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22/09/2022 20:38 O TCP/IP

Pequena história da Internet


 
 
 
 
A Internet nasceu em 1969, nos Estados Unidos.
Inicialmente, interligava os diversos laboratórios
de pesquisa e chamava-se
ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency).  Era uma rede
do Departamento de Defesa
norte-americano cujo principal objectivo era atender necessidades
militares. Assim, a função
desta rede era que em caso de
ocorrência de guerras ou catástrofes
que pudessem afectar os meios de
comunicação dos EUA, continuassem activas as ligações entre
universidades e
órgãos principais do governo mesmo que parte de rede fosse destruída. Era então
necessário a utilização de um protocolo de comunicação que assegurasse tais
funcionalidades, foi
assim que começou a ser desenvolvida a arquitectura
TCP/IP.
 
O nome Internet propriamente dito surgiu bem mais
tarde, quando a tecnologia da ARPAnet
passou a ser usada para interligar  universidades
e laboratórios, primeiro nos EUA
e depois
noutros países. Actualmente a Internet consiste num conjunto de várias
dezenas de milhar de
redes cujo a única semelhança que
possuem reside no protocolo de comunicação que partilham, o
TCP/IP que permite
que umas máquinas comuniquem com outras.
 
Durante cerca de duas décadas a Internet ficou
restrita ao ambiente académico e científico,
somente a partir de 1987 esta rede
passou a ser 
comercializada nos EUA. 
Porém, foi em 1992
que a sua utilização passou a ser generalizada.
Começaram a aparecer nos EUA várias empresas
provedoras de acesso à Internet e
centenas de milhar de pessoas passaram a colocar e a
consultar informações na
Internet, tornando-se talvez na maior fonte de informação de massas. A
normalização do protocolo TCP/IP chegou após a
utilização em massa da Internet.
 
 
Algumas datas Importantes no desenvolvimento da Internet:
 
·        
1968 Foi
desenvolvido pela ARPA (Advanced Research
Projects Agency) o primeiro backbone.
O objectivo desse projecto era interligar várias
universidades e a área militar.
 
·        
1975 A
ARPA deu lugar ao DARPA (Defence Advanced
Research Projects Agency) e começou
a desenvolver os protocolos TCP/IP.
 
·               
1979
Foi formado comité ICCB (Internet Control
and Configuration Board) para gerir o
desenvolvimento do TCP/IP.
 
·        
1983 A
DARPA cedeu os direitos do código dos protocolos TCP/IP à Universidade da
Califórnia
para que fosse distribuído na versão UNIX. A DARPA exigiu que todos
os PCs ligados ao
ARPANET usassem os protocolos TCP/IP. Esses protocolos
difundiram-se rapidamente, visto
não serem produtos comerciais.
 
·        
1985 A
Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos (NSF) criou a NSFNET, que era uma
rede de alta capacidade destinada
a atender, tanto nos EUA como noutros países, as entidades
científicas e de
pesquisa.
 
·        
1987 A
Internet passou a ser comercializada
nos EUA
 
·               
1989 A
ARPANET deu lugar à NSFNET e o ICCB foi substituído pela IAB (Internet Advisory
Board). A IAB possuía
dois grupos principais: o IRTF (Internet
Research Task Force) e o IETF
(Internet
Engeneering Task Force).
 
·               
1992 Começaram
a aparecer diversos ISP (Internet Service
Provider) dando-se início à 
massificação da Internet o serviço
responsável pela massificação foi o www que surgiu neste
ano.
 

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·        
A partir de 1992 Muitas redes foram desenvolvidas sobre o TCP/IP, novas aplicações
criadas
e um conjunto de serviços desenvolvidos de forma a melhorar e a
diferenciar o tráfego que
circula na Internet.
 
 
 

O Modelo TCP/IP
 
 
 
 
Antes da internet se
tornar tão popular os protocolos de comunicação mais importantes eram o
TCP/IP,
NETBEUI, IPX/SPX, Xerox Network System (XNS)  e o Apple Talk. De salientar que para
dois equipamentos de rede poderem comunicar entre si é essencial que ambos
entendam as
mesmas regras ou seja, ambos têm de usar o mesmo protocolo de
comunicação.
Com
o acesso crescimento e vulgarização da Internet e com a necessidade de as redes
internas
das empresas se ligarem cada vez com mais frequência à Internet e de
serem obrigadas a utilizar
o protocolo já usado na internet,  o protocolo TCP/IP expandiu-se também
a estas redes
empresariais tornando-se actualmente no protocolo padrão de
comunicação.
 
O
TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) representa um conjunto
de protocolos
que permitem que diversos equipamentos que constituem uma rede
possam comunicar entre si. É
um protocolo estruturado por
camadas na qual cada camada utiliza e presta serviços às camadas
adjacentes. Cada camada apenas trata das informações que correspondem à sua
função.
 
O
modelo TCP/IP quando comparado com o modelo OSI, tem duas camadas que se formam
a
partir da fusão de algumas camadas do modelo OSI, elas são: as camadas de Aplicação
(Aplicação, Apresentação e Sessão) e Acesso à Rede (Ligação de dados e Física).
 
Existem
5 camadas distintas que formam o TCP/IP:
 
 
 

 
 
 
·               
APLICAÇÃO:
Esta camada é formada por um vasto conjunto de protocolos os quais
permitem o
correcto funcionamento dos diversos Serviços/Aplicações do modelo TCP/IP.
Esta
camada não possui um padrão comum para todas as aplicações, ou seja, consoante
o
serviço em questão irá depender também o protocolo que o vai atender. Por
exemplo o
serviço e-mail utiliza o protocolo SMTP, sempre que este serviço é
solicitado ao TCP/IP
(envio ou recepção de e-mail), é este protocolo que se
encarrega do atender. De igual

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modo sempre que é solicitado ao TCP/IP o serviço


www o protocolo que se encarrega de o
atender é o HTTP. Ou seja, por trás de
cada aplicação existe um protocolo específico seja
ele o FTP,TELNET,
HTTP, SMTP, POP3, DNS, etc.
 
·               
TRANSPORTE: Pela figura, pode-se verificar que a Camada TCP do Modelo TCP/IP
corresponde à Camada de Transporte do Modelo OSI. Desta forma, o TCP é
responsável
pelas funções de transporte nas quais se incluem os mecanismos
necessários que
garantem a entrega sequencial de dados, sem erros e sem falhas.
O acesso das diversas
Aplicações a esta camada  é feito através de portas as
quais  têm associados números
inteiros
distintos para cada tipo de Aplicação. Podem ser utilizados dois protocolos
distintos
para o transporte, o TCP e o UDP. O TCP é orientado à conexão
enquanto que o UDP não. O
UDP funciona como segunda opção da camada de
transporte uma vez que não oferece
garantias de entrega de pacotes, nem da sua
correcta sequência de envio. Normalmente o
UDP só é utilizado em aplicações que
geram elevados volumes de tráfego na Internet.
 
·               
CAMADA IP ou INTERNET: As Funções da Camada de Rede do Modelo OSI, são
aqui
realizadas pela Camada IP e pela consequente utilização do Protocolo IP.  A Camada IP é
uma
camada normalizada em que o único protocolo utilizado é o protocolo IP. Esta
camada
é responsável pelo endereçamento,  roteamento e controlo de envio e recepção
dos dados.
A comunicação é realizada por datagramas. O protocolo IP é não
orientado à conexão, não
garantindo que os pacotes IP cheguem ao seu destino
nem se chegam pela ordem com que
foram enviados. O IP é o protocolo responsável
por definir o caminho que um pacote de
dados deverá percorrer desde o host de
origem até ao host destino, passando por uma ou
várias redes onde poderá
encontrar protocolos de conexão como o IP, o ICMP, o ARP e o
RARP.
 
·        
ACESSO À REDE: Esta camada tem como principal função a adaptação do Modelo TCP/IP
aos diversos tipos de redes (X.25, ATM, FDDI, Ethernet, Token Ring, Frame
Relay, PPP e
SLIP). É a camada de abstracção de hardware e devido à enorme
variedade de tecnologias
de rede possíveis, é uma camada não normalizada pelo
modelo TCP/IP. É possível a
interligação e interoperação com redes
heterogéneas. Nesta camada são utilizados
gateways ou routers.
 
·               
FÍSICO:
Esta camada descreve as características físicas da comunicação tais como a
natureza do meio usado para a comunicação (cobre, fibra-óptica ou links de
rádio) e todos
os detalhes relacionados com os sinais (modulações, comprimentos
de onda, níveis de
sinal, sincronizações, distâncias máximas, etc)
 
Uma das maiores limitações
da arquitectura TCP/IP é quanto a sua capacidade de endereçamento,
que já está
se tornando limitada, devido ao crescimento exponencial da Internet.
 
 
 

O Protocolo TCP
 
 
 
 
O
TCP é um protocolo da camada de transporte confiável em que existe a garantia
que os dados
são integralmente transmitidos para os hosts de destino correctos
na sequência pelo qual foram
enviados. O TCP segmenta a informação proveniente
da Camada Aplicação em pequenos blocos
de informação (datagramas)
inserindo-lhes um cabeçalho de forma a que seja
possível no hoste
de destino fazer a reassemblagem dos dados. Este cabeçalho
contém um conjunto de bits
(checksum) que permite tanto a validação dos dados
como do próprio cabeçalho. A utilização do
checksum permite muitas vezes no
hoste de destino recuperar informação em caso de erros
simples na transmissão
(nos casos da rede corromper o pacote). Caso a informação seja
impossível de
recuperar ou o pacote TCP/IP se tenha perdido durante a transmissão, é tarefa
do
TCP voltar a transmitir o pacote. Para que o hoste
de origem tenha a garantia que o pacote
chegou isento de erros é necessário que
o hoste de destino o informe através do envio de uma
mensagem de
"acknowledgement".

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O
TCP corresponde a um conjunto de rotinas instaladas nos hosts de origem e
destino as quais
são utilizadas pelas várias aplicações (e-mail, http, FTP,
telnet, etc) quando necessitam de
executar o transporte de dados entre hosts.
 
Para
que seja possível identificar a que serviço um determinado datagrama pertence, o TCP utiliza
o conceito
de portas. A cada porta está
associado um serviço. Após determinada a porta, toda a
comunicação com a
aplicação é realizada e endereçada através dela.
 
Características do protocolo TCP:
 
·        
Transferência de dados: transmissão ponto-a-ponto de blocos de dados no
modo full-
duplex.
 
·        
Transferência de dados com diferentes prioridades: transmite em primeiro lugar os
datagramas que
contenham sinalização de prioridade superior.
 
·        
Estabelecimento e libertação de conexões
 
·        
Sequenciação: Ordenação dos pacotes recebidos.
 
·               
Segmentação e reassemblagem: O TCP divide os dados a serem transmitidos em
pequenos blocos de dados, identificando-os de forma a que
no host de destino seja
possível reagrupá-los.
 
·        
Controle de fluxo: o TCP é capaz de adaptar a transmissão dos
datagramas às condições
de transmissões ( velocidade ,
tráfego ... ) entre os diversos sistemas envolvidos.
 
·        
Controle de erros: A utilização de checksum permite verificar se os
dados transmitidos
estão livres de erros. É possível, para além da detecção a
sua correcção.
 
·               
Multiplexagem de IP: Uma vez que é utilizado o conceito de portas, é
possível enviar
dados de diferentes tipos de serviços (portas diferentes) para o mesmo hoste de destino.
 
 
 
Funcionamento de uma
Ligação TCP:
 
 

 
Uma comunicação utilizando o TCP é realizada em três fases:
 
1.      Estabelecimento
da ligação
2.      Troca de dados
3.      Libertação da
ligação
 
 

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O Estabelecimento da ligação é realizado pelo envio de 3 mensagens de
acordo com é descrito
pelas figuras:
 

Um pacote TCP tem a seguinte estrutura:

Significado dos campos:


 
·        
TCP SOURCE PORT: Porta origem
da mensagem
 
·        
TCP DESTINATION
PORT: Porta destino da mensagem
 
·        
SEQUENCE NUMBER: número de
sequência dos dados sendo transmitidos face ao conjunto
total de dados já
transmitidos. Este número indica a posição do primeiro byte de dados sendo
transmitido em relação ao total de bytes já transmitidos nesta conexão. O
primeiro número de
sequência utilizado não é zero ou um, mas começa de um valor
aleatório. O sequence number
num sentido da ligação (máquina A para B) é
diferente do sequence number do sentido inverso,
já que os dados transmitidos
por um e outro lado são completamente distintos.
 

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·        
ACKNOWLEDGE
NUMBER: número que significa o reconhecimento dos dados recebidos até
então no
sentido inverso. O ACK contém o número do próximo byte do fluxo de dados
recebido,
que a origem deste pacote espera receber da outra máquina. Este valor
leva em consideração

SEQUENCE NUMBER inicial. O valor de ACK informa sempre o próximo
byte ainda não
recebido do conjunto contíguo de bytes recebidos do transmissor.
 
·        
CODE BITS: São formados
por seis bits, URG, ACK, PSH, RST, SYN e FIN, cuja sua utilização é
a seguinte:
 
1.      URG "bit de Urgência"
: significa que o segmento sendo carregado contém dados urgentes
que
devem ser lidos com prioridade pela aplicação. A aplicação origem é responsável
por
activado este bit e fornecer o valor do URGENT POINTER que indica o fim dos
dados
urgentes.
 
2.          ACK "bit de Reconhecimento": indica que
o valor do campo de reconhecimento está
carregando um reconhecimento válido.
 
3.          PSH "bit de PUSH": Este mecanismo pode
ser activado pela aplicação, informa ao TCP a
origem e destino que a aplicação solicita a transmissão rápida dos dados enviados, mesmo
que
ela contenha um número baixo de bytes, não preenchendo o tamanho mínimo do
buffer de transmissão.
 
4.      RST "bit de RESET": Informa o destino que a ligação foi abortada neste sentido pela
origem
 
5.      SYN "bit de Sincronismo": É o bit que
informa que este é um dos dois primeiros segmentos
de estabelecimento da
conexão.
 
6.      FIN "bit de Terminação": Indica que
este pacote é um dos pacotes de finalização da ligação.
 
·               
WINDOW: Este campo
informa o tamanho disponível em bytes na janela de recepção da
origem deste
pacote. Por meio deste valor, o TCP pode realizar um controle adequando de
fluxo
para evitar a sobrecarga do receptor. Quando este valor é igual a zero, o
transmissor não envia
dados, esperando receber um pacote com WINDOW maior que
zero. O transmissor sempre vai
tentar transmitir a quantidade de dados
disponíveis na janela de recepção sem aguardar um
ACK. Enquanto não for
recebido um reconhecimento dos dados transmitidos e o correspondente
valor de WINDOW > 0, o transmissor não enviará dados.
 
·        
OPTIONS: O campo de
opções só possui uma única opção válida que é a negociação do MSS
(Maximum
Segment Size) que o TCP pode transmitir. O MSS é calculado através do MTU ou
através do protocolo ICMP Path MTU Discovery.
 
 
 

O Protocolo IP
 
 
 
 
Este
protocolo define os mecanismos de expedição dos datagramas. É um protocolo não
orientado à
conexão em que cada pacote IP é tratado como uma unidade
independente de informação, não
possuindo qualquer relação com qualquer outro.
Neste datagrama são colocadas informações
relevantes para o envio do pacote até
o destino.
O Protocolo IP é
responsável pela comunicação entre hosts em redes TCP/IP. Ele é responsável
pela comunicação entre cada elemento da rede para permitir o transporte de uma
mensagem de
um host de origem até a um host de destino, podendo o datagrama
passar por várias sub-redes
(a origem e o destino são hosts identificados por
endereços IP) . O protocolo IP é não-confiável,
sendo
esta uma responsabilidade dos protocolos das camadas superiores, nomeadamente
do TCP.
Assim, não é utilizado nenhum
mecanismo de controlo de fluxo ou de controlo de erros de dados,
verificando-se
apenas, através de um checksum a integridade do cabeçalho de forma a garantir
que os gateways encaminhem correctamente os datagramas.
 

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  As funções mais importantes realizadas pelo


protocolo IP são a atribuição de um esquema de
endereçamento independente do
endereçamento da rede utilizada e independente da própria topologia
da rede,
além da capacidade de rotear e tomar decisões de roteamento para o transporte
das
mensagens entre os elementos que interligam as redes.
 
Características
do protocolo IP:
 
·        
Serviço de
datagrama não confiável;
 
·        
Endereçamento
hierárquico;
 
·        
Facilidade de
fragmentação e de reassemblagem de pacotes;
 
·        
Campo especial
indicando qual o protocolo de transporte a ser utilizado no nível superior;
 
·        
Identificação
da importância do datagrama e do nível de confiabilidade exigido de forma a
oferecer prioridade na transmissão;
 
·        
Descarte e
controle de tempo de vida dos pacotes a circular na rede.
 
 
 
O pacote IP possui o formato descrito abaixo:

 
Significado
dos campos :
 
·       VERSION : Informa qual a versão do protocolo IP que está a ser
utilizado. Pode ser o IPv4 ou
Ipv6.
 
·       HEADER LENGTH : Informa qual o
comprimento do cabeçalho IP, grupos de 4 bytes.
 
·       TYPE OF SERVICE : Informa como o
pacote deve ser tratado, de acordo com sua prioridade e
o tipo de serviço
desejado. Para o tráfego de Internet, este campo não é carregado.
 
·            IDENTIFICATION : Identifica o pacote IP unicamente entre os outros
transmitidos pela
máquina. Este campo é usado para identificar o pacote IP no
caso de haver fragmentação em
múltiplos datagramas
 
·       FLAGS (3 bits) : um dos bits (MF
- More Fragments) identifica se este datagrama é o último
fragmento de um
pacote IP ou se existem mais. Outro bit (DNF - Do Not Fragment) informa os
routers do caminho se a aplicação exige que os pacotes sejam ou não
fragmentados.

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·            FRAGMENT OFFSET : Informa o
posicionamento do fragmento em relação ao pacote IP do
qual faz parte.
 
·       TIME-TO-LIVE : Este valor é decrementado a cada 1 segundo que o
pacote passa na rede e a
cada router pelo qual ele passa. Serve para limitar a
duração do pacote IP a circular na rede.
Este valor serve para evitar que um
pacote caia num ciclo e se encontre a circular
eternamente
entre routers. Quando atingir o valor nulo, o pacote IP é
descartado.
 
·       PROTOCOL : Informa qual o  protocolo de mais alto-nível que está
a ser carregado no campo
de dados. O IP pode carregar mensagens UDP, TCP, ICMP,
etc.
 
·       HEADER CHECKSUM : Valor que ajuda
a garantir a integridade do cabeçalho do pacote IP
 
·       SOURCE ADDRESS : Endereço IP do
host de origem do pacote IP
 
·       DESTINATION ADDRESS : Endereço IP do
host de destino do pacote IP
 
·       OPTIONS : Opções com informações adicionais para o protocolo
IP. Consiste num byte com a
identificação da opção e numa quantidade de bytes
variável com as informações específicas.
Um pacote IP pode transportar várias
opções simultaneamente.
 
 
 
 
AS OPÇÕES IP
 
 
As
opções IP são utilizadas como uma forma de verificação e monitoração duma rede
IP. As opções que
especificam a rota até o destino não são utilizadas
normalmente pois o IP é baseado na técnica de
Next-Hop Routing. Ainda assim,
estes mecanismos são pouco utilizados como ferramenta de testes e
verificação,
sendo raros os programas que os implementam.
 
O
formato das opções IP é descrita no quadro abaixo:
 

 
 
OS ENDEREÇOS IP
 
 
Um
endereço IP serve para identificar univocamente cada um dos elementos que
compõe uma
rede ligada à Internet. Um endereço IP é um conjunto de 32 bits,
normalmente escritos em
décimal e distribuídos por 4 octetos.
A
definição de um endereço IP segue uma série de especificações definidas pela
NIC "Network
Information Center", que atribui e controla os endereços
IP pelo mundo de forma a garantir
segurança e unicidade dos endereços.
Associado
ao endereço IP de cada host está também associada a máscara de Rede. Ambos, são
utilizados para a comunicação entre hosts e permitem
identificar o host e a rede.

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Devido
a existirem redes de vários tamanhos, é utilizado o conceito de Classe de
Endereçamento.
Assim
é possível distinguir as seguintes classes:
 
·        
Classe A:
suporta 128 redes com a possibilidade de endereçar 16 milhões de hosts;
 
·        
Classe B: suporta
16384 redes com a possibilidade de endereçar 64 mil hosts;
 
·        
Classe C:
suporta 2 milhoes de redes com a possibilidade de endereçar 256 hosts;
 
·        
Classe D:
permite que um datagrama seja distribuído por um conjunto de hosts;
 
·        
Classe E:
São endereços que começam por 1111 e está reservado para uso futuro.
 
Normalmente
a Internet utiliza a classe C para endereçamento das suas redes e hosts, assim
quando um novo ISP "Internet Service Provider" se liga à internet,
recebe no mínimo um conjunto
de 256 endereços para serem utilizados pelos seus
hosts permitindo um acesso simultâneo à
Internet de 256 utilizadores.
Normalmente um ISP tem muitos mais clientes que o número de
endereços que tem
disponíveis, a forma de contornar esta situação é em vez de ter endereços IP
fixos atribuídos a cada host ter um processo de alocação dinâmica de Ips.
 
Como o crescimento da Internet
foi exponencial, os endereços IP disponíveis diminuíram drasticamente e
uma
forma de resolver o inevitável esgotar de endereços IP consistiu em criar o
conceito de sub-redes.
 
 
 

Inter-Operação
entre as camadas TCP e IP
 
 
 
 
 
O
TCP recebe mensagens da camada Aplicação, divide-as em datagramas de tamanho
fixo e
inserindo-lhes um cabeçalho e enviando-os de seguida para a camada IP.
Estes dados não são
tratados pela camada IP sendo que a principal função do IP
consiste em encontrar um caminho
que faça com que o datagrama chegue ao extremo
da ligação. Para que os sistemas intermédios
da rede retransmitam o datagrama,
é adicionado um cabeçalho no pacote IP, que consiste
principalmente num
endereço IP de origem e de destino do datagrama e um número que
corresponde ao
protocolo usado na camada de Transporte. Os pacotes IP à medida que passam
por
sub-redes são fragmentados em unidades menores.
Quando
os pacotes IP chegam ao destino, são eventualmente reassemblados (quando ao
passarem por sub-redes necessitaram de ser fragmentados) e enviados à camada
TCP que é
responsável pela verificação da integridade dos dados. Caso o
checksum do pacote não coincida
com o valor esperado e não seja possível
recuperar o pacote, este é descartado e é enviada uma
mensagem ao host de
origem a pedir o reenvio desse pacote.
De
referir que o TCP e o IP têm checksums separados por razões de eficiência e
segurança.
 

O
IPv4 e o IPv6
 
 
 
 
Embora os protocolos TCP/IP
sejam os pilares fundamentais da Internet, oferecendo um conjunto de serviços
bastante vasto, eles não foram desenvolvidos para serem protocolos seguros. Uma
vez que as mensagens
transportadas pelo TCP/IP são trocadas em cleartext, as
aplicações são por isso vulneráveis a ataques
passivos (utilização de sniffers)
e a ataques activos (roubo de sessões). Teoricamente, um computador de
uma rede
interna de uma empresa que se liga à Internet pode ser acedido por qualquer
utilizador da
Internet, 
representando um elevado risco na segurança de informações e de
aplicações/serviços da própria
empresa. 

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Além do problema de segurança da


versão actual do TCP/IP existe um outro problema que tem a ver com a
capacidade
de endereçamento. A versão actual utiliza um campo de 4 bytes (32 bits) sendo
de esperar que
dentro de alguns anos estejam esgotados todos os endereços ainda
disponíveis. Um endereço IPv6 tem um
comprimento de 128 bits, tornando o espaço
de endereço tão longo que cada pessoa do planeta poderia ter
uma interligação
em redes tão grande quanto a actual Internet.
 
 
 

 
 

 
 
 
Para resolver as limitações do
IPv4, a partir de 1990, a IETF "Internet Engineering Task Force",
começou a
trabalhar numa nova versão do TCP/IP, o IPv6 (ou IPSec).
Os objectivos principais do IETF
são:
 
·           
Maior
Capacidade de Endereçamento - Os endereços são
formados por 128 bits de comprimento
implicando um aumento extremamente elevado
no número de hosts. É possível assim suportar
mais níveis de endereçamento
hierárquico, um número muito maior de nós e autoconfiguração
mais simples de
endereços.
 
·           
Arquitetura
de endereçamento melhor estruturada.
 
·                     
Formato
de cabeçalho simplificado - Alguns campos do cabeçalho
do Ipv4 foram retirados ou
foram marcados como opcional, de forma a permitir um
mais rápido processamento de pacotes
nos routers e uma diminuição da Largura de
banda do cabeçalho do IPv6.
 
·           
Implementação
de apoio para extensões e opções - Mudanças do modo
que são codificadas as
opções do cabeçalho IP permitem um encaminhamento mais
eficiente, menos restrições no
tamanho das opções, e maior flexibilidade por
introduzir opções novas no futuro.
 
·           
Possibilidade
de associar tráfegos a Fluxos - Uma capacidade nova é
adicionada para habilitar o
etiquetamento de pacotes pertencendo a fluxos
particulares para o qual, o remetente fez pedido
de manipulação especial, como
qualidade de diferente do default de serviço ou serviço "real-time".
Passa a ser possível o suporte a aplicações multimédia em tempo-real.
 
·           
Suporte
para `Jumbo datagrams’ -  Possibilidade de  envio de pacotes de diferentes tamanhos, o
IPv4 suporta apenas pacotes de 64Kb.
 
·           
Mobilidade- Permitir que um host mude de lugar sem precisar mudar o endereço.
 
·           
Configuração
Plug-and-Play.
 
·           
Suporte
para multicasting e anycasting

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·           
Mecanismos
de segurança, incluindo Criptografia e autenticação
 
·           
Autenticação
e Privacidade e Criptografia- Mecanismos para apoiar a
autenticação, integridade e
confidência de dados, bem como o envio de mensagens
encriptadas.
 
·           
Redução
das tabelas de roteamento
 
·           
Permitir
a coexistência entre o novo e o antigo protocolo durante anos.
 
 
O
IPv6 divide os endereços em tipos, do mesmo modo que o IPv4 os divide em
classes, assim cada datagrama pode ser do
tipo:
 
-         
Unicast – O endereço
de destino especifica um único computador. O Datagrama deverá ser roteado para
o destino ao
longo do caminho mais curto possível.
 
-         
Cluster – O destino é
um conjunto de computadores que juntos dividem um único prefixo de endereço. O
datagrama
deverá ser roteado para o grupo ao longo de um caminho o mais curto
possível e, então, entregue a exactamente um
membro do grupo.
 
-         
Multicast – O destino é
um subconjunto de computadores, possivelmente em diversos locais. Uma cópia do
datagrama
será entregue a cada membro do grupo usando hardware multicast ou
broadcast, conforme o caso.
 
O
IPv6 não usa os termos broadcast ou difusão directa para se referir à entrega a
todos os computadores de uma rede
física ou sub-rede lógica IP. Em vez disso,
usa o termo multicast e trata difusão como uma forma especial de multicast.
 
 
O
IPv6 trata especificações de comprimento de datagrama de um modo novo.
Primeiro, visto que o tamanho do cabeçalho
básico é fixado em 40 octetos, o
cabeçalho básico não inclui um campo de comprimento de cabeçalho. Segundo, o
IPv6
substitui o campo de comprimento de datagrama do IPv4 por um campo comprimento de carga (payload) de 16
bits que
especifica o número de octetos transportados em um datagrama,
excluindo o próprio cabeçalho. Assim, um datagrama do
IPv6 pode conter 64K de
octetos de dados.
 
Um
novo mecanismo no IPv6 aceita a reserva de recursos e permite que um router
associe cada datagrama a uma dada
alocação de recursos. A abstração
considerada, um fluxo, consiste em um caminho de uma interligação em redes, ao
longo
do qual os routers intermédios garantem uma qualidade específica de
serviços.
 
O
campo rótulo de fluxos do cabeçalho
básico contém informações que routers usam para associar um datagrama a um
fluxo e prioridade específicos. O campo está dividido em 2 subcampos: classeT de 4 bits e identificador de fluxo de 24 bits.
O
campo Classe T especifica a classe de tráfego para o datagrama. São usados
valores de 0 a 7 para especificar a
sensibilidade ao tempo de tráfego
controlado por fluxo. O campo restante contém um identificador de fluxo. A
origem
escolhe um identificador de fluxo ao estabelecer um fluxo. Não há
conflito potencial entre computadores porque um router
usa a combinação de
endereço de origem de datagrama e o identificador de fluxo ,
ao associar um datagrama a um fluxo
específico.
 

https://paginas.fe.up.pt/~mrs01003/TCP_IP.htm 11/11

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