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INFORMÁTICA PARA CONCURSOS

Apostila | Prof. Rafael Araújo


OS: 0016/5/21-Gil

2 – CONCEITOS DE INTERNET, INTRANET E EXTRANET


Internet
A Internet, consiste em várias redes separadas que estão interconectadas por roteadores. A finalidade da Internet,
naturalmente, é interconectar sistemas finais, chamados hosts; estes incluem PCs, estações de trabalho, servidores,
mainframes e assim por diante. A maioria dos hosts que utilizam a Internet está conectada a uma rede, como uma rede local
(LAN) ou uma rede remota (WAN). Essas redes, por sua vez, são conectadas por roteadores a um ISP (Internet Service
Provider).
ISP é a designação dada a uma operadora de comunicações que esteja integrada à internet e que proporcione acesso
a outros ISPs ou a usuários finais. A comunicação entre os ISPs é realizada por meio de backbones (espinha dorsal).
O funcionamento da Internet é baseado na família de protocolos TCP/IP, um conjunto de protocolos que assegura a
padronização das comunicações entre dispositivos de diferentes países, idiomas, sistemas operacionais e programas.

O que é um protocolo?
É um conjunto de regras que define o formato e a ordem das mensagens trocadas entre duas ou mais entidades
comunicantes, bem como as ações realizadas na transmissão e/ou no recebimento de uma mensagem ou outro evento.
Basicamente, a Internet opera da seguinte maneira: um host pode enviar dados para outro host em qualquer lugar na
Internet. O host de origem divide os dados a serem enviados em uma sequência de pacotes, chamados datagramas IP, ou
pacotes IP. Cada pacote inclui um endereço numérico exclusivo para o host de destino. Esse endereço é denominado
endereço IP. Com base nesse endereço de destino, cada pacote atravessa uma série de roteadores e redes da origem ao
destino. Cada roteador, quando recebe um pacote, toma uma decisão de roteamento e direciona o pacote pelo seu caminho
até o destino. Cada roteador se conecta a duas ou mais redes.

INTRANET
Intranet é um termo que se refere à implementação de tecnologias de Internet dentro de uma organização
corporativa. Portanto, a Intranet é uma rede privada, ou seja, seu acesso é restrito a um grupo específico de usuários. Sendo
assim, haverá um processo de autenticação dos usuários para que o acesso seja liberado à Intranet. Normalmente, esse
processo de autenticação é realizado por meio de login e senha. O funcionamento da Intranet também é baseado na família
de protocolos TCP/IP.
Conteúdo Web
Uma organização pode utilizar a intranet web para melhorar a comunicação gerência-empregado e fornecer
informações relacionadas ao trabalho de modo fácil e rápido.
Normalmente, existe uma página inicial (home page) corporativa interna que serve como um ponto de entrada para
os funcionários na intranet. A partir dessa página inicial, existem links para áreas de interesse da empresa ou de grandes
grupos de empregados, incluindo recursos humanos, finanças e serviços de sistemas de informação. Outros links são para
áreas de interesse dos grupos de empregados, como vendas e manufatura. Esse acesso é realizado por meio de navegadores
web, como, por exemplo, o Internet Explorer e o Mozilla Firefox.

EXTRANET
Um conceito semelhante ao da intranet é a extranet. Assim como a intranet, a extranet utiliza protocolos e
aplicações TCP/IP, especialmente a Web. O recurso distinto da extranet é que ela dá acesso a recursos corporativos a clientes
externos, normalmente fornecedores e clientes da organização. Esse acesso externo pode ser pela Internet ou por outras
redes de comunicação de dados.

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Uma extranet proporciona mais do que o simples acesso à Web para o público, que praticamente todas as empresas
agora oferecem. Em vez disso, a extranet dá acesso mais extenso a recursos corporativos, normalmente em um modelo que
impõe uma política de segurança. Assim como na intranet, o modelo típico de operação para a extranet é cliente/servidor.
A extranet permite o compartilhamento de informações entre empresas. Uma observação importante com
extranets é a segurança. Como os recursos Web corporativos e os recursos de banco de dados se tornam disponíveis para os
de fora e são permitidas transações contra esses recursos, aspectos de privacidade e autenticação precisam ser resolvidos.
Esse acesso geralmente é realizado por meio de uma VPN (Rede Privada Virtual).

VPN (Virtual Private Network)


São redes sobrepostas às redes públicas, mas com a maioria das propriedades das redes privadas. A rede privada
virtual pode ser criada com o objetivo de substituir links de comunicação dedicados.
Muitas empresas têm escritórios e fábricas espalhados por muitas cidades, às vezes por vários países. A conexão entre
esses escritórios e fábricas pode ser realizada por meio de links dedicados, o que torna o custo de implementação e
manutenção muito alto. Sendo assim, uma VPN pode ser criada para permitir a conexão entre os escritórios e fábricas
utilizando a Internet, o que torna o custo bem mais baixo.

VPN é segura?
O uso de uma rede pública expõe o tráfego da empresa à espionagem e oferece um ponto de entrada em potencial
para usuários não autorizados. Diante desse cenário, a rede privada virtual foi criada para combinar tecnologias de
criptografia, de autenticação e de tunelamento, permitindo assim, que a conexão realizada por meio de uma VPN seja
considerada segura.

O QUE É BACKBONE?
No contexto de redes de computadores, o backbone (traduzindo para português, espinha dorsal) designa o esquema
de ligações centrais de um sistema mais amplo, tipicamente de elevado débito relativamente à periferia. Por exemplo, os
operadores de telecomunicações mantêm sistemas internos de elevadíssimo desempenho para comutar os diferentes tipos e
fluxos de dados (voz, imagem, texto etc).
Na Internet, numa rede de escala planetária, podem-se encontrar hierarquicamente divididos, vários backbones: os de
ligação intercontinental, que derivam nos backbones internacionais, que por sua vez derivam nos backbones nacionais. A
este nível encontram-se, tipicamente, várias empre-sas que exploram o acesso à telecomunicação — são, portanto,
consideradas a periferia do backbone nacional.
Em termos de composição, o backbone deve ser concebido com protocolos e interfaces apropriados ao débito que se
pretende manter. Na periferia, desdobra-se o conceito de ponto de acesso, um por cada utilizador do sistema. É cada um dos
pontos de acesso que irão impor a velocidade total do backbone.

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Mapa do backbone RNP- Rede Nacional de Ensino e Pesquisa

Operada pela RNP, a rede Ipê é uma infraestrutura de rede Internet dedicada à comunidade brasileira de ensino
superior e pesquisa, que interconecta universidades e seus hospitais, institutos de pesquisa e instituições culturais.
Inaugurada em 2005, foi a primeira rede óptica nacional acadêmica a entrar em operação na América Latina. Seu
backbone foi projetado para garantir não só a velocidade necessária ao tráfego de internet de aplicações básicas (navegação
web, correio eletrônico e transferência de arquivos), mas também ao tráfego de serviços, aplicações avançadas e projetos
científicos, e à experimentação de novas tecnologias, serviços e aplicações.
A infraestrutura da rede Ipê engloba 27 Pontos de Presença (PoPs), um em cada unidade da federação, além de
ramificações para atender 1219 campi e unidades de instituições de ensino, pesquisa e saúde em todo o país, beneficiando
mais de 3,5 milhões de usuários.

Endereçamento IP
Cada host (computador) e roteador na Internet tem um endereço IP que pode ser usado nos campos endereço de
origem e endereço de destino dos pacotes IP, permitindo assim que os computadores (hosts) possam ser localizados na rede.
É importante ressaltar que um endereço IP não se refere realmente a um host. Na verdade, ele se refere a uma interface de
rede; assim, se um host estiver em duas redes, ele precisará ter dois endereços IP. Porém, na prática, a maioria dos hosts
estão conectados apenas a uma rede e, portanto, só tem um endereço IP. Ao contrário, os roteadores têm várias interfaces
e, portanto, vários endereços IP.

IPV4
No IPv4, cada endereço IP tem comprimento de 32 bits (equivalente a 4 bytes). Portanto, há um total de 232
endereços IP possíveis, ou seja, um pouco mais de 4 bilhões de endereços IP (4.294.967.296 endereços distintos). Na época
de seu desenvolvimento, esta quantidade era considerada suficiente para identificar todos os computadores na rede e
suportar o surgimento de novas sub-redes. No entanto, com o rápido crescimento da Internet, surgiu o problema da escassez
dos endereços IPv4, motivando a criação de uma nova geração do protocolo IP. Assim, o IPv6 surgiu, com um espaço para
endereçamento de 128 bits, podendo obter 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 endereços (2128).

Representação dos endereços IPV4


Os 32 bits dos endereços IPv4 são divididos em quatro grupos de 8 bits cada, separados por “.”, escritos em notação
decimal. Nesse formato, cada um dos 4 bytes é escrito em decimal, de 0 a 255. Por exemplo, o endereço IP 193.32.216.9.

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Nesse caso, o 193 é o número decimal equivalente aos primeiros 8 bits do endereço; o 32 é o decimal equivalente ao
segundo conjunto de 8 bits do endereço e assim por diante.
O endereço IP 193.32.216.9, em notação binária, é: 11000001.00100000.11011000.00001001
Classes de endereçamento IP
Para facilitar a distribuição dos endereços IPv4, foram especificadas cinco classes de endereço IP (TORRES, 2009),
sendo três classes principais e mais duas complementares. São elas:

Analisando as três principais classes (A, B e C) podemos verificar o seguinte:


 Classe A: Seus endereços começam com números no intervalo de 1 a 126 no primeiro octeto, onde o primeiro
octeto (primeiros 8 bits N.H.H.H) de um endereço IP identifica a rede e os restantes 3 octetos (24 bits) irão
identificar um determinado host nessa rede. Exemplo de um endereço Classe A – 120.2.1.0

Loopback: O endereço 127.0.0.1 é reservado para loopback (na prática, toda a rede, de 127.0.0.0 a
127.255.255.255).

 Classe B: Seus endereços começam com números de 128 a 191 no primeiro octeto, onde os dois primeiros
octetos (16 bits N.N.H.H) de um endereço IP identificam a rede e os restantes 2 octetos (16 bits) irão identificar
um determinado host nessa rede. Exemplo de um endereço Classe B – 152.13.4.0
 Classe C: Seus endereços começam com valores no intervalo 192 a 223, onde os três primeiros octetos (24 bits
N.N.N.H) de um endereço IP identificam a rede e o restante octeto (8 bits) irão identificar um determinado
host nessa rede. Exemplo de um endereço Classe C – 192.168.10.0

ESGOTAMENTO DOS ENDEREÇOS IPV4


A NAT (Network Address Translation), foi uma das técnicas paliativas desenvolvidas para resolver o problema do
esgotamento dos endereços IPv4. Tem como ideia básica permitir que, com um único endereço IP, vários hosts possam
trafegar na Internet. Dentro de uma rede, cada computador recebe um endereço IP privado único, que é utilizado para o
roteamento do tráfego interno. No entanto, quando um pacote precisa ser roteado para fora da rede, uma tradução de
endereço é realizada, convertendo endereços IP privados em endereços IP públicos globalmente únicos.
Para tornar possível este esquema, utiliza-se os três intervalos de endereços IP declarados como privados na RFC
1918, sendo que a única regra de utilização, é que nenhum pacote contendo estes endereços pode trafegar na Internet
pública. As três faixas reservadas são:
 10.0.0.0 a 10.255.255.255
 172.16.0.0 a 172.31.255.255
 192.168.0.0 a 192.168.255.255

IPV6
A representação dos endereços IPv6, divide o endereço em oito grupos de 16 bits, separando-os por “:”, escritos com
dígitos hexadecimais (0-F). Por exemplo:
2001:0DB8:AD1F:25E2:CADE:CAFE:F0CA:84C1
Na representação de um endereço IPv6, é permitido utilizar tanto caracteres maiúsculos quanto minúsculos.
Além disso, regras de abreviação podem ser aplicadas para facilitar a escrita de alguns endereços muito extensos. É
permitido omitir os zeros a esquerda de cada bloco de 16 bits, além de substituir uma sequência longa de zeros por “::”.
Por exemplo, o endereço 2001:0DB8:0000:0000:130F:0000:0000:140B pode ser escrito como
2001:DB8:0:0:130F::140B ou 2001:DB8::130F:0:0:140B. Essa abreviação pode ser feita também no fim ou no início do
endereço, como ocorre em 2001:DB8:0:54:0:0:0:0 que pode ser escrito da forma 2001:DB8:0:54::.
Nesse exemplo, é possível observar que a abreviação do grupo de zeros só pode ser realizada uma única vez, caso
contrário poderá haver ambiguidades na representação do endereço. Se o endereço acima fosse escrito como
2001:DB8::130F::140B, não seria possível determinar se ele corresponde a 2001:DB8:0:0:130F:0:0:140B, a
2001:DB8:0:0:0:130F:0:140B ou 2001:DB8:0:130F:0:0:0:140B.

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