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Protocolos de Rede TCP/IP

1º Sessão

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Conteúdo

 Internet e TCP/IP;
 Evolução da Internet e TCP/IP;
 Internet e TCP/IP em Portugal;
 Evolução da Internet;
 Protocolo TCP/IP;
 Camadas do protocolo TCP/IP;
 OSI vs TCP/IP;
 Padrões de Protocolos.

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Internet

 Rede pública de comunicação de dados;


 Controle descentralizado;
 Utiliza o conjunto de protocolos TCP/IP
como base para a estrutura de
comunicação e seus serviços de rede.

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Serviços da Internet

 Correio electrónico – protocolos SMTP e


POP3;
 Transferência de ficheiros – protocolo FTP;
 Partilha de arquivos – protocolo NFS;
 Terminal Virtual – protocolo Telnet;
 Acesso à informação hipertexto/hipermedia –
protocolo HTTP.

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Internet

 Sistema aberto;
 Serviços e aplicações definidos
publicamente;
 Implementados e utilizados sem
pagamento ou licenças.

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TCP/IP

 Conjunto de protocolos;
 Projectado para ser utilizado na Internet;
 Suporte directo à comunicação entre
redes de diversos tipos.

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Termos Utilizados (1/2)

 Internet – rede mundial que interliga redes no mundo,


formada pela conexão complexa entre muitas redes.
As suas políticas são controladas pelo IAB (Internet
Architecture Board).
 internet - termo usado para definir uma rede genérica
formada pela interligação de redes utilizando o
protocolo TCP/IP.
 Intranet – aplicação semelhante à Internet numa rede
privada, interna a uma empresa. Não só a infra-
estrutura de comunicação é baseada em TCP/IP, mas
também grande quantidade de informações e
aplicações são disponibilizadas por meio dos sistemas
Web (protocolo HTTP) e correio electrónico.
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Termos Utilizados (2/2)

 Extranet ou Extended Intranet – extensão dos


serviços da Intranet de uma empresa para interligar e
fornecer aplicações para outras empresas, como
clientes, fornecedores, parceiros, entre outros. Desta
forma simplifica a comunicação e a troca de
informações entre empresas.
 World Wide Web (WWW) – conjunto de informações
públicas disponibilizadas na Internet por meio do
protocolo HTTP. É o somatório das informações que
podem ser acedidas através de um browser na
Internet. As informações internas de uma empresa
que são acessíveis via um browser são enquadradas
no termo intranet.

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Evolução da Internet e do TCP/IP -
1966
 O Departamento de Defesa do governo americano
iniciou, através de sua agência DARPA (Defense
Advanced Research Projects Agency) projectos para
a interligação de computadores em centros militares e
de pesquisa;
 Objectivo de criar um sistema de comunicação e
controle distribuído com fins militares, designada
ARPANET cujo objectivo era formar uma arquitectura
de rede sólida e robusta que pudesse sobreviver a
uma perda substancial de equipamento e ainda operar
com os computadores e enlaces de comunicação
restantes.
 Deveria suportar diversos tipos de equipamentos e ser
dividido em diversos níveis de protocolos de forma a
permitir a evolução independente de cada um deles.

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Evolução da Internet e do TCP/IP –
Década de 70 até 1983

 A ARPANET era baseada em IMPs (Interface


Message Processors), sendo o principal protocolo o
NCP (Network Control Protocol).
 O TCP/IP ainda estava a ser projectado.
 A Internet era formada por máquinas de grande porte
e minicomputadores ligados aos IMPs.
 O roteamento fora dos IMPS não existia, impedindo a
conexão de máquinas em rede local que surgiam.
 Para se ligar à ARPANET era necessária a ligação
directa a um IMP.

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Evolução da Internet e do TCP/IP –
Começo de 80

 A ARPANET foi dividida em ARPANET e


MILNET, separando a parte académica e
militar.
 A ARPA decidiu adoptar o Unix como sistema
operativo prioritário para o suporte dos seus
projectos de pesquisa (dos quais a ARPANET
era um deles).
 A ARPA incentivou a criação do suporte de
TCP/IP no Unix.

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Evolução da Internet e do TCP/IP –
1983

 O protocolo TCP/IP começou a ser


projectado em 1977 com o objectivo de ser o
único protocolo de comunicação da
ARPANET.
 Em 1/1/1983, todas as máquinas da
ARPANET passaram a utilizar o TCP/IP
como protocolo de comunicação.
 Existiu um crescimento ordenado da rede,
eliminando as restrições dos protocolos
anteriores.

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Evolução da Internet e do TCP/IP –
1986

 A NSF (Network Science Foundation) passou a operar


o backbone (espinha dorsal) de comunicações com o
nome de NSFNet.
 Iniciou a formação de redes regionais interligando os
institutos académicos e de pesquisa.
 Desde 1983 começaram a surgir diversas redes
paralelas nos Estados Unidos financiadas por órgãos
de fomento a pesquisa como a CSNET (Computer
Science Net), HEPNet (High Energy Physics Net) ,
SPAN (Nasa Space Physics Network) e outras.
 Estas redes foram integradas ao NSFNet e
adicionadas a redes de outros países, caracterizando
o início do uso do termo Internet em 1988.

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Evolução da Internet e do TCP/IP –
1993

 Foram criados os protocolos HTTP e o browser


Mosaic, dando início ao World Wide Web (WWW).
 O WWW foi o grande responsável pelo crescimento
da Internet, pois permitiu o acesso a informações com
conteúdo rico em gráficos e imagens e de forma
estruturada.
 O WWW foi também o grande motivador do uso
comercial da Internet, permitindo às empresas
disponibilizar informações e vender produtos via
Internet.

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Evolução da Internet e do TCP/IP –
1995

 A NSFNet foi privatizada e o backbone


passou a ser distribuído e complexo, formado
por múltiplas redes prestadoras de serviços
de telecomunicações como AT&T, MCI,
Sprint e outros.
 Hoje a Internet é formada por um conjunto de
grandes ISPs (Internet Service Provider).
 Foi permitido também o tráfego de
informações comerciais na Internet.

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Internet e TCP/IP – Em Portugal

 Foi criada no início dos anos 90 a


RCCN (Rede para a Comunidade
Científica Nacional).
 Rede de dimensão nacional.
 Interligava Universidades públicas,
através do EBONE (rede de backbone
ligada à Internet, à escala europeia).

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Evolução da Internet

 Em 1995 ligava cerca de 5 milhões de


computadores.
 Em 1999 atingiu os 44 milhões de
computadores, chegando a cerca de
150 milhões de pessoas.
 Em 2000 cerca de 80 milhões de
computadores.

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Protocolo TCP/IP

 TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet


Protocol) – conjunto de protocolos, onde dois dos
mais importantes (o IP e o TCP) deram seus nomes
à arquitetura.
 Protocolo IP – baseado no paradigma de comutação
de pacotes (packet-switching).
 Os protocolos TCP/IP podem ser utilizados sobre
qualquer estrutura de rede, seja ela simples como
uma ligação ponto-a-ponto ou uma rede de pacotes
complexa.

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Exemplos de Utilização do TCP/IP

 Estruturas de rede:
 Ethernet;
 Token-Ring;
 FDDI;
 PPP;
 ATM;
 X.25;
 Enlaces de satélite.
 Ligações telefónicas.

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Camadas do Protocolo TCP/IP

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Posicionamento do Nível OSI

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OSI vs TCP/IP

 OSI trata todos os níveis, enquanto TCP/IP só trata a


partir do nível de Rede OSI.
 OSI tem opções de modelos incompatíveis. TCP/IP é
sempre compatível entre as várias implementações.
 OSI oferece serviços orientados à conexão no nível
de rede, o que necessita de inteligência adicional em
cada equipamento da estrutura de rede. No TCP/IP a
função de roteamento é simples e não necessita de
manutenção de informações complexas.
 Aplicações TCP/IP tratam os níveis superiores de
forma monolítica, desta forma OSI é mais eficiente
pois permite reaproveitar funções comuns a diversos
tipos de aplicações. Em TCP/IP, cada aplicação tem
que implementar suas necessidades de forma
completa.
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Padrões de Protocolos (1/4)

 A Internet é controlada pelo IAB (Internet Architecture


Board) - fórum suportado pela Internet Society (ISOC).
 O órgão que organiza toda a política de fornecimento
de endereços IP e outros códigos utilizados nos
protocolos é o IANA - Internet Assigned Numbers
Authority.
 A distribuição de endereços IP, os nomes de domínio
(DNS), e a manutenção da documentação de
padronização da Internet é realizada pelo InterNIC
(Internet Network Information Center).
 O GTLD-Mou é um comité criado em 1997 para decidir
sobre a padronização de novos nomes básicos da
Internet (como .com, .org, .gov, .arts, .web e outros).
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Padrões de Protocolos (2/4)

 IETF (Internet Engineering Task Force) –


responsável pela definição e
padronização de protocolos utilizados na
Internet.
 IRTF (Internet Research Task Force) –
responsável por criar, projectar e propor
novas aplicações, em nome do IAB.

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Padrões de Protocolos (3/4)

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Padrões de Protocolos (4/4)
 O processo de padronização é baseado num documento
designado RFC (Request for Comments) que contém a
definição dos elementos para a Internet (protocolo, sistema,
evolução, aplicação, histórico).
 Quando uma nova proposta é submetida ela recebe o nome
de Draft Proposal.
 Será analisada pelo Working Group especializado na área
da proposta.
 Se aprovada por votação, recebe um número e torna-se uma
RFC.
 Cada RFC passa por diversas fases, onde recebe
classificações como Proposed Standard, Draft Standard, até
chegar a um Internet Standard.
 Um protocolo não precisa de se tornar num Internet
Standard para ser empregado na Internet.
 Poucos têm esta classificação.
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RFCs Publicadas

 Hoje existem aproximadamente 2400


RFCs publicadas.
 Cerca de 500 reúnem as informações
mais importantes para implementação e
operação da Internet.
 Consultar o quadro da página 18 do
manual

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Arquitectura TCP (1/2)

 Conjunto de protocolos disponíveis livremente,


independentes de Hardware específico, sistemas
operativos ou fabricantes, o que torna os protocolos
verdadeiramente abertos.
 Protocolos suportados por quase todo o tipo de
fabricantes e equipamentos, o que os torna nos
protocolos de comunicação mais utilizados
actualmente.
 Arquitectura independente das particularidades físicas
das redes subjacentes, possibilitando a integração e
compatibilização de um grande conjunto de tecnologias
de rede distintas.

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Arquitectura TCP (2/2)

 Esquema de endereçamento universal, que permite a


identificação unívoca das máquinas na rede e um
encaminhamento simples e eficiente.
 Esquema de nomeação hierárquico, que permite bases
de dados de nomes de pequena dimensão, escaláveis,
associados a domínios geridos autonomamente.
 Um conjunto de protocolos de aplicação orientados
para necessidades concretas e importantes dos
utilizadores, suportando um ambiente distribuído à
escala global.

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