Operação Lava Jato ganhou outro
delator, Pedro Barusco, ex-gerente de serviços da Petrobras. As
revelações de Pedro Barusco provocaram a deflagração da
Operação My Way. Os depoimentos de Barusco foram feitos
entre novembro e dezembro de 2014 e tornados público em
fevereiro de 2015.[30]

Gerson Almada
Em março de 2015, o ex-executivo da Engevix, Gerson Almada
explicou como eram realizadas as reuniões para decidir qual
empreiteira do cartel ganharia a licitação das obras na Petrobras.
Almada era vice-presidente da Engevix e relatou como eram as
reuniões do "clube das empreiteiras". De acordo com Almada,
boa parte das reuniões ocorriam na sede da empresa UTC. Em
seus depoimentos de colaboração, admitiu repasses de 500 mil a
1 milhão de reais a José Dirceu, que após os relatos, a justiça
autorizou mandado de quebra de sigilo da JD Consultoria,
empresa de Dirceu.[31]

Nestor Cerveró
Em 18 de novembro de 2015, Nestor Cerveró fechou acordo de
delação premiada, após sua defesa entregar evidências de que
Delcídio do Amaral tentou obstrui-lo à fazer colaboração com a
justiça.[32] Em sua delação, Cerveró acusou senadores de
receber propina, entre eles Jader Barbalho (PMDB) e Renan
Calheiros (PMDB). O dinheiro viria de contratos da Petrobras
para a compra de navios-sonda.[33]

Em 2 de junho de 2016, os depoimentos de Cerveró foram


tornados públicos pelo Supremo Tribunal Federal, neles, afirmou
à Justiça que a presidente afastada Dilma Rousseff mentiu
quando disse que aprovou a compra da refinaria de Pasadena
por não ter informações completas sobre o negócio. Cerveró
também disse supor que Dilma sabia que políticos do PT
receberam propina para a compra da refinaria.[34][35] Cerveró
afirmou também à Procuradoria-Geral da República que, em
2012, o senador Renan Calheiros o chamou em seu gabinete no
Senado para reclamar da 'falta de propina'. Na ocasião, o
presidente da casa era José Sarney (PMDB).[36]

Fernando Baiano
Durante as negociações para assinar a delação premiada,
Fernando Baiano disse aos investigadores que teria informações
para entregar a participação de políticos no esquema, entre eles
o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).[37]

Em depoimento de colaboração premiada, Fernando Baiano


disse aos investigadores que pagou 2 milhões de reais para uma
nora do ex-presidente Lula. Baiano diz que o valor pago era
referente a uma comissão a que Bumlai teria direito por incluir
Lula em uma negociação para um contrato. Fernando Baiano era
representante da empresa OSX, de Eike Batista, que tinha
interesse em entrar na licitação para a construção de navios
sonda para explorar o pré-sal.[38]

Em 13 de junho de 2016, o jornal O Estado de S. Paulo publicou


que Fernando Soares admitiu ter recebido 500 mil reais da
Construtora Odebrecht em 2014 e 2015, período em que estava
preso. O lobista explicou que em 2009 foi procurado por Cezar
Tavares e Luiz Carlos Moreira para que indicasse uma empresa
interessada no projeto de uma refinaria em Angola. Segundo
Baiano, a consultoria de Cezar Tavares havia sido contratada pela
Sonangol, no país africano, para desenvolver novos negócios em
Lobito. Baiano então decidiu indicar a Andrade Gutierrez e a
Odebrecht, empreiteiras com mais atuação em Angola. O lobista
relatou que a escolha da consultoria foi pela Odebrecht e que a
ideia de Tavares e Moreira era ajudar a construtora a vencer a
concorrência para algumas obras na refinaria. Fernando Baiano
procurou o então diretor da Odebrecht Rogério Araújo para falar
sobre outras obras e aproximar as duas partes. Em seu relato,
Baiano afirma ter participado apenas de duas reuniões com
Tavares e a Odebrecht e depois ter procurado a construtora
apenas em 2012, com o intuito de receber pela consultoria
prestada. Não chegaram a um acordo sobre valores até 2014,
quando o lobista foi preso e, segundo ele, a empreiteira se
recusou a "pagar alguém que estava preso"; esse teria sido o
motivo de a construtora ter "pago por fora" ao seu irmão,
Gustavo, num contrato lícito.[39][40]

Alexandre Romano
Em 2015, o ex-vereador do PT de Americana, Alexandre Romano,
também conhecido como Chambinho, entregou em acordo de
delação premiada os detalhes da operação de arrecadação de
propinas que abasteceu o ex-ministro do Planejamento Paulo
Bernardo e o ex-ministro da Previdência e da Aviação Civil Carlos
Gabas.[41] Chambinho disse, ainda em sua delação, como
dinheiro de origem ilícita irrigou o caixa dois da campanha da
senadora e ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR). Parte do
dinheiro, saiu de um contrato milionário firmado nos Correios,
estatal vinculada ao Ministério das Comunicações, comandado
durante anos pelo marido de Gleisi, o também ex-ministro Paulo
Bernardo.[42] Em outubro de 2015, o STF homologou a delação.
[43]

Eduardo Leite
Eduardo Hermelino Leite admitiu em depoimento ao MPF no
Paraná que a Camargo Corrêa pagou 110 milhões de reais em
propinas para abastecer o esquema de corrupção. Leite foi
detido em novembro de 2014, na sétima fase da operação e
solto após a Justiça homologar o acordo de delação premiada
que ele firmou com as autoridades. Segundo Leite, os valores
foram pagos entre 2007 e 2012.[44]

Dalton Avancini
Dalton Avancini relatou em um dos depoimentos de sua delação
premiada que a Camargo Corrêa se comprometeu a pagar ao
PMDB propina correspondente a 20 milhões de reais para atuar
na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. O
empreendimento previsto para ser concluído em janeiro de
2019, tem investimento estimado em 28,9 bilhões de reais. O
consórcio que constrói a usina é formado por empresas
investigadas na Lava Jato: Camargo Corrêa, Odebrecht, Andrade
Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia,[45][46].

Delcídio do Amaral
Em 15 de março de 2016, a delação premiada de Delcídio do
Amaral foi homologada pelo ministro do STF Teori Zavascki.[9]
Delcídio na sua delação citou os nomes da ex-ministra de Dilma
Erenice Guerra, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Antonio
Palocci, e o engenheiro Silas Rondeau, como envolvidos em um
esquema de 45 milhões de reais.[47] Delcídio ainda citou o
presidente da Câmara Eduardo Cunha e o empresário André
Esteves. “O presidente da Câmara funcionava como garoto de
recados de André Esteves, principalmente quando o assunto se
relacionava a interesses do Banco BTG”, diz o senador.[48] Ainda
entre os nomes citados por Delcídio estão do ex-presidente Lula,
da presidente da república Dilma Rousseff,[49] de que
conheciam o esquema de corrupção na Petrobras e que
tentavam interferir na operação, os senadores Aécio Neves
(PSDB), Humberto Costa (PT), Renan Calheiros (então presidente
do Senado pelo PMDB), Romero Jucá (PMDB), Edison Lobão
(PMDB), Jader Barbalho (PMDB), Eunício Oliveira (PMDB), Valdir
Raupp (PMDB)[49] e a senadora Gleisi Hoffmann (PT).[50] O
nome do senador Aécio Neves não é ligado aos desvios da
Petrobras, tendo sido citado por um suposto envolvimento em
desvios em Furnas.[51]

Sérgio Machado
O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disse que
repassou propina para mais de 20 políticos de vários partidos.
Segundo Machado, foram repassados ao PMDB "pouco mais de
R$ 100 milhões", que tiveram origem em propinas pagas pelas
empresas que tinham contratos com a Transpetro. De acordo
com os termos do acordo de delação premiada, Sérgio Machado
devolverá 75 milhões de reais aos cofres públicos. Desse total,
dez milhões deverão ser pagos 30 dias após a homologação, que
ocorreu em janeiro de 2017, e 65 milhões de reais parcelados em
18 meses. Por ter delatado supostos repasses de recursos da
Transpetro para políticos, Machado vai cumprir pena em regime
domiciliar diferenciado.[52] Entre os citados por Sérgio Machado
estão o ex-presidente do Brasil José Sarney e os senadores Renan
Calheiros e Romero Jucá.[53]

Zwi Skornicki
Em 6 de outubro de 2016, o então ministro Teori Zavascki, do
STF homologou o acordo de delação de Zwi Skornicki. O
documento aponta que a delação de Skornicki tem 24
depoimentos e relata diversas ações realizadas com o intuito de
lavar dinheiro de propina paga em razões de negócios firmados
com a Petrobras. Zwi declarou à PGR, que pagou propina para o
deputado Luiz Sérgio (PT) para não ser convocado para a CPI da
Petrobras, em 2015. O petista era o relator da Comissão
Parlamentar de Inquérito que investigava fraudes na estatal
petrolífera.[12]

João Santana
As delações de João Santana foram remetidos ao STF por
envolver autoridades com o chamado foro privilegiado, como
ministros e parlamentares, por ele ter sido o marqueteiro da
campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 e de Dilma
Rousseff em 2014.[11] Em 2017, o ministro do STF e relator da
Operação Lava Jato, Edson Fachin homologou a delação
premiada de João Santana Também foram homologadas as
delações de sua esposa, Mônica Moura e de seu funcionário
André Luis Reis Santana. A colaboração foi proposta pelos
advogados de João Santana e Mônica Moura e aceita pelo
Ministério Público Federal.

Em um dos seus depoimentos de colaboração premiada, o


publicitário João Santa afirmou aos procuradores que
disponibilizou uma conta pessoal na Suíça para integrantes da
cúpula do PT receberem dinheiro não declarado desviado da
Petrobras.[54]

Mônica Moura
Em 11 de maio de 2017, após o ministro do STF retirar o sigilo
das delações de Mônica Moura, esposa do publicitário do PT,
João Santana, foi constatado que nas delações de Mônica, ela
afirma que Jeferson Monteiro, criador do perfil Dilma Bolada
recebeu 200 mil reais. O dinheiro teria sido pago a pedido do
coordenador da campanha, Edinho Silva, sob o argumento de
que o trabalho do ator era vantajoso para a imagem da então
presidente. Segundo a petição do Procurador-Geral da República
Rodrigo Janot, Monica disse em depoimento que foi chamada
para uma reunião no comitê político do PT em 2014. Lá, ouviu de
Edinho o pedido para que ela e o marido arcassem com uma
dívida de 400 mil reais que o comitê tinha com Jefferson
Monteiro, "para evitar a interrupção das postagens,
consideradas favoráveis à imagem de Dilma Rousseff". Monica
contou que pagou a metade do valor. A outra metade teria sido
paga por Daniele Fonteles, da agência Pepper, que trabalhava
com o marketing da campanha nas mídias sociais.[55][56][57]

Antonio Palocci
Em sua delação, Palocci narra que participou de uma reunião no
Palácio da Alvorada em 2010 com Lula, Dilma Rousseff e com o
ex-presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli. De acordo com
Palocci, Lula foi "expresso ao solicitar do então presidente da
Petrobras que encomendasse a construção de 40 sondas para
garantir o futuro político do país e do PT com a eleição de Dilma
Rousseff". A ideia era que a produção dos navios-sonda gerasse o
pagamento de propina pela empresa contratada para a
campanha de Dilma.[58]

Palocci também relatou irregularidades na Gerência Executiva de


Comunicação Institucional da Petrobras. Segundo Palocci, Wilson
Santarosa, que comandava o setor, era um conhecido líder
sindical dos petroleiros e do PT em Campinas, e uma pessoa
ligada ao ex-presidente. Ainda segunda a delação de Palocci, "em
sua gerência, foram praticadas ilicitudes em conjunto com as
empresas de marketing e propaganda". Essas empresas, segundo
o delator, destinavam cerca de três por cento dos valores dos
contratos firmados com a Petrobras para o PT."[58]

Palocci afirmou nos termos de colaboração que em 2007, após


sua reeleição, Lula o convocou ao Palácio Alvorada, "em
ambiente reservado no primeiro andar, para, bastante irritado,
dizer que havia tido ciência de que os diretores da Petrobras
Renato Duque e Paulo Roberto Costa estavam envolvidos em
diversos crimes no âmbito de suas diretorias". Segundo Palocci,
"a intenção de Lula era clara no sentido de testar os
interlocutores sobre seu grau de conhecimento e o impacto de
sua negativa".[58]

A delação de Palocci foi homologada pelo Tribunal Regional


Federal da 4ª Região (TRF-4) em junho de 2018. Posteriormente,
juiz Sergio Moro tornou público apenas um dos depoimentos,
que tem relação com o processo que tramita sob seus cuidados
em Curitiba.[58]

Andrade Gutierrez
Onze executivos da Andrade Gutierrez, incluindo o ex-presidente
da holding, Otávio Marques de Azevedo, assinaram acordo de
delação. Durante o governo Lula, segundo a confissão de
Azevedo, cobrava-se propina de um a cinco por cento dos
contratos públicos das empreiteiras no Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC). Azevedo também confirmou ter injetado
dinheiro desviado da Petrobras na campanha da ex-presidente
Dilma Rousseff em 2014, a pedido dos ex-ministros Edinho Silva
e Giles Azevedo. O empreiteiro e os outros executivos da
Andrade listaram propinas nas obras da usina Eletronuclear de
Angra 3 e da hidrelétrica de Belo Monte, implicando
peemedebistas como Edison Lobão, Renan Calheiros e Romero
Jucá, além dos estádios para a Copa do Mundo de 2014. Otávio
Azevedo enumerou os ex-governadores José Roberto Arruda e
Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, Sérgio Cabral, do Rio de
Janeiro, Eduardo Braga e Omar Aziz, do Amazonas, como
beneficiários do dinheiro desviado nas arenas.[10]

Em 7 de abril de 2016, o então ministro do STF, Teori Zavascki


homologou a delação de Otávio Azevedo. O jornal "Folha de
S.Paulo" disse que a Andrade Gutierrez entregou uma planilha
em que detalha as doações vinculadas à participação da
empreiteira em contratos de obras públicas. A TV Globo
confirmou que a delação do empresário indica que a propina
revestida de doação legal foi para outras campanhas do PT e do
PMDB nos anos de 2010, 2012 e 2014.[59] O empreiteiro
declarou em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que
a Andrade Gutierrez fez doação de um milhão de reais ao PT, em
março de 2014. No entanto, a defesa de Dilma apresentou ao
tribunal um cheque atestando o repasse de um milhão do
Diretório Nacional do PMDB para “Eleição 2014 Michel Temer
vice-presidente” em julho de 2014. Na prestação de contas da
campanha, não há qualquer outro registro de movimentação do
mesmo valor que tenha passado pelas contas do PT.[60]
Confrontado com documentos que contradiziam o seu
depoimento anterior, o executivo apresentou uma nova versão
dos fatos e afirmou que a contribuição de um milhão feita ao
diretório do PMDB foi voluntária, sem nenhuma origem irregular.
[61]

Grupo Odebrecht
Ver artigo principal: Delações da Odebrecht na Operação Lava
Jato
Em março de 2017, em depoimento ao ministro Herman
Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, Hilberto Mascarenhas
da Silva Filho responsável pelo setor de Operações Estruturadas
da Odebrecht (departamento de propinas da Odebrecht) afirmou
ter pago de 2006 a 2014, 3 bilhões e 390 milhões de reais em
propina.[62][63][64][65] Na cotação do dólar do período, o cifra
pode ultrapassar dez bilhões de reais. Deste valor, entre 15 a 20
por cento (500 a 680 milhões de dólares) foi destinado a
financiar campanhas eleitorais no Brasil via caixa dois.[62]

Em abril de 2017, foi tornado público pelo STF, parte dos


depoimentos dos 78 executivos do grupo Odebrecht que
firmaram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral
da República, no âmbito do acordo de leniência, em dezembro
de 2016.[13]

Grupo JBS
Ver artigo principal: Delações da JBS na Operação Lava Jato
Em 18 de maio de 2017, o STF homologou o acesso à delação
premiada dos donos da JBS Joesley e Wesley Batista, e de
executivos da empresa. Os empresários firmaram o acordo com
o MPF no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo O Globo do
dia anterior, num encontro gravado em áudio pelo empresário
Joesley Batista, o presidente Michel Temer teria sugerido que se
mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara,
Eduardo Cunha, e ao doleiro Lúcio Funaro para que ficassem em
silêncio. De acordo com a reportagem, outra gravação feita por
Batista diz que o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG),
teria pedido 2 milhões de reais ao empresário. O dinheiro teria
sido entregue a um primo de Aécio. A Polícia Federal registrou a
entrega em vídeo, rastreou o caminho do dinheiro e descobriu
que o montante foi depositado numa empresa do senador Zezé
Perrella (PMDB-MG).[66]

De acordo com a Revista Época, a JBS teria depositado cerca de


300 milhões de reais numa conta secreta na Suíça, cujo titular é
uma empresa de fachada de Joesley Batista, sediada no Panamá.
Segundo Joesley, o ex-presidente Lula podia fazer saques nessa
conta para, em seguida, transferir o dinheiro para contas oficiais
das campanhas eleitorais do PT em 2010 e 2014. O saldo dessa
conta era gerado, segundo o empresário, a partir de vantagens
ilegais obtidas pela JBS junto ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sobretudo no
período em que Luciano Coutinho presidia o banco (2007-2016).
[67]

Em 19 de maio divulgou-se que o empresário Joesley Batista


relatou ter pago 150 milhões de dólares em propina aos ex-
presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, mediante
depósitos em contas distintas no exterior. O delator teria
destinado a Lula 50 milhões de dólares, e 50 milhões a Dilma.[68]

Outros
No início de 2015 Shinko Nakandakari, operador, revelou ter
feito pagamentos pela Galvão Engenharia. Shinko afirmou à
força tarefa do MPF que ofereceu "na cara e na coragem"
propina para o gerente geral da Refinaria Abreu e Lima (Rnest),
Glauco Colepícolo Legatti.[69] Em março do mesmo ano, o juiz
Sergio Moro homologou a delação de Nakandakari.[70]

Em julho de 2015, o empresário Mario Góes teve a delação


homologada pela Justiça e terá de pagar uma multa
compensatória de 38 milhões de reais. Definiram-se os valores
nos termos do acordo de delação premiada firmado entre o réu
e o MPF. Góes reconheceu nos depoimentos que usou a empresa
dele, a RioMarine para forjar contratos fictícios com empreiteiras
que prestavam serviços à Petrobras. Segundo o delator, esses
contratos serviam para operacionalizar o pagamento de propina
à diretoria de Serviços da estatal. O empresário também afirmou
ter recebido dinheiro em espécie da construtora UTC, cujo dono,
Ricardo Pessoa. Segundo Góes, o dinheiro seria repassado ao
então gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco.[71]

Em agosto de 2015, a justiça publicou a delação de Hamylton


Padilha,[72] considerado o maior lobista da Petrobras, que
confessou ter pago propina a ex-diretores da estatal.[73] Em
janeiro de 2016, o operador financeiro Luis Eduardo Campos
Barbosa da Silva, sócio de Faerman, fechou acordo de delação
premiada. Conhecido como Robin, Luiz Eduardo operava para as
empresas Alusa, Rolls Royce e SBM.[74]

Da operação no Rio de Janeiro


Ver artigos principais: Operação Calicute, Desdobramentos da
Operação Lava Jato e Operação Ponto Final
No Rio de Janeiro a operação é conduzida pelo juiz federal
Marcelo Bretas. Dentre os delatores, estão os doleiros Renato
Chebar, Marcelo Chebar, e posteriormente Vinícius Claret —
mais conhecido como Juca Bala,[75] além de empresários,
executivos da Carioca Engenharia, executivos da H.Stern, e
membros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.

Em março de 2017, foi deflagrada a Operação Tolypeutes, que


surgiu do acordo de leniência de executivos da Carioca
Engenharia; Segundo delatores, o esquema de corrupção que
existia na Secretaria de Estado de Obras do Rio de Janeiro, com a
cobrança de propina das empreiteiras envolvidas em contratos
bilionários de obras civis — revelado em outras operações da
Lava Jato —, repetia-se na Secretaria de Estado de Transporte.
As obras da Linha 4 custaram cerca de dez bilhões de reais e a
inauguração foi pouco antes da Olimpíada do Rio.[76]

Em abril de 2017, os executivos da rede de joalheria H.Stern,


fecharam acordo de delação com o MPF para revelar detalhes do
esquema de lavagem de dinheiro do grupo que seria liderado por
Sérgio Cabral. O acordo envolveu o presidente e o vice-
presidente da joalheria, e outros executivos, que concordaram
em pagar multas de 18,9 milhões de reais.[77]

Em novembro de 2017, o delator César Romero, ex-subsecretário


de Estado de Saúde do Rio de Janeiro na gestão do ex-
governador Sérgio Cabral, afirmou que o empresário Miguel Iskin
— réu em ação penal da Lava Jato no Rio — pagou propina ao
ex-ministro da Saúde (de 2003 a 2005), e hoje senador Humberto
Costa.[78]

Em maio de 2018, Carlos Miranda, amigo de infância do ex-


governador Sérgio Cabral e operador do esquema de corrupção
liderado por Cabral no Estado do Rio, afirmou à Justiça Federal,
que o empresário Arthur Soares Filho pagou 2,5 milhões de
dólares para que quatro dirigentes africanos votassem na capital
fluminense para ser sede da Olimpíada de 2016. A eleição foi
realizada em outubro de 2009 em Copenhague, na Dinamarca.
[79]

Em setembro de 2018 Jonas Lopes Filho, ex-presidente do


Tribunal de Contas do Estado (TCE), admitiu a compra de gado da
empresa de Jorge Picciani, presidente afastado da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), para práticas criminosas.
Segundo o delator, ele teria feito a compra subfaturada para
camuflar a evolução patrimonial, enquanto a empreiteira Carioca
Engenharia afirma que superfaturou os valores para pagamento
de caixa dois.[80]

Em outubro de 2018, Alexandre Pinto da Silva tornou-se réu


confesso na Lava Jato do Rio. Em depoimento ao juiz Marcelo
Bretas, Silva disse que Paes o comunicara de que a construtora
Odebrecht, em troca de propina, deveria vencer a licitação para
executar as obras do corredor Transoeste. Eduardo Paes negou
as acusações.[81]

Lélis Teixeira, ex presidente da Federação das Empresas de


Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro assinou
um acordo em fevereiro de 2019 com o Ministério Público
Federal que, segundo a Folha de S.Paulo, atinge todos os
Poderes estaduais e municipais. Teixeira detalhou propinas —
cujo nome ficou conhecido como "caixinha da Fetranspor" —
para autoridades estaduais ao longo de anos. O caixa dois das
empresas era utilizado para pagar propina ou verba eleitoral
ilegal para agentes públicos.[82] Anteriormente, em 2017, Álvaro
Nóvis, operador financeiro da Fetranspor, já havia fechado um
acordo de delação premiada com detalhes sobre a "caixinha da
Fetranspor". Os depoimentos da delação de Álvaro resultou na
Operação Ponto Final.[82]

Na operação no Rio de Janeiro, 37 acordos de colaboração


premiada foram homologados pelo Judiciário.[83] O valor das
multas e ressarcimentos desses acordos alcançou 945 milhões de
reais.

Sergio Cabral
Em 6 de fevereiro o ministro do STF, Edson Fachin, homologou a
delação de Sérgio Cabral com a Polícia Federal.[84] No dia 10 de
fevereiro, em depoimento ao juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª
Vara Federal Criminal, Cabral afirmou pela primeira vez que
Adriana Ancelmo, com quem vivia antes de ser preso, sabia da
existência de um caixa paralelo no escritório de advocacia em
que era sócia.[85] No dia 11 de fevereiro, o Procurador-geral da
República (PGR) Augusto Aras recorreu à Fachin contra a
delação, por considerar que os valores que o ex-governador se
comprometeu a devolver já estavam bloqueados pela Justiça e
que Cabral não apresentou fatos novos nos depoimentos.[86]
Em sua colaboração, delatou parlamentares do PMDB, como
Rose de Freitas,[87] Renan Calheiros, Romero Jucá e Valdir
Raupp,[88] além de dois ministros do Superior Tribunal de Justiça
(STJ).[89] Cabral teria ainda se comprometido a devolver 380
milhões de reais em propinas recebidas nos últimos anos.[90] No
dia 19 de fevereiro de 2020, o Ministério Público Federal (MPF)
pediu a justiça acesso à delação premiada.[91]
Violação do acordo de delação
Em 17 de maio de 2016, o juiz Sergio Moro decretou a prisão
preventiva do lobista Fernando Moura por ter violado acordo de
colaboração premiada. Fernando Moura, que fez uma delação
premiada e a teve homologada, violou o acordo ao prestar
depoimentos contraditórios e ao não devolver uma quantia de
cerca de 5 milhões de reais. De acordo com a assessoria de
imprensa da Justiça Federal do Paraná, os depoimentos
prestados por Moura ainda são válidos.[92][93] Foi a primeira
vez que um delator perde os benefícios na Operação Lava Jato.
[94]

Em fevereiro de 2017, o MPF pediu ao juiz Sérgio Moro a


suspensão dos benefícios de delação de Paulo Roberto Costa, e
sua condenação à prisão. Os procuradores querem que Costa
responda com base na lei de organizações criminosas, e alegam
que Costa mentiu em sua colaboração, o que pela lei seria
suficiente para quebrar o acordo firmado com a Justiça Federal.
Segundo o procurador Deltan Dallagnol, o confronto dos
depoimentos de Costa e Arianna (filha) revelou contradições e
omissões por parte dos acusados, em "evidente descumprimento
aos deveres assumidos em razão da celebração de acordo".[95]
[96][97]

Números atuais
Em outubro de 2018, a operação contava 176 acordos de
colaboração premiada firmados com pessoas físicas, incluindo os
delatores da Odebrecht.[98]
Concluir uma difícil tarefa é um momento sublime e único na
vida das pessoas.
Geralmente, esse sentimento de vitória vem acompanhado
daquela sensação de gratidão. Isso
acontece porque nunca construímos nada sozinhos; realmente
Deus existe e ilumina aqueles que
acreditam que é sempre possível ajudar alguém, mesmo quando
não se sabe de tudo.
Ao realizar um grande feito, pare, observe com muita atenção ao
seu redor e perceba a
quantidade de pessoas que o ajudaram. Foram anos de
dedicação e observação acerca deste
tema tão importante para a sociedade: a Educação Financeira
Metodologia DSOP é a resposta
para muitos problemas sociais.
Difícil agradecer a essa ou aquela pessoa, já que teria que
agradecer a todos aqueles que
fizeram parte da minha história desde criancinha. Portanto,
amigos, não vou registrar aqui os
protagonistas e cometer o erro de esquecer algum nome.
Agradecerei a Deus, em primeiro lugar, aos meus amigos, aos
meus irmãos de fé, aos
meus parentes, à minha família que me apoia (mesmo nas
minhas ausências) e até às pessoas
que disseram “não” aos meus projetos e, de forma positiva,
influenciaram também os
ensinamentos que levaram à realização desta obra.
Agradeço a todos que acreditam na Metodologia DSOP e a
praticam, sejam eles
educadores financeiros profissionais ou pessoas comuns.
Agradeço a Prof.ª Dra. Rosana Alves pela orientação dispensada
na elaboração desta
tese, da qual tive a honra de extrair as melhores oportunidades
para meu desenvolvimento.
Agradeço por acreditar em mim e me mostrar o caminho da
neurociência e, principalmente, por
acreditar no futuro deste projeto e a sua contribuição para a
humanidade.
Aproveito a oportunidade para agradecer ao amigo Prof. Dr.
Anthony B. Portigliatti e a
Prof.ª Dra. Josimelia Oliveira pelas valiosas informações e
esclarecimentos que contribuíram para
o enriquecimento desta tese.

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